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AULA 01 - DIREITO DO TRABALHO ESTACIO

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Direito do Trabalho
Aula 1- AURA
Profa. Dra. Patrícia Fontes Marçal
Bem Vindos!
Em hipótese nenhuma a professora pode ABONAR faltas. O sistema de Abono de faltas é realizado na Secretaria Acadêmica conforme o Projeto Pedagógico da Estácio;
Ao ser feita a chamada e se o aluno ou aluna que estava presente e não ouviu, deve imediatamente comunicar a professora. Sob hipótese alguma será possível abonar falta na semana seguinte. Portanto, fiquem atentos e verifiquem diariamente se a sua presença foi computada. Caso contrário ficará com falta.
Toda questão de atestado médico deve ser apresentada a Secretaria acadêmica e não a professora;
As provas serão realizadas pela Estácio portanto quando tivermos informações repassaremos;
Procurem frequentar as aulas regularmente para não ficarem pendente de faltas no final do semestre.
INFORMAÇÕES INICIAIS 
DO SEMESTRE
A chamada será feita todos os dias.
As perguntas quanto a matéria são muito bem-vindas sempre! 
Façam suas anotações e tirem suas dúvidas.
Utilizem o SIA para adquirir as lâminas que serão postadas assim que cada aula for sendo desenvolvida.
Façam o avaliando regulamente para se prepararem para as provas.
O aluno que se matricular em um turno NÃO poderá assistir aulas em outro turno, tampouco fazer provas fora do turno de sua matrícula.
INFORMAÇÕES INICIAIS 
DO SEMESTRE
As disciplinas ARAS poderão sofrer alteração na prova AV2
1. NORMAS E PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO
1 .1 DENOMINAÇÃO, CONCEITO, AUTONOMIA, NATUREZA JURÍDICA, OBJETO, RELAÇÃO COM OUTROS RAMOS, CAMPO DE APLICAÇÃO 
1 .2 FONTES E APLICAÇÃO DO DIREITO DO TRABALHO 
1 .3 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS GERAIS E ESPECÍFICOS 
1 .4 PRINCÍPIOS ESPECÍFICOS DO DIREITO DO TRABALHO
 1 .5 PROTEÇÃO DO TRABALHO DA MULHER E DO MENOR
SUMÁRIO
1824 – Constituição Monárquica
Sociedade dominante:
- clientelista;
- coronelista;
- patrimonialista;
- patriarcalista;
- vertical;
- discriminadora;
- racista;
- formada por 2 tipos de pessoas:
 Herdeiros e res de favores ou de dádivas (negros, mulheres, deficientes, índios e todos que não fossem homens brancos e donos de terras)
SOCIEDADE FORMADA AO LONGO DOS SÉCULOS NO BRASIL
1891 – 1ª Constituição Republicana (outorgada) 
1934 – 2ª Constituição Republicana (promulgada)
Instituiu os direitos trabalhistas.
A escola era para formar “homo fabris”, ou seja, trabalhadores nas fábricas.
