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Vanessa Modulo 3,4 5 Analise de Demostrações Contabeis

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3 Análise através dos Índices
Índice é a relação entre contas ou grupos de contas das Demonstrações Financeiras, que visa evidenciar determinado aspecto da situação econômica ou financeira de uma empresa.
A técnica de análise por meio de índices consiste em relacionar contas e grupos de contas para extrair conclusões sobre tendências e podem classificar os índices da empresa como ótimo, bom, satisfatório ou deficiente, ao compará-los com os índices de outras empresas do mesmo ramo e porte, ou com os índices do setor, publicados pelas revistas especializadas.
 
Tipos de comparação de índices
 
Três tipos de comparação de índices podem ser feitos:
·         Análise cross-sectional
·         Análise de série temporal
·         Análise combinada
 
Análise cross-sectional
Envolve a comparação dos índices financeiros de diferentes empresa em um mesmo instante, envolve a comparação dos índices da empresa com os correspondentes do principal empresa do setor ou com as médias da indústria.
 
Análise de serie temporal
Avaliação de desempenho financeiro da empresa ao longo do tempo, utilizando a análise financeira baseada em índices.
 
Análise Combinada
È aquela que combina as análises cross-sectional e de séries temporais.
  
3.1 Índices de Liquidez
A ideia central de criar indicadores de liquidez está na necessidade de avaliar a capacidade de pagamento da empresa. A palavra liquidez em finanças significa a disponibilidade em moeda corrente para fazer pagamentos. Decorre de líquido e liquidação. Liquidar significa extinguir obrigação. Um ativo líquido é um ativo sem possibilidade de redução. Portanto, os índices de liquidez querem medir se os bens e direitos da empresa (ativos) sã suficientes para a liquidação das dívidas.
Os ativos podem ser classificados quanto à sua condição maior ou menor de se tornarem líquidos. Isso quer dizer que existem ativos mais líquidos que outros. O ativo mais líquido existente nas empresas é o numerário em caixa, seguido dos depósitos em bancos. A seguir, vêm as aplicações financeiras de curto prazo, pois rapidamente podem se transformar em dinheiro. Depois, seguem os valores a receber e os estoques, como os principais ativos realizáveis. Na linguagem contábil e financeira, denomina-se realização o processo de um ativo transformar-se em dinheiro. Dessa maneira, existe a possibilidade de avaliar a liquidez de diversas maneiras.
Os indicadores de liquidez procuram evidenciar a condição da empresa de saldar suas dívidas. São indicadores extraídos apenas do balanço patrimonial, razão por que são considerados indicadores estáticos. Quer dizer que, no momento seguinte, poderão ser alterados por evento que modifique os elementos patrimoniais são utilizados para medir a liquidez.
Esse vem a ser um ponto muito importante. O analista financeiro deve ter em mente que esses indicadores referem-se apenas a uma data e, portanto, não podem simplesmente ser avaliados como indicadores definitivos de capacidade de pagamento. Cabe ao analista verificar, após a obtenção desses dados, quais as possibilidades futuras da empresa de gerar novos lucros, aumentar ou diminuir seus ativos realizáveis e aumentar ou diminuir seus passivos exigíveis.
 
O fato de existirem ativos e passivos com diferentes características e prazos de realização ensejou a necessidade de se criar mais de um indicador de capacidade de pagamento. De modo geral, os analistas financeiros têm trabalhado com quatro indicadores de liquidez: liquidez geral, liquidez corrente, liquidez seca e liquidez imediata.
 
3.1.1 Liquidez Geral (LG)
Esse indicador trabalha com todos os ativos realizáveis e todos os passivos exigíveis, aglutinando os classificados de curto prazo com os de longo prazo. Portanto, é um indicador que mostra a capacidade de pagamento geral da empresa, tomando como numerador os ativos circulantes e realizáveis a longo prazo e como denominador os passivos totais (circulante e exigível a longo prazo). Esse indicador serve para detectar a saúde financeira (no que se refere à liquidez) de longo prazo da empresa. È expresso pela seguinte fórmula:
LG = Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo
        Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo
 A liquidez geral retrata a saúde financeira de curto e de longo prazo da empresa. Revela, para cada $ 1,00 de dívidas totais (circulante e longo prazo), quanto a empresa registra de ativos de mesma maturidade (circulante + realizável a longo prazo).
 
31.2. Liquidez Corrente (LC)
Esse indicador é considerado o principal e o mais utilizado para avaliar a capacidade de pagamento da empresa. Relaciona todos os ativos realizáveis no curto prazo classificados nas demonstrações financeiras como ativos circulantes, com todos os passivos que deverão ser pagos no curto prazo, classificados contabilmente como passivos circulantes. Em outras palavras, indica a quantidade de recursos que a empresa tem nos ativos circulantes para utilização nos pagamentos dos passivos circulantes. É apurado pela seguinte fórmula:
 
LC =    Ativo Circulante
          Passivo Circulante
Mede a relação existente entre o ativo circulante e o passivo circulante, ou seja, de cada $ 1,00 aplicado em haveres e direitos circulantes (disponível, valores a receber e estoques, fundamentalmente), quanto a empresa deve também a curto prazo (duplicatas a pagar, dividendos, impostos e contribuições sociais, empréstimos a curto prazo).
 
