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AMANDA TEDESCO.
A natureza jurídica da seguridade social é publicista, decorrente de lei (ex lege). O Direito da Seguridade Social é o conjunto de princípios, regras e instituições destinado a estabelecer um sistema de proteção social aos indivíduos contra contigências que os impeçam de prover as suas necessidades pessoais básicas e de suas famílias, integrado por ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, visando assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência (direito indisponível) e a à assistência social. (O Direito Tributário é fonte subsidiária do Direito da Seguridade Social.) Compreende um sistema de direito social e é um direito fundamental da pessoa humana.
Fontes: 
a) Materiais: são o complexo de fatores que ocasionam o surgimento de normas, compreendendo fatos e valores; 
b) Formais: CF; leis complementares e ordinárias (8.212/91 e 8.213/91), os decretos (3.048/99 e 10.410/2020); as portarias e as ordens de serviço expedidas pelo Poder Executivo;
Princípio é um enunciado lógico, implícito e explícito, que por sua grande generalidade, ocupa posição de preeminência nos vastos quadrantes do Direito, vinculando o entendimento e a aplicação das normas jurídicas que com ele se conectam. O princípio está acima da lei, uma vez que esta é apenas uma regra. Contudo, somente uma lei pode revogar outra lei. 
PRINCÍPIOS DA SEGURIDADE SOCIAL: 
a) Da solidariedade social (não se encontra escrito no texto constitucional): consiste no fato de toda a sociedade, indistintamente, contribuir para a seguridade social, independentemente de se beneficiar de todos os benefícios e serviços disponibilizados; 
b) Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais: ficam proibidas quaisquer distinções entre os trabalhadores urbanos e rurais (um desdobramento do princípio da igualdade, tratando desigualmente os desiguais, ex. reduzindo a idade do trabalhador rural na concessão de aposentadoria por idade em 5 anos – art. 201, §);
c) Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços: que garante a seleção pelo legislador dos riscos sociais a serem tutelados, os quais encontram-se no artigo 201 da Constituição Federal; 
d) Da irredutibilidade do valor dos benefícios: tem por finalidade preservar o valor de compra dos benefícios financeiros concedidos pela seguridade; a legislação infraconstitucional materializou este dispositivo ao determinar que anualmente os valores dos benefícios serão corrigidos por um índice de preço;
e) Diversidade da base de financiamento: o financiamento se dá através da contribuição dos trabalhadores, das empresas, dos impostos dos produtos e dos orçamentos dos entes estatais;
f) Do caráter democrático e descentralizado da administração: mediante gestão quadripartite nos órgãos colegiados, com participação dos trabalhadores, empregadores, aposentados e do governo; 
Os SEGURADOS podem se tratar tanto daquele que exerce atividade remunerada, como daquele que não, ou daquele que não possui remuneração pelo seu labor. Em relação aos segurados obrigatórios, a relação jurídica é decorrente da atividade laboral, estes são os empregados (urbanos ou rurais), os domésticos, o contribuinte individual (sendo: o empresário, o trabalhador autônomo e, àquele equiparado ao autônomo), o trabalhador avulso e o segurado especial. 
Considera-se V - como contribuinte individual: a) a pessoa física, proprietária ou não, que explora atividade agropecuária, a qualquer título, em caráter permanente ou temporário, em área superior a 4 (quatro) módulos fiscais; ou, quando em área igual ou inferior a 4 (quatro) módulos fiscais ou atividade pesqueira, com auxílio de empregados ou por intermédio de prepostos;
O segurado especial (VII, artigo 12, da lei n. 8.212/1991) é a pessoa física residente no imóvel rural ou em aglomerado urbano ou rural próximo a ele que, individualmente ou em regime de economia familiar, ainda que com o auxílio eventual de terceiros a título de mútua colaboração, na condição de: a) produtor, seja proprietário, usufrutuário, possuidor, assentado, parceiro ou meeiro outorgados, comodatário ou arrendatário rurais, que explore atividade: 1. agropecuária em área de até 4 (quatro) módulos fiscais; ou 2. de seringueiro ou extrativista vegetal que exerça suas atividades nos termos do inciso XII do caput do art. 2o da Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000, e faça dessas atividades o principal meio de vida. b) pescador artesanal ou a este assemelhado, que faça da pesca profissão habitual ou principal meio de vida. c) cônjuge ou companheiro, bem como filho maior de 16 (dezesseis) anos de idade ou a este equiparado, do segurado de que tratam as alíneas a e b deste inciso, que, comprovadamente, trabalhem com o grupo familiar respectivo. 
O segurado especial só passou a fazer parte do rol de segurados obrigatórios, com a vigência da Lei n. 8.212/1991, assim, apenas serão necessárias contribuições compulsórias, desta classe, a partir de 24 de julho de 1991, data em que a Lei Orgânica da Seguridade Social entrou em vigor, de forma em que há o respeito ao princípio do tempus regit actum. A principal peculiaridade do segurado especial se encontra na aposentadoria por idade, uma vez que por força constitucional, a idade mínima para aposentadoria é reduzida, em comparação aos demais contribuintes da previdência social.
A Constituição Federal de 1988 dispôs a igualdade de direitos para trabalhadores avulsos e os empregados, urbanos ou rurais, (artigo 7º, XXXIV), portanto, faz jus a todos os direitos trabalhistas e previdenciários, cabendo ao operador portuário o recolhimento destas verbas, junto ao órgão gestor (sindicato), viabilizando o pagamento destes trabalhadores (MARTINS, 2014). 
Em relação aos segurados facultativos, há necessidade da vontade do segurado à filiação (obs. os segurados facultativos possuem período de graça reduzido em relação aos obrigatórios, sendo de apenas 06 meses, comportam aqueles que contribuem para previdência mesmo não sendo registrados/possuindo renda fixa, ex. estudantes, donas de casa, síndicos de condomínios, presidiários e desempregados). 
Obs. Diarista não é doméstica, uma vez que o conceito de doméstica exige que a pessoa labore por mais de 2 dias na casa, assim a diarista deve recolher como contribuinte individual. 
Art. 13, L. 8.213/91. É segurado facultativo o maior de 14 anos que se filiar ao RGPS mediante contribuição, desde que não incluído nas disposições do art. 11. Contudo, hoje a idade mínima para trabalho é 16 anos e para jovem aprendiz é 14, sendo assim, a idade mínima para facultativo é 16, visto que se jovem aprendiz aos 14 a empresa quem recolherá por ele. 
Obs. cargos em comissão em órgãos públicos recolhem ao RGPS, enquanto os concursados são abrangidos pelo RPPS (Regime Próprio de Previdência Social).
A qualidade de segurado permanece enquanto o indivíduo se mantém como contribuinte, contudo, existe um momento onde o segurado mantém essa condição porém não ajuda no custeio da seguridade social, que é denominado como “período de graça”, que pode variar de 12 a 36 meses conforme a situação do caso concreto.
