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AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL - AÇÃO POPULAR

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MERETÍSSIMO DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PERNAMBUCO.
LUIS AUGUSTO [nome completo], cidadão em pleno gozo dos direitos políticos, brasileiro, comerciante, já devidamente qualificado nos autos de AÇÃO POPULAR, de número em epígrafe, movida em face de MUNICÍPIO DE SÃO CAETANO/PE, JACINTO JACARÉ e ASSOCIAÇÃO DOS COMERCIANTES ACSC/PE, já qualificados nos autos em epígrafe, por sua advogada ao final assinada, vem respeitosamente e tempestivamente, à presença de Vossa Excelência não conformado, data máxima venia, com a r. decisão de fls. X, que inadmitiu o RECURSO ESPECIAL, vem, interpor o presente 
 
AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL
Em face da decisão de fls. X, que negou seguimento ao Recurso Especial, pelos seguintes fundamentos no artigo 1042, §2º do CPC/2015, pelas razões de fato e de direito a seguir aduzidas. 
 Outrossim, ex vi legis, solicita que Vossa Excelência determine que o Recorrido, querendo, apresente resposta, no prazo de 15 (quinze) dias (CPC, art. 1.042, § 3º). 
Empós disso, requer sejam apreciadas as Razões do Agravo e, do exposto, haja retratação do decisório de inadmissibilidade do Recurso Especial, sendo esse, então, encaminhado ao Egrégio Superior Tribunal de Justiça. (novo CPC, art. 1.042, § 4º)
Nestes termos, pede e se espera deferimento. 
Pernambuco, [dia] de [mês] de [ano].
[nome do advogado]
OAB/UF [nº da OAB]
Assinado digitalmente
MERETÍSSIMO DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PERNAMBUCO.
ORIGEM: RECURSPO ESPECIAL EM AÇÃO POPULAR
AUTOS: [nº dos autos]
AGRAVANTE: LUIS AUGUSTO [nome completo]
AGRAVADO: MUNICÍPIO DE SÃO CAETANO/PE, JACINTO JACARÉ [nome completo] e ASSOCIAÇÃO DOS COMERCIANTES ACSC/PE
Egrégio Tribunal, 
Colenda Turma, 
1. DO RECURSO ESPECIAL:
Inobstante o conhecimento jurídico dos Ilustres integrantes da C. 4ª Câmara de Direito Público do Egrégio Tribunal de Justiça do Estado de Pernambuco, a Agravante, inconformada com o v. acórdão de fls., interpôs Recurso Especial, com fulcro nas alíneas a, b e c do inciso III do artigo 105 da Constituição Federal, onde logrou demonstrar os motivos pelos quais não merece prevalecer o v. acórdão prolatado pelo E. Tribunal de Justiça.
Todavia, o Exmo. Desembargador Presidente da Seção de Direito Público do E. Tribunal de Justiça de Pernambuco decidiu não admitir o Recurso Especial. 
Com a devida vênia, em que pese os argumentos expostos na r. decisão monocrática, mesma não merece prosperar, devendo o Recurso Especial ser conhecido para julgamento perante este A. Superior Tribunal de Justiça.
2. DOS FATOS:
Luís Augusto, comerciante e cidadão em pleno gozo dos direitos políticos, no estado de Pernambuco, ficou inconformado com uma decisão do Prefeito de sua cidade, Sr. Jacinto Jacaré, o qual, por meio do Decreto Municipal nº 01/2019, transferiu a cobrança do serviço de estacionamento em locais públicos, denominado “Zona Azul”, sem a devida licitação (modalidade imposta aos entes públicos para realizar a denominada concessão de serviços públicos), para uma associação de comerciantes locais (ACSC-PE), cujo Presidente, Sr. Sombra, é seu amigo pessoal e principal colaborador de sua campanha eleitoral.
Luís Augusto, procurou amparo em meios jurídicos com a finalidade de propor uma ação para anular a transferência indevida do serviço público para essa associação, em razão do descumprimento de mandamentos constitucionais que exigem a realização de licitação para a concessão de serviços públicos e da imoralidade da medida de beneficiar os seus conhecidos.
Promovida a Ação Popular, a qual foi julgada improcedente pelo juiz de primeiro grau e, em sede de Apelação, foi julgada procedente. Contudo, o Tribunal anulou o Decreto nº 01/2019 como foi requerido, mas nada foi dito a respeito da devolução do dinheiro pago à associação durante a época em que explorou ilegalmente o serviço público de “Zona Azul” no município.
Após ter opostos Embargos de Declaração da decisão do Tribunal de Justiça, os desembargadores acolheram o recurso e complementaram a decisão.
No entanto, eles julgaram ser impossíveis a devolução dos valores recebidos irregularmente pela associação ré, em razão de a Lei da Ação Popular prever apenas a anulação do ato ilegal realizado, não a reparação dos danos decorrentes desse ato.
No Recurso Especial para o Superior Tribunal de Justiça pela não aplicação da Lei da Ação Popular, em especial, do seu art. 11.
Entretanto, o Presidente do TJPE negou o seguimento do REsp sob o fundamento de que “nego o seguimento do REsp pois a Lei federal apenas prevê a desconstituição do ato administrativo combatido pela Ação Popular, não cabendo o pedido de devolução de dinheiro público pelos serviços prestados, estando correta a aplicação da lei federal”
Foi de forma equivocada de aplicação do art. 11, da Lei da Ação Popular, que ensejou a interposição do Recurso Especial, vez que foi negado o pedido de devolução dos valores recebidos indevidamente em razão da ilegal concessão do serviço de “Zona Azul” à Associação de Comerciantes de São Caetano, pelo Decreto nº 01/2019, sem a realização de licitação prévia.
