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Estudo Terracap SH ponte de terra

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i 
 
 
RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL
VOLUME III
SETOR HABITACIONAL PONTE DE TERRA
2 0 1 2
 
 
 
 
 
GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL
DIRETOR TÉCNICO E DE FISCALIZAÇÃO 
 
 
 
 
GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL 
 
 
 
Agnelo dos Santos Queiroz Filho 
GOVERNADOR 
 
 
Tadeu Filippelli 
VICE-GOVERNADOR 
 
 
Antonio Carlos Lins 
PRESIDENTE DA TERRACAP 
 
 
Luís Antônio Almeida Reis 
DIRETOR TÉCNICO E DE FISCALIZAÇÃO – DITEC
 
 
 
ii 
DITEC 
 
 
EQUIPE TÉCNICA 
 
 
 
 
iii 
 
 
 
 
 
EQUIPE TÉCNICA 
 
iv 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
2 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR
3 CARACTERIZAÇÃO GERAL
3.1 NOME DO EMPREENDIMENTO
3.2 ÁREA DE ESTUDO 
3.3 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA 
3.4 LOCALIZAÇÃO, ACESSOS PRINCIPAIS E 
3.5 OBJETIVOS DO ESTUDO 
3.6 COMPATIBILIZAÇÃO DO PROJETO COM A 
3.7 COMPATIBILIZAÇÃO DO PROJETO COM A 
LICENCIAMENTO AMBIENTAL 
4 SÍNTESE DO DIAGNÓSTICO AMBIENTAL
4.1 ÁREAS DE INFLUÊNCIA 
4.2 MEIO FÍSICO 
ASPECTOS CLIMÁTICOS 
GEOLOGIA 
RELEVO 
SOLOS 
HIDROGRAFIA 
ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
4.3 MEIO BIÓTICO 
FLORA 
FAUNA 
4.4 MEIO SOCIOECONÔMICO 
REGIÃO ADMINISTRATIVA DO GAMA 
SETOR HABITACIONAL PONTE DE T
4.5 ASPECTOSS URBANÍSTICOS E DE 
ASPECTOS URBANÍSTICOS 
5 PROGNÓSTICO AMBIENTA
5.1 CENÁRIO 1: DESCONSTITUIÇÃO DA 
5.2 CENÁRIO 2 - CENÁRIO DE NÃO 
5.3 CENÁRIO 3 - ALTERNATIVA DE 
6 AVALIAÇÃO DE IMPACTO
6.1 CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO E 
6.2 DEFINIÇÃO E AVALIAÇÃO DOS 
 
SUMÁRIO 
REENDEDOR 
CARACTERIZAÇÃO GERAL DO EMPREENDIMENTO 
MPREENDIMENTO 
 
RINCIPAIS E ZONEAMENTO 
 
ROJETO COM A LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA E ORDENAMENTO 
ROJETO COM A LEGISLAÇÃO AMBIENTAL 
 
CO AMBIENTAL 
 
 
AMA (RA-II) 
TERRA (SHPT) 
RBANÍSTICOS E DE INFRAESTRUTURA 
PROGNÓSTICO AMBIENTAL 
ESCONSTITUIÇÃO DA ÁREA E REMOÇÃO DAS OCUPAÇÕES 
ENÁRIO DE NÃO REGULARIZAÇÃO 
LTERNATIVA DE REGULARIZAÇÃO 
AVALIAÇÃO DE IMPACTOS E MEDIDAS MITIGADORAS 
LASSIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS 
VALIAÇÃO DOS IMPACTOS 
v 
1 
2 
3 
3 
3 
3 
3 
4 
RDENAMENTO TERRITORIAL 8 
8 
8 
9 
9 
9 
9 
10 
12 
12 
16 
16 
17 
17 
21 
24 
24 
26 
28 
28 
39 
40 
42 
43 
60 
60 
61 
 
MATRIZ DE IMPACTOS 
6.2 AÇÕES IMPACTANTES NA FASE DE 
LICENCIAMENTO E COMPENSAÇÃO 
REGULARIZAÇÃO DAS TERRAS 
MEDIDAS PREVENTIVAS DE IMPACTOS OU 
6.3 AÇÕES IMPACTANTES NA FASE DE 
ASPECTOS CLIMÁTICOS 
ASPECTOS GEOLÓGICO-GEOTÉCNICOS
INTERFERÊNCIAS COM RECURSOS H
IMPACTOS POTENCIAIS RELATIVOS ÀS 
IMPACTOS SOBRE A FLORA E FAUNA
6.4 MEDIDAS PREVENTIVAS DOS 
6.5 AÇÕES IMPACTANTES NA FASE DE 
IMPACTOS SOBRE O MEIO SOCIOCULTURAL
DINAMIZAÇÃO DA ECONOMIA REGIONAL E DO 
ALTERAÇÃO NO MERCADO IMOBILIÁRIO
EXPECTATIVAS DA POPULAÇÃO 
DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS
6.6 MEDIDAS PREVENTIVAS DOS 
6.7 IMPACTOS NAS UNIDADES DE 
CORREDORES ECOLÓGICOS 
7 PLANO DE CONTROLE AM
7.1 PROGRAMA DE GESTÃO E M
JUSTIFICATIVA 
OBJETIVOS 
ATIVIDADES 
7.2 PROGRAMA DE GESTÃO DOS 
JUSTIFICATIVAS 
OBJETIVOS 
ATIVIDADES 
7.3 PROGRAMA DE COMUNICAÇÃO E 
JUSTIFICATIVAS 
OBJETIVOS 
ATIVIDADES 
7.4 PROGRAMA DE ARTICULAÇÃO E 
JUSTIFICATIVAS 
OBJETIVOS 
ATIVIDADES 
7.5 PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO E 
JUSTIFICATIVA 
OBJETIVO 
ATIVIDADES 
7.6 SUBPROGRAMA DE RECUPE
JUSTIFICATIVA 
OBJETIVOS 
ATIVIDADES 
7.7 SUBPROGRAMA DE COMPENSAÇÃO 
JUSTIFICATIVA 
 
ASE DE PLANEJAMENTO 
OMPENSAÇÃO AMBIENTAL 
 
MPACTOS OU OTIMIZADORAS DOS BENEFÍCIOS ESPERADOS 
ASE DE INSTALAÇÃO 
EOTÉCNICOS 
HÍDRICOS SUPERFICIAIS 
ELATIVOS ÀS ÁGUAS SUBTERRÂNEAS 
AUNA 
REVENTIVAS DOS IMPACTOS OU OTIMIZADORASDOS BENEFÍCIOS ESPERADOS
ASE DE OPERAÇÃO 
OCIOCULTURAL 
EGIONAL E DO MERCADO DE TRABALHO 
MOBILIÁRIO 
 
ÓLIDOS 
REVENTIVAS DOS IMPACTOS OU OTIMIZADORASDOS BENEFÍCIOS ESPERADOS
NIDADES DE CONSERVAÇÃO 
PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL 
MONITORAMENTO DAS OBRAS 
ESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 
OMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO AMBIENTAL 
RTICULAÇÃO E FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL 
ECUPERAÇÃO E COMPENSAÇÃO AMBIENTAL 
UBPROGRAMA DE RECUPERAÇÃO E RECOMPOSIÇÃO PAISAGÍSTICA. 
OMPENSAÇÃO FLORÍSTICA 
vi 
62 
84 
84 
84 
 84 
84 
85 
85 
87 
88 
88 
SPERADOS 89 
90 
90 
91 
91 
91 
92 
SPERADOS 92 
92 
94 
95 
95 
95 
95 
95 
96 
96 
96 
96 
97 
97 
98 
98 
99 
99 
100 
100 
101 
101 
101 
101 
101 
101 
101 
102 
102 
102 
 
OBJETIVO 
ATIVIDADES 
7.8 PROGRAMA DE MONITORAMENTO E 
JUSTIFICATIVA 
OBJETIVOS 
ATIVIDADES 
7.9 PROJETO DE MONITORAMENTO E 
JUSTIFICATIVA 
ATIVIDADES 
7.10 PROJETO DE MONITORAMENTO E 
OBJETIVO 
ATIVIDADES 
7.11 PROGRAMA DE ASSISTÊNC
JUSTIFICATIVA 
OBJETIVOS 
ATIVIDADES 
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
9 REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
 
 
ONITORAMENTO E FISCALIZAÇÃO AMBIENTAL 
ONITORAMENTO E CONTROLE DA QUALIDADE AMBIENTAL 
ONITORAMENTO E CONTROLE DA QUALIDADE DA ÁGUA 
ROGRAMA DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHO 
 
FICA 
 
vii 
102 
103 
104 
104 
104 
104 
105 
105 
105 
105 
105 
106 
107 
107 
107 
107 
110 
115 
 
