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Prof a. Fernanda Olivieri ▪SÉCULO sec XV ▪Pré- capitalismo- Sec XV até XVIII ▪Grandes navegações e expansões marítimas européias; ▪MERCANTILISMO ▪Mercado que se realizam trocas de mercadoria por meio de moedas ▪Propriedade privada dos meios de produção ▪Agrário e artesanal Relações bancárias Moeda Uso de mão-de-obra assalariada Busca de lucros Um sistema capitalista... Desigualdades sociaisFortalecimento da burguesia O que foi a Revolução Industrial ? ▪ Conjunto de transformações econômicas, tecnológicas e sociais ▪ ▪ Passagem do sistema de produção : ▪ AGRÁRIO E ARTESANAL INDUSTRIAL ▪ Dominado pela maquinária. ▪ Consolidação do capitalismo Revolução Industrial Êxodo rural e urbanização Fortalecimento do Capitalismo Crescimento econômico Trabalho assalariado Surgimento da classe operária Surgimento de teorias opostas ao Capitalismo Direitos trabalhistas e sociais ▪ Inglaterra, França, Bélgica, Estados Unidos ▪Energia: Carvão Mineral ▪Maquinário: Ferro fundido/ máquina a vapor ▪ Indústria têxtil e siderurgia ▪Péssimas condições de trabalho ▪Capitalismo Industrial e liberal ou Concorrencial – predomínio da lei da oferta e da procura sem interferências dos governos. ▪Alemanha, Itália, Rússia, Japão ▪Fontes de Energia: Carvão Mineral, Petróleo, energia elétrica ▪Diversificação industrial: petroquímica, metalurgia, farmacêutica, eletroeletrônico ▪Maquinário: Ferro Fundido, Aço ▪Melhoria das condições de trabalho ▪ (consolidação do movimento operário) ▪Capitalismo Financeiro – tendência à concentração das industrias em torno de um capital financeiro. ▪ TEMPOS MODERNOS- C. CHAPLIN DIVISÃO DA MÃO DE OBRA DENTRO DA FÁBRICA “De forma pela qual a fabricação de alfinetes é hoje executada, um operário desenrola o arame, outro o endireita, um terceiro o corta, um quarto faz as pontas, um quinto o afia nas pontas para a colocação da cabeça do alfinete e assim por diante.” Adaptado de: SMITH, Adam. A riqueza das nações. São Paulo: Nova Cultural/Círculo do Livro, 1996, p 65-6 ▪ HENRI FORD ▪ TAYLORISMO NA PRATICA ▪ ESTEIRA ROLANTE ▪ TRABALHADOR PARADO ▪ AUMENTANDO A PRODUÇÃO / PREÇO CAI ▪ OPERARÍO VAI PODER COMPRAR O QUE PRODUZ ▪ BONNIFICAÇÕES PELA EFICIÊNCIA ▪ PADRONIZAÇÃO DO PRODUTO 12 ▪ "Terceira Revolução Industrial" que tem como paradigma o modelo ▪PÓS GUERRA- Japão destruído ▪ Toyotista, desenvolvido no Japão na empresa Toyota de 1950 a 1970. ▪Afirma-se como oposição ao modelo de produção Fordista-Taylorista. ▪Começa a se desenvolver no Ocidente a partir da década de 70. ▪Sem estoque/produção para o mercado- barateado ▪Pesquisa de mercado ▪Trabalhador- robô (adm, engenharia) ▪Fábricas – mão de obra mais especializada ▪Trabalho em equipe ▪ Amento da produção de mercadorias em menos tempo; ▪ Maior concentração de renda nas mãos dos donos das indústrias; ▪ Avanços nos sistemas de transportes (principalmente ferroviário e marítimo) à vapor; ▪ Desenvolvimento de novas máquinas e tecnologias ▪ Aumento do êxodo rural - Aumento da poluição do ar com a queima do carvão mineral ▪ Uso em grande quantidade de mão-de-obra infantil nas fábricas ▪ Surgimento de sindicatos de trabalhadores Péssimas condições vividas pelos operários durante o século XIX: ▪Salários muito baixos ▪Longas jornadas (16/18 horas) ▪Condições insalubres no ambiente de trabalho ▪Superexploração do trabalho feminino e infantil ▪Ausência completa de qualquer assistência ao trabalhador 19 PRIMEIRA SEGUNDA TERCEIRA ÉPOCA DE INÍCIO 1780 1913 1975 PAÍS LÍDER INGLATERRA ESTADOS UNIDOS JAPÃO CARRO- CHEFE Indústria têxtil (algodoeira) Indústria automobilística Indústria automobilística e eletroeletrônica PARADIGMA MANCHESTER FORD TOYOTA "HARDWARE MATERIAL Máquina de fiar, tear mecânico, máquina a vapor, ferrovia, descaroçador de algodão Eletricidade, aço, eletromecânica, motor a explosão, petróleo, petroquímica Informática, máquinas CNC, robôs, sistemas integrados, telecomunicações, novos materiais, biotecnologia 20 BASE DE "SOFTWARE" (ORGANIZACIO- NAL) Produção fabril, trabalho assalariado Produção em série, linha de montagem , rigidez, especialização, separação gerência - execução Produção flexível, ilha de produção, "just in time", qualidade total, integração gerência - execução TRABALHO Semi - artesanal, qualificado, "poroso", pesado, insalubre Especializado, fragmentado, não - qualificado, intenso, rotineiro, insalubre, hierarquizado