Art. 15. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: I - sem limite de prazo, quem está em gozo de benefício, exceto do auxílio-acidente; II - até 12 (doze) meses após a cessação das contribuições, o segurado que deixar de exercer atividade remunerada abrangida pela Previdência Social ou estiver suspenso ou licenciado sem remuneração; III - até 12 (doze) meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória; IV - até 12 (doze) meses após o livramento, o segurado retido ou recluso; V - até 3 (três) meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar; VI - até 6 (seis) meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo. 
§ 4º A perda da qualidade de segurado ocorrerá no dia seguinte ao do término do prazo fixado no Plano de Custeio da Seguridade Social para recolhimentoda contribuição referente ao mês imediatamente posterior ao do final dos prazos fixados neste artigo e seus parágrafos.
Atualmente, com a edição da Medida Provisória n. 871 e sua posterior conversão em Lei 13.846 (BRASIL, 2019), para recuperar a qualidade de segurado é preciso determinado número de contribuições, nos moldes dos artigos 25 e 27-A da referida lei. Em síntese, é necessário contribuir por mais seis meses para a obtenção do benefício de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez, cinco meses para a concessão de salário-maternidade e dozes meses para a obtenção de auxílio-reclusão.
Os DEPENDENTES são pessoas que embora não contribuintes, a Lei de Benefícios elenca como possíveis beneficiários, fazendo jus a: pensão por morte, auxílio reclusão, serviço social e reabilitação profissional. 
Art. 16. São beneficiários do Regime Geral de Previdência Social, na condição de dependentes do segurado: I - o cônjuge, a companheira, o companheiro e o filho não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; II - os pais; III - o irmão não emancipado, de qualquer condição, menor de 21 (vinte e um) anos ou inválido ou que tenha deficiência intelectual ou mental ou deficiência grave; 
Lembrando que quanto as classes dos beneficiários, deve-se observar as regras horizontais (os dependentes de mesma classe concorrem em igualdade de condições, havendo partilha) e verticais (§ 1º a existência de dependente de qualquer das classes deste artigo exclui do direito às prestações os das classes seguintes). 
§ 2º O enteado e o menor tutelado equiparam-se a filho mediante declaração do segurado e desde que comprovada a dependência econômica na forma estabelecida no Regulamento. § 4º A dependência econômica das pessoas indicadas no inciso I é presumida e a das demais deve ser comprovada.
Já os demais dependentes listados nas classes seguintes, bem como o enteado e o menor tutelado, têm a obrigatoriedade desta comprovação e poderão fazê-la com a apresentação de no mínimo 3 dos seguintes documentos: Certidão de nascimento de filho havido em comum; Certidão de casamento Religioso; Declaração do imposto de renda do segurado, em que conste o interessado como seu dependente; Disposições testamentárias; Declaração especial feita perante tabelião (escritura pública declaratória de dependência econômica); Prova de mesmo domicílio; Prova de encargos domésticos evidentes e existência de sociedade ou comunhão nos atos da vida civil; Procuração ou fiança reciprocamente outorgada; Conta bancária conjunta; Registro em associação de qualquer natureza onde conste o interessado como dependente do segurado; Anotação constante de ficha ou Livro de Registro de empregados; Apólice de seguro da qual conste o segurado como instituidor do seguro e a pessoa interessada como sua beneficiária; Ficha de tratamento em instituição de assistência médica da qual conste o segurado como responsável; Escritura de compra e venda de imóvel pelo segurado em nome do dependente; Declaração de não emancipação do dependente menor de vinte e um anos; Quaisquer outros documentos que possam levar à convicção do fato a comprovar.
Regras importantes a serem aplicáveis: ACP n. 2000.71.00.009347-0 oriunda da 3ª Vara Federal de Porto Alegre (consagrou a equiparação entre heterossexuais e homossexuais) e Súmula 159 do Tribunal Federal de Recursos, tribunal atualmente extinto (é legítima a divisão da pensão previdenciária entre a esposa e a companheira, atendidos os requisitos exigidos). 
Perda da condição de dependente:
a) para o cônjuge: pela separação judicial, divórcio, anulação do casamento, óbito e por sentença judicial transitada em julgado; 
b) para companheira (o): pela cessão da união estável; 
c) para o filho, a pessoa a ele equiparada, ou o irmão, de qualquer condição: ao completarem 21 (vinte e um) anos de idade, exceto se tiverem deficiência intelectual ou mental que os tornem absoluta ou relativamente incapazes, assim declarados judicialmente, ou inválidos, desde que a invalidez ou a deficiência intelectual ou mental tenha ocorrido antes: de completarem 21 (vinte e um) anos de idade; do casamento; do início do exercício de emprego público efetivo; da constituição de estabelecimento civil ou comercial ou da existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com dezesseis anos completos tenha economia própria; ou da concessão de emancipação, pelos pais, ou de um deles na falta do outro, mediante instrumento público, independentemente de homologação judicial, ou por sentença do juiz, ouvido o tutor, se o menor tiver dezesseis anos completos; 
d) pela adoção: para o filho adotado que receba pensão por morte dos pais biológicos, observando que a adoção produz efeitos a partir do trânsito em julgado da sentença que a concede. No entanto, esta regra não será aplicada quando o cônjuge ou companheiro adota o filho do outro; 
e) para os dependentes em geral: pela cessação da invalidez ou falecimento; 
Obs. o cônjuge separado de fato, divorciado ou separado judicialmente, terá direito ao benefício desde que beneficiário de pensão alimentícia, mesmo que este benefício já tenha sido requerido e concedido à atual companheira (o).
Benefícios são valores pagos em dinheiro aos segurados e dependentes. A finalidade do benefício é substituir o rendimento do trabalhador, quando ocorrer sua inatividade ou outro infortúnio previdenciário. 
Serviços são bens imateriais colocados à disposição do segurado e dependentes, como habilitação e reabilitação profissional, serviço social. 
Podem ser divididas as prestações quanto ao: 
a) Segurado: o art. 18 da lei de benefícios determina que o segurado e somente o segurado possui o direito às seguintes prestações: aposentadoria por invalidez, aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de contribuição, aposentadoria especial, auxílio doença, salário família e maternidade, auxílio-acidente;
b) Quanto ao dependente: possui direito à pensão por morte e auxílio reclusão; 
c) Quanto ao segurado e dependente: ambos possuem direito ao serviço social e a reabilitação profissional (art. 88 e 89 da lei de benefícios), em não reabilitando o trabalhador, por negligência ou omissão do INSS, este deverá aposentá-lo; 
Do período de carência: é o lapso de tempo durante o qual os beneficiários não têm direito a determinadas prestações, em razão de ainda não haver sido pago o número mínimo de contribuições exigidas em lei. 
Art. 24. Período de carência é o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos meses de suas competências. 