3.1.3. Liquidez Seca (LS)
Esse indicador é um prolongamento do índice de liquidez corrente. A base conceitual sobre a qual é estruturado é a maior dificuldade de realização dos estoques em relação aos demais componentes do capital de giro de curto prazo (ativo circulante). Em outras palavras, para que os estoques se realizem (se transformem em dinheiro), há que primeiro vender, produzir e, posteriormente, receber. Esse ciclo temporal é muito mais longo do que o tempo que os demais ativos levam para se transformarem em caixa.
Dessa maneira, calcula-se a liquidez de curto prazo excluindo-se os estoques. Tem-se então uma visão da capacidade de pagamento de curto prazo mais líquida ou mais dura.
É importante salientar que a análise desse indicador deve levar em conta, necessariamente, o tipo de empresa. Empresas comerciais tendem a ter estoques mais facilmente realizáveis que as empresas industriais. Portanto, a velocidade com que os estoques do comércio se transformam em dinheiro é maior.
As empresas industriais, além de normalmente terem um ciclo operacional maior, possuem três tipos de estoques: os estoques de materiais e embalagens, estoques de produção em processo ou em elaboração e os estoques de produtos acabados. Os estoques de produtos acabados das indústrias equivalem ao estoque de mercadorias do comércio e, com eles, a análise pode ser similar à das empresas comerciais, pois o tempo para transformação em numerários é mais rápido. Já os estoques de materiais e os estoques em processo precisam de mais tempo para se transformar em dinheiro.
A fórmula para esse indicador é:
LS = Ativo Circulante – Estoques – Despesas do Exercício Seguinte
                                     Passivo Circulante
Em resumo, esse indicador mostra a capacidade da empresa de pagar as dívidas a curto prazo, tendo como base os ativos circulantes, menos os estoques e despesas do exercício seguinte. A exclusão dos estoques é para verificar se a empresa tem ou não dependência das vendas para liquidar seus compromissos. O índice revela o percentual das dívidas de curto prazo que pode ser resgatado mediante o uso de ativos circulantes de maior liquidez.
 
3.1.4. Liquidez Imediata (LI)
De todos os indicadores de capacidade de pagamento, esse é o que realmente se caracteriza como de liquidez, uma vez que trabalha com os elementos patrimoniais do ativo circulante que podem ser disponibilizados imediatamente, ou quase imediatamente, para pagamento de contas e que são agrupados sob o nome de disponibilidades.
As disponibilidades, de modo geral, compreendem os valores em caixa, saldos bancários e aplicações financeiras de curtoprazo disponíveis para resgate, como normalmente trabalham as empresas nacionais. Confrontando as disponibilidades com todo o passivo de curto prazo, obtém-se o índice de liquidez imediata. A fórmula é a seguinte:
LI =   Disponibilidades
       Passivo Circulante
Reflete a porcentagem das dívidas de curto prazo (passivo circulante) que pode ser saldada imediatamente pela empresa, por suas disponibilidades de caixa. Evidentemente, quanto maior se apresentar esse índice, maiores serão os recursos disponíveis mantidos pela empresa.
 
Por exemplo:
 
	EMBRAER
	DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
	      2.010
	     2.009
	
	
	
	    VENDAS BRUTAS
	    9.751,5
	 11.324,3
	
	
	
	(-) DEVOLUÇÕES/CANCELAMENTOS/ABATIMENTOS
	             -  
	             -  
	
	
	
	(-) IMPOSTOS (ICMAS/PIS/COFINS)
	    (370,9)
	    (453,0)
	
	
	
	(=) VENDAS LÍQUIDAS
	 9.380,6
	 10.871,3
	
	
	
	(-) CPV
	 (7.582,7)
	 (8.759,5)
	
	
	
	(=) LUCRO BRUTO
	   1.798,0
	     2.111,8
	
	
	
	(-) DESPESAS ADMINISTRATIVAS
	    (346,1)
	    (376,2)
	
	
	
	(-) DESPESAS COMERCIAIS
	    (657,0)
	     (601,1)
	
	
	
	(-) DESPESAS FINANCEIRAS
	         (1,4)
	     (135,8)
	
	
	
	(-) DESPESAS GERAIS
	    (109,4)
	    (367,7)
	
	
	
	(+) RECEITAS FINANCEIRAS
	        30,9
	         16,3
	
	
	
	(=) LUCRO OPERACIONAL
	        715,1
	      647,2
	
	
	
	(-) DESPESAS NÃO OPERACIONAIS
	             -  
	             -  
	
	
	
	(+) RECEITAS NÃO OPERACIONAIS
	             -  
	             -  
	
	
	
	(=) LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA
	        715,1
	      647,2
	
	
	
	(-) PROVISÃO DE IR
	     (114,9)
	      290,1
	
	
	
	(-) PROVISÃO DE CSSL
	             -  
	             -  
	
	
	
	(-) OUTRAS PROVISÕES
	             -  
	             -  
	
	
	
	(=) LUCRO LÍQUIDO APÓS IR
	     600,2
	      937,3
	
	
	
	BALANÇO PATRIMONIAL
	 
	2010
	2009
	 
	2010
	2009
	ATIVO CIRCULANTE
	 
	 
	PASSIVO CIRCULANTE
	 
	 
	DISPONÍVEL
	 
	 
	 
	 
	 
