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Recurso Especial NPJ Ação Popular

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2
EXCELENTÍSSINO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PERNAMBUCO
Processo nº
LUIZ AUGUSTO, já qualificado, através de seu advogado infra-assinado, nos Autos da AÇÃO POPULAR, que promove contra Município de São Caetano-PE e; ACSC-PE, em curso perante esse Tribunal, não se conformando com, concessa máxima vênia, com acórdão proferido, as fls., que não deu provimento ao Recurso de Apelação, tempestivamente, vem interpor RECURSO DE ESPECIAL, para o Superior Tribunal de Justiça, com fundamento nos arts. 105, III da Constituição Federal e art. 1.029 do CPC, e nas razões expostas em anexo que deverão ser remetidas à colenda instância ad quem.
Termos em que, pede deferimento.
Campo Grande, 11 de maio de 2020.
Pablo Neves Chaves
OAB/MS
RAZÕES DO RECURSO ESPECIAL
Egrégio Superior Tribunal de Justiça
Colenda Câmara
Senhores Ministros
 O Acórdão ora combatido, merece reforma pela relevância dos motivos jurídicos a seguir aduzidos. 
I. DA TEMPESTIVIDADE
Nos termos dos Arts. 219 e 1.003, §5º do CPC, o prazo para interpor recurso é de 15 dias úteis, sendo excluído o dia do começo e incluindo o dia do vencimento nos termos do Art. 214 do CPC.
Dessa forma, considerando que a decisão fora publicada no Diário de Justiça na data de, tem-se por tempestivo o presente recurso, devendo ser acolhido.
II. DO PREPARO
Informa que junta em anexo a devida comprovação do recolhimento do preparo recursal.
III. DA ADMISSIBILIDADE DO RECURSO ESPECIAL
Da análise dos autos, restaram as seguintes conclusões: 1- O acórdão recorrido foi julgado em última instância pelo Tribunal de Justiça do Estado de Mato Grosso do Sul; 2- O acórdão caminhou em sentindo contrário à Lei Federal e jurisprudências, negando-lhe vigência; 3- Há dissídio jurisprudencial quanto à questão suscitada no feito.
Isto posto, à luz do art.105, III, da Constituição Federal, e, também, do art.1029, II do CPC, é cabível o presente Recurso Especial como meio de alcançar o fim desejado, qual seja, a reforma do acórdão para determinar a restituição de todo o valor recebido pelo período de prestação de serviço da empresa Ré.
IV. DO PREQUESTIONAMENTO
Exige-se, para o acolhimento de Recurso Especial, que a matéria tenha sido prequestionada. Este requisito foi cumprido, já que, no julgamento dos Embargos de Declaração, o Tribunal competente a quo manifestou-se sobre a matéria, decidindo não haver omissão, contradição ou obscuridade, e, portanto, não violação à Lei ou desacordo com o dissídio jurisprudencial. O acórdão acolheu o Embargos de Declaração, mas julgaram ser impossíveis a devolução dos valores recebidos irregularmente pela associação ré, em razão de a Lei da Ação Popular prever apenas a anulação do ato ilegal realizado, não a reparação dos danos decorrentes desse ato.
Muito embora o v. Acórdão tenha acolhido os Embargos de Declaração, expressamente referiu que os mesmos foram admitidos para fins de prequestionamento da matéria junto aos Tribunais Superiores, restando assim demonstrado tal requisito.
De qualquer forma, está disposto o artigo 1025 do Código de Processo Civil:
“Art. 1.025. Consideram-se incluídos no acórdão os elementos que o embargante suscitou, para fins de pré-questionamento, ainda que os embargos de declaração sejam inadmitidos ou rejeitados, caso o tribunal superior considere existentes erro, omissão, contradição ou obscuridade.”