2.1 - DO CABIMENTO:		
Primeiramente, cumpre esclarecer que, julgando o mérito do Recurso Especial, a r. decisão agravada entendeu que “os argumentos expendidos não são suficientes para infirmar a conclusão do v. aresto combatido que contém fundamentação adequada para lhe dar respaldo”.
Ocorre que, com a devida vênia, tal julgamento é relativo ao mérito recursal e somente poderia ter sido analisado por esta C. Corte, sob pena de usurpação de competência da instância superior.
Com efeito, o juízo de admissibilidade realizado pelo Tribunal a quo deve limitar-se à análise dos requisitos formais do Recurso, quais sejam: comprovação de violação à lei federal, da divergência jurisprudencial, o cotejo analítico do dissídio jurisprudencial, a tempestividade do Recurso, o recolhimento de custas, o prequestionamento, dentre outros.
Ao adentrar ao mérito do Recurso, o E. Tribunal de Justiça de São Paulo extrapolou o âmbito do juízo de admissibilidade e impediu indevidamente o acesso da Agravante à Superior Instância, em total desrespeito ao princípio constitucional da ampla defesa previsto no artigo 5º, inciso LV, da CF.
Assim, o Recurso Especial, com a devida vênia, jamais poderia ter seu seguimento negado, sob a alegação de que o v. acórdão “contém fundamentação adequada para lhe dar respaldo”.
Por outro lado, a afirmação da r. decisão agravada de que não haveria restado “evidenciado qualquer maltrato a normas legais ou divergência jurisprudencial”, também, não merece prevalecer. Veja-se.
A Constituição Federal, em seu artigo 105, inciso III, prevê o cabimento do Recurso Especial quando a decisão recorrida:
a) contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência;
b) julgar válido ato de governo local contestado em face de lei federal;
c) der a lei federal interpretação divergente da que lhe haja atribuído outro tribunal.
O Recurso Especial, ora em debate, teve cabimento pela alínea a do permissivo constitucional, uma vez que o v. acórdão de fls., ao rejeitar os Embargos de Declaração opostos pela ora Agravante, violou os artigos 165, 458 e 535, inciso II, do Código de Processo Civil, bem como, ao entender que o contribuinte deve sujeitar-se às normas estaduais que disciplinam a matéria ora debatida, o v. acórdão violou artigo 10 da Lei Complementar nº 87/96.
Primeiramente, frise-se que o v. acórdão de fls. não se manifestou expressamente quanto à violação do princípio da isonomia, e quanto ao verdadeiro objeto do mandamus, qual seja o respeito ao § 7º, do art. 150, da CF e ao artigo 10 da LC 87/96.
Em razão dessa omissão, a Agravante opôs Embargos de Declaração, a fim de viabilizar o indispensável prequestionamento autorizador do acesso a essa C. Corte.
Entretanto, o Presidente do TJPE negou o seguimento do REsp sob o fundamento de que “nego o seguimento do REsp pois a Lei federal apenas prevê adesconstituição do ato administrativo combatido pela Ação Popular, não cabendo o pedido de devolução de dinheiro público pelos serviços prestados, estando correta a aplicação da lei federal”
2.2 - DA TEMPESTIVIDADE:
É coerente mencionar que que o presente Agravo é tempestivo, conforme art. 229 e 1.003, § 5º, do CPC/2015 conforme mencionado abaixo:
Nos termos dos arts. 219 e 1.003, § 5º, do CPC/2015, o prazo para interposição do agravo em recurso especial é de 15 (quinze) dias úteis.
3. DOS DIREITOS:
Em decorrência da aplicação equivocada do art. 11, da Lei da Ação Popular, que ensejou a interposição do Recurso Especial, vez que foi negado o pedido de devolução dos valores recebidos indevidamente em razão da ilegal concessão do serviço de “Zona Azul” à Associação de Comerciantes de Pernambuco, pelo Decreto nº 01/2019, sem a realização de licitação prévia, conforme mencionado abaixo:
Art. 11. A sentença que, julgando procedente a ação popular, decretar a invalidade do ato impugnado, condenará ao pagamento de perdas e danos os responsáveis pela sua prática e os beneficiários dele, ressalvada a ação regressiva contra os funcionários causadores de dano, quando incorrerem em culpa.
Desta forma, por meio de todo exposto, demonstra-se que, ainda tendo decisões favoráveis à parte recorrente, devido à falta de aplicação do disposto em Lei Federal, qual seja especificamente, artigo 11, da Lei 4.717/65, a Lei da Ação Popular, sendo esta essencial para o julgamento, o direito da mesma encontra-se fragilizado. 
4. DOS PEDIDOS:
Ante o exposto, requer: 
4.1 – Seja recebido e conhecido o presente Agravo em Recurso Especial, a intimação dos agravados, a remessa dos autos ao Tribunal Superior de Justiça, a fim de reformar a decisão que inadmitiu o Recurso Especial com base no artigo 1.042, § 4º, CPC/15; 
4.2 - Bem como a reforma do Acórdão do TJ de Pernambuco, para que os réus sejam condenados à devolução dos valores indevidamente recebidos aos cofres municipais, em decorrência do serviço ilegalmente concedido à associação ré.
Termos em que pede e espera
DEFERIMENTO.
São Caetano, [dia] de [mês] de [ano].
[nome do advogado]
OAB/UF [número da OAB]
Assinado digitalmente

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