	CAIXA/BANCOS
	2.321,2
	2.772,6
	FORNECEDOR
	1.250,0
	1.038,3
	A.L.I.
	1.222,2
	1.660,8
	SALÁRIOS E ENCARGOS SOCIAIS
	132,5
	113,0
	 
	 
	 
	IMPOSTOS A PAGAR
	16,7
	23,6
	SUB-TOTAL DISPONÍVEL
	3.543,4
	4.433,4
	DIVIDENDOS A PAGAR
	82,3
	208,3
	CLIENTES
	 
	 
	DUPLICATAS A PAGAR
	0,0
	0,0
	DUPLICATAS A REC
	0,0
	0,0
	EMPRESTIMOS A PAGAR CP
	307,2
	1.268,2
	CONTAS A REC
	1.104,3
	1.146,0
	CONTAS A PAGAR
	2.191,5
	2.137,8
	(-) PDD
	0,0
	0,0
	 
	 
	 
	SUB-TOTALCLIENTES
	1.104,3
	1.146,0
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	ESTOQUE
	3.654,6
	4.246,0
	 
	 
	 
	(-) 0BSOLETO
	0,0
	0,0
	 
	 
	 
	SALDO DE ESTOQUE
	3.654,6
	4.246,0
	 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	
	TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE
	8.302,3
	9.825,4
	TOTAL DO PASSIVO CIRCULANTE
	3.980,3
	4.789,2
	ATIVO NÃO CIRCULANTE
	 
	 
	PASSIVO NÃO CIRCULANTE
	 
	 
	TOTAL REALIZÁVEL A L.P.
	2.484,1
	2.472,3
	TOTAL DO ELP
	4.783,0
	5.669,5
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	INVESTIMENTO
	0,0
	0,0
	CAPITAL SOCIAL
	4.789,6
	4.789,6
	IMOBILIZADO
	2.001,1
	1.917,6
	RESERVAS
	-1.623,9
	-1.404,0
	(-) DEPRECIAÇÃO
	0,0
	0,0
	AÇÕES EM TESOURARIA
	-320,3
	-320,3
	DIFERIDO
	1.193,5
	1.263,2
	L/P ACUMULADO
	2.372,3
	1.954,4
	INTANGÍVEL
	0,0
	0,0
	 
	 
	 
	TOTAL ATIVO PERMANENTE
	3.194,6
	3.180,8
	TOTAL DO PL
	5.217,8
	5.019,8
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	TOTAL DO ATIVO
	13.981,0
	15.478,5
	PASSIVO TOTAL
	13.981,0
	15.478,5
 
Calcule os Índices de Liquidez da empresa Embraer nos dois períodos (2009 e 2010)
LG = Ativo Circulante + Realizável a Longo Prazo
        Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo
 
	 
	2010
	2009
	LG
	123,09
	117,58
Interpretação:
100% das dívidas de curto e de longo prazo, a Embraer têm condições de honrar 117,58% com seus bens e direitos de curto e de longo prazo em 2009.
100% das dívidas de curto e de longo prazo, a Embraer têm condições de honrar 123,09% com seus bens e direitos de curto e de longo prazo em 2010.
 
LC =    Ativo Circulante
          Passivo Circulante
 
	 
	2010
	2009
	LC
	208,59
	205,16
Interpretação:
100% das dívidas de curto, a Embraer têm condições honrar 205,16% com seus bens e direitos de curto prazo em 2009.
100% das dívidas de curto, a Embraer têm condições honrar 208,59% com seus bens e direitos de curto prazo em 2010.
 
LS = Ativo Circulante – Estoques – Despesas do Exercício Seguinte
                                     Passivo Circulante
 
	 
	2010
	2009
	LS
	116,77
	116,50
Interpretação:
100% das dívidas de curto prazo, a Embraer têm condições de honrar 116,50% com seus bens e direitos de curto prazo, desconsiderando o estoque em 2009.
100% das dívidas de curto prazo, a Embraer têm condições de honrar 116,77% com seus bens e direitos de curto prazo, desconsiderando o estoque em 2010.
 
LI =   Disponibilidades
       Passivo Circulante
 
	 
	2010
	2009
	LI
	89,02
	92,57
Interpretação:
100% das dívidas de curto de prazo, a Embraer têm condições de honrar 92,57% á vista, ou no ato em 2009.
100% das dívidas de curto de prazo, a Embraer têm condições de honrar 89,02% á vista, ou no ato em 2010.
 
Referências Bibliográficas:
 
ASSAF, N. A. Finanças Corporativas e valor. São Paulo: Atlas, 2003
PADOVEZE, C. Análise das demonstrações financeiras. São Paulo: Thomsom, 2004.
 
4. Índices de Atividade
 
Esse índice mostra quantos dias a empresa demora, em média, para receber suas vendas, para pagar suas compras e para renovar seu estoque.
Para fins de análise, quanto maior for a velocidade de recebimento de vendas e de renovação de estoque, melhor. Por outro lado, quanto mais lento for o pagamento das compras, desde que não corresponda a atrasos, melhor.
 