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26: I - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez: 12 (doze) contribuições mensais; II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial: 180 contribuições mensais. III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do caput do art. 11 (contribuinte individuai e segurado especial) e o art. 13 desta Lei: 10 (dez) contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta Lei; e IV - auxílio-reclusão: 24 (vinte e quatro) contribuições mensais. Parágrafo único. Em caso de parto antecipado, o período de carência a que se refere o inciso III será reduzido em número de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado.
Art. 26. Independe de carência a concessão das seguintes prestações: I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente; II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministériosda Saúde e da Previdência Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado; III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos segurados especiais referidos no inciso VII do art. 11 desta Lei; IV - serviço social; V - reabilitação profissional; VI – salário-maternidade para as seguradas empregada, trabalhadora avulsa e empregada doméstica.
Não existe carência para se requerer o serviço social, a habilitação e a reabilitação profissional e para a concessão de salário maternidade às seguradas empregadas, avulsas e domésticas. 
Art. 27.  Para cômputo do período de carência, serão consideradas as contribuições: I - referentes ao período a partir da data de filiação ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS), no caso dos segurados empregados, inclusive os domésticos, e dos trabalhadores avulsos; II - realizadas a contar da data de efetivo pagamento da primeira contribuição sem atraso, não sendo consideradas para este fim as contribuições recolhidas com atraso referentes a competências anteriores, no caso dos segurados contribuinte individual, especial e facultativo, referidos, respectivamente, nos incisos V e VII do art. 11 e no art. 13.          
Art. 27-A  Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins da concessão dos benefícios de auxílio-doença, de aposentadoria por invalidez, de salário-maternidade e de auxílio-reclusão, o segurado deverá contar, a partir da data da nova filiação à Previdência Social, com metade dos  períodos  previstos nos incisos I, III e IV do caput do art. 25 desta Lei.  
AULA 20/08
A PENSÃO ESPECIAL POR HANSENÍASE é um benefício devido às pessoas atingidas pela hanseníase e que tenham sido submetidas a isolamento e internação compulsórias em hospitais-colônias até 31/12/1986. Trata-se de uma pensão especial, mensal, vitalícia e intransferível. A Comissão Internacional de Avaliação Pensão tem o objetivo de analisar os requerimentos desta pensão especial conforme lei nº 11.520/2007. 
Assim, o INSS realiza apenas o pagamento deste benefício, mas não determina as regras de concessão nem analisa os pedidos. O requerimento deve ser enviado por correio à Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), estabelecida no Setor Comercial Sul B, quadra 09, lote C, edifício Parque Cidade Corporate, torre A, 8º andar, sala 801, CEP. 70.308.200, Brasília-DF. O valor da pensão é R$ 1.576, 83. 
Há também um BENEFÍCIO ESPECÍFICO AOS PORTADORES DA SÍNDROME DA TALIDOMIDA nascidos a partir de 1º de março de 1958, data do início da comercialização da droga denominada Talidomida no Brasil. Talidomida ou “amida nftálica do ácido glutâmico” trata-se de um medicamento desenvolvido na Alemanha, em 1954, inicialmente como sedativo. Contudo, a partir de sua comercialização em 1957, gerou milhares casos de focomelia, que é uma síndrome caracterizada pela aproximação ou encurtamento dos membros junto ao tronco do feto, tornando-os semelhantes aos de uma foca. 
· Trata-se de uma pensão especial, mensal, vitalícia e intransferível.
Utilizado durante a gravidez também pode provocar graves defeitos visuais, auditivos, da coluna vertebral e em casos mais raros, no tubo digestivo e problemas cardíacos. A ingestão de um único comprimido nos três primeiros meses de gestação ocasiona a focomelia, efeito descoberto em 1961, que provocou a sua retirada imediata do mercado mundial. No entanto, em 1965 foi descoberto o seu efeito benéfico no tratamento de estados reacionais em hanseníase (antigamente conhecida como “lepra”), e não para tratar a doença propriamente dita, o que gerou sua reintrodução no mercado brasileiro com essa finalidade específica. 
A talidomida, por força da portaria nº 354, de 15/08/1997, é proibida para mulhares em idade fértil em todo o território nacional. Apesar da proibição, em casos especiais, méditos receitam a droga. Entretanto são previstas sanções legais, cabendo observar que mesmo com a assinatura de Termo de Esclarecimento aos Pacientes e Termo de Responsabilidade Médica, ambos podem ser responsabilizados pelo mau uso da droga. 
Tem sido demonstrado que apenas o uso de anticoncepcionais por mulheres em idade fértil não é suficiente para prevenir a ocorrência de nascimentos de crianças com a síndrome de Talidomida, pois a droga inibe o efeito dos anticoncepcionais. Portanto, deve-se usar o máximo de métodos contraceptivos para maior segurança. Além disso, é de extrema importância que todos os exames disponíveiz de graviez sejam utilizados. 
Conforme a Resolução nº RDC 140/2003 da ANVISA, a bula do medicamento informa que “os homens que utilizam a talidomida e mantém vida sexual ativa com mulheres em idade fértil, mesmo tendo sido submetidos a vaesctomia, devem ser orientados a adotar o uso de preservativo durante o tratamento, bem como cautela com doação de sangue e esperma”. 
Principais requisitos: 
- constatação, por meio de perícia-médica do INSS, de que a deformidade física quq possui decorre do uso de talidomida; 
- ter nascido a partir de 01/03/1958, data de início da comercialização da talidomida no Brasil; 
- apresentar um documento de identificação com foto e número do CPF; 
- documentos que comprovem a deformidade do beneficiário, tais como fotografias (preferialmente em fundo escuro, formato 12x9 cm, uma de frente, uma de costas e outra detalhando os membros afetados) além de outros subsídios que comprovem o uso da talidomida pela mãe durante a gestação, tais como receituários da época relacionados ao medicamento, relatório ou atestado médico de entidades relacionadas à patologia; 
Caso não possa comparecer à agência do INSS pessoalmente, você pode nomear um procurador para fazer o requerimento em seu lugar. Após formalização do requerimento será agendado um exame médico-pericial. A renda mensal inicial será calculada pela multiplicação do número total de pontos indicadores da natureza e do grau de dependência resultante da deformidade física, constante do processo de concessão, pelo valor fixado em Portaria Ministerial que trata dos reajustamentos dos benefícios pagos pela Previdência Social (R$ 1.175,58).
O titular do benefício, maior de 35 anos, que necessite de assistência permanente de outra pessoa que tenha recebido a pontuação igual ou superior a 6 pontos, fará jus a um adicional de 25% sobre o valor do benefício. 