FIGURA 1 – LOCALIZAÇÃO DO SETOR 
FIGURA 2 - ZONEAMENTO DO SETOR 
2009.00.2.017.552-9. ................................
FIGURA 3 – LOCALIZAÇÃO DO SETOR 
FIGURA 4 – LOCALIZAÇÃO DO SETOR 
E ÁREAS DE PRESERVAÇÃO DE MANANCIAIS
FIGURA 5 – GEOLOGIA DA ÁREA DO S
FIGURA 6 - PERFIL DE LATOSSOLO VERMELHO NA ÁREA DO 
FIGURA 7 - OCORRÊNCIA DE LATOSSO
FIGURA 8 - SOLO GLEISSOLO ENCHAR
FIGURA 9 – PEDOLOGIA DA ÁREA DO 
FIGURA 10- DALBERGIA MISCOLOBIUM
FIGURA 11 - À DIREITA: SCHEFFLERA MACROCARPA
BAIXA:KIELMEYERA CORIACEA. ................................
FIGURA 12 - TRECHO DE MATA DE G
FIGURA 13 - OCORRÊNCIA DE ESPÉCIES DO GRUPO 
TERRA. ................................................................
FIGURA 14 - PRESENÇA DE CIPÓS E T
 ................................................................
FIGURA 15 - CAMPO DE MURUNDUS NO 
FIGURA 16 - ASPECTO DO TRECHO DE 
FIGURA 17 – LOCALIZAÇÃO DAS UNIDADES DE 
PONTE DE TERRA – RESOLUÇÃO Nº 428/2010)..
FIGURA 18 - POPULAÇÃO DO GAMA DE ACORDO COM O 
DE DOMICÍLIOS (PDAD):GAMA, 2011.
FIGURA 19 – RODOVIAS E FAIXAS DE 
FIGURA 20 - RUA ESTREITA, DESPROVIDA DE CALÇAD
FIGURA 21 - RUA INTERNA DE CONDOM
FIGURA 22 - PADRÃO DOS CONDOMÍNIO
FIGURA 23 – EQUIPAMENTOS EXISTENT
FIGURA 24- VIAS PAVIMENTADAS COM
FIGURA 25 – COLETORES PARA RETIRA
FIGURA 26 – PLANO DE USO E OCUPAÇÃO 
FIGURA 27 – FAIXAS DE DENSIDADES DE 
 ................................................................
FIGURA 28 - EXEMPLO DE COLETORES 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
ETOR HABITACIONAL PONTE DE TERRA. ................................................................
ETOR HABITACIONAL PONTE DE TERRA, CONFORME PDOT/2009
................................................................................................................................
ETOR HABITACIONAL PONTE DE TERRA EM RELAÇÃO ÀS BACIAS HIDROGRÁFICAS
ETOR HABITACIONAL PONTE DE TERRA EM RELAÇÃO ÀS UNIDADES DE 
ANANCIAIS. ................................................................................................
SETOR HABITACIONAL PONTE DE TERRA. ................................
ERMELHO NA ÁREA DO SHPT. ................................................................
CORRÊNCIA DE LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO NA ÁREA DE ESTUDO. ................................
OLO GLEISSOLO ENCHARCADO COM OCORRÊNCIA DE VEGETAÇÃO TÍPICA DE VEREDA
EDOLOGIA DA ÁREA DO SETOR HABITACIONAL PONTE DE TERRA. ................................
ALBERGIA MISCOLOBIUM. ................................................................................................
CHEFFLERA MACROCARPA. À ESQUERDA, MAIS ALTA:VOCHYSIA THYRSOIDEA
................................................................................................
GALERIA NÃO INUNDÁVEL DO CÓRREGO PONTE DE TERRA. ...............................
ESPÉCIES DO GRUPO PTERIDÓFITA NA MATA DE GALERIA DO CÓRREGO 
................................................................................................
RESENÇA DE CIPÓS E TREPADEIRAS EM TRECHO DA MATA DE GALERIA DO CÓRREGO 
................................................................................................................................
AMPO DE MURUNDUS NO LIMITE DA CABECEIRA DO CÓRREGO PONTE DE TERRA. ..............................SPECTO DO TRECHO DE MATA DE GALERIADO CÓRREGO PONTE DE TERRA. ................................
NIDADES DE CONSERVAÇÃO ( RAIO DE INFLUÊNCIA DO SETOR H
428/2010).. ..............................................................................................
AMA DE ACORDO COM O GÊNERO, 2011 (FONTE: PESQUISA DISTRITAL POR 
2011. CODEPLAN, DISTRITO FEDERAL). ............................................................
ODOVIAS E FAIXAS DE DOMÍNIO. ................................................................................................
DESPROVIDA DE CALÇADAS E ARBORIZAÇÃO. ............................................................
UA INTERNA DE CONDOMÍNIO ................................................................................................
ADRÃO DOS CONDOMÍNIOS E TRAÇADO DAS VIAS INTERNAS. ................................
QUIPAMENTOS EXISTENTES.................................................................................................
IAS PAVIMENTADAS COM ACÚMULO DE ÁGUA NO SHPT. ................................................................
OLETORES PARA RETIRADA DE RESÍDUOS. ................................................................
CUPAÇÃO PROPOSTO. ................................................................
ENSIDADES DE OCUPAÇÃO. FAIXA 1 – MUITO BAIXA FAIXA 2 – BAIXA E
................................................................................................................................
XEMPLO DE COLETORES PARA RESÍDUOS RECICLÁVEIS. ................................................................
 
viii 
................................ 4 
PDOT/2009 E ADIN NO 
.................................... 5 
ACIAS HIDROGRÁFICAS. ...... 6 
NIDADES DE CONSERVAÇÃO 
...................................... 7 
...................................................... 11 
..................................... 12 
............................................ 13 
DE VEREDA. ......................... 13 
.................................................... 15 
........................................... 17 
OCHYSIA THYRSOIDEA, MAIS 
........................................................ 18 
............................... 18 
ALERIA DO CÓRREGO PONTE DE 
......................................................... 19 
ALERIA DO CÓRREGO PONTE DE TERRA.
.................................... 19 
.............................. 20 
.................................... 21 
HABITACIONAIS 
.............................. 23 
ISTRITAL POR AMOSTRA 
............................ 24 
................................. 29 
............................ 31 
...................................... 32 
........................................................... 33 
....................................... 34 
................................. 36 
................................................... 37 
..................................................... 52 
AIXA E, FAIXA 3 – MÉDIA.
.................................... 59 
................................. 97 
 
 
 
TABELA 1 – PADRÕES DE VIAS PROPO
TABELA 2 – EQUIPAMENTOS PÚBLICOS 
TABELA 3 - DISTRIBUIÇÃO DE ÁREAS 
REMANESCENTE. ................................
TABELA 4 – PERCENTUAL DE EQUIPAM
TABELA 5 – PARÂMETROS URBANÍSTIC
TABELA 6 – QUANTITATIVO DE LOTES
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
ADRÕES DE VIAS PROPOSTOS PARA O SHPT. ................................................................
ÚBLICOS COMUNITÁRIOS. ................................................................
REAS PROPOSTAS. DESTINAÇÃO E/OU USO FUTURO DE EVENTUAIS ÁREAS 
............................................................................................... ERRO! INDICADOR NÃO DEFINID
ERCENTUAL DE EQUIPAMENTOS PÚBLICOS E DENSIDADE ESTABELECIDOS PAR O SHPT.
ARÂMETROS URBANÍSTICOS PARA O SETOR HABITACIONAL PONTE DE TERRA. ................................
UANTITATIVO DE LOTES POR USO PREVISTOS. .................................. ERRO! INDICADOR NÃO DEFINID
ix 
................................................ 50 
.................................................... 55 
NTUAIS ÁREAS 
NDICADOR NÃO DEFINIDO. 
SHPT. .................... 57 
.................................. 57 
NDICADOR NÃO DEFINIDO. 
 
1 INTRODUÇÃO 
O presente trabalho tem como objetivo a apresentação do Estudo de Impacto 
Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (Rima) referente à 
regularização fundiária de
(SHPT), situado na Região 
Trata-se de um Setor Habitacional de Regularização que agrega áreas não parceladas 
e a Área de Regularização de Interesse Específico (ARINE) Ponte de Terra
em área urbana. 
O Rima retrata sinteticamente
apresentando a situação atual das condições socioeconômicas e ambientais 
decorrentes das ocupações irregulares, bem como avalia as restrições ambientais e 
socioeconômicas, as alternativas e a capacidade 
infraestrutura urbana. Além disso, estabelec
e de monitoramento dos impactos decorrentes da atividade.
 
 
O presente trabalho tem como objetivo a apresentação do Estudo de Impacto 
Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (Rima) referente à 
de área denominada Setor Habitacional Ponte de Terra 
(SHPT), situado na Região Administrativa do Gama – RA II. 
Habitacional de Regularização que agrega áreas não parceladas 
e a Área de Regularização de Interesse Específico (ARINE) Ponte de Terra
sinteticamente os resultados do Estudo de Impacto Ambiental 
a situação atual das condições socioeconômicas e ambientais 
decorrentes das ocupações irregulares, bem como avalia as restrições ambientais e 
socioeconômicas, as alternativas e a capacidade de suporte dos sistemas de 
infraestrutura urbana. Além disso, estabelece as medidas mitigadoras, compensatórias 
e de monitoramento dos impactos decorrentes da atividade. 
1 
O presente trabalho tem como objetivo a apresentação do Estudo de Impacto 
Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (Rima) referente à 
Setor Habitacional Ponte de Terra 
Habitacional de Regularização que agrega áreas não parceladas 
e a Área de Regularização de Interesse Específico (ARINE) Ponte de Terra, localizado 
os resultados do Estudo de Impacto Ambiental - EIA, 
a situação atual das condições socioeconômicas e ambientais 
decorrentes das ocupações irregulares, bem como avalia as restrições ambientais e 
de suporte dos sistemas de 
as medidas mitigadoras, compensatórias 
2 
 
 
2 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR 
Nome : Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) 
Razão Social : Agência de Desenvolvimento do Distrito Federal (Terracap) 
Endereço : SAM – Bloco “F” Edifício Sede – Brasília/DF 
Endereço Eletrônico : www.terracap.df.gov.br 
Inscrição Estadual : nº 07.312.572/001-20 
CNPJ: nº 00.359.877/0001-73 
Representante Legal : Antonio Carlos Lins 
 
 
3 
 
 
3 CARACTERIZAÇÃO GERAL DO EMPREENDIMENTO 
3.1 NOME DO EMPREENDIMENTO 
Setor Habitacional Ponte de Terra (SHPT). 
3.2 ÁREA DE ESTUDO 
O Setor Habitacional Ponte de Terra possui 786,52 ha, formado pela Área de 
Regularização de Interesse Específico (ARINE) Ponte de Terra. 
3.3 SITUAÇÃO FUNDIÁRIA 
De acordo com o Despacho nº 0180/2009-NUTOP - Terracap, o Setor encontra-se 
parte em terras desapropriadas transferidas e incorporadas ao patrimônio da Terracap 
(Registro R.1/2.126 do Cartório do 5º Oficio de Registro de Imóveis do Distrito 
Federal), parte em terras desapropriadas, atualmente registradas em nome da 
Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil – Novacap (Cartório do 1º Ofício 
Luziânia – GO, às fl. 144, do livro 3-k, no de ordem 11.085), e parte em terras 
desapropriadas em comum entre a Terracap e outros (Registro R.1.550 do 5º Ofício 
de Registro de Imóveis do Distrito Federal). Ainda de acordo com o documento, as 
terras desapropriadas, adquiridas ou desapropriadas pela Novacap, serão transferidas 
e incorporadas ao patrimônio da Terracap, conforme a necessidade do caso. 
3.4 LOCALIZAÇÃO, ACESSOS PRINCIPAIS E ZONEAMENTO 
Localizado na porção lesteda Região Administrativa do Gama - RA II, o SHPT limita-
se ao norte com a DF-475 e VC-341, a leste com a DF-001 e ao sul com a DF-480, 
principal via de acesso ao Setor (Figura 1) (MAPA 01 – Mapa de Localização). 
Conforme o Plano Diretor de Ordenamento Territorial (PDOT/09), a ARINE Ponte de 
Terra incide na Zona Urbana de Uso Controlado (ZUUC II) e os demais 
assentamentos informais urbanos encontram-se em Zona de Contenção Urbana. Essa 
última Zona foi declarada inconstitucional nos termos da Ação Direta de 
Inconstitucionalidade – ADIN nº 2009.000.2.017.552-9, resultando para a mesma um 
vácuo normativo quanto às diretrizes e parâmetros de ordenamento dessa área 
especificamente (Figura 2) (MAPA 02 – Mapa Macrozoneamento – PDOT/2009). 
Hidrograficamente, o Setor localiza-se na Região Hidrográfica do Paraná, Bacia 
Hidrográfica do rio Corumbá, Unidade Hidrográfica Alagado/Ponte Alta (Figura 3). 
Ambientalmente, a área do Setor insere-se sobre a Área de Proteção Ambiental (APA 
do Planalto Central), (Figura 4) e das Áreas de Proteção de Manancial (APM) Ponte de 
Terra e Olho D’Água. 
4 
 
 
 
