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Artigo: Deslocamento de implante dentário para o espaço submandibular

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68© Journal of the Brazilian College of Oral and Maxillofacial Surgery J Braz Coll Oral Maxillofac Surg. 2015 maio-ago;1(2):68-73
Deslocamento de 
implante dentário para o 
espaço submandibular
RESUMO
A instalação de implantes dentários osseointegráveis é considerada um procedimen-
to cirúrgico previsível e seguro. No entanto, sem um adequado planejamento do tra-
tamento cirúrgico, várias complicações trans-operatórias e pós-operatórias podem 
ocorrer. O presente artigo objetiva relatar o caso de uma paciente, com 48 anos de 
idade, que compareceu com histórico de deslocamento de implante dentário durante 
sua instalação, com queixa álgica e de desconforto psicológico. Avaliações clínicas in-
trabucais e extrabucais não apontaram alterações signiicativas, e o exame tomográico 
revelou deslocamento do implante para o espaço submandibular. Em um segundo tem-
po cirúrgico, o implante foi removido via acesso submandibular. As complicações com 
implantes dentários podem ser trans-operatórias, como hemorragias e danos neuros-
sensoriais, ou pós-operatórias, como falta de osseointegração e peri-implantite. O des-
locamento de implantes ou materiais relacionados é raro e, em geral, relatado como sua 
movimentação para o interior do seio maxilar. Fatores de risco para essa complicação 
estão diretamente relacionados a características anatômicas locais. A decisão quanto 
à sua remoção envolve questões isiológicas, funcionais, psicológicas e médico-legais. 
Não existem casos relatados na literatura de deslocamento de implante para o espaço 
submandibular. Um minucioso planejamento clínico e radiográico de todas as etapas 
do tratamento cirúrgico é necessário para evitar esse tipo de complicação.
Palavras-chave: Implantes. Complicações. Deslocamento. Submandibular. 
Como citar este artigo: Araújo RZ, Pinto Júnior AAC, Lehman LFC, Campos FEB, Castro WH. 
Deslocamento de implante dentário para o espaço submandibular. J Braz Coll Oral Maxillofac Surg. 
2015 maio-ago;1(2):68-73. DOI: http://dx.doi.org/10.14436/2358-2782.1.2.068-073.oar
Enviado em: 08/10/2014 - Revisado e aceito: 24/04/2015
» Os autores declaram não ter interesses associativos, comerciais, de propriedade ou financeiros, 
que representem conflito de interesse, nos produtos e companhias descritos nesse artigo.
» O(s) paciente(s) que aparece(m) no presente artigo autorizou(aram) previamente a publicação de 
suas fotografias faciais e intrabucais, e/ou radiografias.
Endereço para correspondência: Aécio Abner Campos Pinto Júnior 
Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais SEDTO – Serviço Especial de Diag-
nóstico e Tratamento em Odontologia Departamento de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial
Av. Prof. Alfredo Balena, 110, Santa Efigênia, Belo Horizonte/MG - CEP: 30.130.100
E-mail: aeciocampos@gmail.com
1 Residente em Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital das Clínicas da Univer-
sidade Federal de Minas Gerais.
2 Preceptor do Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital das Clínicas da 
Universidade Federal de Minas Gerais.
3 Coordenador do Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial do Hospital das Clínicas 
da Universidade Federal de Minas Gerais.
RAFAEL ZETEHAKU ARAÚJO1 | AÉCIO ABNER CAMPOS PINTO JÚNIOR1 | LUIZ FELIPE CARDOSO LEHMAN2 | 
FELIPE EDUARDO BAIRES CAMPOS2 | WAGNER HENRIQUES DE CASTRO3
CasoClínico
69© Journal of the Brazilian College of Oral and Maxillofacial Surgery J Braz Coll Oral Maxillofac Surg. 2015 maio-ago;1(2):68-73
Araújo RZ, Pinto Júnior AAC, Lehman LFC, Campos FEB, Castro WH
INTRODUÇÃO
O uso de implantes osseointegráveis visando a 
reabilitação de áreas edêntulas tem crescido muito nos 
últimos 40 anos. A reabilitação com implantes é consi-
derada um tratamento com boa previsibilidade cirúrgica 
e protética, com altas taxas de sucesso. Embora relatado 
como um procedimento seguro, muitas complicações 
trans- e pós-operatórias podem ocorrer1,2. Goodacre 
et al.1, em uma revisão de literatura de 20 anos associada 
a complicações com implantes dentários, identiicaram 
as principais intercorrências, incluindo hemorragias, 
distúrbios neurossensoriais, dano ou desvitalização a 
dentes adjacentes e fraturas mandibulares. Em uma me-
nor escala, esses autores também encontraram na lite-
ratura casos de hemorragias com risco de vida, embolia 
aérea, deslocamento de implantes para o canal mandi-
bular, aspiração de instrumentais, mediastinite necroti-
zante e hemorragia intraocular1. Alexander e Attia3, em 
sua revisão das complicações gerais relacionadas aos im-
plantes, mencionaram a possibilidade do deslocamento 
de dentes, implantes ou objetos para os seios paranasais 
e espaços fasciais, principalmente os espaços infratem-
poral, submandibular, bucal e sublingual.
