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1-1 BNCC E SEUS DESAFIOS PARA IMPLEMENTAÇÃO - ATIVIDADE 1-1

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Nome Completo: Juliano Belintani
	RGM: 24313068
	Instituição: Cruzeiro do Sul Virtual – Polo Araraquara - SP 
	Data: 14/10/2020
	Curso: Geografia 
	Disciplina: ESTÁGIO CURRICULAR SUPERVISIONADO EM GEOGRAFIA NO ENSINO MÉDIO – PLANO EMERGENCIAL 
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ATIVIDADE 1.1 - BNCC E SEUS DESAFIOS PARA IMPLEMENTAÇÃO
Analise a BNCC e sua correlação com os direitos humanos e as ODS 2030 e elabore um texto dissertativo, com o mínimo de uma lauda, conforme as orientações a seguir:
Materiais de referência para realização da atividade: Texto da BNCC (Educação Infantil, Ensino Médio ou Ensino Fundamental, conforme o segmento do estágio), Declaração Universal dos Direitos Humanos e ODS 2030.
Produção do Texto Dissertativo.
O texto dissertativo (com suas palavras) deverá fazer menção à:
a) Origem da declaração dos direitos humanos (E ODS 2030);
b) Propostas gerais presentes na BNCC (consultar a introdução documento);
c) Uma competência específica (fundamental e médio) ou campo de experiência (infantil), a pelo menos 01 artigo da DUDH ou a pelo menos 01 ODS (para Educação Infantil, deve-se considerar a ODS 4 Meta 4.2);
d) Correlação entre a importância da presença e do desenvolvimento dessa competência na formação do estudante egresso na educação infantil, do ensino médio ou fundamental, explicando-a adequadamente.
Digite aqui o seu texto:
1. Os direitos humanos.
Posteriormente a experiencias assombrosas dos terrores das duas grandes guerras mundiais; a primeira de 1914 – 1918, e a segunda duas décadas depois de 1939 – 1945, da condução do totalitarismo, de teorias “cientificas” de extermínio contra os judeus, negros e todos aqueles considerados “inferiores” aos regimes diabólicos, resultando com a carnificina de duas bombas atômicas em Hiroshima e Nagasaki atacada covardemente pelo EUA, os então líderes das potências que saíram vencedoras em 26, de junho de 1945, em São Francisco, a Organização da Nações Unidas a ONU foi encarregada da tarefa árdua de evitar e intervir a um terceiro conflito mundial e fazer o possível para estabelecer a paz entre as nações (TOSI, 2004).
Seria indispensável a consumação dos “direitos naturais” do homem para um mundo pacífico, já que o extermínio das duas grandes guerras deixou claro que os valores e interesses políticos, fanáticos, lúdicos e utópicos de alguns líderes faziam que homens, mulheres de todas as idades, religiões, classe socias se aniquilassem. Desde modo, os primeiros feitos da Assembleia Geral das Nações Unidas foi a proclamação de uma Declaração Universal dos Direitos Humanos, em 10 de dezembro de 1948, do qual já em seu artigo primeiro diz:” Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. São dotadas de razão e de consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade”. A declaração deixa evidente a referência e o legado à tradição dos direitos naturais: “Todas as pessoas nascem livres e iguais”, que não foi atuada pelos filósofos ou juristas, já que as correntes primarias da filosofia do direito presente (utilitarismo, positivismo, historicismo, marxismo), ainda que contrastando alguns temas, ambas aceitavam que o jusnaturalismo era pretérito (TOSI, 2004).
No entanto foi personagem principal dos políticos e diplomatas em discursos e esforços que servia de abrigo em oposição do pavor de reascender o pavio da bestialidade. Para confirmar a índole “natural” dos direitos, os redatores do artigo acharam clara a ideia de congregar em uma única formação, as três palavras de ordem da Revolução Francesa de 1789: liberdade, igualdade e fraternidade. Norberto Bobbio explana sobre o caso:
um sinal dos tempos o fato de que, para tornar sempre mais irreversível esta radical transformação das relações políticas, convirjam, sem se contradizer, as três grandes correntes do pensamento político moderno: o liberalismo, o socialismo e o cristianismo social” (BOBBIO, 1992).