Figura 1 – Localização do Setor Habitacional Ponte de Terra. 
3.5 OBJETIVOS DO ESTUDO 
O objetivo deste estudo é a regularização fundiária do assentamento urbano 
informalmente implantado denominado Setor Habitacional Ponte de Terra, afim de 
atender as disposições e estratégias constantes do Plano de Ordenamento Territorial 
do Distrito Federal (PDOT/2009), em conformidade com as políticas ambientais 
urbanas, federais e distritais. 
O estudo contempla, ainda, a proposição de alternativas tecnológicas e de localização 
de projeto, a identificação e avaliação sistemática dos impactos ambientais gerados e 
as medidas preventivas ou mitigadoras propostas. 
5 
 
 
 
Figura 2 - Zoneamento do Setor Habitacional Ponte de Terra, conforme PDOT/2009 e ADIN no 2009.00.2.017.552-9. 
6 
 
 
 
Figura 3 – Localização do Setor Habitacional Ponte de Terra em relação às bacias hidrográficas. 
7 
 
 
 
 
Figura 4 – Localização do Setor Habitacional Ponte de Terra em relação às Unidades de Conservação e Áreas de Preservação de Mananciais. 
8 
 
 
3.6 COMPATIBILIZAÇÃO DO PROJETO COM A LEGISLAÇÃO URBANÍSTICA E 
ORDENAMENTO TERRITORIAL 
O Projeto de Regularização do SHPT está em conformidade com os termos do 
PDOT/2009, com a Constituição Federal e com a Lei Orgânica do Distrito Federal 
(LODF) e com todos os dispositivos legais que regulamentam o parcelamento e a 
regularização do solo urbano,no tocante ao pleno desenvolvimento das funções 
sociais da cidade e da propriedade, bem como a garantia de bem-estar da população. 
3.7 COMPATIBILIZAÇÃO DO PROJETO COM A LEGISLAÇÃO AMBIENTAL 
O presente estudo contempla o disposto na legislação ambiental e demais normas 
estabelecidas por outros instrumentos de gestão territorial e ambiental, ressaltando-se 
as restrições, exigências e adequações porventura impostas pelas normas relativas à 
preservação da Unidade de Conservação em que o assentamento se insere (APA do 
Planalto Central), bem como às Unidades localizadas no raio de 3 km do Setor objeto 
da regularização. 
Licenciamento Ambiental 
O licenciamento ambiental é um procedimento administrativo qualificado como um dos 
instrumentos da Política Nacional do Meio Ambiente, por meio do qual a Administração 
Pública controla e fiscaliza as ações dos administrados. 
Basicamente, com relação ao licenciamento ambiental, este documento atende a 
todas as exigências e normas preconizadas pela Política Nacional de Meio Ambiente e 
pelas Resoluções Conama nº 001/1986 e nº 237/1997. 
 
9 
 
 
4 SÍNTESE DO DIAGNÓSTICO AMBIENTAL 
4.1 ÁREAS DE INFLUÊNCIA 
A Área de Influência Direta (AID) para o meio físico foi considerada com a área da 
poligonal do Setor Habitacional Ponte de Terra e as áreas de implantação das redes 
coletoras de drenagem pluvial. 
A Área de Influência Indireta (AII), para o meio físico, foi definida como a área da bacia 
hidrográfica, onde se encontra o Setor. Neste trabalho, serão utilizadas como AII, as 
sub-bacias hidrográficas dos córregos Ponte de Terra e Olho D´Água. 
Para o diagnóstico ambiental do meio biótico, considerou-se a AID como a área da 
poligonal do Setor Habitacional Ponte de Terra, incluindo a cabeceira do córrego 
Ponte de Terra. Para a AII foram consideradas as sub-bacias hidrográficas dos 
córregos Ponte de Terra e Olho D´Água, potenciais corredores ecológicos bem como, 
as Áreas de Proteção de Mananciais Ponte de Terra, Olho D´Àgua, a área do Cindacta 
I e as áreas de realização do inventário florístico, uma vez que o estudo contemplou 
fragmentos de Cerrado localizados em outras bacias hidrográficas, cuja caracterização 
se mostrou relevante para o cálculo da compensação florestal. 
Para o meio antrópico, a AID corresponde à área do empreendimento e toda a Região 
Administrativa do Gama. A AII contempla a Regiões Administrativas do Recanto das 
Emas (RA-XV) e Riacho Fundo II (RA-XXI), por serem áreas limítrofes ao 
empreendimento e possuírem relação mais próxima de fluxo e vivência dos moradores 
da região 
4.2 MEIO FÍSICO 
 Aspectos Climáticos 
Em condições gerais, o clima da área corresponde ao clima do Distrito Federal. 
Segundo a classificação de Köppen, o clima é caracterizado como “Tropical de 
Savana” como verão chuvoso e inverno seco. A estação chuvosa inicia em outubro e 
termina em abril, sendo o trimestre mais chuvoso de novembro a janeiro. 
O clima do Distrito Federal é controlado por massas de ar provenientes da zona 
tropical, com ventos dominantes da componente nordeste a leste, responsáveis pelo 
tempo seco no inverno. No verão, geralmente, os ventos tem sentido nordeste e 
sudeste propiciando condições de estabilidade e tempo bom. 
A temperatura média no Distrito Federal tende a um leve aumento de janeiro a março 
e decai até os meses de junho e julho, nos quais se registram os menores valores 
médios de temperatura. Com a chegada do mês de agosto, a temperatura tende a 
crescer atingindo seu ápice no mês de setembro, quando há um novo declínio da 
temperatura média. 
A umidade relativa do ar é o parâmetro mais característico do clima do Distrito 
Federal. Na estação seca, nos horários da tarde, os valores podem alcançar o 
patamar de 14 a 15%, no mês de agosto. 
10 
 
 
Geologia 
No âmbito da Unidade Hidrográfica do Alagado/Ponte Alta, ocorrem rochas do Grupo 
Paranoá, xistos do Grupo Araxá, e coberturas detrítico-lateríticas do Terciário 
Quaternário. 
Na área do empreendimento, ocorrem apenas rochas do grupo Paranoá. Estas rochas 
são representadas pelas unidades descritas abaixo (Figura 5) (MAPA 09 – Mapa 
Geológico - Área de Influência Direta): 
Grupo Paranoá: Unidade MNPpr3 
Unidade denominada de metarritmito arenoso, é formada por intercalações 
centimétricas a decimétricas de camadas ricas em quartzo com camadas argilosas. 
Apresenta coloração entre avermelhada no topo até branco na base. Estas rochas 
apresentam maior resistência à erosão, interrompendo o processo erosivo. Em geral, 
ocorrem em regiões com baixas declividades no DF, sustentando as chapadas. 
Porém, não foi possível identificar nenhum afloramento de rocha sã na área do Setor. 
Unidade MNPpq3 
A Unidade Q3 é composta por rocha rica em quartzo com grânulos finos a médios, 
brancos a rosados, bem selecionados. Esta unidade é responsável pela manutenção 
do relevo elevado, marcando as bordas das chapadas no DF. Esse fato é justificado 
devido ao alto grau de silicificação, o que dificulta o intemperismo e alterações pelos 
agentes externos. Ressalta-se que esta unidade ocorre somente no emissário do 
lançamento de drenagem pluvial. 
Unidade MNPpr4 
A Unidade R4, denominada de metarritmito argiloso, é rocha predominantemente 
argilosa; apresenta intercalações delgadas e regulares de rocha rica em quartzo. As 
camadas individuais são de poucos centímetros, porém localmente podem aparecer 
camadas de até 50 cm de quartzitos e de30 a40 cm de pacotes argilosos. 
Ressalta-se que esta unidade ocorre somente no emissário do lançamento de 
drenagem pluvial. 
11 
 
 
 
Figura 5 – Geologia da área do Setor Habitacional Ponte de Terra. 
12 
 
 
Relevo 
O relevo na região do Setor Habitacional Ponte de Terra é suave com declividade 
variando entre 0% a 5%, típica do Domínio de Chapada (ANEXO – MAPAS – 
VOLUME V - MAPA 09 – Mapa Geomorfológico – Área de Influência Indireta, II e 
MAPA 10 – Mapa Geomorfológico – Área de Influência Direta) 
Solos 
Na área de estudo, ocorrem Latossolos, variedades Vermelho (Figura 6), Vermelho-
amarelo (Figura 7) e Solos Hidromórficos Indiscriminados, atualmente denominados 
Gleissolos (Figura 8) (MAPA 14 – Mapa Pedológico – Área de influência Direta). 
 
Figura 6 - Perfil de latossolo vermelho na área do SHPT. 
 
13 
 
 
 
Figura 7 - Ocorrência de latossolo vermelho-amarelo na área de estudo. 
Os Latossolos são solos de grande profundidade, argilosos e com pequena tendência 
natural ao desenvolvimento de processos erosivos. Há, no entanto, grande 
possibilidade de desenvolvimento de ravinas e voçorocas em locais onde exista 
grande concentração de água. Em condições especiais, estes solos podem 
desenvolver processos de erosão interna, representadas por “canalículos” (piping). 
 
Figura 8 - Solo gleissolo encharcado com ocorrência de vegetação típica de vereda. 
 
14 
 
 
Os Gleissolos são solos saturados em água e mal drenados, pouco profundos, muito 
argilosos. São solos de consistência plástica e pegajosa. Normalmente, são solos de 
estrutura maciça bem coerente. No que se refere a seus aspectos geotécnicos, estes 
solos apresentam suscetibilidade à erosão média a baixa. 
15 
 
 
 