O deslocamento de implantes dentários é uma 
complicação cirúrgica rara. Características específicas 
são associadas a essa complicação, como a baixa den-
sidade óssea encontrada nas regiões posteriores de 
maxila e mandíbula, instrumentação incorreta, varia-
ção anatômica, imperícia do cirurgião e planejamento 
cirúrgico inadequado2,3,4. 
O presente artigo relata um caso de deslocamento 
de implante para o espaço submandibular e a sua remo-
ção através de procedimento cirúrgico tardio. São discu-
tidos, também, os principais fatores de risco associados 
à complicação, e as possíveis justiicativas para se proce-
der à remoção cirúrgica do implante. Esse é o primeiro 
artigo que descreve um deslocamento de implante para 
o espaço submandibular como complicação cirúrgica 
trans-operatória no tratamento reabilitador por meio de 
implantes dentários.
RELATO DO CASO
Uma paciente, com 48 anos de idade, compareceu 
ao Serviço de Cirurgia e Traumatologia Bucomaxilofacial 
do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Mi-
nas Gerais, para avaliação de um possível deslocamento 
de um implante dentário para os espaços intersticiais da 
face, durante a tentativa de sua instalação na mandíbula, 
7 dias antes. A paciente foi encaminhada por outro pro-
issional, que relatou que, ao realizar a colocação de dois 
implantes de 3,75 x 9mm na região dos elementos 46 
e 47, ausentes: durante a inserção do primeiro implan-
te (região do elemento 46), não houve intercorrências; 
entretanto, no momento da instalação do segundo im-
plante, esse “simplesmente desapareceu”. O cirurgião 
procurou pelo implante através da perfuração mandibu-
lar produzida pela fresagem, mas não pôde encontrá-lo. 
Em  seguida, um retalho lingual foi realizado visando 
localizar a posição do implante, sem sucesso. Assim, o 
procedimento foi inalizado e a paciente encaminhada.
Na anamnese, a paciente relatou sensibilidade facial 
e desconforto psicológico, pela presença do implante des-
locado, e negou ser portadora de alterações sistêmicas ou 
fazer uso de medicamentos. Ao exame físico extrabucal, 
não foi observado edema ou assimetria facial; contudo, a 
região submandibular apresentava sintomatologia doloro-
sa à palpação. A avaliação intrabucal revelou processo de 
reparação acelerado do leito cirúrgico, sem sinais de infec-
ção. O implante não se apresentava palpável pela via intra- 
ou extrabucal. A radiograia panorâmica pós-operatória, 
solicitada pelo proissional que encaminhou a paciente, 
mostrou a presença de um corpo estranho radiopaco loca-
lizado inferiormente à basilar mandibular, no lado direito. 
Foi solicitada uma tomograia computadorizada de feixe 
cônico (CBCT), para auxiliar na avaliação e localização do 
implante no espaço intersticial (Fig. 1, 2). 
O plano de tratamento para o caso consistiu na 
proposição de um procedimento cirúrgico visando a 
remoção do implante, sob anestesia geral, haja vista a 
possibilidade da necessidade de realização de um acesso 
extrabucal. A cirurgia foi então realizada, dez dias após 
o procedimento de tentativa de instalação do implante. 
Durante o procedimento, em um primeiro momento, 
procedeu-se à tentativa de remoção por via intrabucal, 
por meio da realizaçãode um retalho mucoperiosteal 
lingual. O implante não foi localizado entre a cortical 
lingual e o periósteo. Apesar da dissecção dos tecidos 
adjacentes, não foi possível senti-lo ou visualizá-lo. En-
tão, uma abordagem através do acesso submandibular 
foi executada. Após dissecção romba, auxiliada pela 
palpação intra e extrabucal, o implante foi localizado e 
removido (Fig. 3). 