Polivalente, integrado, em equipe, intensíssimo, flexível, estressante, menos hierarquia VOLUME INVESTIMENTOS Baixo Alto Altíssimo RELAÇÃO INTER EMPRESAS Livre concorrência Monopólio, forte verticalização Monopólio, forte horizontalização(terce irização), formação de megablocos comerciais 21 ESCALA Local, nacional, internacional Nacional, internacional Internacional, global DOUTRINA Liberalismo (Adam Smith), David Ricardo) Liberalismo até 30; Keynesianismo pós- 30 Neoliberalismo (Thatcher, Reagan) PRODUTIVI- DADE Grande elevação Grande elevação Grande elevação em ritmo vertiginoso PRODUÇÃO Desencadeou ciclo de crescimento Desencadeou ciclo de crescimento Não desencadeou ciclo de crescimento CONSUMO Grande expansão Grande expansão Tendência à estagnação EMPREGO Forte expansão principalmente na indústria Forte expansão principalmente na grande indústria Forte retração principalmente na indústria, trabalho parcial, precário, informal REAÇÃO TRABALHA- DORES Perplexidade, quebra de máquinas, cooperativismo, primeiros sindicatos Perplexidade, reforço dos sindicatos, conquistas sociais (salários, previdência, jornada de trabalho, contrato coletivo) (até o momento) Perplexidade, dessindicalização, fragmentação, tendência à "parceria" assumida ou conflitiva ▪ AGRAVAMENTO propriedade privada ▪ EXPLORAÇÃO DE RECURSOS NATURAIS ▪ EXPLORAÇÃO DO TRABALHADOR ▪ DESIGUALDADE SOCIAL VALOR E TRABALHO ▪ •Somente os trabalhadores produzem valor ▪ •Por meio de sua força de trabalho, “fertilizam” a propriedade e o capital •Os capitalistas usufruem da produção rural e urbana dos trabalhadores pagando a eles o mínimo possível para sua manutenção e de sua família ▪ •Ficam com a maior parte do valor produzido pelos trabalhadores ▪ “mais valia” ▪ D-M-D’ ▪ (onde D é igual a dinheiro, M é mercadoria e D’ é o dinheiro acrescido de mais-valor). ▪ Tal fórmula geral possui um sentido ontológico, ou seja, fundamental e fundante para apreendermos a natureza do capital ou da categoria social que constituiu a temporalidade histórica da modernidade (MARX, 1988). capítulo IV de o Capital ▪ ‘Dinheiro só se satisfaz com mais dinheiro. Isto ocorre, no caso da acumulação capitalista, porque dinheiro é, em si e para si, valor em expansão. É apenas um momento deste processo de auto-valorização perpetuo ▪ Dinheiro ▪ CAPÍTULO 1. detém em nenhuma materialidade propriamente dita (M e D são apenas momentos fugazes de um movimento perpetuo de valorização; o que significa que, a rigor, o capital é, como nos diz Marx, não D ou M, mas sim o próprio movimento de auto-valorização). É deste modo que se explica seu caráter expansionista e incontrolável. É no bojo do movimento sistêmico de valorização do capital-dinheiro que se constituiu um sistema social capaz de reproduzir, nos seus laços de sociabilidade, a lógica perpétua de acumulação de riqueza abstrata. ▪ A sociedade burguesa se constitui através da produção de uma outra “natureza”, uma segunda natureza, natureza social que se impõe de forma estranhada, pois tende a frustrar as expectativas dos agentes humanos. ▪EXPLORAÇÃO DO TRABALHO ▪ •Essa apropriação (de “mais-valia”) constitui a base do processo de exploração econômica do trabalho ▪ •“Escravidão” do trabalho assalariado ▪ •Proprietários vivem sem trabalhar(trabalho improdutivo) ▪ •Trabalhadores, que realizam o trabalho produtivo na sociedade, são diariamente roubados ▪ •A exploração não se origina na maldade dos capitalistas; trata-se de uma consequência estrutural do sistema capitalista ▪ •A exploração contradiz a fraternidade e a igualdade ▪ •No mercado, os riscos dos trabalhadores são muito maiores que os riscos dos capitalistas ▪ •Trabalhadores correm o risco de morrer de fome ▪ •Capitalistas podem falir, perder seus negócios ▪ •Trabalhadores têm risco no desemprego, nos acidentes e nas doenças ▪ •Relações dos capitalistas e sua posição social (incluindo economias e nível de educação) nunca o levarão à pobreza extrema e à ameaça de fome ▪ •Por sua condição privilegiada, os capitalistas determinam o nível dos salários dos trabalhadores ▪ (não se trata de uma negociação equilibrada e nem mesmo justa) ▪ •A manutenção de uma proporção dos trabalhadores desempregados (“exército industrial de reserva”) é fundamental para garantir o controle dos salários por parte dos capitalistas ▪ •Mesmo com igualdade entre oferta e demanda de força de trabalho, essa relação