4.1. Giro dos Estoques (GE)
Esse índice mostra quantas vezes o estoque girou no período É obtido admitindo demonstrações financeiras anuais, da forma seguinte:
GE = Custos dos Produtos Vendidos
            Saldo Médio dos Estoques
 
4.2. Prazo Médio de Estocagem (PME)
Indica o tempo médio necessário para a completa renovação (venda) dos estoques da empresa. É obtido admitindo demonstrações financeiras anuais, da forma seguinte:
PME =____Estoque Médio_______x 360
             Custo do Produto Vendido
 
4.3. Giro das Contas a receber (GCR)
Esse índice mostra quantas vezes Contas a Receber girou no período. É obtido admitindo demonstrações financeiras anuais, da forma seguinte:
GCR = Receita Oper. Bruta – Devoluções/Abatimentos/Cancelamentos
                        Saldo Médio das Contas/Duplicatas a Receber
 
4.4. Prazo Médio de Cobrança (PMC) ou Prazo Médio de Contas a Receber (PMCR)
Esse índice mostra o período médio para receber dos clientes, desde a venda até o recebimento. É obtido admitindo demonstrações financeiras anuais, da forma seguinte:
 
PMCR = ___________360_____________
                Giro das Contas a Receber (GCR)
 
4.5. Prazo Médio de Pagamento a Fornecedor (PMPF)
Esse índice mostra o período médio para pagar os fornecedores. É obtido admitindo demonstrações financeiras anuais, da forma seguinte:
Compras brutas = 0,70 do CPV (Custo do Produto Vendido)
PMPF = Saldo Médio de Fornecedores x 360
                   Compras Brutas (0,7xCPV)
 
4.6. Giro do Ativo Operacional (GAOP)
 
Esse índice mostra quantas vezes as duplicatas e o estoques se renovaram pelas vendas.
 
Giro do Ativo Operacional (GAOP) =                          Receita (Venda) Líquida
                                                                            Duplicatas a receber +  Estoques
 
 
4.7.Giro do Ativo Permanente (GAP)
Esse índice mostra quantas vezes o ativo permanente gira no período.
 
Giro do Ativo Permanente (GAP) =              Receita (Venda) Líquida
                                                                                Ativo Permanente 
 4.8 Giro do Ativo Total (GAT)
 
Esse índice mostra quantas vezes o ativo total gira no período.
 
 
Giro do Ativo Total (GAT) =              Receita (Venda) Líquida
                                                                      Ativo Total 
 
 
Ciclo Operacional e Ciclo Financeiro
 
Ciclo Operacional
 
O Prazo Médio de Estocagem (PME) representa, na empresa comercial, o tempo médio de estocagem de mercadorias; na empresa industrial, o tempo deprodução e estocagem.
O Prazo Médio das Contas a Receber (PMCR) expressa o tempo decorrido entre a venda e o recebimento.
A soma dos prazos, PME e PMCR representa o que se chama Ciclo Operacional, ou seja, o tempo decorrido entre a compra e o recebimento da venda de mercadoria.
 
CICLO OPERACIONAL = PME + PMCR
Ciclo Financeiro
Paralelamente ao Ciclo Operacional ocorre o financiamento concedido pelos fornecedores, a partir do momento da compra. Até o momento do pagamento aos fornecedores, a empresa não precisa preocupar-se com o financiamento, o qual é automático. Se o Prazo Médio de Pagamento ao Fornecedor (PMPF) for superior ao Prazo Médio de Estocagem (PME), então os fornecedores financiarão também uma parte das vendas da empresa. O tempo decorrido entre o momento em que a empresa coloca o dinheiro (pagamento ao fornecedor) e o momento em que recebe as vendas (recebimento de cliente) é o período em que a empresa precisa arrumar financiamento, onde chamamos de Ciclo Financeiro.
 
CICLO FINANCEIRO = PME + PMCR – PMPF
 
Por exemplo:
 
	EMBRAER
	DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
	      2.010
	     2.009
	
	
	
	    VENDAS BRUTAS
	    9.751,5
	 11.324,3
	
	
	
	(-) DEVOLUÇÕES/CANCELAMENTOS/ABATIMENTOS
	             -  
	             -  
	
	
	
	(-) IMPOSTOS (ICMAS/PIS/COFINS)
	    (370,9)
	    (453,0)
	
	
	
	(=) VENDAS LÍQUIDAS
	 9.380,6
	 10.871,3
	
	
	
	(-) CPV
	 (7.582,7)
	 (8.759,5)
	
	
	
	(=) LUCRO BRUTO
	   1.798,0
	     2.111,8
	
	
	
	(-) DESPESAS ADMINISTRATIVAS
	    (346,1)
	    (376,2)
	
	
	
	(-) DESPESAS COMERCIAIS
	    (657,0)
	     (601,1)
	
	
	
	(-) DESPESAS FINANCEIRAS
	         (1,4)
	     (135,8)
	
	
	
	(-) DESPESAS GERAIS
	    (109,4)
	    (367,7)
	
	
	
	(+) RECEITAS FINANCEIRAS
	        30,9
	         16,3
	
	
	
	(=) LUCRO OPERACIONAL
	        715,1
	      647,2
	
	
	
	(-) DESPESAS NÃO OPERACIONAIS
	             -  
	             -  
	
	
	
	(+) RECEITAS NÃO OPERACIONAIS
	             -  
	             -  
	
	
	
	(=) LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA
	        715,1
	      647,2
	
	
	
	(-) PROVISÃO DE IR
	     (114,9)
	      290,1
	
	
	
	(-) PROVISÃO DE CSSL
	             -  
	             -  
	
	
	
	(-) OUTRAS PROVISÕES
	             -  
	             -  
	
	
	