O titular do benefício fará jus a mais de um adicionais de 35% sobre o valor do benefício, desde que comprove pelo menos: 25 anos, se homem e 20 anos, se mulher, de contribuição para a Previdência Social, independente do regime; ou 55 anos de idade, se homem ou 50 anos, se mulher, e contar pelo menos com 15 anos de contribuição para Previdência Social, independente do regime
A partir da publicação da lei 12.190/2010, o titular do benefício também poderá requerer a indenização por dano moral, paga em parcela única e requerida diretamente nas agências do INSS, mediante requerimento pessoal e assinatura do termo de opção anexo ao Decreto 7.235/2010.
SEGURO-DESEMPREGO DO PESCADOR ARTESANAL ou “SEGURO DEFESO”
O objetivo principal é a manutenção do meio ambiente. O pescador pode pescar nesse período atendidos alguns requisitos de distanciamento de barragens e desde que as espécies não sejam nativas (ex. pode pescar tucunaré e porquinho). 
Também conhecido como seguro-defeso, o seguro desemprego do pescado artesanal é uma assistência financeira temporária concedida aos pescadores profissionais artesanais que, durante o período de defeso, são obrigados a paralisar a sua atividade para a preservação da espécie. Para ter direito, o pescador deve comprovar que exerce a pesca de maneira ininterrupta, seja sozinho ou em regime de economia familiar. 
Principais requisitos: exercer a pesca de forma ininterrupta, sozinho ou em regime de economia familiar; estar impedido de pescar, em função de período de defeso da espécie que captura (na região de Araçatuba éde 01/11 ao último dia de fevereiro); ter cadastro ativo no Registro Geral de Pesca há pelo menos 1 ano, como pescador profissional artesanal; ser segurado especial da Previdência Social na condição de pescador artesanal; comercializar a sua produção a pessoa física ou jurídica, comprovando a contribuição previdenciária, nos últimos 12 meses imediatamente anteriores ao requerimento do benefício ou desde o último período de defeso até o início do período atual, o que for menor; não estar em gozo de nenhum benefício de prestação continuada da assistência social ou da previdência social, exceto auxilio acidente e pensão por morte; não ter vínculo de emprego ou outra relação de trabalho ou fonte de renda diversa da decorrente da atividade pesqueira; 
Pescadores profissionais artesanais que não possuem as licenças emitidas, e são portadores dos protocolos de requerimento das licenças, sem distinção de tempo, terão novos procedimentos para a solicitação de seguro desemprego do pescador artesanal. 
A partir deste novo acordo, fruto de discussões por meio de uma APC, os pescadores deverão preencher novamente e apresentar ao INSS o formulário de requerimento de licença de pescador profissional, disponível no MAPA, no site do INSS e DPU, sem a necessidade de obtenção de carimbo pela Secretaria da Aquicultura e Pesca.
PENSÃO ESPECIAL DESTINADA A CRIANÇAS COM SÍNDROME CONGÊNITA DO ZIKA VÍRUS
Trata-se de um benefício assistencial. A Pensão Especial à criança com síndrome congênita do zika vírus é a garantia de um salário mínimo mensal, vitalício e intransferível à criança, nascida em 1º de janeiro de 2015 a 31 de dezembro de 2019, beneficiárias do BPC. 
A febre por vírus zika é descrita como uma doença febril aguda, autolimitada, com duração de 3-7 dias, geralmente sem complicações graves e não há registro de mortes. A taxa de hospitalização é potencialmente baixa. 
Mais de 80% das pessoas infectadas não desenvolvem manifestações clínicas, porém quando presentes, a doença se caracteriza pelo surgimento do exantema maculopapular pruriginoso, febre intermitente, hiperemia conjuntival não purulenta e sem prurido, artralgia, mialgia e dor de cabeça e menos frequentemente, edema, dor de garganta, tosse, vômitos e hematospermia (presença de sangue no esperma ejaculado). No entanto, a artralgia pode persistir por aproximadamente um mês. 
A microcefalia é uma malformação congênita, em que o cérebro não se desenvolve de maneira adequada. Neste caso, os bebês nascem com perímetro cefálico (PC) menor que o normal, que habitualmente é superior a 32 cm. Essa malformação congênita pode ser efeito de uma série de fatores de diferentes origens, como substâncias química e agentes biológicos infecciosos. 
O Ministério da Saúde confirmou a relação entre o vírus zika e o surto de microcefalia na região nordeste. As investigações sobre o tema devem continuar para esclarecer questões como a transmissão desse agente, a sua atuação no organismo humano, a infecção do feto e o período de maior vulnerabilidade para a gestante. 
Em análise inicial, o risco está associado aos primeiros três meses de gravidez. Não há tratamento específico para a microcefalia. Existem ações de suporte que podem auxiliar no desenvolvimento do bebê e da criança, e este acompanhamento é preconizado pelo SUS. Como cada criança desenvolve complicações diferentes – respiratórias, neurológicas e motoras – o acompanhamento por diferentes especialistas vai dependes de suas funções que ficarem comprometidas. Estão disponíveis serviços de reabilitação, os serviços de exame e diagnóstico e serviços hospitalares, além de órteses e próteses aos casos em que se aplicar. 
Pelo relato dos casos até o momento, as gestantes cujos bebês desenvolveram a microcefalia tiveram sintomas do vírus zika no primeiro trimestre da gravidez. O cuidado para não entrar em contato com o mosquito aedes aegypti é para todo o período da gestação. 
Durante a vigência da MP 894 a pensão especial era devida a crianças com microcefalia nascidas entre 01/01/2015 a 31/12/2018 e beneficiárias do BPC. Sendo uma pensão especial, não gerará direito a abono (forma semelhante ao 13º) ou a pensão por morte. Atualmente, tem direito ao benefício a criança nascida entre 01/01/2015 a 31/12/2019, beneficiária do BPC que tenha síndrome congênita do zika vírus. 
A pensão especial não poderá ser cumulada com indenizações pagas pela União em razão de decisão judicial sobre os mesmos fatos ou com BPC. Assim, quem recebe o BPC deve aceitar a cessação do BPC para a concessão da pensão especial para a criança com microcefalia. A concessão da pensão especial também ficará condicionada a desistência de ação judicial que tenha por objeto pedido idêntico sobre o qual versa o processo administrativo. 
Exame médico: será realizado exame pericial por perito médito federal para constatar a relação entre a microcefalia e a contaminação pelo zika vírus. 
Se nascer agora uma criança com microcefalia e provado o nexo com o zika: não receberá a pensão especial pelo limite de data fixado. 
Art. 13. Mantém a qualidade de segurado, independentemente de contribuições: I - sem limite de prazo, o segurado que estiver em gozo de benefício, exceto na hipótese de auxílio-acidente;       (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020). II - até doze meses após a cessação das contribuições, observado o disposto nos § 7º e § 8º e no art. 19-E      (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020). III - até doze meses após cessar a segregação, o segurado acometido de doença de segregação compulsória; IV - até doze meses após o livramento, o segurado detido ou recluso; V - até três meses após o licenciamento, o segurado incorporado às Forças Armadas para prestar serviço militar; e VI - até seis meses após a cessação das contribuições, o segurado facultativo.