Figura 9 – Pedologia da área do Setor Habitacional Ponte de Terra. 
16 
 
 
Hidrografia 
O SHPT está inserido na Região Hidrográfica do Paraná. Esta Região Hidrográfica é 
responsável pela maior área drenada do Distrito Federal e ocupa, aproximadamente, 
uma área de 3.658 km². É constituída pelas Bacias Hidrográficas do rio São 
Bartolomeu, do Lago Paranoá, do rio Descoberto, do rio Corumbá e do rio São 
Marcos. Por ter a maior área de drenagem, cerca de 64% de toda porção territorial do 
Distrito Federal, a Região Hidrográfica do Paraná é de suma importância para a 
região, pois nela estão localizadas todas as grandes áreas urbanas e todas as 
captações de água para o abastecimento público. 
Inserido na Região Hidrográfica do Paraná, o SHPT encontra-se situado na Bacia 
Hidrográfica do rio Corumbá. Esta bacia é formada pelas Unidades Hidrográficas 
Santa Maria e Alagado/Ponte Alta, sendo seus principais afluentes os ribeirões Ponte 
Alta, Alagado e Santa Maria. Essa Bacia drena uma área de aproximadamente 280,5 
km² dentro do Distrito Federal, o que corresponde a 4,8% do território 
Com o crescimento urbano desordenado, vem ocorrendo aumento da quantidade de 
lançamento de esgotos sem prévio tratamento nos afluentes do rio Corumbá. Esse 
fato é impeditivo do processo de manutenção da qualidade da água neste manancial, 
podendo inviabilizá-lo como fonte futura de abastecimento para o Distrito Federal. 
As unidades hidrográficas do ribeirão Ponte Alta e do ribeirão Alagado drenam áreas 
urbanas, integrantes das Regiões Administrativas Recanto das Emas e Gama/Santa 
Maria respectivamente. A avaliação das características químicas de suas águas, 
demonstra que as duas bacias apresentam comportamento semelhante nos 
parâmetros condutividade, alcalinidade e pH. Na estação Ponte Alta observou-se 
diminuição da concentração de oxigênio dissolvido e valores mais baixos para o 
parâmetro nitritos e demanda bioquímica de oxigênio, evidenciando a oxidação da 
matéria orgânica e do nitrogênio. Essas características sugerem a contaminação por 
efluentes de esgotos domésticos. 
Os Índices de Qualidade da Água – IQA obtidos tanto para a estação Alagado como 
para a estação Ponte Alta indicam qualidade de água de RUIM a MÉDIA para 
abastecimento público. 
Águas Subterrâneas 
A área em estudo, por interferir diretamente com Áreas de Proteção de Manancial, 
apresenta como fator importante para sua ocupação a preservação das águas 
subterrâneas. 
Essas áreas deveriam ser protegidas contra interferências danosas e, portanto, 
vedadas à implantação de assentamentos, indústrias poluentes, lixões e aterros 
sanitários, extração mineral para a construção civil e abertura de estradas, por 
exemplo. Dentre as diferentes disponibilidades hídricas na região, as áreas mais 
significativas para a alimentação dos aquíferos estão cada vez mais restritas e 
alteradas ambientalmente, pois são também as de maior ocupação por assentamentos 
populacionais e por plantios extensivos. 
Para o caso do Distrito Federal, o cruzamento das informações contidas nos mapas 
geológico, geomorfológico, pedológico e de riscos de contaminação das águas 
subterrâneas possibilita a classificação da área em estudo, como área de recarga, que 
devem ser preservadas. As principais áreas foram identificadas, em caráter preliminar, 
17 
 
 
no Mapa Geológico do Distrito Federal (1:100.000), sendo confirmadas no Mapa 
Hidrogeológico em escala idêntica e no mapa específico elaborado por Campos e 
Freitas-Silva (1999), também em escala 1:100.000. Neste caso, os autores 
consideraram como áreas prioritárias de recarga, toda a faixa de afloramento das 
unidades R3 e Q3, que formam o subsistema mais importante do ponto de vista 
hidrogeológico e o Sistema poroso P1, considerando sua espessura, composição 
mineralógica e posicionamento geomorfológico. 
Esta associação geológica/pedológica ocorre em toda a poligonal da área do SHPT 
(MAPA 20 – Mapa Hidrogeológico da Área de Influência Direta) a caracterizando como 
importante área de recarga. 
4.3 MEIO BIÓTICO 
Flora 
Em termos de vegetação, no SHPT existem apenas indivíduos arbóreos e arbustivos 
remanescentes em três fragmentos de Cerrado e uma Mata de Galeria situada às 
margens do córrego Ponte de Terra, haja vista o intenso grau de descaracterização do 
da vegetação, consequência dos usos e ocupações já consolidados na área (Figura 10 
e Figura 11). 
 
Figura 10- Dalbergia miscolobium. 
 
18 
 
 
 
Figura 11 - À direita: Schefflera macrocarpa. À esquerda, mais alta:Vochysia thyrsoidea, mais 
baixa:Kielmeyera coriacea. 
O trecho de Mata de Galeria estudado do córrego Ponte de Terra foi caracterizado 
como não inundável (Figura 12), possuindo linha de drenagem bem definida que não 
ultrapassa dez metros de largura em todo seu curso. 
 
Figura 12 - Trecho de Mata de Galeria não inundável do córrego Ponte de Terra. 
A elevada densidade de cipós e trepadeiras, bem como de indivíduos do grupo 
pteridófita, evidenciam a existência de atividade antrópica e perturbação nas áreas 
(Figura 13 e Figura 14). 
19 
 
 
 
Figura 13 - Ocorrência de espécies do grupo Pteridófita na Mata de Galeria do córrego Ponte de Terra. 
 
Figura 14 - Presença de cipós e trepadeiras em trecho da Mata de Galeria do córrego Ponte de Terra. 
Próximo à nascente, encontra-se uma área de Campo de Murundus. Os Campos de 
Murundus são caracterizados por apresentarem predomínio do estrato graminoso e 
pequenos morrotes (murundus) compostos por vegetação arbóreo-arbustiva (ilhas de 
vegetação). Há indícios de fogo e presença de lixo/entulho (Figura 15). 
20 
 
 
 
Figura 15 - Campo de murundus no limite da cabeceira do córrego Ponte de Terra. 
As gramíneas e ervas sobre os murundus são espécies de Cerrado, enquanto que as 
espécies encontradas entre os Murundus são típicas de campo úmido. No 
levantamento florístico realizado na mata do córrego Ponte de Terra, foram 
encontradas 39 espécies arbóreas pertencentes a 29 famílias botânicas (Figura 16). 
Sugere-se a criação de um corredor ecológico ao longo dos cursos de água, sendo 
estes conexões entre diferentes ambientes e/ou fragmentos florestais próximos ao 
empreendimento, que permitem o fluxo gênico entre as populaçõessilvestres, 
minimizando o isolamento causado pela fragmentação, proporcionando vias de 
intercâmbio e incrementando as possibilidades de movimento de indivíduos entre 
populações isoladas e, consequentemente, a possibilidade de sobrevivência na meta 
populacional. 
21 
 
 
 
Figura 16 - Aspecto do trecho de Mata de Galeriado córrego Ponte de Terra. 
Compensação Florística 
O cálculo para quantidade de mudas para a realização da compensação florística de 
acordo com o que preconiza o Decreto n° 14.783/1993 , foi baseado no inventário 
florístico realizado no entorno da área de estudo. Segundo os cálculos realizados será 
necessário o plantio de 3.114.619,00 (três milhões cento e quatorze mil seiscentos e 
dezenove) mudas de espécies nativas. 
Fauna 
Durante as amostragens de campo, foram registradas na área de influência direta 
(AID): 23 espécies de anfíbios e 27 de répteis, totalizando 50 espécies da 
herpetofauna, sendo a maioria registrada como de provável ocorrência. Para a 
avifauna, registrou-se um total de 80 espécies, o que corresponde a aproximadamente 
28% do total de 281 espécies esperadas para toda a região de estudo, distribuídas em 
38 famílias. 
Em relação aos mamíferos, foram consideradas 32espécies, sendo 21 de pequenos 
mamíferos (pequenos roedores, marsupiais, morcegos e lagomorfos) e 11 espécies de 
médios mamíferos. 
A região não apresentou nenhuma espécie pertencente à lista da fauna brasileira 
ameaçada de extinção (MMA, 2003 e 2008) e apenas duas espécies de aves 
endêmicas do bioma Cerrado: o soldadinho (Antilophia galeata) e o pula-pula-de-
sobrancelhas (Basileuterus leucophrys). Entretanto, foram registradas 14 espécies 
cinegéticas, sendo uma espécie de réptil, 2 de anfíbios, 4 de mamíferos e 7 de aves, 
além de 16 espécies que são utilizadas com xerimbabo, sendo a maior parte 
pertencente ao grupo das aves. 
Na área urbanizada do SHPT, foram registradas 5 espécies domésticas (cão, gato, 
porco, pombo e bovinos) e 4 exóticas (ratazana, camundongo, pardal e a lagartixa-de-
parede). 
O habitat de Mata de Galeria foi o que apresentou a maior riqueza de espécies, para 
todos os grupos (116 espécies), com 25 espécies de mamíferos (78%), 48 espécies de 
22 
 
 
aves (60%) e 37espécies da répteis (74%), seguido pelo Campo Sujo com 14 espécies 
da mamíferos (44%), 32 espécies da aves (40%) e 26 espécies da répteis (52%) e 
pela área urbanizada com 9 espécies da mamíferos (28%), 21espécies da aves (26%) 
e 11 espécies da répteis (22%). 
Os dados sobre a presença de animais peçonhentos, de vetores ou reservatórios de 
zoonoses (insetos, aracnídeos, roedores e marsupiais) e sobre a incidência de 
doenças transmissíveis e parasitárias, identificados nas entrevistas com moradores ou 
nas reuniões do Plano de Mobilização Participativa, indicam um grande potencial de 
risco à saúde pública na área do empreendimento. 
Dentre os animais peçonhentos, foram mencionados escorpiões, aranhas e duas 
espécies de serpentes venenosas: jararaca (Bothrops sp) responsável pela maior 
parte dos acidentes ofídicos na Região Centro-Oeste e a coral-verdadeira (Micrurus 
sp). Estas espécies têm importância médica não só pelos possíveis acidentes ofídicos, 
mas também pelo potencial uso em diferentes linhas de pesquisas da produção de 
fármacos, relacionados principalmente à coagulação sanguínea e tratamento da 
hipertensão. 
Na área de estudo, foi constatada a ocorrência de doenças alérgicas, infecciosas e 
parasitárias, como dengue (focos de Aedes aegipiti foram encontrados em lotes vazios 
e em pneus abandonados), hantavirose (depósitos irregulares de lixo foram apontados 
como focos de proliferação de ratos silvestres, reservatórios dessa doença); 
parasitoses provocadas por água e verduras contaminadas; doenças respiratórias 
provocadas por poeira e micro-organismos, conjuntivite, miíases e outros problemas 
de pele por contato com águas de poços contaminados e pela presença de animais 
como cães, gatos, cavalos, porcos, que dispersam pulgas, sarna, carrapatos, bichos-
de-pé e outros vetores. 
A prevenção de doenças infecciosas e parasitárias está relacionada a um efetivo 
investimento em saneamento básico e melhoria da qualidade de vida da população, 
incluindo as condições de moradia. Igualmente eficientes são as campanhas de 
educação ambiental voltadas para a prevenção das doenças transmissíveis, incluindo 
dentre outros. combate aos vetores (uso de inseticidas, remoção do lixo, evitar vasos e 
outros recipientes onde a água possa se acumular) e cuidados com a saúde (higiene 
pessoal, uso de mosquiteiros, repelentes de insetos, desinfecção da água e alimentos) 
Unidades de Conservação 
A área de estudo está localizada integralmente dentro do polígono estabelecido para a 
APA do Planalto Central, criada com a finalidade de proteger os mananciais, regular o 
uso dos recursos hídricos e o parcelamento do solo, garantindo o uso racional dos 
recursos naturais e protegendo o patrimônio ambiental e cultural da região. 
Segundo a Resolução Conama nº. 428/2010, que estabeleceu o raio de influência de 
três quilômetros ,medidos a partir do seu polígono, o SHPTinfluencia cinco Unidades 
de Conservação, das quais duas estão localizadas na Região Administrativa do Gama 
- RA II (Parque Vivencial Ponte Alta do Gama e Parque Urbano e Vivencial do Gama) 
e as demais localizadas na Região Administrativa do Núcleo Bandeirante - RA VIII 
(Luiz Cruls, Lauro Müller e Córrego da Onça) (Figura 17). 
 
