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CUIDADOS MATERNOS NO PÓS PARTO
UFMT 
Me. Ingrid Leticia Fernandes dos Santos 
Cuiabá, agosto de 2015 
Organização do Conhecimento 
• Objetivos do cuidado à mulher no puerpério 
• Aspectos do puerpério; 
• Cuidados maternos no puerpério; 
• Problemas da amamentação 
• Exercício da amamentação 
Objetivos da prestação de cuidados no 
puerpério 
• Promover cuidados humanizados à mulher, 
recém-nascido e sua família abordando os 
aspectos físicos, emocionais e socioculturais 
relativos à fase puerperal. 
PUERPÉRIO 
• Período do ciclo gravídico –puerperal em que as modificações 
locais e sistêmicas provocadas pela gravidez e parto no 
organismo da mulher, retornam à situação do estado pré-
gravídico. 
• Inicia-se 1 a 2 horas após a saída da placenta; 
• Classificado em: 
 
•Imediato: 1º ao 10º dia 
•Tardio: 11º ao 42º dia 
•Remoto: a partir do 43º dia 
Aspectos anatomofisiológicos do 
puerpério 
• Aumento discreto da temperatura Temperatura 
• leucocitose 
• Aumento do volume circulante 
• loquiação 
sangue 
• Retorno dos órgaos abdominais 
• Involução uterina 
Orgãos 
internos 
Involução uterina 
Útero atinge a cicatriz umbilical após o parto e 
regride 1cm por dia; 
Loquiação 
•Lóquio sanguíneo: até o 5º dia. 
Apresenta volume variável e é 
semelhante a menstruação; 
•Serossanguíneo: a partir do 5º 
até o 10º dia; 
•Seroso: a partir do 10º dia 
 
 
 
 Aspectos emocionais e sociais do 
puerpério 
Hormonais Sociais 
Labilidade 
de humor 
DEPRESSÃO PÓS 
PARTO 
BLUES DO PARTO OU 
BABY BLUES 
Relembrando 
Cuidados no puerpério imediato 
• Atenção física e psíquica 
• Deambulação: deve ser estimulada o mais 
precoce possível 
• Higiene: encaminhar tao logo possível ao 
banho 
• Mamas: uso de sutiã proporciona conforto; 
• Abdome: identificação de alterações viscerais 
e involução uterina; 
• Genitália: especial atenção aos lóquios que 
devem ser caracterizados e anotados; 
• Membros: pesquisa sinais de trombose; 
 
Revisão puerperal precoce: entre 7 e 
10 dias 
Verificar estado hematológico, presença de infecção 
puerperal e amamentação. 
Sinais de infecção puerperal: 
1) Febre após 24 horas; 
2) Calafrios; 
3) Loquiação com odor fétido; 
 
Incluir a criança e o 
companheiro; 
Consiste em: ouvir as 
queixas, proceder exame 
físico 
Revisão puerperal tardia: entre 30 e 42 
dias 
• Consiste em: ouvir as queixas sobre os 
principais problemas puerperais, verificar 
possíveis problemas de amamentação 
• Completar o esquema de vacinação caso isso 
não tenha sido feito; 
• Orientar contracepção; 
Contracepção no puerpério 
• Métodos de 
barreira 
• DIU 
• Esterilização 
• Métodos 
hormonais 
• Comportamentais 
Cuidados maternos no puerpério: 
Amamentação 
A Amamentação 
deve ser avaliada 
em TODOS os 
atendimentos 
Posição e pega 
Detecção precoce e resolução dos 
problemas na amamentação 
Mitos e Ritos de amamentar 
Manutenção da amamentação 
Cuidados maternos no puerpério: 
Amamentação 
 
• Vantagens do aleitamento para a mulher: 
 •Vínculo afetivo mãe-filho; 
•Previne complicações hemorrágicas; 
•Contribui para retorno do peso pré-gestacional; 
•Pode reduzir risco de câncer de ovário e mama; 
•Pode prevenir a osteoporose; 
 