§ 1º  O prazo do inciso II será prorrogado para até vinte e quatro meses, se o segurado já tiver pago mais de cento e vinte contribuições mensais sem interrupção que acarrete a perda da qualidade de segurado. § 2º  O prazo do inciso II ou do § 1º será acrescido de doze meses para o segurado desempregado, desde que comprovada essa situação por registro no órgão próprio do Ministério do Trabalho e Emprego. § 3º  Durante os prazos deste artigo, o segurado conserva todos os seus direitos perante a previdência social. § 4º  Aplica-se o disposto no inciso II do caput e no § 1º ao segurado que se desvincular de regime próprio de previdência social. § 5º  A perda da qualidade de segurado não será considerada para a concessão das aposentadorias por tempo de contribuição e especial. § 6º  Aplica-se o disposto no § 5º à aposentadoria por idade, desde que o segurado conte com, no mínimo, o número de contribuições mensais exigido para efeito de carência na data do requerimento do benefício. § 7º  Para o contribuinte individual, o período de manutenção da qualidade de segurado inicia-se no primeiro dia do mês subsequente ao da última contribuição com valor igual ou superior ao salário-mínimo.  (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020) § 8º  O segurado que receber remuneração inferior ao limite mínimo mensal do salário de contribuição somente manterá a qualidade de segurado se efetuar os ajustes de complementação, utilização e agrupamento a que se referem o § 1º do art. 19-E e o § 27-A do art. 216.      (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
Art. 14.  O reconhecimento da perda da qualidade de segurado no termo final dos prazos fixados no art. 13 ocorrerá no dia seguinte ao do vencimento da contribuição do contribuinte individual relativa ao mês imediatamente posterior ao término daqueles prazos.   
DESMISTIFICANDO O BENEFÍCIO DE AUXÍLIO RECLUSÃO 
O benefício está previsto na Constituição Federal. O artigo 201, no capítulo relativo à Previdência Social, cita o direito ao auxílio-reclusão para os dependentes dos segurados de baixa renda. Para que os dependentes tenham direito é necessário que a média dos salários de contribuição apurados no período de 12 meses anteriores ao mês do recolhimento obedeçaao limite previsto pela legislação de R$ 1.425,56. Caso a renda do segurado esteja acima, o benefício não será concedido (obs.: o serviço remunerado prestado no interior do estabelecimento prisional não interfere no recebimento do auxílio-reclusão).
O auxílio reclusão é um benefício devido apenas aos dependentes do segurado, preso em regime fechado durante o período da reclusão ou detenção. O segurado não pode estar recebendo salário de empresa nem benefício do INSS. Quando o trabalhador cumpre pena em regime aberto, não há direito ao auxílio reclusão. 
Imporante explicar também que agora é preciso que o segurado tenha contribuído por pelo menos 24 meses, ou seja, tenha realizado 24 contribuições, antes de ser preso, para que sua família possa então ter direito ao benefício do auxílio reclusão. 
Os dependentes devem apresentar a cada 3 meses a Declaração de Cárcere/Reclusão, feito pelas unidades prisionais. No caso de não apresentação, o pagamento será suspenso. 
Em relação ao segurado recluso: possuir qualidade de segurado na data da prisão; recluso em regime fechado; média salarial dos últimos 12 meses dentro do limite; carência de 24 contribuições. 
Em relação aos dependentes: a) para o conjuge ou companheiro: comprovar casamento ou união estável na data em que o segurado foi preso; b) para filho, pessoas a ele equiparada ou irmão (desde que comprove a dependência), de ambos os sexos: possuir menos de 21 anos de idade, salvo se for inválido ou com deficiência. 
O auxílio reclusão tem duração máxima variável, conforme a idade e o tipo do beneficiário. Para o cônjuge, companheiro, o divorciado ou separado judicialmente ou de fato que receba pensão alimentícia: a) duração de 4 meses a contar da data da prisão: se o casamento ou união estável se iniciar em menos de 2 anos antes da prisão do segurado; b) se a prisão ocorreu pelo menos dois anos após o início da união/casamento:
A cessação ocorre: com a morte do dependente; até os 21 anos dos filhos (não se prorroga pela pendência do curso universitário); assim que o segurado recluso for posto em liberdade, o dependente ou responsável deverá apresentar imediatamente o alvará de soltura, para que não ocorra o recebimento indevido do benefício; em caso de fuga, liberdade condicional, transferência para prisão, albergue ou cumprimento da pena em regime aberto, o dependente ou responsável também deverpa procurar a agência do INSS para solicitar o encerramento imediado do benefício e, no caso de nova prisão posterior, deverá requerer um novo benefício, mesmo nos casos de fugo com posterior captura. 
O auxílio reclusão será devido a contar da data do efetivo recolhimento do segurado à prisão, se requerido até 90 dias, ou da data do requerimento, se posterior. 
Equipa-se à condição de recolhido à prisão a situação do segurado com idade entre 16 e 18 anos que tenha sido internado em estabelecimento educacional ou similar, sob custódia do Juizado de Infância e da Juventude. 
PENSÃO POR MORTE.
Art. 105, Decreto n. 3.048/99. A pensão por morte será devida ao conjunto dos dependentes do segurado que falecer, aposentado ou não, a contar da data:
I - do óbito, quando requerida em até cento e oitenta dias após o óbito, para os filhos menores de dezesseis anos, ou quando requerida no prazo de noventa dias, para os demais dependentes;             (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
II - do requerimento, quando requerida após o prazo previsto no inciso I; ou
III - da decisão judicial, no caso de morte presumida.
§ 1o  No caso do disposto no inciso II, a data de início do benefício será a data do óbito, aplicados os devidos reajustamentos até a data de início do pagamento, não sendo devida qualquer importância relativa ao período anterior à data de entrada do requerimento.         