23 
 
 
 
Figura 17 – Localização das Unidades de Conservação ( raio de influência do Setor Habitacionais Ponte de Terra – Resolução nº 428/2010)..
 
4.4 MEIO SOCIOECONÔMICO
Região A dministrativa do 
O empreendimento em tela está situado na Região Administrativa do Gama (RA II)
com uma área de 276,34 km²
rural. 
A Região Administrativa do Gama (RA II) foi criada pela Lei
dezembro de 1964. A área urbana do Gama foi planejada em formato hexagonal, e 
está dividida em seis setores: Norte, Sul, Leste, Oeste, Central e de Indústria. 
Internamente, as quadras possuem formato triangular com um número médio de 96
100 lotes e um setor comercial. 
A área rural é formada pelo Núcleo Rural Monjolo, Colônia Agrícola Ponte Alta e 
Córrego Crispim, Núcleo Rural Ponte Alta de Baixo e Ponte Alta Norte e Alagado. 
(DISTRITO FEDERAL, 2004, 2011a). Parte da área rural do Gama
tendência de parcelamento de fazendas e chácaras em condomínios horizontais com 
características de habitações urbanas dando nova configuração às cidades. 
População: perfil pessoal
A população do Gama, em 2011
gênero feminino (66,654 pessoas)
conforme ilustra o gráfico abaixo. O número maior de mulheres segue o mesmo 
padrão do Distrito Federal, que apresentou no Censo 
52% do sexo feminino e 48% do sexo mas
Figura 18 - População do Gama de acordo com o gênero, 
Domicílios (PDAD):Gama, 2011. Codeplan, Distrito Federal).
A faixa etária da população do Gama está centrada na faixa etária de 25 a 39 anos, 
com 23% da população. A segunda maior faixa de idade é dada por 22%
população entre 40 a 59 anos. Observa
19 a 24 anos é de apenas 8% e a faixa etária de 10 a 18 anos também é baixa com 
16%. 
60,467
MEIO SOCIOECONÔMICO 
dministrativa do Gama (RA-II) 
O empreendimento em tela está situado na Região Administrativa do Gama (RA II)
área de 276,34 km², sendo 15,37 km² de área urbana e 260,97 km² de área 
A Região Administrativa do Gama (RA II) foi criada pela Lei nº 4.545
dezembro de 1964. A área urbana do Gama foi planejada em formato hexagonal, e 
está dividida em seis setores: Norte, Sul, Leste, Oeste, Central e de Indústria. 
as quadras possuem formato triangular com um número médio de 96
100 lotes e um setor comercial. 
A área rural é formada pelo Núcleo Rural Monjolo, Colônia Agrícola Ponte Alta e 
Córrego Crispim, Núcleo Rural Ponte Alta de Baixo e Ponte Alta Norte e Alagado. 
(DISTRITO FEDERAL, 2004, 2011a). Parte da área rural do Gama está seguindo a 
de parcelamento de fazendas e chácaras em condomínioshorizontais com 
características de habitações urbanas dando nova configuração às cidades. 
População: perfil pessoal 
em 2011, foi estimada em 127.121 pessoas sendo 52,4% do 
(66,654 pessoas) e 47,6% do gênero masculino (60,467 pessoas)
conforme ilustra o gráfico abaixo. O número maior de mulheres segue o mesmo 
padrão do Distrito Federal, que apresentou no Censo Demográfico de 2010 do IBGE 
52% do sexo feminino e 48% do sexo masculino (Figura 18). 
População do Gama de acordo com o gênero, 2011 (Fonte: Pesquisa Distrital por Amostra de 
Domicílios (PDAD):Gama, 2011. Codeplan, Distrito Federal). 
A faixa etária da população do Gama está centrada na faixa etária de 25 a 39 anos, 
com 23% da população. A segunda maior faixa de idade é dada por 22%
população entre 40 a 59 anos. Observa-se que o número de jovens na faixa etária de 
19 a 24 anos é de apenas 8% e a faixa etária de 10 a 18 anos também é baixa com 
66,654
Feminino
Masculino 
24 
 
O empreendimento em tela está situado na Região Administrativa do Gama (RA II), 
sendo 15,37 km² de área urbana e 260,97 km² de área 
nº 4.545, de 10 de 
dezembro de 1964. A área urbana do Gama foi planejada em formato hexagonal, e 
está dividida em seis setores: Norte, Sul, Leste, Oeste, Central e de Indústria. 
as quadras possuem formato triangular com um número médio de 96 a 
A área rural é formada pelo Núcleo Rural Monjolo, Colônia Agrícola Ponte Alta e 
Córrego Crispim, Núcleo Rural Ponte Alta de Baixo e Ponte Alta Norte e Alagado. 
está seguindo a 
de parcelamento de fazendas e chácaras em condomínios horizontais com 
características de habitações urbanas dando nova configuração às cidades. 
foi estimada em 127.121 pessoas sendo 52,4% do 
(60,467 pessoas), 
conforme ilustra o gráfico abaixo. O número maior de mulheres segue o mesmo 
emográfico de 2010 do IBGE 
 
Distrital por Amostra de 
A faixa etária da população do Gama está centrada na faixa etária de 25 a 39 anos, 
com 23% da população. A segunda maior faixa de idade é dada por 22% da 
se que o número de jovens na faixa etária de 
19 a 24 anos é de apenas 8% e a faixa etária de 10 a 18 anos também é baixa com 
Feminino
Masculino 
25 
 
 
Os critérios de escolaridade estudados apontam que 69,2% da população não 
estudam, enquanto 19,7% estudam em estabelecimentos públicos e 11,1% estudam 
em estabelecimentos particulares. 
Em relação à escolaridade, observa-se que quase um terço da população possui 
ensino fundamental incompleto representando 28,8% do total. Cerca de 4,4% são 
analfabetos ou analfabetos funcionais. Pouco mais de 10% da população possuem 
curso superior e 22,9% possuem o ensino médio completo. 
A população economicamente ativa que exerce atividade remunerada foi estimada, 
pela PDAD 2011, em 47.200 pessoas. Destes, cerca de 54% são empregados com 
carteira de trabalho registrada e 6,9% são empregados sem carteira de trabalho 
registrada. Menos de 0,5% ocupa empregos temporários e 1,3% são estagiários. O 
percentual de servidores públicos ou militares foi de 16,7%. Chama a atenção o 
percentual de 19,9% de trabalhadores autônomos. 
A renda per capita da população ocupada do Gama foi estimada em R$1.109,00, que 
seria atualmente equivalente a dois salários mínimos. A renda domiciliar estimada foi 
de R$3.549,00, que seria atualmente equivalente a seis e meio salários mínimos. 
Sistema Viário e de Transporte 
No Gama, 97% das vias são asfaltadas. As principais vias de acesso1 ao Gama são: 
DF-001; DF-290; DF-379; DF-383; DF-385; DF-475; DF-480; e DF-483. 
Segundo dados do DFTRANS2, em julho de 2011 havia 98 linhas de ônibus circulares 
com acesso ao Gama. A frota de veículos presentes na Região Administrativa 
apresenta 61,3% de automóveis e 5,5% de motocicletas. As bicicletas apresentam 
percentual de 30,8% da frota. 
Equipamentos Públicos 
Em 2007, como parte do projeto de expansão da Universidade de Brasília, o Gama 
recebeu uma unidade do campus universitário com enfoque em tecnologia oferecendo 
cursos de graduação e pós-graduação. 
Em 2008, existiam 42 unidades escolares públicas em zona urbana nas quais estão 
distribuídas 706 salas de aula. A zona rural apresentava seis unidades escolares 
públicas, com um total de 37 salas de aulas. 
Além das unidades regulares de ensino, o Gama conta com uma Biblioteca Pública e 
um Centro Interescolar de Línguas. O Gama apresenta um hospital com 510 leitos 
operacionais, além de três postos de saúde, sendo um em zona urbana e dois em 
zona rural; sete centros de saúde; 51 clínicas básicas; e 63 clínicas especializadas. 
Foram realizadas, em 2009, um total de 623.125 consultas, cerca de 2.161 cirurgias 
eletivas e 2.245 cirurgias emergenciais. 
No que tange à segurança pública, há duas Delegacias de Polícia (14ª DP e 20ª DP), 
um Posto da Polícia Civil, um Posto de Identificação, 14 Postos da Polícia Militar e 
uma Penitenciária Feminina. Esta se localiza no Setor Leste do Gama e é destinada à 
 
1http://www.der.df.gov.br/sites/200/232/00000821.pdf, acesso em 19 de julho de 2011. 
2http://www.horarios.dftrans.df.gov.br/resultado.php, acesso em 19 de julho de 2011. 
26 
 
 
reclusão de mulheres que aguardam julgamento ou foram sentenciadas com penas 
privativas de liberdade no regime semiaberto e fechado. 
Setor Habitacional Ponte de Terra (SHPT) 
O histórico de origem dos diversos parcelamentos que compõem o atual SHTP é 
absolutamente semelhante ao que é contado nos diferentes parcelamentos surgidos 
de modo “espontâneo” - fora da iniciativa governamental, presentes em muitas partes 
do Distrito Federal. 
Os moradores mais antigos na área relatam que os 786,52 ha situados na Zona Rural 
do Gama, denominada de Ponte Alta Norte, era uma grande fazenda, cujo dono dividiu 
e repassou aos seus herdeiros. Estes, por sua vez, sem intenção de utilizar 
produtivamente a terra, dividiram-na em glebas ainda menores, na grande parte, entre 
8 ha a 2 ha (um módulo rural) e venderam a terceiros. Os documentos que 
“comprovam” a passagem destes bens para os novos compradores são títulos de 
propriedade registrados em cartórios de dois municípios goianos: Abadiânia e 
Luziânia. 
Por sua vez, os proprietários das terras de 8 ha a 2 ha, em alguns casos maiores que 
isso, parcelaram em lotes de 800 m², portanto, mudando a característica rural do local 
para urbana. Os primeiros parcelamentos surgiram entre 1995 e 1996 e, até hoje, as 
ofertas de venda estão disponíveis em anúncios de jornais, imobiliárias, cartazes, 
faixas. Foram e são vendidos com o nome de “condomínios”, com as garantias 
comuns a esse tipo de propriedade: segurança, tranquilidade, proximidade ao Gama 
etc. 
A documentação, que possuem os compradores dos lotes nos parcelamentos, são as 
chamadas sessões de uso registradas em algum cartório local. Sendo que, dos 
condomínios mais antigos, apenas um garante ter escritura pública lavrada no Quinto 
Cartório de Ofícios e Notas do Gama: o Condomínio Parque do Gama. 
Em meio a este novo padrão de ocupação, situado na Zona Rural Ponte Alta Norte, 
restam alguns poucos módulos rurais, ou propriedades de 2 ha, utilizados para festas 
ou para o lazer de famílias que vivem em outras cidades do Distrito Federal ou mesmo 
no Gama. 
Situação geral observada em campo 
A área em estudo está localiza na Região Administrativa do Gama (RA II) 
precisamente na faixa de terra situada entre a DF 001, a DF 480, a VC 341 e DF 475 
(DER, 2009) e se estende para sudoeste até aproximadamente a linha formada pelas 
nascentes do córrego Ponte Alta, totalizando 786,52 ha, de acordo com informações 
obtidas na Terracap (2010). 
O SHPT está definido pelo PDOT 2009 como uma Zona Urbana de Uso Controlado II. 
No interior de sua poligonal e fazendo limites com ela há duas áreas que o PDOT 
define como “Vácuos Normativos”. Outra faixa vizinha é uma Zona Urbana de 
Expansão e Consolidação e todo o resto constitui Zona Rural de Uso Controlado. Há 
uma faixa de Áreade Proteção Permanente diretamente relacionada a uma parte do 
setor, justamente a cabeceira de um rio, com ocupações muitos próximas. 
A antiga Seduma (Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente), do 
Governo do Distrito Federal, estimou a população local em 4.004 habitantes, no ano 
27 
 
