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Prof. Esp. José Carlos Martins Filho Prof. Esp. José Domingos Gonçalves Profª M.a Lívia Caroline Praseres de Almeida Profª Dr.a Eriane de Paula CONSTRUÇÕES RURAIS Instalações rurais para animais de pequeno, médio e grande porte de produção Unidade II Principais materiais comerciais e alternativos e instalações rurais para animais de pequeno, médio e grande porte de produção; Galpão para máquinas implementos, equipamentos e insumos; Orçamento e memorial descritivo. Principais normas técnicas. INTRODUÇÃO As diversas espécies de animais domésticos exploradas pelo homem, possuem exigências especificas quanto ao local onde são criadas, assim sendo cabe ao produtor adequar as instalações e o ambiente de acordo com a necessidade do animal a ser criado, para que o mesmo possa expressar o máximo do seu potencial de produção. INSTALAÇÕES PARA AVICULTURA Localização das edificações: A escolha do local adequado para implantação do aviário visa otimizar os processos construtivos, de conforto térmico e sanitários. O local deve ser escolhido de tal modo que se aproveitem as vantagens da circulação natural do ar e se evite a obstrução do ar por outras construções, barreiras naturais ou artificiais. O aviário deve ser situado em relação à principal direção do vento se este provir do sul ou do norte. Caso isso não ocorra, a localização do aviário para diminuir os efeitos da radiação solar no interior do aviário prevalece sobre a direção do vento dominante. INSTALAÇÕES PARA AVICULTURA Orientação: O sol não é imprescindível à avicultura. Se possível, o melhor é evitá-lo dentro dos aviários. Assim, devem ser construídos com o seu eixo longitudinal orientado no sentido Leste-Oeste. Nessa posição nas horas mais quentes do dia a sombra vai incidir embaixo da cobertura e a carga calorífica recebida pelo aviário será a menor possível. INSTALAÇÕES PARA AVICULTURA Largura do aviário, Pé direito, comprimento e piso: A grande influência da largura do aviário é no acondicionamento térmico interior, bem como em seu custo. A largura do aviário está relacionada com o clima da região onde o mesmo será construído. Normalmente recomenda-se largura até 10m para clima quente e úmido e largura de 10 até 14m para clima quente e seco. INSTALAÇÕES PARA AVICULTURA O pé direito do aviário é elemento importante para favorecer a ventilação e reduzir a quantidade de energia radiante vinda da cobertura sobre as aves. Estando as aves mais distantes da superfície inferior do material de cobertura, receberão menor quantidade de energia radiante, por unidade de superfície do corpo, sob condições normais de radiação. Desta forma, quanto maior o pé direito da instalação, menor é a carga térmica recebida pelas aves. O pé direito do aviário pode ser estabelecido em função da largura adotada, de forma que os dois parâmetros em conjunto favoreçam a ventilação natural no interior do aviário com acondicionamento térmico natural. Quanto mais largo for o aviário, maior será a sua altura. INSTALAÇÕES PARA AVICULTURA Algumas informações: Até 8 de largura - 2,80 m pé direito 8 a 9m de largura – 3,15m pé direito 9 a 10m de largura – 3,50m pé direito 10 a 12m de largura – 4,20m pé direito 12 a 14m de largura – 4,90m pé direito INSTALAÇÕES PARA AVICULTURA Comprimento O comprimento do aviário deve ser estabelecido para se evitar problemas com terraplenagem, comedouros e bebedouros automáticos. Não deve ultrapassar 200m. Na prática os comprimentos de 100 à 125m têm-se mostrados satisfatórios ao manejo das aves, porém é aconselhado divisórias internas ao longo do aviário em lotes de até 2.000 aves para diminuir a competição e facilitar o manejo das aves. INSTALAÇÕES PARA AVICULTURA O piso O piso é importante para proteger o interior do aviário contra a entrada de umidade e facilitar o manejo. Este deve ser de material lavável, impermeável, não liso com espessura