3º  O exercício de atividade remunerada, inclusive na condição de MEI, não impede a concessão ou a manutenção da parte individual da pensão do dependente com deficiência intelectual, mental ou grave.           (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
§ 4º  Perde o direito à pensão por morte o condenado criminalmente por sentença transitada em julgado, como autor, coautor ou partícipe de homicídio doloso, ou de tentativa desse crime, cometido contra a pessoa do segurado, ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis.           (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
§ 5º  Perde o direito à pensão por morte o cônjuge ou o companheiro ou a companheira se comprovada, a qualquer tempo, simulação ou fraude no casamento ou na união estável, ou a formalização desses com o fim exclusivo de constituir benefício previdenciário, apurada em processo judicial, assegurados os direitos ao contraditório e à ampla defesa.           (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
§ 6º  Ajuizada a ação judicial para reconhecimento da condição de dependente, este poderá requerer a sua habilitação provisória ao benefício de pensão por morte, exclusivamente para fins de rateio dos valores com outros dependentes, vedado o pagamento da cota respectiva até o trânsito em julgado da ação, ressalvada a existência de decisão judicial que disponha em sentido contrário.           (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
§ 7º  Nas ações judiciais em que o INSS for parte, este poderá proceder, de ofício, à habilitação excepcional da pensão objeto da ação apenas para efeitos de rateio, descontados os valores referentes à habilitação das demais cotas, vedado o pagamento da respectiva cota até o trânsito em julgado da ação, ressalvada a existência de decisão judicial que disponha em sentido contrário.           (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
§ 8º  Julgada improcedente a ação a que se referem os § 6º e § 7º, o valor retido para pagamento ao autor será corrigido pelos índices legais de reajustamento e será pago de forma proporcional aos demais dependentes, de acordo com as suas cotas e o tempo de duração de seus benefícios.           (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
§ 9º  Fica assegurada ao INSS a cobrança dos valores indevidamente pagos em decorrência da habilitação a que se referem os § 6º e § 7º           (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
Art. 23, EC 103/2019. A pensão por morte concedida a dependente de segurado do Regime Geral de Previdência Social ou de servidor público federal será equivalente a uma cota familiar de 50% (cinquenta por cento) do valor da aposentadoria recebida pelo segurado ou servidor ou daquela a que teria direito se fosse aposentado por incapacidade permanente na data do óbito, acrescida de cotas de 10 (dez) pontos percentuais por dependente, até o máximo de 100% (cem por cento).
§ 1º As cotas por dependente cessarão com a perda dessa qualidade e não serão reversíveis aos demais dependentes, preservado o valor de 100% (cem por cento) da pensão por morte quando o número de dependentes remanescente for igual ou superior a 5 (cinco).
§ 2º Na hipótese de existir dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave, o valor da pensão por morte de que trata o caput será equivalente a:
I - 100% (cem por cento) da aposentadoria recebida pelo segurado ou servidor ou daquela a que teria direito se fosse aposentado por incapacidade permanente na data do óbito, até o limite máximo de benefícios do Regime Geral de Previdência Social; e
II - uma cota familiar de 50% (cinquenta por cento) acrescida de cotas de 10 (dez) pontos percentuais por dependente, até o máximo de 100% (cem por cento), para o valor que supere o limite máximo de benefícios do Regime Geral de Previdência Social.
§ 3º Quando não houver mais dependente inválido ou com deficiência intelectual, mental ou grave, o valor da pensão será recalculado na forma do disposto no caput e no § 1º.
§ 4º O tempo de duração da pensão por morte e das cotas individuais por dependente até a perda dessa qualidade, o rol de dependentes e sua qualificação e as condições necessárias para enquadramento serão aqueles estabelecidos na Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991.
§ 5º Para o dependente inválidoou com deficiência intelectual, mental ou grave, sua condição pode ser reconhecida previamente ao óbito do segurado, por meio de avaliação biopsicossocial realizada por equipe multiprofissional e interdisciplinar, observada revisão periódica na forma da legislação.
§ 6º Equiparam-se a filho, para fins de recebimento da pensão por morte, exclusivamente o enteado e o menor tutelado, desde que comprovada a dependência econômica.
§ 7º As regras sobre pensão previstas neste artigo e na legislação vigente na data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional poderão ser alteradas na forma da lei para o Regime Geral de Previdência Social e para o regime próprio de previdência social da União.
§ 8º Aplicam-se às pensões concedidas aos dependentes de servidores dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios as normas constitucionais e infraconstitucionais anteriores à data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional, enquanto não promovidas alterações na legislação interna relacionada ao respectivo regime próprio de previdência social.
Art. 24. É vedada a acumulação de mais de uma pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro, no âmbito do mesmo regime de previdência social, ressalvadas as pensões do mesmo instituidor decorrentes do exercício de cargos acumuláveis na forma do art. 37 da Constituição Federal.
§ 1º Será admitida, nos termos do
§ 2º, a acumulação de:
I - pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um regime de previdência social com pensão por morte concedida por outro regime de previdência social ou com pensões decorrentes das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal;
II - pensão por morte deixada por cônjuge ou companheiro de um regime de previdência social com aposentadoria concedida no âmbito do Regime Geral de Previdência Social ou de regime próprio de previdência social ou com proventos de inatividade decorrentes das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal; ou
III - pensões decorrentes das atividades militares de que tratam os arts. 42 e 142 da Constituição Federal com aposentadoria concedida no âmbito do Regime Geral de Previdência Social ou de regime próprio de previdência social.
§ 2º Nas hipóteses das acumulações previstas no § 1º, é assegurada a percepção do valor integral do benefício mais vantajoso e de uma parte de cada um dos demais benefícios, apurada cumulativamente de acordo com as seguintes faixas:
I - 60% (sessenta por cento) do valor que exceder 1 (um) salário-mínimo, até o limite de 2 (dois) salários-mínimos;
II - 40% (quarenta por cento) do valor que exceder 2 (dois) salários-mínimos, até o limite de 3 (três) salários-mínimos;
III - 20% (vinte por cento) do valor que exceder 3 (três) salários-mínimos, até o limite de 4 (quatro) salários-mínimos; e
IV - 10% (dez por cento) do valor que exceder 4 (quatro) salários-mínimos.
§ 3º A aplicação do disposto no § 2º poderá ser revista a qualquer tempo, a pedido do interessado, em razão de alteração de algum dos benefícios.
§ 4º As restrições previstas neste artigo não serão aplicadas se o direito aos benefícios houver sido adquirido antes da data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional.
§ 5º As regras sobre acumulação previstas neste artigo e na legislação vigente na data de entrada em vigor desta Emenda Constitucional poderão ser alteradas na forma do
§ 6º do art. 40 e do § 15 do art. 201 da Constituição Federal.
Art. 114. O pagamento da cota individual da pensão por morte cessa:
I - pela morte do pensionista;
II - para o filho, o enteado, o menor tutelado ou o irmão, de ambos os sexos, ao completar vinte e um anos de idade, exceto se o pensionista for inválido ou tiver deficiência intelectual, mental ou grave; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
III - para o filho, o enteado, o menor tutelado ou o irmão inválido, pela cessação da invalidez; (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
III- A - para o filho, o enteado, o menor tutelado ou o irmão que tenha deficiência intelectual, mental ou grave, pelo afastamento da deficiência; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
IV - pela adoção, para o filho adotado que receba pensão por morte dos pais biológicos. 