	(=) LUCRO LÍQUIDO APÓS IR
	     600,2
	      937,3
	
	
	
	BALANÇO PATRIMONIAL
	 
	2010
	2009
	 
	2010
	2009
	ATIVO CIRCULANTE
	 
	 
	PASSIVO CIRCULANTE
	 
	 
	DISPONÍVEL
	 
	 
	 
	 
	 
	CAIXA/BANCOS
	2.321,2
	2.772,6
	FORNECEDOR
	1.250,0
	1.038,3
	A.L.I.
	1.222,2
	1.660,8
	SALÁRIOS E ENCARGOS SOCIAIS
	132,5
	113,0
	 
	 
	 
	IMPOSTOS A PAGAR
	16,7
	23,6
	SUB-TOTAL DISPONÍVEL
	3.543,4
	4.433,4
	DIVIDENDOS A PAGAR
	82,3
	208,3
	CLIENTES
	 
	 
	DUPLICATAS A PAGAR
	0,0
	0,0
	DUPLICATAS A REC
	0,0
	0,0
	EMPRESTIMOS A PAGAR CP
	307,2
	1.268,2
	CONTAS A REC
	1.104,3
	1.146,0
	CONTAS A PAGAR
	2.191,5
	2.137,8
	(-) PDD
	0,0
	0,0
	 
	 
	 
	SUB-TOTALCLIENTES
	1.104,3
	1.146,0
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	ESTOQUE
	3.654,6
	4.246,0
	 
	 
	 
	(-) 0BSOLETO
	0,0
	0,0
	 
	 
	 
	SALDO DE ESTOQUE
	3.654,6
	4.246,0
	 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	
	TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE
	8.302,3
	9.825,4
	TOTAL DO PASSIVO CIRCULANTE
	3.980,3
	4.789,2
	ATIVO NÃO CIRCULANTE
	 
	 
	PASSIVO NÃO CIRCULANTE
	 
	 
	TOTAL REALIZÁVEL A L.P.
	2.484,1
	2.472,3
	TOTAL DO ELP
	4.783,0
	5.669,5
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	INVESTIMENTO
	0,0
	0,0
	CAPITAL SOCIAL
	4.789,6
	4.789,6
	IMOBILIZADO
	2.001,1
	1.917,6
	RESERVAS
	-1.623,9
	-1.404,0
	(-) DEPRECIAÇÃO
	0,0
	0,0
	AÇÕES EM TESOURARIA
	-320,3
	-320,3
	DIFERIDO
	1.193,5
	1.263,2
	L/P ACUMULADO
	2.372,3
	1.954,4
	INTANGÍVEL
	0,0
	0,0
	 
	 
	 
	TOTAL ATIVO PERMANENTE
	3.194,6
	3.180,8
	TOTAL DO PL
	5.217,8
	5.019,8
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	TOTAL DO ATIVO
	13.981,0
	15.478,5
	PASSIVO TOTAL
	13.981,0
	15.478,5
 
Calcule os Índices de Atividade da empresa Embraer nos dois períodos (2009 e 2010)
 
GE = Custos dos Produtos Vendidos
            Saldo Médio dos Estoques
	 
	2010
	2009
	GE
	1,9 vezes
	2,1 vezes
Interpretação:
A Embraer renovou o seu estoque 2,1 vezes em 2009.
A Embraer renovou o seu estoque 1,9 vezes em 2010.
 
PME =____Estoque Médio_______x 360
             Custo do Produto Vendido
	 
	2010
	2009
	PME
	188 dias
	175 dias
Interpretação:
O estoque da Embraer permaneceu em média 175 dias na empresa em 2009.
O estoque da Embraer permaneceu em média 188 dias na empresa em 2010.
 
GCR = Receita Oper. Bruta – Devoluções/Abatimentos/Cancelamentos
                        Saldo Médio das Contas/Duplicatas a Receber
	 
	2010
	2009
	GCR
	8,7 vezes
	9,9 vezes
Interpretação:
A Embraer recebeu 9,9 vezes em 2009.
A Embraer recebeu 8,7 vezes em 2010.
 
PMCR = ___________360_____________
                Giro das Contas a Receber (GCR)
	 
	2010
	2009
	PMCR
	42 dias
	36 dias
Interpretação:
A Embraer levou em média 36 dias para receber os seus produtos vendidos em 2009.
A Embraer levou em média 42 dias para receber os seus produtos vendidos em 2010.
 
PMPF = Saldo Médio de Fornecedores x 360
                   Compras Brutas (0,7xCPV)
	 
	2010
	2009
	PMPF
	78 dias
	61 dias
Interpretação:
A Embraer levou em média 61 dias para pagar os seus fornecedores em 2009.
A Embraer levou em média 78 dias para pagar os seus fornecedores em 2010.
 
 
	 
	2010
	2009
	GAOP
	               2,0
	          2,0
 
Interpretação:
A Embraer renovou 2,0 vezes as duplicatas a receber e os estoques em 2009.
A Embraer renovou 2,0 vezes as duplicatas a receber e os estoques em 2010.
 
	 
	2010
	2009
	GAP
	               2,9
	          3,4
 
Interpretação:
A Embraer girou 2,9 vezes o ativo permanente em 2009.
A Embraer girou 3,4 vezes o ativo permanente em 2010.
 