não é igualitária ▪ •Capitalistas usufruem da competição entre trabalhadores para a manutenção de seus salários e para a garantia da exploração ▪ ANTROPOCENTRISMO ▪ HUMANO DOMINA NATUREZA ▪ NATUREZA- RECURSO MATERIAL PARA USO HUMANO- DICOTOMIA ▪ ESPAÇO-TERRITÓRIO ▪ PERDA DA NATURALIDADE- ESTADO DE SER (perda da RACIONALIDADE NATURAL) ▪ ▪ LIBERDADE= •Apesar da “liberdade” que caracteriza o estatuto jurídico capitalista, em que os trabalhadores são “livres” para vender sua força de trabalho, ▪ Os Trabalhadores buscam o mercado por necessidade; ▪ sem trabalhar, morrem de fome ▪ são obrigados a vender sua força de trabalho ▪ •Os capitalistas buscam o mercado visando a obtenção de lucro; ▪ •Se O negócio não dá lucro “suficiente”, capitalista simplesmente troca seu investimento de ramo ▪ No movimento do dinheiro que busca fazer mais dinheiro através da venda de mercadoria ▪ Existiu mercado nas sociedades antigas. Entretanto, enquanto categoria compositiva do capital, o mercado, sob o modo de produção capitalista, assumiu uma dimensão inédita. ▪ O mercado tende a tornar-se a mediação suprema da acumulação de mais-valia ▪ TENDÊNCIA mercantilização universal (a partir do século XIX) ▪ transformação da própria força de trabalho em mercadoria ▪ •Na competição no mercado, as grandes empresas tendem à concentrar-se ▪ grandes conseguem vender seus produtos no mercado por um preço menor ▪ •Há uma tendência de que as grandes empresas se fundam com outras e que as pequenas desapareçam do mercado ▪ O objeto de trabalho (ou o produto do trabalho) se tornou coisal, ou seja, tornou-se uma coisa, produto-mercadoria, intransparente, fetichizado, que nega o próprio sujeito humano, o ser genérico do homem. ▪ A objetivação assume deste modo, uma forma estranhada. ▪ Marx prenunciava a morte do “Sujeito” sob o sistema estranhado do capital ▪ Oposição ao ser- trabalho nega o ser ▪ O estranhamento social constituiu o próprio sócio-metabolismo do Ocidente e hoje, do globo. ▪ O fetichismo da mercadoria é a manifestação particular-concreta do estranhamento no plano da consciência social (MARX, 1988). ▪ Na sociedade do estranhamento social, os produtos-mercadoria tendem a ocultar sua própria natureza social. ▪ Assim, o fetichismo da mercadoria é a ocultação da natureza da forma-mercadoria, a ocultação do produto-mercadoria como produto da atividade do trabalho social. ▪ Deste modo, Marx descobriu que, uma das dimensões da sociedade burguesa é ser uma sociedade intransparente, que oculta sua própria condição fundamental e fundante: ser sociedade do trabalho social. ▪ “O fetichismo da mercadoria e seu segredo” ▪ Marx expõe o traço essencial da sociedade burguesa. É por isso que a exploração da força de trabalho tende a estar oculta e tornar-se intransparente para o mundo do trabalho. ▪ necessidade de uma teoria critica capaz de expor a natureza do capital e a raiz da exploração do trabalho. ▪ Se o servo da gleba tinha percepção plena de que era explorado pelo senhor feudal, o mesmo não ocorre com o operário industrial. ▪ •Coletivização de máquinas, equipamentos, ferramentas, tecnologias, instalações, fontes de energia, meios de transporte, matérias primas e terra (cooperativas mostram que a gestão dos trabalhadores é possível) ▪ •Todos recebem os frutos completos de seu trabalho; salários de acordo com o trabalho realizado (coletivismo) ▪ •“Quem não trabalha não come” ▪ •Garantia dos meios de subsistência para crianças, idosos e inválidos ▪ •Contra nacionalização ou municipalização ▪ •Campo pode conciliar coletivização e posse familiar de pequena propriedade familiar (sem exploração do trabalho) ▪ •Autoadministração do povo para o povo ▪ •Associações voluntárias (conselhos, sindicatos etc.) criadas no seio dos movimentos populares de trabalhadores substituem o Estado ▪ •Articulação de baixo para cima (“da periferia ao centro”) ▪ •Tomadas de decisão pela base e articulação local -> regional -> nacional -> internacional ▪ •Participação generalizada nos processos de decisão ▪ •Respeito à autodeterminação dos povos ▪ •Promoção uma “nova fé” pautada em valores libertários (suporte para o socialismo federalista/coletivista em todos os níveis) ▪ •Liberdade individual e coletiva, igualdade, solidariedade e apoio mútuo, estímulo permanente à felicidade, à motivação e à vontade ▪ •Papel importante da educação ▪ •Necessidade de igualdade de gênero e de raça/etnia