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Plano de Trabalho

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA
CURSO DE ENFERMAGEM
ESTAGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO II
PLANO DE TRABALHO
Pâmela da Rosa Gonzalez
Orientadora: Letice Dalla Lana
Uruguaiana 2020-1
3
PÂMELA DA ROSA GONZALEZ
PLANO DE TRABALHO
Plano de trabalho apresentado ao curso de Graduação de Enfermagem da Universidade Federal do Pampa com requisito para aprovação do componente curricular Estágio Supervisionado II.
Orientadora: Profª Enfª Letice Dalla Lana
Enfª Supervisora: Josyara Passos
URUGUAIANA
2020
1 - INTRODUÇÃO 
O plano de trabalho é um documento que proporciona a organização e sistematização da informação que é considerada importante para realização das atividades planejadas. Possui o objetivo de organizar o planejamento das ações do acadêmico ao longo do seu campo de estágio. 
Este vigente plano de trabalho relaciona-se com as atividades que serão elaboradas pela acadêmica de Enfermagem da Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA) no decorrer do Estágio Curricular Supervisionado II.
O estágio está sendo desenvolvido durante o período oferecido pela disciplina, no turno da tarde na Clínica Renal Municipal Irmã Letícia Canuto que fica localizada no Hospital Santa Casa de Caridade de Uruguaiana. As atividades serão supervisionadas pela Enfermeira Josyara Passos, sob orientação da Docente Letice Dalla Lana e do TAE Jonatan da Silva.
Este plano de trabalho possui o objetivo de apresentar a Clínica Renal de Uruguaiana e identificar através do levantamento de dados os problemas encontrados na unidade. Com isso, serão elaboradas estratégias de ação com o intuito de aprimorar o serviço de saúde com o paciente. 
2 - CARACTERIZAÇÃO DO LOCAL
Inaugurada em 12 de dezembro de 2012, a Clínica Renal Irmã Letícia Canuto somente entrou em exercício no dia 2 de dezembro de 2013. Atualmente é gerenciada pela Enfermeira Josyara Passos.
2.1 - Serviços Prestados
Na unidade são acolhidos aqueles pacientes que possuem Insuficiência Renal Aguda (IRA) ou Insuficiência Renal Crônica (IRC). Conforme a RDC nº 389, quando a taxa de filtração glomerular for menor do que 20ml/min, conforme a condição vascular, os pacientes devem ser submetidos à produção de fístula para realização de hemodiálise(1). Já aqueles pacientes que possuírem a função renal preservada, serão acompanhados pelo tratamento conservador, no qual receberão acompanhamento de uma equipe multiprofissional quanto à hábitos de vida, alimentação e demais informações sobre a Terapia Renal Substitutiva (TRS)(2).
A unidade também disponibiliza candidatos ao transplante renal, no qual são encaminhamos trimestralmente amostras de soros coletado para informar a situação clínica dos candidatos na lista de espera. Essa atividade fica à cargo dos enfermeiros.
A Clínica dispõe da capacidade para hemodialisar 17 pacientes por turno, ou seja, tem 16 máquinas de hemodiálise dentro da unidade e mais uma máquina instalada na UTI-Covid e mais uma máquina na UTI-Adulto, totalizando 19 máquinas de hemodiálise. 
Atualmente a clínica possui 48 pacientes realizando terapia renal substitutiva. O fracionamento dos pacientes é dado por escala, dividida em turno da manhã das 7h às 13h e turno da tarde das 13h às 19h de segunda à sábado.
A escala dos pacientes é determinada, realizando a diálise três vezes por semana (segunda, quarta e sexta ou terça, quinta e sábado), durante os turnos da manhã e da tarde. 
É papel do enfermeiro avaliar o paciente no início da diálise, analisando o ganho de peso antes da diálise durante a pesagem, as condições da fístula, os sinais de edema e os sinais vitais. Além das intercorrências e situações de urgência durante a hemodiálise até as evoluções de enfermagem.