1937 – 3ª Constituição Republicana (outorgada)
1946 – 4ª Constituição Republicana (promulgada) 
1967 – 5ª Constituição Republicana (ditadura) outorgada
1988 – 6ª Constituição Republicana (promulgada
HISTÓRIA DAS CONSTITUIÇÕES BRASILERIAS E FORMAÇÃO DO PAÍS
JUSTIÇA SOCIAL
1824: Abolição das corporações de ofício;
1891: liberdade de associação;
1934: pluralismo sindical, isonomia salarial, salário mínimo, jornada de 8 h, proteção ao trabalho feminino e infantil, repouso semanal, férias;
1937: intervencionismo estatal na organização sindical (enquadramento e unicidade sindicais), proibição da greve, introdução de direitos sociais;
1946: direito de greve, judiciarização da Justiça do Trabalho, participação nos lucros, repouso semanal remunerado;
1967: constitucionaliza o FGTS;
1988: coletivização do direito do trabalho; liberdade sindical, unicidade sindical, direito de greve, direitos sociais amplos; garantias de emprego (dirigente sindical, gestante, membro eleito da CIPA)
HISTÓRIA DO DIREITO DO TRABALHO
1891: trabalho de menores;
1903: organização de sindicatos rurais;
1907: organização de sindicatos urbanos;
1925: férias;
1930: Criação do Ministério do Trabalho. Indústria e Comércio;
1931: nova estrutura sindical;
1932: trabalho feminino, convenção coletiva do trabalho;
1935: lei geral aplicável aos industriários e comerciários;
1936: salário mínimo;
1939: Justiça do Trabalho;
1943: CLT;
 1949: Lei n° 605/49 (repouso semanal remunerado);
1962: Lei nº 4090/62 (gratificação natalina 13º);
1964: Lei de Greve (atualmente Lei nº 7783/89);
1966: FGTS (atualmente Lei nº 8036/90);
1985: Lei nº 7418/85 (vale-transporte);
1990: Lei nº 7998/90 (seguro-desemprego 
HISTÓRIA LEGAL DO DIREITO DO TRABALHO
1) UNESCO – Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, que tem como objetivo contribuir para a paz pela educação, a ciência e a cultura, visando eliminar o analfabetismo.
2) OMS – Organização Mundial da Saúde, que busca elaborar o combate de epidemias e cria normas internacionais para produtos farmacêuticos e alimentícios. Coordena também questões sanitárias internacionais.
3) ONU – Organização das Nações Unidas, organizada pelos países vencedores da Segunda Guerra Mundial,e tem como principal objetivo manter a paz e a segurança internacionais.
4) OIT – Organização Internacional do Trabalho, que congraça seus membros em torno de uma remuneração digna, do pleno emprego, formação profissional, entre outros. Adota normas comuns de comportamento político, social, etc. entre os países-membros.
5) OMC – Organização Mundial do Comércio, que cria as regras de comércio entre as nações, negociando e formulando acordos a serem ratificados pelos parlamentos de cada um dos países-membros. Busca também aumentar a produção e melhor a qualidade de vida desses países.
6) OEA – Organização dos Estados Americanos, com sede nos EUA (Washington), tem como membros as 35 nações independentes do continente americano, com o objetivo de fortalecer a cooperação, garantir a paz e a segurança.
ORGANISMOS INTERNACIONAIS
Princípio in dúbio pro operário
Princípio da norma mais favorável
Princípio da condição mais benéfica
Princípio da primazia da realidade laboral
Princípio da irredutibilidade, integralidade e da intangibilidade salarial
Princípio da não discriminação (CF, art. 7º, XXX, XXXI e XXXII)
Princípio da continuidade da relação de emprego
Princípio da irrenunciabilidade dos direitos trabalhistas;
Princípio da imodificabilidade in pejus do contrato do trabalho
Princípio do não retrocesso social. 
PRINCÍPIOS DO DIREITO DO TRABALHO
Quando o homem passou a viver em sociedade, surgiu a concepção de contrato: um mecanismo desenvolvido para preservar e tornar pacífica a convivência humana.
O principio da função social do contrato reflete um conjunto de acontecimentos históricos havidos no final do século XIX, entre todas as mudanças é conveniente chamar-se a atenção para a concepção jurídico-política chamada Welfare State.
Trata-se de um princípio que visa regular a relação dos contratantes com a sociedade.
O princípio da função social do contrato determina que os interesses individuais das partes do contrato sejam exercidos em conformidade com os interesses sociais
FUNÇÃO SOCIAL DO CONTRATO
1) Direito Constitucional 
2) Direito Civil (o contrato de Trabalho teve como origem o Direito Civil na locação de serviços (locatio operarum). Por expressa determinação legal (artigo 8º da CLT), sempre irá utilizar o Direito Civil de forma subsidiária.
3) Direito Internacional (OIT)
4) Direito Tributário (IR e INSS)
5) Direito Previdenciário (aposentadorias)
6) Direito Penal (Delitos praticados no trabalho)
7) Direito Empresarial (artigos 10 e 448 da CLT, que estabelecem que a mudança na estrutura jurídica ou na propriedade da empresa não irá influir nos Direitos Trabalhistas dos empregados)
8) Direito Administrativo (Quando a Administração pública contrata trabalhadores, sob o regime estatutário, estamos diante de uma relação de trabalho.)