Neste contexto, a declaração fez a junção das essências correntes políticas contemporânea, no mínimo do ocidente, no esforço de encontrar o entendimento mais abrangente. A declaração Universal reafirma o agrupamento de direitos das revoluções burguesas, direitos de liberdade, ou direitos civis e políticos e abrange para um conjunto de indivíduos que antes eram excluídos, a proibição da escravidão, proclamação dos direitos das mulheres, a defesa dos direitos do estrangeiro, os direitos da tradição socialista, direitos de igualdade, ou direitos econômicos e socias, do cristianismo social direitos de solidariedade e os direitos culturais. Isto nasceu de um acordo entre dois amplos blocos do após-guerra, o socialista, que preservava os direitos econômicos e sociais, e o capitalista, que defendia os direitos civis e políticos. Embora com divergências e da isenção dos países socialistas, ocorreu um consenso acerca de princípios básicos, visto que a guerra fria não estava em seu clímax que chegaria décadas depois (CASSESE, 1994). 
Com consequência, jamais teve um consenso sobre o tema dos direitos fundamentais. Se em 1948, dois blocos chegaram a um acordo, antes da guerra fria, após os confrontos dos blocos este acordo foi improvável. Durante 1996, os cuidados de assinar um pacto a respeito dos direitos humanos para transformar os princípios éticos e moral da Declaração Universal em concepções jurídicas, os blocas se diluíram e foi necessários dois pactos. A maior parcela dos países socialista não assinou o pacto dos direitos civis e políticos, não obstante os países capitalistas em sua maioria não assinou o pacto dos direitos econômicos e sociais, os Estados Unidos que não reconhece estes direitos como verdadeiros ainda hoje (TOSI, 2004). É apropriado salientar que a Declaração Universal foi anunciada em pleno vigor dos regimes coloniais, como reitera Damião trindade: “Mesmo após subscreverem a Carta de São Francisco e a declaração de 48, as velhas metrópoles colonialistas continuaram remetendo tropas e armas para tentar esmagar as lutas de libertação e, em praticamente todos os casos, só se retiraram após derrotados por esses povos”.
2. ODS 2030.
Em setembro de 2015, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável a (ODS) foi criado pela Organizações das Nações Unidas (ONU) com a reunião e apelo de todas as nações e seus líderes em Nova York para garantir e resguardar o planeta e dar dignidade e igualdade para as pessoas e seres vivos. A relevância do desenvolvimento sustentável teve seu reconhecimento internacional para o avanço e prosperidade das nações e efetivou-se há pouco tempo na instituição da Agenda 2030. A resolução procura desenvolver nas três dimensões do desenvolvimento sustentável, ambiental, econômico e social; levantando modelos de desenvolvimento para todos igualmente (ONU, 2015). A formulação da Agenda a começar com a vivência do Desenvolvimento do Milênio (ODM), válidos entre 2000 e 2015, aprimora em vários aspectos, como na quantidade de objetivos elaborados e na diversidade de esferas que aborda. Os propósitos e fins são mais arrojados que os precedentes, além de serem relacionados um ao outro, tendo que ser atingido até 2030 (ONU, 2018; ONU, 2015). 
O projeto da Agenda 2030 é ser um programa de ação para pessoas, para o nosso planeta e para o desenvolvimento, incentivando as ações das nações em busca da prosperidade sustentável. Dessa maneira, são elaborados os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), que especificam 169 metas universais, das quais o avanço é monitorado por 232 indicadores globais. Por precisar de um planejamento de longo prazo para efetivar os Objetivos, a Agende 2030 deve percorrer vários governos que se sucedem, tendo que contemplar os governos que se passarem durante os quinze anos, e influenciar nos planos durante esse prazo (FURTADO, 2018).
Os grandes focos nas propostas são sociais, econômicas, ambientais e na educação, podemos destacar seus objetivos e metas educativas como exemplo, citados no artigo da Ação Educativa, Assessoria Pesquisa e Informação em 2017: O ODS 4, “Assegurara educação inclusiva e equitativa de qualidade, e promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todos”, esta de modo direto focado para o tema educação e é formado por 7 metas de resultados e 3 insumo: 
4.1 Até 2030, garantir que todas as meninas e meninos completem o ensino primário e secundário gratuito, equitativo e de qualidade e que alcancem resultados de aprendizagem pertinentes e efetivos. 
4.2 Até 2030, garantir que todos os meninos e meninas tenham acesso a um desenvolvimento de qualidade na primeira infância, cuidados e educação pré-escolar, de modo que estejam prontos para o ensino primário. 
4.3 Até 2030, assegurar a igualdade de acesso para todos os homens e mulheres à educação técnica, profissional e superior de qualidade, a preços acessíveis, incluindo universidade. 
