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Ecossistemas especiais-AULA1

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Profa. Dra. Vivian C. C. Hyodo
ECOSSISTEMAS ESPECIAIS-PRINCÍPIOS 
GERAIS DE LIMNOLOGIA
23/09/20141
LIMNOLOGIA
 Etimologia da palavra
 Limné, palavra grega que significa lago.
 Definição
 Estudo ecológico de todas massas d’água continentais, 
independentemente de suas origens, dimensões e concentrações 
salinas.
 Lagos, lagunas, açudes, lagoas, represas, rios, riachos, brejos, 
áreas alagáveis, águas subterrâneas, coleções de águas 
temporárias, nascentes e fitotelmos (água acumulada nas 
bainhas de plantas, como, por exemplo, nas Bromeliáceas), 
além de estuários.
23/09/20142
LIMNOLOGIA - HISTÓRICO
 Primeiro trabalho clássico de grande repercussão foi Forbes 
(1887), intitulado: “The Lake as a Microcosm”.
 Forel (1901)
 Primeira síntese e o primeiro livro sobre limnologia.
 1922
 Criação da Sociedade Internacional de Limnologia Teórica e 
Aplicada.
 Brasil primeiros estudos consistentes a partir de 1975.
 1982
 Criação da Sociedade Brasileira de Limnologia.
23/09/20143
Principais campos de pesquisa na 
Limnologia
 Ecossistêmica;
 Controle de qualidade de água;
 Utilização racional;
 Recuperação de ecossistemas degradados.
23/09/20144
Papel da água nas sociedades 
modernas
 Quase totalidade das atividades humanas  cada 
vez mais dependente da disponibilidade das águas 
continentais. 
 Formação de grandes aglomerados urbanos e industriais,
 Crescente necessidade de água para o abastecimento doméstico 
e industrial, 
 Irrigação e lazer, etc.
 Grande parte dos efluentes domésticos e industriais, 
agrotóxicos e fertilizantes são lançados diretamente nos 
corpos d’água, reduzindo ainda mais a possibilidade de 
utilização dos recursos hídricos.
23/09/20145
Papel da água nas sociedades 
modernas
 Principais impactos sobre a disponibilidade de água doce para 
a população mundial:
 Crescimento populacional
 Aumento da demanda de água doce para uso doméstico, 
industrias, agricultura, navegação e lazer e da poluição dos 
recursos hídricos (mais previsível).
 Mudanças climáticas
 Mudanças nas taxas de precipitação ao redor do planeta, 
causando secas e alagamentos (menos previsível).
23/09/20146
Papel da água nas sociedades 
modernas
 Requerimento básico de água recomendado para as 
necessidades humanas (litros/pessoa-1/dia-1)
 Doméstica 50 - 252
 Agricultura 1000 - 2700
 Industrial 1500
 Total 2550 - 4452
23/09/20147
O ciclo da água na biosfera
 Radiação solar
 Fornece a energia necessária para todo o ciclo hidrológico.
 Grande parte é utilizada na evaporação da água dos oceanos 
(cerca de 383.000 km3 de água, correspondente a uma camada 
de água de 106 cm de espessura).
 75% 
 Retorna diretamente aos oceanos sob a forma de precipitação.
 25% da água evaporada 
 Precipita-se sobre os continentes
 Maior parte é evaporada e pode retornar aos oceanos sob a 
forma de vapor ou precipitação.
23/09/20148
O ciclo da água na biosfera
 Embora a evaporação e a precipitação sejam os elementos 
mais importantes do ciclo hidrológico, a evapotranspiração, 
infiltração, escoamento superficial e subterrâneo também 
possuem extrema importância á nível regional.
23/09/20149
Distribuição
 A distribuição dos volumes estocados nos principais 
reservatórios de água da Terra é bem heterogênea.
 Cerca de 97,5% do volume de água da Terra formam os 
oceanos e mares
 2,5% é de água doce. 
 68,9% forma as calotas polares, geleiras e neves eternas; 
 29,9% águas subterrâneas doces; 
 0,9% umidade dos solos, inclusive dos permafrost e pântanos e 
0,3% dos rios e lagos.
23/09/201410
ECOSSISTEMAS LACUSTRES
23/09/201411
Ecossistemas lacustres
 Lagos
 São corpos d’água interiores sem comunicação direta com o mar
 Suas águas têm em geral baixo teor de íons dissolvidos, quando 
comparadas às águas oceânicas.
 Exceto os lagos localizados em regiões áridas, onde o teor de íons 
pode ser alto.
 Lagoas
 São corpos d’água rasos, de água doce, salobra ou salgada em que a 
radiação solar alcança o sedimento, possibilitando o crescimento de 
macrófitas aquáticas em toda sua extensão.
 Lagunas
 São corpos d’água costeiros com comunicação com as águas do mar.
23/09/201412
Principais sistemas lacustres 
brasileiros
 Lagos Amazônicos
 Devem ser distinguidos os lagos de várzea e os de terra firme;
 Lagos do Pantanal Mato-grossense
 Lagos de água doce (“baías”)  periodicamente (durante as 
cheias) se conectam com os rios, 
 Lagos de água salobra (“salinas”) se encontram geralmente 
fora do alcance das cheias e permanecem, portanto, isolados;
 Lagos e lagunas costeiras
 Se estendem desde o nordeste até o Rio Grande do Sul;
23/09/201413
Principais sistemas lacustres 
brasileiros
 Lagos formados ao longo de rios de médio e grande 
porte, por barragem natural de tributários de maior porte ou 
por processos de erosão e sedimentação de meandros, que 
resultam no seu isolamento;
 Lagos artificiais
 Represas e açudes.