 
de 2009. Recentemente, a Prefeitura local, que acompanhou os trabalhos do último 
Censo IBGE na região, afirma que o quantitativo de habitantes do SHPT aproxima-se 
de 7 mil habitantes, embora os dados do Censo não sejam apresentados 
desagregados e sim na somatória da população total do Gama. O número de lotes, 
fornecido pela Prefeitura local, é de 1.821 unidades residenciais. Ao tomar esse último 
valor e multiplicá-lo por um número médio de moradores por residência, 
aproximadamente 3,5, o total seria de 6.373,5 habitantes na região. 
Não há registro claro do número de condomínios efetivamente implantados. Uma 
contagem iniciada pela Prefeitura Comunitária do SHPT, realizada em 2009, registrou 
cerca de 70 condomínios. Este foi apenas um levantamento inicial, não tendo sido 
concluído. Estima-se, portanto, que o número seja muito maior e em franco 
crescimento, apesar das proibições dos órgãos do poder público do Distrito Federal. 
Os parcelamentos denominados de condomínios são, em grande parte, de pequeno 
porte, uma vez que as propriedades vendidas tinham entre 2 ha e 8 ha. A divisão 
levou à formação de unidades com 800 a 1.000 m², constituindo espaços com 10 a 20 
lotes. Em meio a estes, há, de acordo com a Prefeitura Comunitária local e como foi 
verificado em campo, parcelamentos entre 100 e 200 lotes. São esses: os 
condomínios Residencial das Palmeiras, Park do Gama e o Fênix, com mais de 150 
lotes. O condomínio Atlântida, por último, com 100 lotes, é considerado de porte 
médio. 
A poligonal da área está situada dentro da APA do Planalto Central e ainda possui 
duas Áreas de Proteção de Manancial (APM): a APM Ponte de Terrae a APM Córrego 
Olho D’Água. Apesar de essas APMs comporem a poligonal, o local está definido 
como Zona Urbana de Uso Controlado II, o que indica suscetibilidade ambiental a ser 
observada neste processo de regularização, que por sua vez conduz à necessidade 
de observância quanto a densidades e localizações de serviços equipamentos e 
possíveis áreas de risco. 
Ainda com relação à estrutura organizacional do SHPT, há 35 ruas cadastradas junto 
à Prefeitura Comunitária, todas com nome e código de endereçamento postal (CEP). 
Os CEPs existem desde 2009. Contudo, o serviço dos Correios ainda não atende a 
região pelo fato dos condomínios, em sua maioria, ainda não terem providenciado 
placas de identificação para a frente de seus empreendimentos. São, na verdade, ruas 
e avenidas, por exemplo: Jequitibás, Rodobelo I, Rodobelo II, Figueiras, JK, Corujas, 
São Francisco, Palmeiras. 
O transporte público no SHPT é considerado caótico. Existe uma linha de ônibus – 
Gama - Ponte Alta Norte, que passa na Avenida São Francisco em direção à DF 480. 
Trata-se de um transporte rural, já antigo, ou seja, serve a região, antes desta se 
tornar o espaço que é hoje.O Serviço de Limpeza Urbana (SLU) funciona. Os 
caminhões passam três vezes por semana, recolhendo os resíduos sólidos de toda a 
região. 
Quanto ao serviço de energia, o que há de iluminação pública foi colocada pelos 
moradores e os valores foram rateados para contratação dos serviços e compra dos 
materiais. Existem ruas que possuem sérios problemas com escoamento de água. Um 
exemplo é a Avenida Buritis. Ali foram construídas bacias de contenção, a fim de evitar 
que a água siga em direção ao córrego Ponte de Terra. 
28 
 
 
Serviços e Equipamentos Públicos Presentes na Área 
Apenas 18,4% das residências são abastecidas de água pela rede oficial. Cerca de 
42,7% das residências são abastecidas com água proveniente de poços semi-
artesianos. O restante, é abastecido por cisternas e poços tubulares profundos. 
A coleta de esgoto, em 98% dos casos, é feita por meio de fossas. Alguns declararam 
utilizar fossas ecológicas. 
Cerca de 90% do lixo produzido no condomínio é recolhido pelo sistema de limpeza 
pública. Um percentual de apenas 0,3% declarou que a coleta é particular, custeado a 
partir de taxa paga ao condomínio e repassada a uma empresa que recolhe os 
rejeitos. 
Durante as visitas locais, não foi constatado nenhum equipamento público de saúde 
na área No quesito segurança pública, não há rondas e existe carência no 
atendimento à comunidade. 
Quando questionados sobre o acesso ao transporte público, cerca de 70% dos 
entrevistados classificaram como de difícil acesso, pois a comunidade tem que se 
deslocar muito para chegar aos pontos de ônibus mais próximos e, via de regra, os 
moradores ou saem do local com seus carros próprios ou têm que se deslocar até a 
rodovia, para tomar o ônibus coletivo de acordo com as linhas disponíveis. 
O acesso à telefonia (móvel, fixa e internet)foi considerado fácil por 50,3% dos 
entrevistados, enquanto 28,3% o apontam como difícil. 
Aspectos Arqueológicos 
Durante os trabalhos de campo não foram identificados vestígios arqueológicos, 
apenas foram registrados alguns pontos potenciais, fato este que requer a realização 
de um trabalho sistemático de intervenções em toda a área, recomendando-se a 
realização de um levantamento arqueológico sistemático, com vistorias superficiais e 
intervenções em subsuperfície, com o objetivo de identificar, resguardar, preservar e 
resgatar o patrimônio cultural e arqueológico porventura presente na área de estudo 
do SHPT. 
4.5 ASPECTOSS URBANÍSTICOS E DE INFRAESTRUTURA 
ASPECTOS URBANÍSTICOS 
O Setor Habitacional Ponte de Terra, identificado também como Núcleo Rural Ponte 
Alta de Cima, localiza-se na Região Administrativa do Gama (RA-II) à cerca de cinco 
quilômetros de distância da área urbana da cidade. Possui área de 786,52 hectares e 
os principais acessos se dão através das rodovias que contornam o setor, a leste a 
DF-001, a sul DF-480 e norte a DF-475 e VC- 341. 
Atualmente predomina o uso residencial, o qual foi estimulado por diversos fatores tais 
como, proximidade com a cidade do Gama, relevo pouco acidentado e facilidade de 
acesso pelas rodovias acima citadas que circundam a área. 
29 
 
 
Sistema Viário 
A classificação viária básica estrutura-se em quatro classes de via: vias expressas, 
arteriais, coletoras e locais (Figura 19). 
 
Figura 19 – Rodovias e faixas de domínio. 
Quanto às vias expressas, o Setor Habitacional Ponte de Terra apresenta uma 
situação privilegiada com diversas rodovias que ligam a área com todo o DF e a região 
do entorno. 
A rodovia DF-480 principal via de ligação entre a área, a cidade do Gama e o Plano 
Piloto. A DF- 001 liga a área com a cidade de Riacho Fundo II e também com a DF-
480 e à cidade do Gama, a BR-060 e as cidades do Recanto das Emas, Samambaia e 
Santa Maria e, a DF-475 situada a norte da área que oferece mais uma alternativa de 
acesso à DF-001 e à VC- 341. 
O acesso a essas rodovias favorece a distribuição dos fluxos do setor, muito embora a 
maioria desses acessos se dê de forma direta, devido à inexistência de vias marginais 
que hierarquizem o sistema. Apenas os acessos da DF-480 são feitos através de uma 
via marginal, ainda sem pavimentação. 
O sistema viário interno do SHPT apresenta estrutura pouco hierarquizada, 
consequência do primeiro parcelamento que foi feito com lotes de áreas rurais 
(aproximadamente 2 hectares) o que resultou em quadras de grandes dimensões 
dificultando o sistema viário para fins urbanos. 
A maioria dos quarteirões tem largura de cerca de 380.000 m2, com ruas longas, com 
comprimento médio de mais de 1000 metros, de fraca integração e conexão entre as 
partes, o que acarreta em dificuldade de circulação, principalmente para os pedestres. 
30 
 
 
O traçado viário apresenta estrutura regular com a maioria das vias distribuídas no 
sentido paralelo e perpendicular às rodovias limítrofesfavorecido pela baixa 
declividade do terreno. Destaca-se como eixo diagonal na malha existente a chamada 
Avenida Buritis, que tem como continuidade uma servidão de redes de alta tensão que 
atravessam a poligonal do empreendimento. Outra via que se destaca como eixo de 
integração da malha urbana é a chamada Avenida São Francisco, que atravessa o 
parcelamento no sentido sudeste-nordeste, ligando a DF-480 à DF-475. 
Afora as duas vias acima citadas, o sistema viário não apresenta nenhuma 
característica que defina uma hierarquia entre vias principais e secundárias que se 
destacam apenas pela presença de pavimentação. 
Quanto às vias locais que dão acesso as áreas ainda não parceladas e aos pequenos 
condomínios em sua grande maioria não possuem saídas3 e nem espaço de manobra 
(cul de sac) o que inviabiliza a entrada de caminhões e dificulta a prestação de 
serviços tais como coleta de lixo. 
Outro problema encontrado na maioria dos condomínios é que foram criados 
independentemente uns dos outros e seu desenho não considerou a possibilidade de 
conexões futuras entre as vias. Essa situação dificulta as interferências que visem à 
melhoria da circulação urbana com a diminuição dos quarteirões e a implantação da 
rede de drenagem. 
Na maioria desses pequenos condomínios, o dimensionamento das vias internas 
também é insuficiente para implantar as calçadas e instalar a infraestrutura e o 
mobiliário urbano, como lixeiras, placas de sinalização, telefone público e arborização. 
Em alguns casos o espaço existente acomoda apenas os postes e obriga os pedestres 
a caminhar nas faixas de rolamento dos veículos. Mesmo as ruas que apresentam 
maiores dimensões não possuem largura suficiente para dimensioná-las a um 
aumento da densidade populacional no local, o qual acarretará limitações ao fluxo de 
veículos. 
Quanto às vias de caráter local, que servem os condomínios e as vias internas destes 
apresentam largura que varia de 15 metros de largura nas situações de melhor padrão 
até vias com cerca de 6 metros de largura nas piores situações, aonde a caixa de 
rolamento chega a ter menos de 4,50 metros e as calçadas cerca de 70 cm (Figura 
20). 
Quanto ao sistema de transporte público no interior do parcelamento, existe apenas 
uma linha que circula pela Av. São Francisco e pela DF 480; associado a esse serviço 
não existem abrigos e nem paradas sinalizadas. O sistema de transporte público mais 
utilizado pelos moradores é oferecido pelos ônibus que trafegam pelas rodovias 
circundantes, onde existe uma boa distribuição de paradas de ônibus com abrigo4 
Outro problema é a inexistência de oferta de vagas em estacionamentos tanto públicos 
quanto privados, nas vias atuais. Como a ocupação ainda é rarefeita e não existem 
áreas concentradas de oferta de comércio, equipamentos públicos ou serviços, este 
problema ainda não é sentido. Os estacionamentos existentes atualmente são 
encontrados apenas nas áreas dos lotes de clubes, casas de festas, posto de gasolina 
 
3 A média de comprimentos dessas ruas sem saída é de 750 metros. 
4 Os pontos das rodovias onde se localizam as paradas de ônibus não apresentam baia. 
31 
 
 
e comércio de grande porte, localizados em sua maioria nas áreas periféricas do 
parcelamento. 
 