O enfermeiro é responsável pela assistência de forma integral dos pacientes durante as sessões de diálises, pelas escalas mensais de trabalho, programação de férias, escalas dos funcionários nas devidas salas, registro de controle de limpezas e pela observação do desempenho dos funcionários. Nas atividades de gerenciamento, faz a solicitação de todos os materiais, realiza o controle e registro dos medicamentos da unidade e dos pacientes e realiza consultas de enfermagem. O enfermeiro realiza ações educativas aos pacientes salientando a importância do controle de peso entre as diálises, cuidados com a fístula arteriovenosa e cateter venoso central, também realizando orientações sobre cuidados com lesões e com medicações de rotina.
2.3 - Área física
A clínica é composta por:
· Sala de espera;
· Secretaria;
· Sala da chefia de enfermagem;
· Área de maca e cadeira de rodas;
· Sala de reuniões;
· Sala de diálise peritoneal (desativada);
· Sala para diálise de pacientes portadores de Hepatite C (possui uma máquina);
· Sala para diálise de pacientes crônicos com sorologias negativas, com 16 máquinas e área para lavagem e processamento de dialisadores;
· Expurgo;
· Depósito;
· Sala dos médicos;
· Sala da nutricionista;
· Sala para atendimento de ambulatório;
· Rouparia;
· Depósito;
· Sanitários para pacientes (masculino e feminino);
· Sanitários para funcionários (masculino e feminino);
· Sala de lanche;
· Depósito de material de limpeza;
· Sala de subsistema de tratamento de água para hemodiálise.
2.4 - Recursos humanos
A clínica possui uma equipe composta por dois médicos, um no turno da manhã e outro no turno da tarde, um enfermeiro assistencial e uma enfermeira assistencial e gerencial, uma nutricionista, cinco técnicos em enfermagem na parte da manhã, seis técnicos de enfermagem na parte da tarde, dois higienistas (um em cada turno) e uma secretária.
2.5 - Indicadores Epidemiológicos
Os indicadores epidemiológicos e de saúde da unidade são atualizados mensalmente pelo enfermeiro do turno da manhã. A seguir apresento os indicadores com os respectivos números encontrados no mês de setembro:
	INDICADORES
	SETEMBRO
	Nº de pacientes em HD
	50
	Nº de pacientes c/ CVC permanente
	01
	TX de bacteremia associado ao CVC permanente
	00
	Nº de pacientes c/ CVC temporário; não tunelizado
	04
	TX de infecção do local do acesso vascular associada ao CVC temporário; não tunelizado
	00
	TX de bacteremia associada ao CVC temporário; não tunelizado
	00
	Nº de pacientes com CVC não tunelizado por mais de três meses
	02
	TX de utilização de CVC não tunelizado por mais de três meses
	04
	Nº de pacientes com FAV
	46
	TX de infecção do acesso vascular associada a FAV
	00
	TX de bacteremia associada à FAV
	00
	Micro-organismos isolados em hemocultura de pacientes em HD
	00
	Nº de pacientes em DPAC
	00
	Nº de pacientes em DPA
	00
	Nº de pacientes em DPI
	00
	TX de internação de pacientes com DP
	00
	TX de peritonite em DP
	00
	TX de óbito em DP
	00
	Nº de pacientes c/ reações pirogênicas
	00
	Tx de reações pirogênicas
	00
	Nº de pacientes que fizeram uso de vancomicina
	00
	TX de tratamento c/ vancomicina
	00
	Nº de pacientes em HD com sorologia positiva para hepatite C
	00
	TX de soroconversão para hepatite C
	00
	Nº de pacientes em HD com sorologia postiva para hepatite B (HBsAg)
	00
	TX de conversão para hepatite B
	00
	Nº de pacientes em HD c/ sorologia positiva para HIV
	00
	TX de soroconversão para HIV
	00
	Nº de pacientes hospitalizados
	02
	TX de pacientes hospitalizados
	04
	Pacientes em trânsito
	00
	TX de pacientes em trânsito
	00
	Nº de pacientes transplantados
	00
	TX de pacientes transplantados
	02
	Nº de com óbito
	00
	TX de óbito
	00
	Alta/ transferência
	02
Legenda:
Nº: Número
HD: Hemodiálise
TX: Taxa
CVC: Cateter Venoso Central
C/: Com
CAT: Cateter
FAV: Fístula Arteriovenosa
DP: Diálise Peritoneal
DPAC: Diálise Peritoneal ambulatorial contínua
DPA: Diálise Peritoneal automática
DPI: Diálise Peritoneal intermitente
HIV: Vírus da Imunodeficiência Humana
3 - DIAGNÓSTICO SITUACIONAL
O diagnóstico de doença renal crônica em estágios 4 e 5, já há a necessidade de terapia renal substitutiva por diálise, com isso o paciente deve se submeter ao procedimento cirúrgico de confecção de fístula arteriovenosa ou por cateter venoso central. O cuidado
com esses dispositivos é uma atribuição tanto do paciente, quanto da equipe de saúde. O profissional que possui maior proximidade do paciente é o enfermeiro, e este dispõe de uma responsabilidade de observar os possíveis sinais de complicação dos acessos vasculares(3). Uma das principais estratégias que devem ser realizadas pelos enfermeiros para preservação da rede vascular de acesso são, a precaução e a supervisão das complicações com fístulas arteriovenosas, com a finalidade de aprimoramento e qualidade da diálise(4). 