Não houve complicações pós-operatórias e a pacien-
te recebeu alta hospitalar 24 horas após a cirurgia. A pa-
ciente passou por controle ambulatorial do tratamento, 
sem relatar queixas signiicativas funcionais ou estéticas.
Deslocamento de implante dentário para o espaço submandibular
70© Journal of the Brazilian College of Oral and Maxillofacial Surgery J Braz Coll Oral Maxillofac Surg. 2015 maio-ago;1(2):68-73
Figura 1: Tomografia computadorizada de feixe cônico (CBCT): cortes coronal, axial e sagital, visando uma avaliação tridimensional da posição do implante 
deslocado no espaço submandibular.
Figura 2: Reconstrução tridimensional da CBCT: posição do implante deslocado no espaço submandibular, vista da face interna da mandíbula.
71© Journal of the Brazilian College of Oral and Maxillofacial Surgery J Braz Coll Oral Maxillofac Surg. 2015 maio-ago;1(2):68-73
Araújo RZ, Pinto Júnior AAC, Lehman LFC, Campos FEB, Castro WH
Figura 3: Remoção cirúrgica do implante dentário deslocado, através do acesso extrabucal submandibular. 
DISCUSSÃO
Embora a cirurgia de implantes dentários seja um 
procedimento simples, previsível e seguro, uma varie-
dade de complicações pode ocorrer — especialmente se 
não se realizar um planejamento adequado e usar técnica 
cirúrgica cuidadosa. 
Goodacre et al.1, em uma revisão de literatura pu-
blicada na MEDLINE entre 1981 e 2001, apontaram as 
complicações cirúrgicas mais comuns. Complicações he-
morrágicas relacionadas, ou seja, hematomas ou equimo-
ses, podem ser vistas em 24% de todos os casos cirúrgicos 
de implantes. Em um menor grau de incidência, distúr-
bios neurossensoriais ocorrem em cerca de 7% dos casos, 
enquanto a incidência de fratura mandibular é de 0,3%. 
Outras complicações cirúrgicas, como a hemorragia grave 
com risco de vida, aspiração de instrumentais, embolia ou 
deslocamento do implante, são raras e seu relato na litera-
tura consiste em poucos casos clínicos isolados.
Ardekian e Dodson2, resumindo os tipos relatados e 
a frequência das complicações associadas à cirurgia de im-
plantes dentários, dividiram-nas em complicações opera-
tórias (15% do total dos casos) — como, por exemplo, san-
gramento, deslocamento do implante e danos aos dentes 
adjacentes — e complicações inlamatórias (10% do total 
dos casos), como a peri-implantite, infecção ou hiperpla-
sia da mucosa. De acordo com esses autores, o desloca-
mento (em direção às estruturas anatômicas adjacentes, 
tais como o seio maxilar, assoalho nasal ou canal mandi-
bular) de um implante pode ocorrer durante a instalação 
desse ou da conexão do componente intermediário.
Em relação às regiões anatômicas para as quais 
ocorre o deslocamento de implantes, Chiapasco et al.4 
relataram 27 casos de deslocamento em um período 
de cinco anos, tendo um deles apresentado migração 
espontânea para o seio esfenoidal. Outros trabalhos 
relataram, também, deslocamento de implantes para 
Deslocamento de implante dentário para o espaço submandibular
72© Journal of the Brazilian College of Oral and Maxillofacial Surgery J Braz Coll Oral Maxillofac Surg. 2015 maio-ago;1(2):68-73
outras regiões anatômicas, como o interior da man-
díbula6, do canal mandibular5, seio etmoidal7 ou fossa 
anterior do crânio8.
Os fatores de risco para o deslocamento trans- ou pós-
-operatório de um implante são a colocação de implantes 
em osso com má qualidade (com uma baixa densidade 
óssea e grande espaço medular, como observado, especial-
mente, na região posterior da maxila), a proximidade com 
o seio maxilar ou canal mandibular2,5, as mudanças de pres-
são na cavidade nasal e nos seios paranasais4, osteoporose5, 
a arquitetura interna da região posterior de mandíbula, a 
distribuição incorreta das forças oclusais, a técnica cirúrgica 
inadequada (sobreinstrumentação ou uso de força excessi-
va na inserção do implante), e as variações anatômicas6. Um 
acurado planejamento pré-operatório, contando com exa-
mes complementares adequados, como a CBCT, é sempre 
imprescindível. A CBCT vai ajudar a prever a densidade in-
traóssea, apontar quaisquer variações anatômicas e orientar 
a inserção do implante na angulação correta. No caso aqui 
relatado, é evidente que a variação anatômica da mandíbula 
da paciente, com uma concavidade acentuada da fóvea sub-
mandibular, visualizada nos cortes coronais, foi uma das 
causas do deslocamento do implante. 