Figura 20 - Rua estreita, desprovida de calçadas e arborização. 
Uso do Solo Existente 
A cidade do Gama, implantada em 1960, foi o quarto assentamento urbano criado no 
Distrito Federal destinado à transferência de moradores de assentamentos da cidade 
de Brasília e da Vila Planalto. 
Atualmente a Região Administrativa do Gama – RA-II, além da área urbana, possui 
diversas áreas rurais: a Colônia Agrícola Ponte Alta, o núcleo Rural Córrego Crispim, o 
Núcleo Rural Ponte Alta de Baixo, o Núcleo Ponte Alta Norte e o Alagado. 
O Setor Habitacional Ponte de Terra criado em parte de um desses núcleos rurais está 
em processo de parcelamento e ocupação para fins urbanos. 
Como já citado acima, primeiramente iniciou-se a ocupação em lotes rurais, com 
dimensões aproximadas de 2 hectares5 ou até de áreas maiores que surgiram logo no 
inicio da ocupação da região. Mais recentemente, inicia-se o reparcelamento dessas 
áreas rurais para fins urbanos. Este processo vem se consolidando lentamente o que 
fica evidenciado pela existência de grande quantidade de lotes, com dimensão de 
gleba rural, fragmentados por todo o parcelamento e ainda utilizados como chácaras 
ou áreas de lazer. Além destas glebas, na parte central da área de estudo existe uma 
grande área desocupada com dimensão aproximada de 41 hectares. 
 
5Dimensão mínima de lotes de parcelamentos rurais. 
32 
 
 
O uso urbano apresenta-se disperso pela área e é constituída em sua maioria por 
pequenos condomínios horizontais residenciais unifamiliares concentrados 
principalmente ao longo da Avenida São Francisco e da Av. JK. Quase todos estes 
condomínios possuem o mesmo traçado: uma rua central com apenas um acesso e os 
lotes com tamanho médio de 800,00 m2, distribuídos nas laterais. 
Nos lotes já ocupados as construções não possuem nenhum padrão de afastamento 
frontal, lateral ou de gabarito. A falta de afastamento frontal cria situações de 
desconforto visual e dificuldades de alargamento das vias estreitas e de implantação 
de calçadas No geral as construções, possuem bom padrão construtivo (Figura 21). 
 
Figura 21 - Rua interna de condomínio 
A densidade média atual na área de estudo é de cerca de 5,7 habitantes por hectare, 
o que ainda pode ser considerada como uma ocupação de caráter rural. 
Considerando-se apenas a área dos condomínios já ocupados, a densidade média 
sobe para até 45 habitantes por hectare (Figura 22). 
 
33 
 
 
 
Figura 22 - Padrão dos condomínios e traçado das vias internas. 
O contexto urbano de grandes áreas residenciais horizontalizadas e de baixa 
densidade, como da área em foco, nem sempre tráz resultados positivos para seus 
moradores e para o meio ambiente. Normalmente tal situação é associada ao 
empobrecimento das interações sociais, dificulta a distribuição equilibrada dos 
serviços e equipamentos e promove o uso intensivo do transporte individual. 
Além desses fatores a proporção de área impermeabilizada fica muito elevada 
considerando-se a baixa densidade de ocupação. Assim a repetição deste padrão nas 
áreas ainda desocupadas pode não representar uma solução ideal tanto em relação 
às demandas sociais quanto ao meio ambiente. 
Além do uso residencial, alguns serviços e pequenos comércios são encontrados na 
Avenida São Francisco e na esquina desta com a Avenida. Buritis, provavelmente por 
se tratar de um sítio de maior acessibilidade. 
A maioria dos lotes situados ao longo das rodovias DF-001 e DF-475 são de uso 
comercial de grandes equipamentos, como posto de gasolina e armazenagem e 
distribuição de alimentos, além de outros, estimulados pela facilidade de acesso às 
demais regiões administrativas e à BR-060, que liga o Distrito Federal ao estado de 
Goiás e demais estados. Esta tendência de uso também é observada na margem de 
outras rodovias do DF e estimulada em diversas áreas urbanizadas como em Riacho 
Fundo II, Samambaia e outras áreas. Outros usos encontrados na área são alguns 
clubes e casas de festas. 
Equipamentos Urbanos Existentes 
O acesso aos equipamentos e serviços públicos é um indicador da qualidade de vida 
de uma população. Com esse objetivo foram verificados os equipamentos encontrados 
na área de estudo referentes à saúde, educação, cultura, lazer e segurança. 
Não existe nenhum equipamento público na área do parcelamento. Tal circunstância é 
amenizada pela proximidade com a cidade do Gama e do Riacho Fundo II que 
possuem uma estrutura de equipamentos consolidada, embora já saturada pela 
demanda existente nas cidades do entorno (Figura 23). 
34 
 
 
O PDOT estabelece para a área um percentual de 10% da área total paraEquipamentos Públicos Urbanos, Equipamentos Públicos Comunitários e Espaços 
Livres de Uso Público. Mesmo que não se faça necessária a instalação de 
equipamento de grande porte, é possível a instalação na gleba de equipamentos que 
complementem as necessidades existentes na região. 
Sistema de Endereçamento Existente 
Comum a quase todos os parcelamentos que surgem de maneira informal, o sistema 
de endereçamento do Setor apresenta algumas incoerências. Algumas ruas seguem o 
sistema de numeração (rua 1, rua 2) enquanto outras adotaram o sistema de nomes, 
Avenida São Francisco, Avenida JK etc. Estas principais ruas possuem CEP. 
Devido ao grande tamanho de alguns quarteirões, existem algumas dificuldades de 
localização e entendimento relativo ao endereçamento, tanto para os próprios 
moradores, como para os visitantes. 
 
Figura 23 – Equipamentos existentes. 
Elementos do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Pa isagístico e Cultural 
Não foi identificado nenhum elemento de patrimônio histórico ou arqueológico na área 
de estudo. Quanto a áreas de relevante interesse paisagístico, devido à baixa 
declividade, a área não apresenta significativas visuais de interesse paisagístico. 
Sistema de Abastecimento de Água 
Com referência ao abastecimento de água, constatou-se que poucas residências são 
abastecidas pela Caesb, sendo o abastecimento por água subterrânea, através de 
poços profundos ou cisternas o mais comum para a região. 
35 
 
 
Em resposta à Carta Consulta nº 125/2011, enviada à Caesb, referente a 
interferências de unidades existentes ou previstas com a poligonal do 
empreendimento, esta afirmou que atende apenas ao condomínio Residencial 
Palmeiras (margens DF-475). 
Com relação ao abastecimento de longo prazo, a Caesb está viabilizando a 
implantação de novos sistemas produtores: Corumbá, Lago Paranoá e Bananal. 
Qualquer demanda, acrescentada nas Regiões Administrativas do DF, estará 
condicionada ao início de operação dos novos sistemas produtores de água e das 
novas captações a serem implantadas no Sistema Bananal (final de 2012), Sistema 
Lago Paranoá (1ª Etapa – Final de 2013) e Sistema Corumbá (1ª Etapa – Final de 
2013). 
Sistema de Esgotamento Sanitário 
Na ausência de redes coletoras públicas de esgotos sanitários, os esgotos 
provenientes das residências são depurados em fossas sépticas ou fossas 
rudimentares e com disposição final no solo, por meio de sumidouros. 
A Caesb, por meio da Carta nº. 258/2011 – DE, em resposta à Carta nº 125/2011 – 
Geo Lógica, informou que para uma futura implantação de sistema de esgotamento 
sanitário convencional, constituído de redes públicas, interceptores, estações 
elevatórias e linhas de recalque, deverão ser interligados ao Sistema de Tratamento 
de Esgotos Sanitário do Gama. 
Atualmente, os sistemas utilizados para a coleta e disposição dos esgotos domésticos 
são de fossa séptica, algumas vezes aliada a sumidouro. Esses sistemas em 
operação foram instalados pelos moradores, segundo as informações disponibilizadas 
pelo Relatório Técnico EPRC -11/015. 
Ainda de acordo com o Relatório Técnico, não existe projeto, recursos assegurados e 
nem previsão de implantação em curto prazo para o sistema de esgotamento sanitário 
que atenderá o Setor objeto da consulta. 
Sistema de Drenagem Pluvial 
A área em estudo não possui sistema de drenagem pluvial tradicional ou alternativo 
(infiltração, telhados verdes etc.). Como o Setor em estudo está em fase de 
consolidação urbana, os volumes de escoamento superficial estão se elevando, 
quando comparado com o cenário original de ocupação rural. 
Somente as vias de acesso principais estão pavimentadas, as demais se encontram 
em terra. Nas vias pavimentadas, foi observado o acúmulo de água em grande parte 
do pavimento, pois não há o escoamento da água (Figura 24). 
36 
 
 
 
Figura 24- Vias pavimentadas com acúmulo de água no SHPT. 
A compactação do solo nas vias sem asfalto diminui sua permeabilidade, favorecendo 
o escoamento superficial da água de chuva para os cursos d’água nas proximidades. 
A fim de minimizar a presença de grandes lâminas de água nas ruas não 
pavimentadas do SHPT, foram executadas pequenas canaletas improvisadas, 
direcionando o escoamento das águas pluviais para pequenas bacias, situadas nas 
extremidades das vias, evitando desbarrancamentos e a formação de sulcos e 
processos erosivos. 
A Novacap informou que não existem redes de águas pluviais implantadas e/ou 
projetadas na área denominada Ponte de Terra. Quanto à viabilidade de atendimento 
da demanda a ser gerada, indica a necessidade de elaboração de projeto específico 
para o parcelamento em questão, que obedecerá às limitações/diretrizes a serem 
definidas neste estudo ambiental. 
Sistema de Coleta de Resíduos Sólidos 
Os caminhões do SLU passam três vezes por semana, recolhendo os resíduos sólidos 
de toda a região. 
A parcela que pertence ao SHPT dispõe de caçambas coletoras que ficam nas 
extremidades das vias, facilitando a coleta pelo caminhão de limpeza urbana (Figura 
25). 
37 
 