Relações do Direito do Trabalho com outros Ramos do Direito:
Fontes materiais; movimentos sociais e o papel das greves
Fontes formais; Constituição, CLT, legislações esparsas, convenções internacionais, contratos de trabalho, acordos e convenções coletivas e sentença normativa.
Fontes formais autônomas também são chamadas de diretas, não estatais ou primárias. Essas são elaboradas pela participação dos próprios destinatários, sem a intervenção do Estado. 
Fontes formais heterônomas: são chamadas de imperativas ou estatais e são aquelas que em
que o Estado participa ou interfere. São elas: a Constituição Federal, leis (em geral), decretos expedidos pelo Poder Executivo, sentença normativa, súmulas vinculantes.
FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
A mulher e o menor no início dos tempos eram tratados no mercado de trabalho como mercadorias, a utilização da mão de obra barata visava o lucro, sem mensurar os danos que isto poderia causar no futuro, com o passar dos anos e com a luta contra a discriminação receberam amparo das organizações mundiais e hoje são tutelados pelas legislações de maneira especial.
PROTEÇÃO DO TRABALHO DA MULHER E DO MENOR
A utilização da mão de obra da mulher, na condição de trabalhadora, começa a ser requerida a partir da Revolução Industrial no Século XIX. Essa inciativa visava o aumento da concorrência das indústrias, pelo fato das mulheres receberem salários inferiores aos dos homens, ou seja, a mulher era vista como mercadoria
PROTEÇÃO DO TRABALHO DA MULHER E DO MENOR
No Brasil, a primeira norma que tratou do trabalho da mulher foi o decreto nº 21.417-A de 1932, o qual proibia o trabalho da mulher à noite das 22hs às 5hs e vedava a remoção de peso. Sucessivamente, a Constituição de 1934, foi a primeira a inserir no rol de direitos a proteção ao trabalho da mulher, os quais foram: proibição da diferença de salário e trabalho insalubre; garantia o repouso ante e depois do parto, sem prejuízo do salário e do emprego, e assegurando instituição de previdência a favor da maternidade
PROTEÇÃO DO TRABALHO DA MULHER E DO MENOR
A Carta Magna de 1988 estabeleceu a igualdade entre homens e mulheres, sendo proibida qualquer espécie de discriminação, assim, atualmente, a jornada de trabalho para ambos os sexos é de oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, conforme transcrito no art. 7º, XIII
DURAÇÃO DO TRABALHO
art. 384 da CLT, 
PROTEÇÃO DO TRABALHO DA MULHER E DO MENOR
A inclusão do menor no mercado de trabalho inicia na época das corporações de ofício, com o objetivo da formação moral e profissional de aprendizagem. 
Com a Revolução Industrial o menor fica desprotegido, trabalhando de 12 a 16 horas por dia.
Ao passar dos anos Inglaterra e França foram países pioneiros com a aplicação de medidas protetivas aos menores, mas efetivamente foi através da Declaração Universal dos Direitos da Criança que houve a crucial proteção ao trabalho do menor
TRABALHO DO MENOR
Perante a tutela estabelecida ao menor, a legislação proíbe taxativamente qualquer tipo de trabalho ao menor de 16 anos, salvo na condição de aprendiz. 
Ademais, o local de trabalho do menor tem que apresentar totais condições que mantenha a saúde física e psíquica e seu horário de trabalho tem que ser compatível com a frequência escolar.
Ao menor é proibido laborar durante o turno da noite, ou seja, das 22 horas às 5 horas da manhã, mas também o trabalho em locais insalubres ou perigosos, ou locais impróprios a sua integridade moral.