Dessa forma, observei que a equipe de saúde possui inadequações nas técnicas adotadas nos procedimentos. Apartir disso irei elaborar uma atividade de educação permanente com os profissionais da unidade, com o objetivo de contribuir com a prevenção e o monitoramento das complicações de fístulas arteriovenosas. 
4 – DESENVOLVIMENTO
	NÓ CRÍTICO/PROBLEMA
	OBJETIVO DA ATIVIDADE
	INTERVENÇÃO/ATIVIDADE
	OPERACIONALIZAÇÃO DA ATIVIDADE
	MÉTODO/PROCESSO DE AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE
	RESULTADOS ESPERADOS/ALCANÇADOS
	Monitoramento e prevenção de complicações dos acessos vasculares
	Ampliar o conhecimento da equipe em relação as complicações dos acessos vasculares
	Educação em saúde: Discutir com os profissionais acerca da importância do monitoramento e da prevenção de complicações dos acessos vasculares
Assistência: Informar aos pacientes acerca da prevenção das complicações dos acessos vasculares
Gerencial: Implementar um manual com prevenções das complicações dos acessos vasculares 
	Oficina sobre monitoramento e prevenção de complicações dos acessos vasculares
Confeccionar manual acerca desta orientação
Informar ao serviço a importância do monitoramento e prevenção de complicações dos acessos vasculares
	Feedback
Maior adesão da equipe a prevenção de complicações dos acessos vasculares
Ficha de avaliação em anonimato da atividade realizada pela equipe
	Assistência segura livre de complicações com acessos vasculares
	 Aplicação de atividade educacional em pacientes durante tratamento hemodialítico 
	Ampliar o conhecimento dos pacientes desenvolvendo atividade durante tratamento hemodialítico 
	Educação em saúde: Discutir com os pacientes acerca da importância da atividade educacional
Assistência: Informar aos pacientes como será desenvolvida a atividade 
Gerencial: Obter os materiais para confecção da atividade
 
	Aplicação da atividade educacional durante tratamento hemodialítico
Confeccionar a atividade para aplicação posteriormente
Informar ao serviço a importância da do desenvolvimento da atividade
	Feedback
Maior adesão dos pacientes durante aplicação da atividade
	Contribuir e encorajar sobre o auto-cuidado promovendo o conhecimento para evolução no processo da mudança
5 - REFÊRENCIAS:
1. BRASIL. PORTARIA Nº 389, DE 13 DE MARÇO DE 2014. DISPONÍVEL EM: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2014/prt0389_13_03_2014.html. Acesso em: 29 set 2020.
2. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de atenção especializada e temática. Diretrizes clínicas para o cuidado ao paciente com doença renal crônica no Sistema Único de Saúde. Brasília, DF: MS; 2014. 
3. Ministério da Saúde (BR). Portaria nº 1.675, de 7 de junho de 2018. Brasília (DF); 2018.
4. Sousa CN. Cuidar da pessoa com fístula arteriovenosa: modelo para a melhoria contínua. Rev Port Saúde Pública. 2012;30(1):11–17. doi: 10.1016/j.rpsp.2011.11.001.

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