de 6 a 8cm de concreto. O piso de chão batido, não isola bem a umidade e é de difícil limpeza e desinfecção, no entanto , tem-se propagado por diminuir o custo de instalação do aviário. INSTALAÇÕES PARA AVICULTURA Fechamentos A parede protege os frangos de vários fluxos de energia radiante mas também reduz a movimentação do ar. A altura da mureta deve ser de 20cm tem se mostrado satisfatória por permitir a entrada de ar ao nível das aves e não permitir a entrada de água da chuva e nem que a cama seja jogada para fora do aviário. INSTALAÇÕES PARA AVICULTURA Entre a mureta e o telhado, deve ser colocado tela. A tela tem a finalidade de proteger a cortina e evitar a entrada de pássaros, que além de trazerem enfermidades poderão consumir ração das aves Os oitões ou paredes das extremidades do aviário devem ser fechados até o teto. Para climas quentes, que não possuem correntes de ventos provindas do sul, recomenda-se que os oitões sejam de tela como nas laterais e providos de cortinas. INSTALAÇÕES PARA AVICULTURA Instalar cortinas nas laterais, pelo lado de fora, para evitar penetração de sol, chuva e controlar a ventilação no interior do aviário. As cortinas poderão ser de plástico especial trançado, lona ou PVC, confeccionadas em fibras diversas, porosas para permitirem a troca gasosa com o exterior, funcionando apenas como quebra vento sem capacidade de isolamento térmico. INSTALAÇÕES PARA AVICULTURA O aviário deverá ter portas nas extremidades para facilitar, ao avicultor, o fluxo interno e as práticas de manejo. Estas devem ter pedilúvio fixo, que ultrapasse a largura das portas em 40cm de cada lado, largura de 1m e profundidade de 5 a 10cm. Para facilitar o carregamento de aves, a carga nova e a descarga de cama velha é conveniente também a instalação de 1 porta em cada extremidade do aviário, que permita a entrada de 1 veículo ou trator. INSTALAÇÕES PARA AVICULTURA Inclinação do telhado A inclinação do telhado afeta o condicionamento térmico ambiental no interior do aviário, através da mudança do coeficiente de forma correspondente as trocas de calor por radiação entre o animal e o telhado, e modificando a altura entre as aberturas de entrada e saída de ar (lanternim). Quanto maior a inclinação do telhado, maior será a ventilação natural devido ao termossifão. Inclinações entre 20 e 30º têm sido consideradas adequadas, para atender as condições estruturais e térmicas. INSTALAÇÕES PARA AVICULTURA Lanternim O lanternim, abertura na parte superior do telhado, é indispensável para se conseguir adequada ventilação, pois, permite a renovação contínua do ar pelo processo de termossifão resultando em ambiente confortável. Deve ser em duas águas, disposto longitudinalmente na cobertura. Este deve permitir abertura mínima de 10% da largura do aviário, com sobreposição de telhados com afastamento de 5% da largura do aviário ou 40cm no mínimo. Deve ser equipado, com sistema que permita fácil fechamento e com tela de arame nas aberturas para evitar a entrada de pássaros. Galpão Único Fluxo de produção – Por fase INSTALAÇÕES PARA SUINOCULTURA Largura, Pé-direito, Comprimento e Piso Largura do galpão: Relacionada c/ clima, número de animais, dimensões e disposição das baias; Até 10m (locais quentes e úmido) 10-14m (clima quente e seco) INSTALAÇÕES PARA SUINOCULTURA Largura, Pé-direito, Comprimento e Piso Comprimento: Conforme planejamento da produção, terraplanagem e distribuição de água O afastamento entre galpões deve ser ao menos 5 vezes a sua altura, entre os dois primeiros, e de 20 – 25 do segundo em diante. Na entrada de cada galpão deve ter um pedilúvio para as pessoas pisarem. INSTALAÇÕES PARA SUINOCULTURA Instalações Utilizadas Por Fase O sistema de produção envolve seguintes fases: Pré-cobrição e gestação; Maternidade; Creche; Crescimento-terminação; Construções dependerão das fases, respeitando características físicas, fisiológicas e térmicas