	 
	2010
	2009
	GAT
	               0,7
	          0,7
 
Interpretação:
A Embraer girou 0,7 vezes o ativo total em 2009.
A Embraer girou 0,7 vezes o ativo total em 2010.
 
	 
	2010
	2009
	CO = PME + PMCR
	        229
	        211
 
Interpretação:
A Embraer levou em média 229 dias desde a compra da matéria prima até o recebimento da venda de mercadoria em 2009.
A Embraer levou em média 211 dias desde a compra da matéria prima até o recebimento da venda de mercadoria em 2010.
 
	 
	2010
	2009
	CF = PME + PMCR - PMPF
	        151
	        150
 
Interpretação:
A Embraer levou em média 151 dias desde a compra da matéria prima até o pagamento de seus fornecedores em 2009.
A Embraer levou em média 150 dias desde a compra da matéria prima até o pagamento de seus fornecedores em 2010.
 
Referências Bibliográficas:
 
ASSAF, N. A. Finanças Corporativas e valor. São Paulo: Atlas, 2003
PADOVEZE, C. Análise das demonstrações financeiras. São Paulo: Thomsom, 2004.
 5. Índices de Endividamento
É por meio desses indicadores que apreciaremos o nível de endividamento da empresa.
Sabemos que o Ativo (aplicação de recursos) é financiado por Capitais de Terceiros (Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo) e por Capitais Próprios (Patrimônio Líquido). Portanto, Capitais de Terceiros e Capitais Próprios são fontes (origens) de recursos.
Também são os indicadores de endividamento que nos informam se a empresa se utiliza mais de recursos de terceiros ou de recursos dos proprietários.
Não há dúvida de que, principalmente em época inflacionária, é apetitoso trabalhar mais com Capital de Terceiros que com Capital Próprio. Essa tendência é acentuada quando a maior parte do Capital de Terceiros é composta de “exigíveis não onerosos, isto é, exigíveis que não geram encargos financeiros explicitamente para a empresa (não há juros, como fornecedores, impostos, encargos sociais a pagar etc).
Por outro lado, uma participação do Capital de Terceira exagerada em relação ao Capital Próprio torna a empresa vulnerável a qualquer intempérie. Normalmente, as instituições financeiras não estarão dispostas a conceder financiamentos para as empresas que apresentarem essa situação desfavorável. Em média, as empresas que vão à falência apresentam endividamento elevado em relação ao Patrimônio Líquido.
Ressaltemos, todavia, que o endividamento de alguns países desenvolvidos é alto, chegandoa 60% (40% de Capital Próprio). Isso se deve à necessidade imperiosa de renovação do Ativo para torná-lo mais competitivo. Assim, só recursos próprios não são suficientes para atender à velocidade da renovação do Ativo, precisando-se recorrer a Capitais de Terceiros.
Na análise do endividamento, há necessidade de detectar as características do seguinte indicador:
a) empresas que recorrem a dívidas como um complemento dos Capitais Próprios para realizar aplicações produtivas em seu Ativo (ampliação, expansão, modernização etc.). Esse endividamento é sadio, mesmo sendo um tanto elevado, pois as aplicações produtivas deverão gerar recursos para saldar o compromisso assumido;
b) empresas que recorrem a dívidas para pagar outras dividas que estão vencendo. Por não gerarem recursos para saldar seus compromissos, elas recorrem a empréstimos sucessivos. Permanecendo esse círculo vicioso, a empresa será séria candidata à insolvência; consequentemente, à falência.
 
A análise da composição do endividamento também é bastante significativa:
a) endividamento a Curto Prazo, normalmente utilizado para financiar o Ativo Circulante;
b) endividamento a Longo Prazo, normalmente utilizado para financiar o Ativo Permanente.
A proporção favorável seria de maior participação de dívidas a Longo Prazo, propiciando à empresa tempo maior para gerar recursos que saldarão os compromissos. Expansão e modernização devem ser financiadas com recursos a Longo Prazo e não pelo Passivo Circulante, pois os recursos a serem gerados pela expansão e modernização virão a longo prazo.
Se a composição do endividamento apresentar significativa concentração no Passivo Circulante (Curto Prazo), a empresa poderá ter reais dificuldades num momento de reversão de mercado (o que não aconteceria se as dívidas estivessem concentradas no Longo Prazo). Na crise, ela terá poucas alternativas: vender seus estoques na base de uma “liquidação forçada” (a qualquer preço), assumir novas dívidas a Curto Prazo que, certamente, terão juros altos, o que aumentará as despesas financeiras.
Se a concentração fosse a Longo Prazo, a empresa, num momento de revés, teria mais tempo para replanejar sua situação, sem necessidade de desfazer-se dos Estoques a qualquer preço.
Empréstimos a Curto Prazo são mais onerosos que os de Longo Prazo.
 