Os cuidados para a amamentação inicia no pré-natal e se intensifica no 
puerpério 
Cuidado maternos no puerpério: 
amamentação 
• A produção e descida do leite: 
1) Se dá por estímulo neuro-endócrino: 
placenta, hipófise e mama; 
2) Apojadura: acontece em torno de 48 a 72 
horas após o parto; 
Cuidado maternos no puerpério: 
amamentação 
• A composição do leite sofre alterações durante a mamada: 
 
Anterior: rico em água 
e sais minerais, 
vitaminas e lactoferrina 
Posterior: rico em 
gorduras 
Cuidado maternos no puerpério: 
amamentação 
• Os tipos de leite de acordo com a composição: 
 
 
colostro 
• Produzido na gestação, permanece até 7 dias após o parto; 
• Volume de 2 a 20ml por mamada 
• Rico em gordura; 
• Grande quantidade de IgA e lactoferrina, linfócitos e macrófagos 
Leite de 
transição 
• Leite produzido entre o 7º e 15º dia após o parto 
• Volume médio de 500 ml/dia 
• Mistura de colostro e leite maduro 
Cuidado maternos no puerpério: 
amamentação 
Leite 
maduro 
• Produzido a partir do 15º dia 
• Branco, opaco, com pouco odor, sabor ligeiramente adocicado. 
• Volume médio 700 a 900ml/dia 
• Composto de: água, proteínas, carboidratos, lipídeos, minerais e vitaminas 
Leite de pré-
termo 
• Maior teor de proteína, lipídeo e calorias; 
• Menor teor de lactose 
• Maior quantidade de lactoferrina e IgA 
• Não supre as necessidades de cálcio e fósforo em crianças que nascem 
menor que 1500g. 
Cuidados maternos no puerpério: pega 
e posição 
Cuidados maternos no puerpério: pega 
e posição 
Pontos-chave para posição 
adequada 
• Rosto do bebê de frente pra 
mama com nariz na altura 
do mamilo; 
• Corpos próximos um do 
outro; 
• Bebê com cabeça e tronco 
alinhados; 
• Bebê bem apoiado 
Pontos chave para pega 
adequada 
• Mais aréola acima da boca 
do bebê; 
• Boca bem aberta 
• Lábio inferior virado para 
fora 
• Queixo tocando a mama. 
 