V - para o cônjuge ou o companheiro ou a companheira: (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
a) se inválido ou com deficiência, pela cessação da invalidez ou pelo afastamento da deficiência, respeitados os períodos mínimos decorrentes da aplicação do disposto nas alíneas “b” e “c”; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
b) em quatro meses, se o óbito ocorrer sem que o segurado tenha vertido dezoito contribuições mensais ou se o casamento ou a união estável tiver sido iniciado a menos de dois anos antes do óbito do segurado; ou (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
c) transcorridos os seguintes períodos, estabelecidos de acordo com a idade do beneficiário na data de óbito do segurado, se o óbito ocorrer depois de vertidas dezoito contribuições mensais e de, no mínimo, dois anos de casamento ou união estável: (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
1. três anos, com menos de vinte e um anos de idade; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
2. seis anos, entre vinte e um e vinte e seis anos de idade; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
3. dez anos, entre vinte e sete e vinte e nove anos de idade; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
4. quinze anos, entre trinta e quarenta anos de idade; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
5. vinte anos, entre quarenta e um e quarenta e três anos de idade; ou (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
6. vitalícia, com quarenta e quatro ou mais anos de idade; (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
VI - pela perda do direito na forma do disposto nos § 4º e § 5º do art. 105; e (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
VII - pelo decurso do prazo remanescente na data do óbito estabelecido na determinação judicial para recebimento de pensão de alimentos temporários para o ex-cônjuge ou o ex-companheiro ou a ex-companheira, caso não incida outra hipótese de cancelamento anterior do benefício. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
§ 1o Com a extinção da cota do último pensionista, a pensão por morte será encerrada. (Incluído pelo Decreto nº 5.545, de 2005)
§ 2o Não se aplica o disposto no inciso IV do caput quando o cônjuge ou companheiro adota o filho do outro. (Incluído pelo Decreto nº 5.545, de 2005)
§ 3º Serão aplicados, conforme o caso, o disposto na alínea “a” ou na alínea “c” do inciso V do caput se o óbito do segurado decorrer de acidente de qualquer natureza ou de doença profissional ou do trabalho, independentemente do recolhimento de dezoito contribuições mensais ou da comprovação de dois anos de casamento ou de união estável. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
§ 4º O tempo de contribuição para regime próprio de previdência social, utilizado na forma prevista no art. 125, será considerado na contagem das dezoito contribuições mensais de que tratam as alíneas “b” e “c” do inciso V do caput. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
§ 5º Na hipótese de haver fundados indícios de autoria, coautoria ou participação de dependente, ressalvados os absolutamente incapazes e os inimputáveis, em homicídio, ou em tentativa desse crime, cometido contra a pessoa do segurado, será possível a suspensão provisória de sua parte no benefício de pensão por morte, por meio de processo administrativo próprio, respeitados os direitos à ampla defesa e ao contraditório, e, na hipótese de absolvição, serão devidas as parcelas corrigidas desde a data da suspensão e a reativação imediata do benefício. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
§ 6º Para os fins do disposto na alínea “c” do inciso V do caput, após o transcurso de, no mínimo, três anos e desde que nesse período se verifique o incremento mínimo de um ano inteiro na média nacional única, para ambos os sexos, correspondente à expectativa de sobrevida da população brasileira ao nascer, poderão ser estabelecidos, em númerosinteiros, novas idades, em ato do Ministro de Estado da Economia, limitado o acréscimo à comparação com as idades anteriores ao referido incremento. (Incluído pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
AUXÍLIO DOENÇA OU AUXÍLIO POR INCAPACIDADE TEMPORÁRIA – artigos 59/63, L. 8.213/91 e artigos 71/80, Decreto 3.048/99.
Principais requisitos:
a) A concessão das prestações pecuniárias do RGPS depende dos seguintes períodos de carência, ressalvado o disposto no artigo 26 - auxílio doença e aposentadoria por invalidez: 12 contribuições. A perícia médica do INSS poderá avaliar a isenção de carência para doenças previstas na Portaria interministerial nº 2998/2001, além das situações de afastamento decorrentes de acidente de qualquer natureza ou causa, doença profissional e acidente de trabalho.
b) Possuir qualidade de segurado (caso tenha perdido, deverá cumprir metade da carência de 12 meses a partir da nova filiação à Previdência Social – L. 13.457/17).
c) Comprovar doença que torne o cidadão temporariamente incapaz de trabalhar. 
d) Para o empregado em empresa, estar afastado do trabalho há pelo menos 15 dias (corridos ou intercalados dentro do prazo de 60 dias, pelo mesmo motivo).
O auxílio doença concedido ou reativado por decisão judicial será cessado na data ficada pelo judiciário ou, na ausência de fixação, em 120 dias contados da data da concessão/reativação. Nos 15 últimos dias do auxílio doença, o segurado poderá requerer a prorrogação do benefício. Caso não concorde com o indeferimento ou a cessação do benefício e não seja mais possível requerer pedido de prorrogação, o segurado poderá entrar com recurso à Junta de Recursos, em até 30 dias contados a partir da data em que tomar ciência da decisão. 
Art. 59. O auxílio-doença será devido ao segurado que, havendo cumprido, quando for o caso, o período de carência exigido nesta Lei, ficar incapacitado para o seu trabalho ou para a sua atividade habitual por mais de 15 dias consecutivos. (Vide Medida Provisória nº 664, de 2014) 
§ 1º Não será devido o auxílio-doença ao segurado que se filiar ao Regime Geral de Previdência Social já portador da doença ou da lesão invocada como causa para o benefício, exceto quando a incapacidade sobrevier por motivo de progressão ou agravamento da doença ou da lesão. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
§ 2º Não será devido o auxílio-doença para o segurado recluso em regime fechado. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
§ 3º O segurado em gozo de auxílio-doença na data do recolhimento à prisão terá o benefício suspenso. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
§ 4º A suspensão prevista no § 3º deste artigo será de até 60 (sessenta) dias, contados da data do recolhimento à prisão, cessado o benefício após o referido prazo. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
§ 5º Na hipótese de o segurado ser colocado em liberdade antes do prazo previsto no § 4º deste artigo, o benefício será restabelecido a partir da data da soltura. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
§ 6º Em caso de prisão declarada ilegal, o segurado terá direito à percepção do benefício por todo o período devido. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
§ 7º O disposto nos §§ 2º, 3º, 4º, 5º e 6º deste artigo aplica-se somente aos benefícios dos segurados que forem recolhidos à prisão a partir da data de publicação desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
§ 8º O segurado recluso em cumprimento de pena em regime aberto ou semiaberto terá direito ao auxílio-doença. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
Art. 60. O auxílio-doença será devido ao segurado empregado a contar do décimo sexto dia do afastamento da atividade, e, no caso dos demais segurados, a contar da data do início da incapacidade e enquanto ele permanecer incapaz. (Redação dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
§ 1º Quando requerido por segurado afastado da atividade por mais de 30 (trinta) dias, o auxílio-doença será devido a contar da data da entrada do requerimento. (Vide Medida Provisória nº 664, de 2014) (Vigência)
§ 3o Durante os primeiros quinze dias consecutivos ao do afastamento da atividade por motivo de doença, incumbirá à empresa pagar ao segurado empregado o seu salário integral. (Redação Dada pela Lei nº 9.876, de 26.11.99)
§ 4º A empresa que dispuser de serviço médico, próprio ou em convênio, terá a seu cargo o exame médico e o abono das faltas correpondentes ao período referido no § 3º, somente devendo encaminhar o segurado à perícia médica da Previdência Social quando a incapacidade ultrapassar 15 (quinze) dias.