O deslocamento de implantes dentários para os 
espaços intersticiais da face é considerado uma com-
plicação muito rara, mas, com o número crescente de 
cirurgias para instalação desses dispositivos, essa inter-
corrência poderá ter a sua incidência aumentada. Mais 
comum do que o deslocamento do implante, é o deslo-
camento de terceiros molares para os espaços fasciais 
adjacentes. Dois artigos de revisão desse tipo de com-
plicação sugerem que, quando deslocado para o espaço 
submandibular ou sublingual, uma abordagem intrabu-
cal pode oferecer acesso limitado e pouca visibilidade 
da área, devido à presença do músculo milo-hióideo9,10. 
Esses autores, assim como Alexander e Atttia3, defen-
dem uma abordagem intrabucal inicial, mas alertam 
para a possibilidade da necessidade de combinação, em 
alguns casos, com um acesso submandibular. No  pre-
sente caso, a tentativa inicial de remoção intrabucal 
teve como objetivo evitar possíveis complicações as-
sociadas ao acesso extrabucal, como a lesão do nervo 
facial e, especialmente, uma cicatriz não-estética. 
A necessidade de remoção de um implante dentá-
rio do interior dos tecidos, e o melhor momento para 
fazer isso, ainda são questões controversas na literatu-
ra. Alguns autores defendem que, se o objeto for con-
siderado biocompatível, é razoável apenas acompanhar 
o paciente — semelhante ao que é feito em casos de 
fragmentos de projéteis de arma de fogo, quando a não 
remoção não oferece risco às estruturas anatômicas 
adjacentes3. A maioria dos trabalhos tende a indicar a 
retirada do objeto, devido à possibilidade de que esse se 
desloque ou gere uma infecção, reações de corpo estra-
nho, dor crônica, trismo, além do sofrimento psíquico 
do paciente4,9,10. No presente caso, a paciente teve um 
desconforto psicológico considerável devido ao implan-
te desalojado. Ela também declarou que a região era 
sensível à palpação e a incomodava nas atividades diá-
rias, como durante a mastigação e a fonação. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
O deslocamento do implante durante a sua colo-
cação é uma complicação muito rara, ocorrendo com 
mais frequência nos seios maxilares. Na literatura 
revisada, esse é o primeiro relato encontrado de um 
deslocamento de implante dentário para o espaço 
submandibular. Na maioria das vezes, esse acidente 
pode ser evitado por meio de um acurado planejamen-
to pré-operatório e uma cuidadosa técnica cirúrgica. 
Considerando-se as implicações legais, devido ao so-
frimento psíquico e as consequências adversas que a 
proservação do implante deslocado pode acarretar, a 
possibilidade de sua remoção deve ser considerada.
ABSTRACT 
Implant displacement into the submandibular 
space: a rare case report
Installation of dental implants is considered a safe 
and predictable surgical procedure. However, without 
the proper surgical planning, several intraoperative 
and postoperative complications can occur. To report 
the case of a 48 year-old female patient presenting a 
history of dental implant displaced during surgery, 
and reporting pain and psychological distress. Clini-
cal intraoral and extraoral evaluation did not show 
any signiicative alterations, and a tomographic scan 
revealed the dental implant displacedto the subman-
dibular space. Surgery was realized to remove the 
displaced dental implant through a submandibular ac-
cess. Several complications in dental implant surgery 
might occur. Intraoperative complications, like hem-
orrhage and neurosensory disturbance, or postopera-
tive complications such as lack of osseointegration of 
the implant or peri-implantitis are some of the them. 
Implant displacement is rare, and when it happens, 
73© Journal of the Brazilian College of Oral and Maxillofacial Surgery J Braz Coll Oral Maxillofac Surg. 2015 maio-ago;1(2):68-73
Araújo RZ, Pinto Júnior AAC, Lehman LFC, Campos FEB, Castro WH
usually is to the interior of the maxillary sinus. Risk 
factors for this rare complication are directly related to 
the local anatomic characteristics. he decision for im-
plant removal involves physiological, functional, psy-
chological and legal considerations. here are no cases 
in the literature related to implant displaced into the 
submandibular space. A rigorous clinical and radio-
graphic surgical planning are necessary to avoid this 
rare complication. Keywords: Intraoperative compli-
cations. Implant displacement. Submandibular space.
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Referências:

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