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AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL DIREITO CONSTITUCIONAL PEÇA 5

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EXCELENTÍSSIMO DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PERNAMBUCO
 
Ref. ao Proc. nº. XXX - Recurso Especial 
RECORRENTE: Luiz Augusto
RECORRIDO: Jacinto Jacaré e outros.
AGRAVO CONTRA DECISÃO DENEGATÓRIA DE RECURSO ESPECIAL - Art. 1.042 do CPC
 
Luiz Augusto já devidamente qualificada nos autos do processo em epígrafe, inconformada, data vênia, com a decisão desse Excelentíssimo Senhor Desembargador Vice-Presidente dessa Egrégia Corte Estadual de Justiça, publicada no DJe em XX/XX/XXXX, que inadmitiu o Recurso Especial interposto contra o acórdão da Egrégia Primeira Câmara Cível desse Tribunal, vem, por intermédio de seus advogados ao final assinados, com amparo no artigo 1.042 do Código de Processo Civil, interpor o presente Agravo em Recurso Especial para a Colenda Corte do Superior Tribunal de Justiça, o que faz em tempo hábil, consubstanciada nas razões de fato e de direito em anexo.
Dessa forma, por estarem as razões do presente recurso consubstanciadas em fundamentos de direito, roga, após intimação do agravado para apresentar contrarrazões, que se digne Vossa Excelência em determinar a imediata remessa dos autos à Corte Superior de Justiça, tudo em consonância com os ditames legais.
Nesses termos,
Pede deferimento
São Caetano, 23 de Maio de 2020
Assinatura do Advogado 
OAB
EXCELENTÍSSIMOS SENHORES MINISTROS
Colendo Superior Tribunal de Justiça
Agravo Contra Decisão Denegatória de Recurso Especial
Agravante: Luis Augusto
Agravado: Jacinto Jacaré e outros
Origem: Recurso Especial em Apelação Cível
Processo n.º XXXX - Tribunal de Justiça do Estado do Pernambuco
Eminentes Julgadores,
I – Preliminarmente:
A) Tempestividade:
O presente recurso é tempestivo, eis que a publicação foi disponibilizada no DJ do dia xx/xx/xxxx, nos termos dos art. 4º, § 3º e 4º da Lei n.º 11.419/2006.
A referida publicação deu-se em xx/xx/xxxx , iniciando-se o prazo no primeiro dia útil subsequente, qual seja, xx/xx/xxxx
Dessa forma, sendo de 15 (quinze) dias úteis o prazo para interposição de Agravo contra a decisão denegatória de Recurso Especial (art. 1.042, § 3º do CPC).
II – DO CABIMENTO
Conforme afirmado, o Recurso Especial interposto pela Recorrente foi inadmitido, sob a seguinte alegação:
“nego o seguimento do REsp pois a Lei federal apenas prevê a desconstituição do ato administrativo combatido pela Ação Popular, não cabendo o pedido de devolução de dinheiro público pelos serviços prestados, estando correta a aplicação da lei federal”
Ocorre, Senhores Ministros, que ao contrário do entendimento supra, a matéria tratada em sede de Recurso Especial não esbarra nas súmulas 05 e 07 do STJ, mormente porque o mencionado recurso não trata de simples reexame de matéria, tampouco em incursão na conjuntura fática.
Insta observar, Excelências, que ao contrário do que afirmou o Ilustre Desembargador Vice-Presidente do Egrégio TJ, a peça recursal apresentada está completamente de acordo com o previsto no artigo 105, inciso III, alíneas a e c da Carta Magna, uma vez que compete ao Superior Tribunal de Justiça, julgar em sede de recurso especial, as causas decididas, em única ou última instância, pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando a decisão recorrida, contrariar tratado ou lei federal, ou negar-lhes vigência.
Sendo assim, conforme restará demonstrado adiante, o acórdão prolatado em Apelação Cível, contrariou lei, qual seja o artigo 393 do Código Civil, bem como atribuiu interpretação divergente, conforme será demonstrado adiante.
Sendo assim, resta clarividente o direito perseguido pelo Recorrente, bem como a imperiosa necessidade de reforma da decisão ad quem, como forma de garantir plenamente a correta interpretação da lei substantiva civil.
Diante do exposto, merece provimento integral o presente Agravo, com consequente admissibilidade, seguimento e provimento do Recurso Especial.
 