TRABALHOS DO MENOR PROIBIDOS
As Constituições que vieram a suceder incluíram e excluíram a proteção ao trabalho da mulher, mas em 1943 é editado e publicado o Decreto-Lei nº 5.452, que aprova a Consolidação das Leis do Trabalho – CLT. No entanto, mesmo com as determinações da CLT somente em 1988, com a promulgação da Constituição Federal que ficam asseguradas as garantias ao trabalho da mulher, isto é, licença gestante de 120 dias, sem prejuízo do salário e emprego, proibição da diferença de salários entre homens e mulheres, garantia de emprego durante a gestação, entre outros.
PROTEÇÃO DO TRABALHO DA MULHER E DO MENOR
http://www.adorocinema.com/filmes/filme-48920/
Uma cidade costeira no norte da Espanha sofre com seu isolamento quando seus estaleiros começam a ser fechados, deixando vários trabalhadores desempregados à mercê de pequenas ocupações temporárias. Entre eles está Santa (Javier Bardem), um machão rebelde e auto-suficiente que se recusa a admitir o fracasso. Mas a verdade é que ele e seus companheiros, dos quais ele se torna uma espécie de líder, são perdedores completos, mergulhados no alcoolismo e em crises familiares.
FILME PARA ASSISTIR
O Sindicato dos Empregados de Bares e Restaurantes de Minas Gerais celebrou convenção coletiva de trabalho com o Sindicato Patronal de Bares e Restaurantes de Minas Gerais. 
A referida norma coletiva estabeleceu para os integrantes da categoria profissional representada pelo sindicato profissional o pleno funcionamento dos bares e restaurantes aos domingos com o devido revezamento do repouso semanal dos empregados, sendo uma folga aos seus empregados aos domingos, a cada duas semanas inteiras trabalhadas.Finalmente, as partes estabeleceram um prazo de vigência de 1 (um) ano para a vigência da convenção coletiva. 
Analisando o caso concreto apresentado, esclareça se esta norma coletiva se caracteriza como fonte material ou formal do direito do trabalho? 
Esclareça ainda, a diferença entre fontes autônomas e heterônomas. 
Além disso, esclareça se em caso de divergência entre disposto em acordo coletivo ou convenção coletiva para membros da mesma categoria profissional, qual norma irá prevalecer?
CASO CONCRETO
Na situação hipotética narrada a norma coletiva não é considerada com fonte material e sim fonte formal autônoma. 
As fontes materiais são os fatos sociais que deram origem à norma, como por exemplo, as greves, os movimentos sociais organizados pelos trabalhadores, as lutas de classe, a revolução industrial, e todos os fatos sociais que deram origem à criação do direito do trabalho. 
Já a fonte formal é a manifestação da ordem jurídica positivada, ou seja, a norma é elaborada pela participação direta dos seus destinatários, ou seja, as próprias partes interessadas (fonte formal autônoma) ou sem a participação direta de seus destinatários (fonte formal heterônoma). 
As convenções coletivas ou acordos coletivos são consideradas como fontes formais autônomas e as leis, CLT, CRFB, sentença normativa, dentre outras são fontes formais heterônomas. 
Além disso o aluno deverá analisar que em consonância com o artigo 620, CLT prevalecerá em divergência o acordo coletivo.
RESPOSTA 
CASO CONCRETO
(VUNESP 2018) Nos termos da Consolidação das Leis do Trabalho, súmulas e outros enunciados de jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho 
a) não poderão criar obrigações que não estejam previstas em lei. 
b) poderão criar obrigações que não estejam previstas em lei. 
c)poderão criar obrigações desde que não haja violação das normas de ordem pública. 
d)poderão restringir direitos legalmente previstos, desde que haja contrapartida em favor do trabalhador. 
e)poderão criar obrigações que não estejam previstas em lei, desde que fiquem excepcionadas as empresas em recuperação judicial. 
QUESTÃO
OBJETIVA 
Letra “A” -Art. 8° § 2 
Súmulas e outros enunciados de jurisprudência editados pelo Tribunal Superior do Trabalho e pelos Tribunais Regionais do Trabalho não poderão restringir direitos legalmente previstos nem criar obrigações que não estejam previstas em lei.
QUESTÃO OBJETIVA
RESPOSTA

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