 
Cuidados maternos no puerpério: pega 
e posição 
Indicativos de técnica inadequada de 
amamentação: 
• Bochechas do bebê encovadas na hora da 
sucção; 
• Ruídos de língua; 
• Mama aparentando estar esticada ou 
deformada durante a mamada 
• Mamilos com estrias vermelhas ou áreas 
esbranquiçadas ou achatadas quando o 
bebê solta; 
• Dor na amamentação 
Principais problemas puerperais: pega 
incorreta 
Faz com que o bebê não receba a quantidade 
adequada de leite e pode provocar dor, 
fissuras e ansiedade materna. Condutas: 
• Orientações sobre a pega correta; 
• Reforçar as composições do leite, pois este 
problema leva a inseguranças maternas em 
relação ao ser leite ser “forte” o bastante 
para seu filho. 
Principais problemas relacionados a 
amamentação: fissuras 
Também chamadas de rachaduras, ocasionado 
por posição e pega incorretas. Cuidados: 
• Correção da pega e posição 
• Manter as mamas secas; 
• Não usar sabonetes, cremes ou pomadas 
ajudam na prevenção; 
• Tratar as fissuras com leite materno após as 
mamadas; 
• Banho de sol; 
Principais problemas puerperais: 
ingurgitamento 
Ocorrem habitualmente, na maioria das mulheres, 
do 3º ao 5º dia do pós parto. São dolorosas, 
edemaciadas, e as vezes avermelhadas e a 
mulher pode apresentar febre. 
Conduta: 
• Para evitar: pega e posição corretas, ordenha do leite quando a produção é 
demasiada; 
• Sempre que a mama estiver ingurgitada deve-se ordenhar antes de oferecer 
o seio ao bebê; 
• Uso de compressas:quente para ajudar a saída do leite e fria para alívio da 
dor 
• Fazer massagem delicada nas mamas 
• Uso de analgésicos; 
• NÃO DEVE PARAR A AMAMENTAÇAO, DEVE AUMENTAR AS MAMADAS!!! 
Principais problemas puerperais: 
mastite 
Processo inflamatório ou infeccioso que pode 
ocorrer a partir da 2ª semana do parto, é 
decorrente de ingurgitamento não corrigido; 
Condutas: 
• Mesmas que do ingurgitamento mamário 
• Continuar amamentando: apesar da 
colonização bacteriana possível durante a 
mastite. Não há riscos ao recém-nascido a 
termo sadio; 
• Antibióticos, analgésicos e anti-térmicos 
Principais problemas puerperais: “leite 
fraco, insuficiente” 
Verificar se: 
• o bebê não fica saciado após as mamadas, chora muito, quer mamar 
com freqüência, faz mamadas muito longas e não ganha pesoadequadamente (< 20 g por dia). 
• O número de micções por dia (menos que seis a oito) e evacuações 
infrequentes, com fezes em pequena quantidade, secas e duras 
Verificar se pega e posição estão adequadas: 
• Corpos de mãe e bebe próximos 
• Boca está bem aberta; 
• Há mais areóla aparente acima da boca 
• Queixo toca o seio da mãe 
• Lábio inferior virado para fora 
Principais problemas puerperais: “leite 
fraco, insuficiente” 
Condutas: 
• – aumentar a freqüência das mamadas; 
• – oferecer as duas mamas em cada mamada; 
• – dar tempo para o bebê esvaziar bem as mamas; 
• – evitar o uso de mamadeiras, chupetas e protetores (intermediários) de 
mamilos; 
• consumir dieta balanceada; 
• ingerir líquidos em quantidade suficiente 
• – repousar. 
• Medicamentos: metoclopramida, domperidona e antagonistas da 
dopamina elevam a prolactina 
Exercício e manutenção da 
amamentação 
Envolve o direito de amamentar e ser amamentado 
Aleitamento materno 
exclusivo 
e continuidade 
Aleitamento e 
trabalho 
•Orientações sobre os mitos envolvidos 
no AE 
•Manutenção da amamentação 
 
•Direitos do exercício da amamentação 
• Orientações para manutenção da 
amamentação 
 
Proteção legal para aleitamento 
materno 
Envolve o direito de 
amamentar e ser 
amamentado 
Licença maternidade 
Estabilidade empregatícia 
Pausas para amamentar 
Direito de creche 
Norma Brasileira de Comercialização de 
alimentos para lactentes e crianças de 
primeira infância, bicos, chupetas e 
mamadeiras. 
Orientações para manutenção da 
amamentação 
• Ordenha; 
• Armazenamento; 
• Cuidado no preparo 
 
REFERÊNCIAS 
• BRASIL. Ministério da Saúde. Manual de acompanhamento e avaliação da AIDPI. Ministério da 
Saúde, Organização Mundial da Saúde, Organização Pan-Americana da Saúde. – 1. ed.– Brasília: 
Ministério da Saúde, 1999. 
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas 
e Estratégicas. Manual AIDPI neonatal / Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. 
Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas, Organização Pan-Americana de Saúde. – 3ª. 
ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014. 
• BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas 
e Estratégicas. Caderno de atenção Básica / Pré-Natal de baixo risco.Ministério da Saúde. 
Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Ações Programáticas e Estratégicas, Organização 
Pan-Americana de Saúde. – 3ª. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2012. 
• CUNNINGHAM FG eta a. Obstetrícia de Wiliams. 23 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2012. 
• MONTENTEGRO, CAB e REZEND FILHO, J. Obstetrícia Fundamental. 13 ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2014. 
• PORTO, AMF; AMORIM, MMR. SOUZA, ASR. Assistência ao primeiro período do trabalho de parto 
baseada em evidências, FEMINA, vol.38 n.10, p.528-537, 2010. Disponível em < 
http://bhpelopartonormal.pbh.gov.br/estudos_cientificos/arquivos/artigo_femina_assistencia_ao_p
arto_parte_I.pdf> Acesso em 08 ago 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
OBRIGADA!!! 
Email: i.leticiafs@gmail.com 
Tel.: (65) 3688 6146/ (65) 84675050 
T
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