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Acadêmica: Maria Beatriz Farmacognosia Terpenos • Derivados do ácido mevalônico; • Encontrados em todo o reino vegetal (e em alguns microrganismos) em sementes, folhas, raízes, madeira; • Hidrocarbonetos, múltiplos de 5 Classificação: 1. Monoterpenos – óleos voláteis (10c) 2. Sesquiterpenos – lactonas sesquiterpênicas (15c) 3. Diterpenos – tocoferol (vit. A), hormônios vegetais (20c) 4. Triterpenos – saponinas triterpênicas (30c) 5. Esteróides – het. Cardiotônicos, saponinas esteroidais (27c) 6. Carotenos – pigmentos vegetais (bixina; licopeno; -caroteno 40c). Via do Mevalonato Acadêmica: Maria Beatriz Monoterpenos • presentes em dutos resiníferos de coníferas, como pinheiro e abeto, são tóxicos para numerosos insetos; • Muitas coníferas respondem à infestação do besouro da casca produzindo mais monoterpenos. Óleos Essenciais • presentes em várias espécies de plantas, dão um odor característico às suas folhas, são repelentes de insetos (são misturas de mono e sesquiterpenos voláteis); • Em milho, algodão e outras espécies estes óleos essenciais são produzidos e evaporados após o ataque de insetos, inibindo a ovoposição e atraindo os predadores e parasitas desses insetos. • É um promissor mecanismo ecológico no controle de pragas. Definição: são princípios imediatos de origem vegetal, próprios de vários grupos de espécies, definíveis por um conjunto de propriedades que permitem sua caracterização e isolamento, entre as quais se destacam: volatibilidade, aroma e sabor, insolubilidade em água e solubilidade nos solventes orgânicos usais. Além dos usos terapêuticos (por via oral, dérmica, inalações, gargarejos, bochechos), são usados como flavorizantes (ex. óleo de limão), na perfumaria (ex. óleo de rosas), como agentes iniciadores na síntese de outros compostos (ex. óleo de terebintina) ou na aromaterapia (vários). Em papel produzem manchas translúcidas de aspecto gorduroso que desaparecem rapidamente por exposição ao ar (diferenciação entre óleo fixo e óleo volátil). Possuem alto índice de refração e a maioria é opticamente ativa. Classificação • Terpenos: acíclicos (mirceno, citroneiol, geraniol); monocíclicos (mentol, mentona, limoneno); bicíclicos (cânfora, cineol). • Sesquiterpenos: guaiazuleno • Derivados do fenilpropano: eugenol, vanilina, safrol. Métodos de obtenção: Destilação por arraste de vapor, hidrodestilação, destilação pelo vapor d’água, destilação pela água e vapor, solventes orgânicos (aparelho de Soxlet e decantação), extração à quente e extração à frio, expressão, extração de CO2 supercrítico. Conservação das essências O que modifica – ar, luz, calor, metais, água e impurezas. Recomendações: guardá-las desidratadas ao abrigo do ar e da luz, a temperaturas baixas, em embalagens neutras ou completamente cheias, evitar vedantes de borracha ou couro. Doseamento – Aparelho de Clevenger Acadêmica: Maria Beatriz • pesquisar na monografia da essência qual a densidade da mesma (indica qual o tipo de aparelho usar); • pesquisar na monografia da droga qual o % mínimo de essência exigido; • fazer o cálculo da tomada da amostra; • montar o aparelho; • ligar e deixar em ebulição por 3 horas; • desligar e esperar esfriar; • fazer a leitura; • fazer o cálculo do doseamento. Controle de qualidade Da droga: • identificação • pesquisa de princípio ativo e doseamento Do óleo essencial: • métodos físicos (solubilidade em álcoois, densidade relativa, desvio polarimétrico, índice de refração, ponto de congelamento) • métodos químicos (índice de acidez, de ésteres etc.) • métodos cromatográficos Propriedades farmacológicas: • ação anti-séptica: timol, citral, geraniol, linalol • ação rubefaciente: terebintina • ação secretolítica: eucalipto, anis-estrelado • ação diurética: zimbro • espasmolítica e carminativa: camomila, funcho, erva- doce, menta, macela • ação neurosedante: melissa, capim-limão, lavanda • ação estimulante do SNC: cânfora • ação antiinflamatória: camomila • ação anestésica local: cravo-da-índia Toxicidade • reações cutâneas • irritação: mostarda • sensibilização: canela, funcho, alho, terebintina • fototoxicidade: frutos cítricos • reações no SNC • efeitos convulsivantes: losna, sálvia, funcho, mangericão € crises epileptiformes ou tetaniformes (convulsão), distúrbios sensoriais e psíquicos • efeitos psicotrópicos: noz-moscada Não confundir as atividades farmacológicas da droga vegetal com as atividades farmacológicas do óleo essencial extraído da mesma. Se o objetivo é a ação farmacológica dos óleos essenciais: SEMPRE POR INFUSÃO, NUNCA POR DECOCÇÃO CAMOMILA • 0,2 a 1,8 % de óleo essencial. Não deve conter menos que 0,4% (uso farmacêutico). • Óleo essencial: (-)-a-bisabolol e camazuleno (formado a partir de um precursor natural durante a Acadêmica: Maria Beatriz hidrodestilação), óxido de (-)-a-bisabolol A e B, sesquiterpenos, furfural, flavonóides etc. As proporções de cada componente dependem do quimiotipo da planta. • Outros compostos: flavonóides (apigenina e quercetina), cumarinas (umbeliferona e herniarina), mucilagem (galacturônica), resinas e outros. Principais componentes dos óleos essenciais: Efeitos colaterais e toxicidade • Lactonas sesquiterpênicas podem provocar reações alérgicas em indivíduos hipersensíveis: dermatite de contato (casos excepcionais - somente 5 casos relatados). • Doses excessivas podem interferir em terapias de anticoagulação (cumarinas; warfarina) e apresentar efeito emético. • A toxicidade aguda do óleo é baixa. • Recomenda-se moderação no uso durante a gravidez e a lactação. Melissa – principais componentes dos óleos essenciais Lípia Frequentemente confundida com a Melissa. Nativa da América do Sul (Chile e Argentina). Possui flores arroxeadas azuladas Possui baixa concentração de óleo essencial. Digestiva, anti-depressiva, sedativa Usada no tratamentos de: digestão lenta, insônia, angústia. Limonóides • Tem sabor amargo e atuam como antiherbívoros e são encontradas em citrus (triterpenos não voláteis); • A azadiraquitina (50 ppb) tem grande potencial comercial como agente no controle de insetos devido sua baixa toxicidade em mamíferos. Fitoecdisonas Têm estrutura básica semelhante aodo hormônio da muda de insetos (esteróides). Acadêmica: Maria Beatriz Ingeridos pelos insetos eles interrompem a muda e outros processos do desenvolvimento, podem ser letais; Cardenolídeos Têm sabor amargo e são extremamente tóxicos para animais superiores (triterpenos glicosilados). São utilizados, em doses controladas, em humanos, no tratamento de doenças cardíacas (diminuem e fortalecem os batimentos cardíacos). Saponinas Capacidade de formar complexos com esteróides, interferindo na absorção deles pelo sistema digestivo e destruir membranas celulares. Tem ação detergente e emulsificante (esteróides e triterpenos glicosilados).
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