§ 6o O segurado que durante o gozo do auxílio-doença vier a exercer atividade que lhe garanta subsistência poderá ter o benefício cancelado a partir do retorno à atividade. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
§ 7º Na hipótese do § 6o, caso o segurado, durante o gozo do auxílio-doença, venha a exercer atividade diversa daquela que gerou o benefício, deverá ser verificada a incapacidade para cada uma das atividades exercidas. (Incluído pela Lei nº 13.135, de 2015)
§ 8o Sempre que possível, o ato de concessão ou de reativação de auxílio-doença, judicial ou administrativo, deverá fixar o prazo estimado para a duração do benefício. (Incluído pela Lei nº 13.457, de 2017)
§ 9o Na ausência de fixação do prazo de que trata o § 8o deste artigo, o benefício cessará após o prazo de cento e vinte dias, contado da data de concessão ou de reativação do auxílio-doença, exceto se o segurado requerer a sua prorrogação perante o INSS, na forma do regulamento, observado o disposto no art. 62 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.457, de 2017)
§ 10. O segurado em gozo de auxílio-doença, concedido judicial ou administrativamente, poderá ser convocado a qualquer momento para avaliação das condições que ensejaram sua concessão ou manutenção, observado o disposto no art. 101 desta Lei. (Incluído pela Lei nº 13.457, de 2017)
§ 11. O segurado que não concordar com o resultado da avaliação da qual dispõe o § 10 deste artigo poderá apresentar, no prazo máximo de trinta dias, recurso da decisão da administração perante o Conselho de Recursos do Seguro Social, cuja análise médica pericial, se necessária, será feita pelo assistente técnico médico da junta de recursos do seguro social, perito diverso daquele que indeferiu o benefício. (Incluído pela Lei nº 13.457, de 2017)
§ 12. Na ausência de fixação do prazo de que trata o § 11, o benefício cessará após o prazo de cento e vinte dias, contado da data de concessão ou de reativação, exceto se o segurado requerer a sua prorrogação junto ao INSS, na forma do regulamento, observado o disposto no art. 62. (Incluído pela Medida Provisória nº 767, de 2017)
§ 13. O segurado em gozo de auxílio-doença, concedido judicial ou administrativamente, poderá ser convocado a qualquer momento para avaliação das condições que ensejaram a concessão ou a manutenção, observado o disposto no art. 101. (Incluído pela Medida Provisória nº 767, de 2017)
Art. 61. O auxílio-doença, inclusive o decorrente de acidente do trabalho, consistirá numa renda mensal correspondente a 91% (noventa e um por cento) do salário-de-benefício, observado o disposto na Seção III, especialmente no art. 33 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 9.032, de 1995)
Art. 62.  O segurado em gozo de auxílio-doença, insuscetível de recuperação para sua atividade habitual, deverá submeter-se a processo de reabilitação profissional para o exercício de outra atividade. (Redação dada pela Lei nº 13.457, de 2017)
§ 1º. O benefício a que se refere o caput deste artigo será mantido até que o segurado seja considerado reabilitado para o desempenho de atividade que lhe garanta a subsistência ou, quando considerado não recuperável, seja aposentado por invalidez. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
§ 2º A alteração das atribuições e responsabilidades do segurado compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental não configura desvio de cargo ou função do segurado reabilitado ou que estiver em processo de reabilitação profissional a cargo do INSS. (Incluído pela Lei nº 13.846, de2019)
Art. 63.  O segurado empregado, inclusive o doméstico, em gozo de auxílio-doença será considerado pela empresa e pelo empregador doméstico como licenciado. (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015)
Parágrafo único. A empresa que garantir ao segurado licença remunerada ficará obrigada a pagar-lhe durante o período de auxílio-doença a eventual diferença entre o valor deste e a importância garantida pela licença.
O AUXÍLIO-ACIDENTE é um benefício a que o segurado do INSS pode ter direito quando desenvolver sequela permanente que reduza sua capacidade laborativa. Esse direito é analisado pela perícia médica do INSS, no momento da avaliação pericial. O benefício é pago como uma forma de indenização em função do acidente e, portanto, não impede o cidadão de continuar trabalhando. 
Principais requisitos: isento de tempo mínimo de contribuição na atividade pois é somente para casos de acidente de trabalho; redução de capacidade laborativa após a consolidação das lesões na atividade que habitualmente exercia; retorno à mesma função exercida antes do acidente. 
Quem tem direito ao benefício: 
- empregado urbano/rural (empresa); 
- empregado doméstico (para acidentes ocorridos a partir de 01/06/2015); 
- trabalhador avulso (empresa); 
- segurado especial (trabalhador rural); 
Quem não tem direito: contribuinte individual e facultativo; 
Art. 86, L. 8.213. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado quando, após consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultarem seqüelas que impliquem redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. 
§ 1º O auxílio-acidente mensal corresponderá a cinqüenta por cento do salário-de-benefício e será devido, observado o disposto no § 5º, até a véspera do início de qualquer aposentadoria ou até a data do óbito do segurado. 
§ 2º O auxílio-acidente será devido a partir do dia seguinte ao da cessação do auxílio-doença, independentemente de qualquer remuneração ou rendimento auferido pelo acidentado, vedada sua acumulação com qualquer aposentadoria. (Também cessa com o óbito, benefício personalíssimo.)
§ 3º O recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de aposentadoria, observado o disposto no § 5º, não prejudicará a continuidade do recebimento do auxílio-acidente. 
§ 4º A perda da audição, em qualquer grau, somente proporcionará a concessão do auxílio-acidente, quando, além do reconhecimento de causalidade entre o trabalho e a doença, resultar, comprovadamente, na redução ou perda da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia.
Art. 104, D. 3.048. O auxílio-acidente será concedido, como indenização, ao segurado empregado, inclusive o doméstico, ao trabalhador avulso e ao segurado especial quando, após a consolidação das lesões decorrentes de acidente de qualquer natureza, resultar sequela definitiva que, a exemplo das situações discriminadas no Anexo III, implique redução da capacidade para o trabalho que habitualmente exercia. (Redação dada pelo Decreto nº 10.410, de 2020)
§ 3º O recebimento de salário ou concessão de outro benefício, exceto de aposentadoria, não prejudicará a continuidade do recebimento do auxílio-acidente.
§ 4º Não dará ensejo ao benefício a que se refere este artigo o caso: I - que apresente danos funcionais ou redução da capacidade funcional sem repercussão na capacidade laborativa; e II - de mudança de função, mediante readaptação profissional promovida pela empresa, como medida preventiva, em decorrência de inadequação do local de trabalho.

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