5.1. Relação Capital Terceiro / Capital Próprio (RCT/CP)
Essa medida revela o nível de endividamento (passivos) da empresa em relação a seu financiamento por meio de recursos próprios. Ou seja, para cada $ 1,00 de Capital Próprio investido (Patrimônio Líquido), quanto foi levantado de capital de terceiros (dívidas). Assim, se RCT/CP for de 0,70, por exemplo, indica que , para cada $ 1,00 de recursos próprios investidos na empresa, forma captados $ 0,70 de dívidas (passivos).
A identidade de cálculo é formulada da maneira seguinte:
RCT/CP =    Exigível Total                   ou
                  Patrimônio Líquido
RCT/CP = Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo                   
                                    Patrimônio Líquido
Em princípio, um resultado superior a 1 denota maior grau de dependência financeira da empresa em relação aos recursos de terceiros.
A RCT/CP (Relação Capital de Terceiros por Capital Próprio) expressa, percentualmente, qual a participação dos Capitais de Terceiros em relação ao capital dos investidores (Capital Próprio). Através desse índice pode-se avaliar a política de captação de recursos da empresa.
 
5.2. Relação Capital de Terceiros / Passivo Total (PCT)
A participação do capital de terceiros (CT) é um índice que demonstra qual é a estrutura de capital da empresa, ou seja, a partir das fontes de recursos, qual é o percentual de dívida (capital de terceiros) e qual é o percentual de capital próprio. Apenas por essa relação não é possível definir se essa estrutura é adequada para os acionistas, mas pode-se avaliar o nível de endividamento da empresa.
A identidade de cálculo é formulada da maneira seguinte:
PCT = Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo
                                Passivo Total
A participação, excessiva de capital de terceiros, tendo em vista as oscilações bruscas que tem sofrido nossa economia, é considerada de maior risco, e os agentes de crédito têm mais restrições na concessão de crédito para empresas com esse tipo de estrutura.
 
5.3. Grau de Imobilização do Capital Próprio (Patrimônio Líquido) (ICP)
A Imobilização do Capital Próprio demonstra a relação da quantidade de recursos próprios investidos no Ativo Permanente da empresa. Como no Ativo Permanente estão as aplicações de retorno mais lento, por princípios deveria ter como fonte de recursos aquela de menor exigibilidade, no caso o capital dos acionistas.
A identidade de cálculo é formulada da maneira seguinte:
ICP =   Ativo Permanente
           Patrimônio Líquido
Este índice mostra qual o percentual de comprometimento do Capital Próprio no Ativo Permanente.
 
5.4. Índice de cobertura de Juros (ICJ)
O Índice de cobertura de juros mede a capacidade da empresa para realizar pagamentos de juros contratuais através da geração de resultado operacional.
A identidade de cálculo é formulada da maneira seguinte:
ICJ = Lucro antes dos Juros e do Imposto de Renda (LAJIR/EBIT)
                                  Despesas Financeiras
O indicador do Índice de cobertura de juros (ICJ) mede o quanto a receita operacional pode diminuir antes que a empresa se torne incapaz de cobrir seus custos anuais. Incapacidade de honrar essa obrigação pode resultar em ações legais por parte dos credores e, possivelmente, em falência.
 
5.5 Composição de Endividamentos (CE)
Esse índice mostra quanto da dívida total vence no curto prazo.
A identidade de cálculo é formulada da maneira seguinte:
CE =   Passivo Circulante     
                Exigível Total          
 
5.6 Índices de Endividamento Geral (IEG)
Esse índice mede a proporção dos ativos totais da empresa financiada pelos credores.
A identidade de cálculo é formulada da maneira seguinte:
IEG = Exigível Total  
              Ativo Total      
 
Por exemplo:
 
	EMBRAER
	DEMONSTRATIVO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO
	      2.010
	     2.009
	
	
	
	    VENDAS BRUTAS
	    9.751,5
	 11.324,3
	
	
	
	(-) DEVOLUÇÕES/CANCELAMENTOS/ABATIMENTOS
	             -  
	             -  
	
	
	
	(-) IMPOSTOS (ICMAS/PIS/COFINS)
	    (370,9)
	    (453,0)
	
	
	
	(=) VENDAS LÍQUIDAS
	 9.380,6
	 10.871,3
	
	
	
	(-) CPV
	 (7.582,7)
	 (8.759,5)
	
	
	
	(=) LUCRO BRUTO
	   1.798,0
	     2.111,8
	
	
	
	(-) DESPESAS ADMINISTRATIVAS
	    (346,1)
	    (376,2)
	
	
	
	(-) DESPESAS COMERCIAIS
	    (657,0)
	     (601,1)
	
	
	
	(-) DESPESAS FINANCEIRAS
	         (1,4)
	     (135,8)
	
	
	
	(-) DESPESAS GERAIS
	    (109,4)
	    (367,7)
	
	
	
	(+) RECEITAS FINANCEIRAS
	        30,9
	         16,3
	
	
	
	(=) LUCRO OPERACIONAL
	        715,1
	      647,2
	
	
	
	(-) DESPESAS NÃO OPERACIONAIS
	             -  
	             -  
	
	
	
	(+) RECEITAS NÃO OPERACIONAIS
	            -  
	             -  
	
	
	
	(=) LUCRO ANTES DO IMPOSTO DE RENDA
	        715,1
	      647,2
	
	
	
	(-) PROVISÃO DE IR
	     (114,9)
	      290,1
	
	
	
	(-) PROVISÃO DE CSSL
	             -  
	             -  
	
	
	
	(-) OUTRAS PROVISÕES
	             -  
	             -  
	
	
	
	(=) LUCRO LÍQUIDO APÓS IR
	     600,2
	      937,3
	
	
	
	BALANÇO PATRIMONIAL
	 
	2010
	2009
	 
	2010
	2009
	ATIVO CIRCULANTE
	 
	 
	PASSIVO CIRCULANTE
	 
	 
	DISPONÍVEL
	 
	 
	 