4.4 Até 2030, aumentar substancialmente o número de jovens e adultos que tenham habilidades relevantes, inclusive competências técnicas e profissionais, para emprego, trabalho decente e empreendedorismo. 
4.5 Até 2030, eliminar as disparidades de gênero na educação e garantir a igualdade de acesso a todos os níveis de educação e formação profissional para os mais vulneráveis, incluindo as pessoas com deficiência, povos indígenas e as crianças em situação de vulnerabilidade. 
4.6 Até 2030, garantir que todos os jovens e uma substancial proporção dos adultos, homens e mulheres, estejam alfabetizados e tenham adquirido o conhecimento básico de matemática. 
4.7 Até 2030, garantir que todos os alunos adquiram conhecimentos e habilidades necessárias para promover o desenvolvimento sustentável, inclusive, entre outros, por meio da educação para o desenvolvimento sustentável e estilos de vida sustentáveis, direitos humanos, igualdade de gênero, promoção de uma cultura de paz e não-violência, cidadania global, e valorização da diversidade cultural e da contribuição da cultura para o desenvolvimento sustentável.
4.a Construir e melhorar instalações físicas para educação, apropriadas para crianças e sensíveis às deficiências e ao gênero e que proporcionem ambientes de aprendizagem seguros, não violentos, inclusivos e eficazes para todos. 
4.b Até 2020 substancialmente ampliar globalmente o número de bolsas de estudo disponíveis para os países em desenvolvimento, em particular, os países de menor desenvolvimento relativo, pequenos Estados insulares em desenvolvimento e os países africanos, para o ensino superior, incluindo programas de formação profissional, de tecnologia da informação e da comunicação, programas técnicos, de engenharia e científicos em países desenvolvidos e outros países em desenvolvimento. 
4.c Até 2030, substancialmente aumentar o contingente de professores qualificados, inclusive por meio da cooperação internacional para a formação de professores, nos países em desenvolvimento, especialmente os países de menor desenvolvimento relativo e pequenos Estados insulares em desenvolvimento.
Os objetivos na educação foram concebidos através de um forte processo de negociação entre países, organismos multilaterais, organizações da sociedade civil e atores privados, que teve como material de contribuição a UNESCO em relação às metas do acordo Educação para todos – EPT (Education for ALL-EFA), renovadas em 2015. Esse acordo de meados 2000, quando foi divulgado o Quadro de Ação de Dakar (Dakar Framework for Action), no decorrer do Fórum Mundial de Educação, retratando o esforço da comunidade internacional em desenvolver-se na elaboração do direito à educação no mundo, por meio de um grupo de metas que ocorreram entre 2000 e 2015 (AÇÃO, 2017).
3. BNCC. 
Em um momento político socioeconômico conturbado no Brasil surge a BNCC, em 20 de dezembro de 2017 a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) foi homologada pelo ministro da Educação, Mendonça Filho. Não se trata simplesmente de um registro normativo, no entanto de indagações ideológicas e políticas. A Base Nacional Comum Curricular tem o argumento de normalizar o conhecimento essenciais que os educandos da Educação Básica têm que desenvolver ao percorrer sua vida acadêmica. De acordo com o MEC (2017, 7) “[...] a BNCC soma-se aos propósitos que direcionam a educação brasileira para a formação humana integral e para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva”. Tiveram duas versões até a sua terceira e definitiva que resultou no documento oficial. Em outubro de 2015 a primeira versão foi cedida para consulta e alcançou “12 milhões de colaboradores individuais, de instituições e redes de educação de todo Brasil, além da opinião de analíticos de especialistas, comunidade cientificas e pessoas da comunidade acadêmica”. (Lbid., p. 5). A segunda versão foi lançada em 2016 e foi passada por um grande debate através de seminários estaduais a qual incluiriam professores e leitores especialistas contribuindo na revisão (MEC, 2017). Além da Constituição federal (BRASIL, 1988) no seu artigo 205 que explana sobre a educação “[...] direito de todos e dever do estado e família [...]”, no artigo 2010 que determina que “serão fixados conteúdos mínimos [..]”, a LDB 25 (BRASIL, 2017) no seu artigo 9º confirma que compete a União determinar “competências e diretrizes para a Educação Infantil, Ensino Fundamental e o Ensino Médio, que nortearão os currículos e seus conteúdos mínimos [...]”. Levando em conta a Educação Infantil a afirmativa da base se referencio “na necessidade de operacionalizar as diretrizes curriculares, isto é, construir uma orientação a partir da qual os professores pudessem desenvolver suas práticas, respeitando as diversas dimensões da infância e dos direitos das crianças”. (CAMPOS e BARBOSA, 2016, p. 353).