V. BREVE SÍNTESE E DA DECISÃO RECORRIDA
A Prefeitura Municipal de São Caetano-PE por meio de seu representante Jacinto Jacaré, ora recorrida, por meio do Decreto Municipal 01/2019, transferiu a cobrança do serviço de estacionamento em locais públicos, conhecido por “Zona Azul” para a Associação de Comerciantes local (ACSC-PE), que é representado pelo Sr. Sombra, que supostamente é seu amigo pessoal, com o intuito de favorecê-lo, pois Sombra foi o principal colaborador de sua campanha eleitoral.
Conforme documentos em anexo, mostram que a transferência foi realizada de forma irregular, pois não fora realizado nenhum processo de licitação, que é a modalidade imposta aos entes públicos para a realização da concessão de serviços públicos.
Tais atos, vem causando graves danos ao Patrimônio Público, pois não houve qualquer processo licitatório, ferindo assim Princípios básicos, como da legalidade, da publicidade, da improbidade administrativa, entre outros como podemos ver na Lei de Licitações (Lei nº 8.666/93), em seu art. 3º:
“Art. 3º A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento objetivo e dos que lhes são correlatos.” 
No referido Decreto verifica-se de forma cristalina as condições que comprometem inequivocamente o caráter competitivo, o que é vedado conforme o §1º da mesma Lei.
No entanto, foi julgado impossível a devolução dos valores recebidos irregularmente pela Ré. Ocorre que nos períodos em que a empresa Ré recebeu os valores que exploraram o serviço público obteve um lucro de aproximadamente R$3.000.000,00 (três milhões de reais) e teve uma despesa de apenas R$10.000,00 (dez mil reais), com a impressão dos cartões de estacionamento e pagamento do salário dos fiscais.
VI. DO DIREITO
a) DA OFENSA AOS ARTIGOS 1.022, II, art.489, §1º, IV, art. 373, I e art.1.013 do CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL:
Mesmo tendo sido acolhidos os Embargos de Declaração, acabou-se por infringir os artigos. 1.022, II e 489, §1º, IV do CPC, que assim estão dispostos:
Art. 1.022. Cabem embargos de declaração contra qualquer decisão judicial para:
a) esclarecer obscuridade ou eliminar contradição;
b) suprir omissão de ponto ou questão sobre o qual devia se pronunciar o juiz de ofício ou a requerimento;
c) corrigir erro material;
Parágrafo único. Considera-se omissa a decisão que:
a) deixe de se manifestar sobre tese firmada em julgamento de casos repetitivos ou em incidente de assunção de competência aplicável ao caso sob julgamento;
b) incorra em qualquer das condutas descritas no art.489, §10.
Art. 489. São elementos essenciais da sentença:
a) o relatório, que conterá os nomes das partes, a identificação do caso, com a suma do pedido e da contestação, e o registro das principais ocorrências havidas no andamento do processo;
b) os fundamentos, em que o juiz analisará as questões de fato e de direito;
c) o dispositivo, em que o juiz resolverá as questões principais que as partes lhe submeterem. 
VII – DOS PEDIDOS
Como se vê, todos os dispositivos de Lei Federal e decisão paradigma acima transcritos, resta cabalmente demonstrada a violação de dispositivos de Lei Federal e a divergência jurisprudencial acerca da interpretação dos dispositivos legais violados. 
Ante o exposto, e tendo sido atendidos todos os requisitos de admissibilidade recursal, requer:
· Seja recebido, processado e admitido o presente Recurso Especial; 
· Que sejam os Réus condenados a pagarem as custas e demais despesas judiciais e extrajudiciais, bem como o ônus de sucumbência;
· Que sejam citados os Réus para querendo, apresentarem contrarrazões, no prazo legal, assistidos se assim quiserem pela Procuradoria do Município;
· A total procedência do recurso afim de reformar a decisão recorrida e determinar a devolução imediata dos valores ao erário.
Termos em que,
Pede deferimento.
Campo Grande, 11 de maio de 2020.
Pablo Neves Chaves
OAB/MS

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