	 
	 
	CAIXA/BANCOS
	2.321,2
	2.772,6
	FORNECEDOR
	1.250,0
	1.038,3
	A.L.I.
	1.222,2
	1.660,8
	SALÁRIOS E ENCARGOS SOCIAIS
	132,5
	113,0
	 
	 
	 
	IMPOSTOS A PAGAR
	16,7
	23,6
	SUB-TOTAL DISPONÍVEL
	3.543,4
	4.433,4
	DIVIDENDOS A PAGAR
	82,3
	208,3
	CLIENTES
	 
	 
	DUPLICATAS A PAGAR
	0,0
	0,0
	DUPLICATAS A REC
	0,0
	0,0
	EMPRESTIMOS A PAGAR CP
	307,2
	1.268,2
	CONTAS A REC
	1.104,3
	1.146,0
	CONTAS A PAGAR
	2.191,5
	2.137,8
	(-) PDD
	0,0
	0,0
	 
	 
	 
	SUB-TOTALCLIENTES
	1.104,3
	1.146,0
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	ESTOQUE
	3.654,6
	4.246,0
	 
	 
	 
	(-) 0BSOLETO
	0,0
	0,0SALDO DE ESTOQUE
	3.654,6
	4.246,0
	 
	 
	 
	 
	 
	
	
	
	
	TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE
	8.302,3
	9.825,4
	TOTAL DO PASSIVO CIRCULANTE
	3.980,3
	4.789,2
	ATIVO NÃO CIRCULANTE
	 
	 
	PASSIVO NÃO CIRCULANTE
	 
	 
	TOTAL REALIZÁVEL A L.P.
	2.484,1
	2.472,3
	TOTAL DO ELP
	4.783,0
	5.669,5
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	INVESTIMENTO
	0,0
	0,0
	CAPITAL SOCIAL
	4.789,6
	4.789,6
	IMOBILIZADO
	2.001,1
	1.917,6
	RESERVAS
	-1.623,9
	-1.404,0
	(-) DEPRECIAÇÃO
	0,0
	0,0
	AÇÕES EM TESOURARIA
	-320,3
	-320,3
	DIFERIDO
	1.193,5
	1.263,2
	L/P ACUMULADO
	2.372,3
	1.954,4
	INTANGÍVEL
	0,0
	0,0
	 
	 
	 
	TOTAL ATIVO PERMANENTE
	3.194,6
	3.180,8
	TOTAL DO PL
	5.217,8
	5.019,8
	 
	 
	 
	 
	 
	 
	TOTAL DO ATIVO
	13.981,0
	15.478,5
	PASSIVO TOTAL
	13.981,0
	15.478,5
 
Calcule os Índices de Endividamento da empresa Embraer nos dois períodos (2009 e 2010)
 
RCT/CP =    Exigível Total                   ou
                  Patrimônio Líquido
RCT/CP = Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo                   
                                    Patrimônio Líquido
	 
	2010
	2009
	RCT/CP
	167,95%
	208,35%
Interpretação:
100% dos recursos próprios, a Embraer está utilizando mais 208,35% do capital de terceiros em 2009.
100% dos recursos próprios, a Embraer está utilizando mais 167,95% do capital de terceiros em 2010.
 
PCT = Passivo Circulante + Exigível a Longo Prazo
                                Passivo Total
	 
	2010
	2009
	PCT
	62,68%
	67,57%
Interpretação:
100% do total de origens de recursos da Embraer, 67,57% pertence ao capital de terceiros em 2009.
100% do total de origens de recursos da Embraer, 62,68% pertence ao capital de terceiros em 2010.
 
ICP =   Ativo Permanente
           Patrimônio Líquido
	 
	2010
	2009
	ICP
	61,23%
	63,37%
Interpretação:
100% do capital próprio da Embraer, 63,37% estão alocados no ativo permanente em 2009.
100% do capital próprio da Embraer, 61,23% estão alocados no ativo permanente em 2010.
 
ICJ = Lucro antes dos Juros e do Imposto de Renda (LAJIR/EBIT)
                                  Despesas Financeiras
	 
	2010
	2009
	ICJ
	53067,04%
	576,51%
Interpretação:
A receita operacional da Embraer em 2009 tem condições de cobrir em 576,51% as despesas financeiras.
A receita operacional da Embraer em 2010 tem condições de cobrir em 53067,04% as despesas financeiras.
 
	 
	2010
	2009
	CE
	45,42%
	45,79%
 
Interpretação:
100% das dívidas de curto e de longo prazo da Embraer, 45,42% vence no curto prazo, em 2009.
100% das dívidas de curto e de longo prazo da Embraer, 45,79% vence no curto prazo, em 2010.
 
	 
	2010
	2009
	IEG
	62,68%
	67,57%
 
Interpretação:
100% das aplicações no ativo da Embraer, 62,68% são financiados com o capital de terceiros, em 2009.
100% das aplicações no ativo da Embraer, 67,57% são financiados com o capital de terceiros, em 2010.
 
Referências Bibliográficas:
 
ASSAF, N. A. Finanças Corporativas e valor. São Paulo: Atlas, 2003
PADOVEZE, C. Análise das demonstrações financeiras. São Paulo: Thomsom, 2004.

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