O MEC (2017) confirma que a BNCC e os currículos se acrescentam de modo a certificar os alunos do Brasil um ensino mínimo essencial em todas as etapas da educação e compete as redes e instituições de ensino regularizar o que diz a lei à vivência social, regional, local e dos alunos. Não obstante de toda essa afirmação o Ministério da Educação compreendeu que a base seria um conjunto de competências que os educandos precisam seguir e não uma proposta curricular. Assim Freitas (2015) diz que a Base não seguira para formar uma sociedade mais justa e igualitária na questão do currículo nacional, visto que a base foi vista pelo diretor da Secretaria da Educação Básica como uma descrição de ensino e não como um currículo nacional. Diversas são as deficiências na produção, divulgação e estrutura da base, visto que são muitos interesses a serem formado em uma única estrutura. 
A cerca da Educação infantil, a BNCC define que são seis os direitos de aprendizagem da Educação Infantil para que a criança obtenha requisitos para executar em sua vida à cidadania e poder solucionar os debates que ocorrem diariamente em sua vida. Os privilégios de aprendizagens são: conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se. Esses conhecimentos segundo o MEC (2017, p. 34) “[...] reitera a importância e necessidade de imprimir intencionalidade educativa às práticas pedagógicas na Educação Infantil, tanto na creche quanto na pré-escola.” A base não se forma em conteúdos divididos a ser assimilado e sim em âmbito de experiencias nos quais os propósitos devem ser baseados. Eles são: O eu, o outro e o nós; Corpo, gestos e movimentos; Traços, sons, cores e formas; Oralidade e escrita; Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações. As finalidades de aprendizagens são estruturadas por grupos de faixas etárias: Crianças de Zero a um ano e seis meses; Crianças de um ano e sete meses a três anos e onze meses nas creches e crianças de quatro e cinco anos e onze meses na pré-escola. Para crianças que estão na mudança da Educação Infantil para o Ensino Fundamental a base apresenta um resumo dos conhecimentos esperados para que (...) as crianças tenham condições favoráveis para ingressar no Ensino fundamental. Essas composições são assimiladas como elementos balizadores e informativo de objetivos a ser investigado em toda parcela da Educação Infantil,e que devem ser amplificados e examinados no Ensino Fundamental, e não como circunstância ou pré-requisito para integração ao Ensino Fundamental. MEC (2017, p 49) para essa questão a justificativa é a procura de uma educação que não seja dividida, mas que ande lado a lado com o aluno para sua autonomia e emancipação para carregar consigo “sentido ao eu se aprende”(MEC, 2017, p.17.).
REFERENCIAS:
Ação Educativa, Assessoria Pesquisa e Informação. A implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável no Brasil e os desafios das metas em educação. Fevereiro de 2017. Disponível em: < https://acaoeducativa.org.br/wpcontent/uploads/2017/02/implementa%C3%A7%C3%A3o_ODS_Brasil.pdf> Acesso em 13.out.2020.
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Rio de janeiro: Campus, 1992.
BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil, 1988. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm> Acesso em 13.out.2020.
CAMPOS, Rosânia. BARBOSA, Maria Carmen Silveira. BNCC e Educação Infantil: Quais as possibilidades? Revista Retratos da Escola, 2016.
CASSESE, Antonio, I diritti umani nel mondo contemporaneo , Laterza, Roma-Bari 1994.
FREITAS, Luiz Carlos de. Não há base para discutir a base. Avaliação Educacional – blog do Freitas, 18 out. 2015. Disponível em:< https://avaliacaoeducacional.com/2015/10/18/nao-ha-base-para-discutir-a-base/>. Acesso em: 13.out.2020.
FURTADO, Nayara Frutuoso. A AGENDA 2030 E A REDUÇÃO DE DESIGUALDADES NO BRASIL: ANÁLISE DA META 10.2. Brasília – DF Junho/2018
MEC. Base nacional Comum Curricular. 2017. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/a-base> Acesso em 13.out.2020.
ONU. Organização das Nações Unidas. Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. 2018. Disponível em: <https://nacoesunidas.org/post2015/> Acesso em 13/10/2020. 
ONU. Organização das Nações Unidas. Transformando Nosso Mundo: A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. 2015. Disponível em: <https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2015/10/agenda2030-pt-br.pdf> Acesso em 13.out.2020.

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