 
 
Figura 25 – Coletores para retirada de resíduos. 
Por meio de consulta ao SLU, na qual se solicitava informações quanto ao 
atendimento da área com relação à coleta de resíduos sólidos, obteve-se como 
resposta, não haver nenhuma restrição por parte daquele Serviço, quanto ao 
atendimento para coleta, tratamento e destinação final de resíduos sólidos. 
Com referência aos Ecopontos, Centros de Triagem e Áreas de Transbordo, o SLU 
informou que as possíveis áreas destinadas às futuras instalações estão sendo 
estudadas. 
Energia Elétrica 
A CEB informou ter disponibilidade para atender a demanda em questão. Contudo, 
serão necessárias obras de expansão da rede de 15 Kv, obras previstas no Plano de 
Desenvolvimento da Distribuição (PDD/2011) e parcialmente em execução e que a 
implantação de infraestrutura de redes de distribuição de energia elétrica para 
atendimento a novos empreendimentos será definida oportunamente, por meio de 
estudo especifico. 
Foi verificada a existência de interferências da poligonal com as redes de distribuição 
de energia elétrica da CEB e CELG, e de iluminação pública. 
Todas as vias de acesso internas do empreendimento possuem sistema de 
distribuição de energia elétrica em baixa tensão (posteamento) e sistema de 
iluminação pública. 
Nas vias não pavimentadas, alguns postes não possuem lâmpadas para iluminação 
pública, o que prejudica a visibilidade noturna e a segurança para a população local. 
Sistema de telefonia fixa 
Na poligonal em estudo, foram observadas cabines telefônicas nas esquinas das 
avenidas. 
38 
 
 
A OI informou que existem interferências de rede telefônica na área do SHPT e nas 
proximidades. Ressalta que cuidados especiais devam ser tomados por ocasião das 
escavações,no sentido de preservar a integridade física da rede telefônica e que 
eventuais danos provocados à citada rede deverão ter seus custos ressarcidos à 
empresa. 
O remanejamento de rede, se necessário, será cobrado. Para o atendimento das 
edificações com serviços de telecomunicações, será necessária a conclusão das 
obras e a regularização da área pelos órgãos competentes. 
A recente resposta da OI (Carta nº 149/2011-OI Brasília Geo/DF), datada de 20 de 
junho de 2011, informou que no SHPT existem interferências com a rede telefônica. 
 
39 
 
 
5 PROGNÓSTICO AMBIENTAL 
As intervenções para regularização do SHPT destinam-se a implantar um projeto 
urbanístico na área, contemplando: sistema viário, pavimentação, projetos de 
saneamento ambiental, equipamentos comunitários, áreas verdes e de lazer, ciclovias 
e a proporcionar a interligação dos espaços, para melhoria do bem-estar, da qualidade 
de vida e das condições ambientais. 
Uma vez elaborado o diagnóstico da área de estudo, isto é, a caracterização do 
cenário atual, atendendo às recomendações da legislação ambiental com vistas à 
avaliação das consequências ambientais e sociaisdecorrentes das soluções adotadas 
e dos impactos futuros que essa situação poderá causar, adotou-se a metodologia de 
cenários. 
Cenários são imagens de futuro configuradas a partir da combinação de hipóteses 
sobre os prováveis comportamentos de variáveis determinantes de um sistema. Trata-
se da descrição de um futuro – possível imaginável ou desejável – para um objeto e 
seu contexto. 
Numa primeira abordagem, como estratégia visando colher as opiniões dos moradores 
do SHPT sobre o processo de regularização, nas Oficinas de Mobilização 
Participativa, foi feita uma exposição técnica inicial, na qual foram apresentados à 
comunidade conceitos e princípios acerca do processo de cenarização. Foram 
expostos os aspectos legais e ambientais sobre a área e procurou-se fomentar o 
questionamento de alguns itens para que a população pudesse refletir e debater dois 
cenários básicos: 
Cenário 1 – Prazo de regularização em 4 anos com base no PDOT 2009 e 
legislação ambiental vigentes. 
Cenário 2 – Prazo de regularização em 2 anos com base no PDOT 2009 e 
legislação ambiental vigente. 
Com o avanço das discussões, as propostas elaboradas nas oficinas passaram por 
alterações e ajustes, tendo como princípio o atendimento, na medida do possível, às 
demandas dos moradores, considerando o contexto atual em que o empreendimento 
está inserido, as condicionantes ambientais, legais, jurídicas e administrativas que 
determinam a execução dos projetos de regularização. 
A hipótese de regularização em um prazo de dois anos mostrou-se pouco provável de 
se concretizar integralmente, em função das condicionantes ambientais e das 
limitações impostas pelas necessidades de abastecimento de água. Até que se 
tenham fontes alternativas de abastecimento, a Caesb recomenda que nada seja 
implantado nas APMs que possa diminuir a permeabilidade e a recarga dos aquíferos 
subterrâneos. 
Assim, foram construídos três cenários quanto às possibilidades de regularização da 
área de estudo, a saber: 
• Cenário 1- Hipótese de desconstituição da área e remoção dos moradores. 
• Cenário 2 - Cenário de não regularização. Correspondente à suspensão de 
todas as ações governamentais de regularização em curso e à permanência da 
situação atual em relação às formas de ocupação presentes no SHPT. 
• Cenário 3 - Alternativa de regularização. 
40 
 
 
5.1 CENÁRIO 1: DESCONSTITUIÇÃO DA ÁREA E REMOÇÃO DAS OCUPAÇÕES 
Este primeiro cenário conjectura sobre a possibilidade de desocupação total da área 
de estudo, por meio da remoção de toda a ocupação urbana irregular atualmente 
existente. Com esse objetivo, toda a população seria retirada e a área recuperada, 
desconstituindo toda as benfeitorias implantadas no SHPT, reiniciando em outra área 
um novo processo de ocupação, com a repetição de todas as ações, gastos, impactos 
e transtornos construtivos já ocorridos no SHPT. 
Pelo porte das obras, as consequências ambientais e sociais deste cenário seriam 
levadas ao extremo, quais sejam: 
• Os traumas psicológicos da remoção. 
• Inexistência de um novo local para abrigar todo o contingente populacional. 
• Problemas fundiários e ambientais no novo local. 
• Remoção da pavimentação existente, posteamento, canalizações, entulhos de 
obras. 
• Recuperação da área demolida. 
• Supressão de vegetação e o desperdício de recursos naturais. 
• Gastos públicos exorbitantes com infraestrutura, saneamento básico e com a 
elaboração e execução de Planos de Recuperação de Áreas Degradadas – 
PRAD. 
Além disso, os problemas com os efluentes dos canteiros de obra, provocando a 
degradação dos corpos hídricos e de áreas protegidas, o estabelecimento de 
condições favoráveis para a proliferação de vetores de endemias constituem os 
elementos de um panorama extremamente desfavorável do ponto de vista social e 
ambiental que se descortina para o futuro com este cenário. 
Ao fim dos referidos trabalhos, do ponto de vista ambiental, a situação da área 
aparentemente poderia ficar melhor do que está hoje. No entanto, as dificuldades 
naturais para restabelecimento da vegetação primitiva em longo prazo, os custos de 
tal empreitada e os impactos das obras seriam tão elevados, que na prática 
impossibilitariam a concretização deste cenário. 
Pode-se supor ainda que a paralisação do processo de regularização não evitaria a 
atual ocupação urbana à margem da Lei. Ao contrário disso, considerando-se a 
rapidez dos processos de transformação ocorridos na área nos últimos anos com a 
consolidação do quadro de ocupação atual, decorrência de uma conjunção de fatores, 
parece lícito supor que as consequências do estancamento das iniciativas 
governamentais produziriam o agravamento do descontrole da ocupação urbana e o 
respectivo uso sustentável da área, bem como o surgimento de novos parcelamentos 
irregulares e o consequente agravamento dos impactos ambientas pré-existentes, 
reproduzindo em maior escala as situações que são observadas hoje. 
Da mesma forma, não serão adotados os dispositivos previstos na legislação vigente, 
dentre os quais se destacam: ações de identificação, demarcação, cadastramento, 
registro e fiscalização de bens imóveis, bem como a regularização das ocupações 
(legitimação de posse com outorga de títulos de domínio). Essa situação continuaria 
gerando o aumento das condições de insegurança patrimonial no seio das famílias 
residentes, provocando tensões sociais que podem e devem ser evitadas. 
41 
 
 
Acrescente-se ainda que o SHPT, de acordo com o PDOT 2009, encontra-se em 
ZUUC II, composta por áreas predominantemente habitacionais de baixa e média 
densidade demográfica, com enclaves de alta densidade, sujeitas às restrições 
impostas pela sua sensibilidade ambiental e pela necessidade de proteção dos 
mananciais destinados ao abastecimento de água. O SHPT atende à legislação 
vigente, inclusive à Lei Federal nº 6.766/1979, que só permite o parcelamento do solo, 
para fins urbanos, de áreas consideradas pela legislação local como zonas urbanas ou 
de expansão urbana 
A relocação total seria contrária a atual política de planejamento urbano do Governo 
do Distrito Federal, expressas no art. 8 do PDOT, no sentido de: 
• Otimizar e priorizar a ocupação urbana em áreas com infraestrutura implantada 
e em vazios urbanos das áreas consolidadas, respeitada a capacidade de 
suporte socioeconômica e ambiental do território; 
• Manter as características de uso e ocupação do solo. 
• Atender as demandas da população. 
• Cumprir as funções sociais da propriedade. 
Portanto, nesta área, onde já se conta com alguma infraestrutura urbana, como 
sistema viário, rede de energia e iluminação pública, deve-se otimizar e priorizar a 
ocupação urbana, desde que atendida a legislação e os condicionantes ambientais, ao 
invés de criar novos parcelamentos para os quais seria necessário implantar o sistema 
viário e demais equipamentos públicos. 
Além disso, o PDOT 2009 definiu grande parte do SHPT como ARINE, que 
obrigatoriamente deverá ser submetida a intervenções públicas, destinadas a legalizar 
áreas urbanas ocupadas irregularmente para fins de habitação, desde que atendidas a 
legislação e as condicionantes ambientes, implicando melhorias no ambiente urbano, 
no meio ambiente, no resgate da cidadania e da qualidade de vida da população. 
Depreende-se do exposto, que a desconstituição da área fere os princípios 
estabelecidos na legislação vigente, especialmente o PDOT 2009/ADIN 
2009.00.2.017.552-9 e o Estatuto da Cidade. 
Não existem justificativas técnicas ou legais para a escolha deste cenário. Trata-se, 
portanto, de uma hipótese inviável a ser descartada. 
Depreende-se do exposto, que a desconstituição da área fere os princípios 
estabelecidos na legislação vigente (PDOT2009), que orienta, desde que atendida a 
legislação e as condicionantes ambientais, no sentido de manutenção da ocupação 
existente, com a regularização do SHPT, inclusive com o adensamento da população 
para além da situação existente

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