III – DOS FATOS
Luiz Augusto, comerciante e cidadão de São Caetano, no estado de Pernambuco, ficou inconformado com uma decisão do prefeito de sua cidade, Jacinto Jacaré, o qual, por meio do Decreto Municipal nº 01/2019, transferiu a cobrança do serviço de estacionamento em locais públicos, denominado “Zona Azul”, sem a devida licitação (modalidade imposta aos entes públicos para realizar a denominada concessão de serviços públicos), para uma associação de comerciantes locais (ACSC-PE), cujo presidente, Sr. Sombra, é seu amigo pessoal e principal colaborador de sua campanha eleitoral.
Promovida uma Ação Popular, a qual foi julgada improcedente pelo juiz de primeiro grau e, em sede de Apelação, foi julgada procedente. Contudo, o Tribunal anulou o Decreto nº 01/2019 como foi requerido, mas nada foi dito a respeito da devolução do dinheiro pago à associação durante a época em que explorou ilegalmente o serviço público de “Zona Azul” no município.
Opostos Embargos de Declaração da decisão do Tribunal de Justiça, os desembargadores acolheram o recurso e complementaram a decisão. No entanto, eles julgaram ser impossível a devolução dos valores recebidos irregularmente pela associação ré, em razão de a Lei da Ação Popular prever apenas a anulação do ato ilegal realizado, não a reparação dos danos decorrentes desse ato.
Interposto Recurso Especial para o Superior Tribunal de Justiça pela não aplicação da Lei da Ação Popular, em especial, do seu art. 11. Entretanto, o Presidente TJPE negou o seguimento do REsp sob o fundamento de que “nego o seguimento do REsp pois a Lei federal apenas prevê a desconstituição do ato administrativo combatido pela Ação Popular, não cabendo o pedido de devolução de dinheiro público pelos serviços prestados, estando correta a aplicação da lei federal”.
IV - Razões do Recurso Especial:
Peço Vênia ao nobre Ministro dessa corte, para expor a total indignação da forma equivocada que foi aplicado o artigo 11 da Lei de Ação Popular, que prevê:
   Art. 11. A sentença que, julgando procedente a ação popular, decretar a invalidade do ato impugnado, condenará ao pagamento de perdas e danos os responsáveis pela sua prática e os beneficiários dele, ressalvada a ação regressiva contra os funcionários causadores de dano, quando incorrerem em culpa.
Ora Excelência, em sede recursal já foi reconhecida a inexigibilidade do decreto municipal, por afrontar princípios basilares do administração pública. Nos autos foram demonstrados o uso indevido de quase 3 (três) milhões de reais por parte da Associação de Comerciantes, que mesmo após reconhecido o vicio no decreto, dispõe do uso imoderado da quantia. 
Além de que, a concessão desse benefício à associação foi feito sem a devida licitação prevista na Constituição Federal. A Lei de Ação Popular é clara e reluzente ao afirmar que julgando procedente a devida ação, o beneficiário deverá restituir aos cofres públicos o valor indevido. É totalmente incabível, que essa corte cidadã acompanhe o voto do relator, pois isso irá em desacordo com a Carta Magna. Dispor de um valor tão alto a uma instituição privada, por total concluiu entre a prefeitura e a Associação, é desmoralizar o pagamento de tributos constantes por parte da população da cidade. 
Mostra-se totalmente cabível o presente recurso, pois Lei Federal dispõe do pedido a ser feito. A forma equivocada como foi interpretada o artigo 11 da referida Lei, prospera ser reformada. 
V - DO PEDIDO
ISTO POSTO, comprovado o equívoco presente na decisão que inadmitiu o Recurso Especial interposto pela Recorrente, em face do acórdão proferido pela Egrégia Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Pernambuco no julgamento da Apelação Cível, roga a Recorrente:
a) seja conhecido e provido o Agravo em Recurso Especial;
b) intimação dos agravados;
c) remessa dos autos ao Tribunal Superior de Justiça, a fim de reformar a decisão que inadmitiu o Recurso Especial (art. 1.042, § 4º, CPC/15);
d) reforma do Acórdão do TJ de Pernambuco, para que os réus sejam condenados à devolução dos valores indevidamente recebidos aos cofres municipais,em decorrência do serviço ilegalmente concedido à associação ré.
Nesses termos,
Pede deferimento
São Caetano, 23 de Maio de 2020
Assinatura do Advogado
OAB N.

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