do animal. INSTALAÇÕES PARA SUINOCULTURA Pré-cobrição e Gestação Baias coletivas: Fêmeas de reposição até 1º parto; Porcas a partir de 28d gestação;Boxes individuais: Fêmeas desmamadas até 28d gestação; Machos; Instalações para essa fase são abertas (cortinas), c/ baias de reprodutoras em frente ou ao lado das de machos. INSTALAÇÕES PARA SUINOCULTURA Pré-cobrição e Gestação Boxes individuais: Piso parcialmente ripado (gestação); Machos (parcialmente ripado ou compacto; 6-8cm de espessura de concreto); INSTALAÇÕES PARA SUINOCULTURA Pré-cobrição e Gestação Boxes individuais: Piso áspero prejudica cascos; piso muito liso dificulta ato de levantar e deitar; Comedouros e bebedouros na parte frontal; INSTALAÇÕES PARA SUINOCULTURA Baias coletivas: Piso compacto Comedouros c/ divisórias INSTALAÇÕES PARA SUINOCULTURA Maternidade Instalações que requerem máximo cuidado (umidade, esmagamentos, calor e frio excessivos, mortalidade) Box de parição ou Gaiola de parição dividida em 3 regiões: Local para a porca Local para os leitões (escamoteador) Local para amamentação INSTALAÇÕES PARA SUINOCULTURA INSTALAÇÕES PARA SUINOCULTURA INSTALAÇÕES PARA SUINOCULTURA Creches Baias podem ser suspensas ou diretamente no piso. Deve ter área limpa e seca e fonte de aquecimento O piso ripado pode ser de concreto ou plástico INSTALAÇÕES PARA SUINOCULTURA Crescimento e terminação INSTALAÇÕES PARA SUINOCULTURA A pasto - 1 cabeça/hectare - Divisões de pastagem a cada 50 há (cercas) Rede hidráulica Corredores de manejo Estradas Bebedouros Cocho para sal R$ 170,00 / bovino Confinamento - Piquetes de confinamento - Cochos - Bebedouros - Rede hidráulica R$ 100,00 - 150,00 / bovino Fonte: Pires (2010) INSTALAÇÕES PARA BOVINOCULTURA Contenção dos animais Manejo Fornecimento de água Suplementação Alimentação Armazenamento de insumos Preparo de suplementos e alimentos Conforto INSTALAÇÕES PARA BOVINOCULTURA Cercas INSTALAÇÕES PARA BOVINOCULTURA Instalações Porteiras de acesso aos pastos Madeira Tubo metálico Arame INSTALAÇÕES PARA BOVINOCULTURA Corredores Eficiência no fluxo do gado No fluxo de insumos (sal mineral, adubos, suplementos, etc) Deslocamento dos vaqueiros Roteiro gerencial Agilidade na movimentação do gado e no circuito de distribuição do sal e suplementos. INSTALAÇÕES PARA BOVINOCULTURA Divisão de pastagens INSTALAÇÕES PARA BOVINOCULTURA Pré seringa Dá acesso à seringa – podem ter porteiros de canto para apartação de bovinos Seringa - Totalmente vedada – laterais sem frestas -Bovinos visualizam a única saída para o brete -Meia lua: empurram os bovinos em direção ao brete INSTALAÇÕES PARA BOVINOCULTURA Brete Contenção coletiva dos animais -Largura: 0,6 a 1 m -Altura: 1,6 a 1,7 m Normalmente fechado, tábuas espessas Manejo por cima Plataformas laterais (ou lado esquerdo), com 1 m de altura INSTALAÇÕES PARA BOVINOCULTURA Embarcador Extensão do conjunto brete-tronco-balança 0,8 a 1,0 m de largura, cercado de tábuas Altura de 1,8 a 2,0 m 4 m de rampa e 2 m de piso na horizontal (ao final) Evitar contusões e hematomas INSTALAÇÕES PARA BOVINOCULTURA Curral ante estresse Estruturas de manejo são curvas – facilita o fluxo de bovinos sendo trabalhados Seringa em meia-lua, com porteira de 4m – empurra os bovinos para o brete Brete em curva – raio de 3 a 5 m – reduz o “deslocamento de ré” Embarcador com rampa em curva INSTALAÇÕES PARA BOVINOCULTURA Conclusão As instalações sofrem modificações e variam de acordo com o sistema de produção e o nível de tecnificação do mesmo, indo de desde instalações rústicas até modernas instalações nos quais os animais são criados em confinamento total. Seja qual for o sistema de produção no qual o animal está inserido o importante é que o mesmo seja sustentável, leve em consideração o bem-estar animal e gere rentabilidade ao produtor de forma que o mesmo se mantenha interessado na criação.
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