23/09/201414
Efeitos negativos dos grandes 
lagos artificiais
 Aumento da transpiração e/ou evapotranspiração, 
ocasionando alterações climáticas locais ou regionais;
 Maior possibilidade de deslizamento e tremores de terra em 
virtude do peso das águas represadas e/ou da barragem;
 Elevação do lençol freático com efeitos prováveis na 
agricultura regional (aumento da umidade do solo) e na 
epidemiologia (criação de brejos com a proliferação de 
mosquitos e outros insetos transmissores de doenças);
23/09/201415
Efeitos negativos dos grandes 
lagos artificiais
 Aumento da taxa de sedimentação à montante em seus 
afluentes;
 Inundação de áreas florestais ou agrícolas, que podem causar 
alterações físicas e químicas no meio aquático (alterações de 
pH e surgimento do gás sulfídrico);
 Inundação de possíveis reservas minerais desconhecidas;
 Alterações nas condições de reprodução de espécies 
aquáticas, devido, por exemplo, à destruição das lagoas 
marginais e alterações na qualidade física e química da água;
23/09/201416
Efeitos negativos dos grandes 
lagos artificiais
 Modificações substanciais nos habitats em torno da represa 
afetando a fauna e flora silvestre;
 Aumento, de maneira explosiva, das comunidades de 
macrófitas aquáticas;
 Grande risco de desaparecimento de espécies vegetais e 
animais raros ou em extinção na área;
 Profundas modificações na fauna ictiológica, podendo alterar 
suas migrações;
23/09/201417
Efeitos negativos dos grandes 
lagos artificiais
 Introdução de espécies exóticas;
 Aumento da possibilidade de ocorrência de processos de 
eutrofização, principalmente se áreas florestadas ou agrícolas 
forem submersas;
 Emissão de gases causadores do efeito estufa, favorecendo o 
aquecimento global;
23/09/201418
Efeitos negativos dos grandes 
lagos artificiais
 Inundações de áreas férteis para a agricultura e pecuária, 
além de estradas, sítios arqueológicos e obras arquitetônicas 
de valor histórico;
 Desaparecimento de recursos naturais: florestas, rios, lagos, 
cavernas, cachoeiras, etc.;
 Deslocamento de populações estabelecidas em terras 
inundadas;
 Alteração do regime hidrológico, que passa a ter regime de 
cheia e seca aperiódico, portanto independente do regime 
pluviométrico da região.
23/09/201419
Características do meio aquático
 Alta capacidade para solubilização de compostos orgânicos e 
inorgânicos, possibilitando que os organismos, especialmente 
os autotróficos, possam absorver nutrientes por toda 
superfície do corpo.
 Gradientes verticais e horizontais de luz, nutrientes, 
temperatura e gases, tendo consequências na distribuição dos 
organismos.
23/09/201420
Características do meio aquático
 O baixo teor de sais dissolvidos nos ambientes de água doce, 
faz com que a maioria dos organismos tenha adaptações para 
manter o equilíbrio osmótico.
 Alta densidade e viscosidade da água têm grandesignificado 
para a locomoção dos organismos no meio aquático.
23/09/201421
Principais compartimentos e 
comunidades
 Região Litorânea
 Corresponde ao compartimento do lago que está em contato 
direto com o ecossistema terrestre adjacente.
 Comunidades: planctônica, nectônica e bentônica.
 Região Pelágica
 Compartimento da coluna d’água sem contato com as margens 
e onde ocorre penetração de luz. 
 Comunidades: planctônica e nectônica e caso a luz alcance o 
fundo também encontramos a comunidade bentônica.
23/09/201422
Principais compartimentos e 
comunidades
 Região Profunda
 Compartimento da coluna d’água onde não ocorre mais a 
penetração da luz, sendo totalmente dependente da produção 
primária das regiões litorânea e pelágica. 
 Comunidades nectônica e principalmente bentônica.
 Interface Água-Ar
 Habitada por duas comunidades
 Nêustonorganismos microscópicos como fungos, bactérias e algas 
 Plêuston plantas superiores e animais devido a tensão superficial da 
água.
23/09/201423
Bacias hidrográficas e princípios básicos de 
gestão de recursos hídricos
 Brasil rede hidrográfica mais extensa do planeta
 55.457km2.
 Muitos de seus rios destacam-se pela profundidade, largura e 
extensão, o que constitui um importante recurso natural.
 Predominância de rios de planalto  natureza do relevo
 A densidade de rios de uma bacia está relacionada ao clima da 
região. 
 Amazônia
 Altos índices pluviométricos 
 Muitos rios perenes e caudalosos.
 Em áreas de clima árido ou semi-árido  secam no período em 
que não chove.
23/09/201424
Bacias hidrográficas
 Instituição da Lei no 9.433/97
 Definiu-se a bacia hidrográfica como a unidade territorial 
para a implementação da Política Nacional de Recursos 
Hídricos (PNRH) e atuação do Sistema Nacional de 
Gerenciamento de Recursos Hídricos (SNGRH).
 Tendo como base o princípio acima, o Conselho Nacional de 
Recursos Hídricos (CNRH) instituiu a Divisão Hidrográfica 
Nacional, segundo a Resolução no32, de 15 de outubro de 
2003.
23/09/201425
Bacias hidrográficas - definições
 Região hidrográfica 
 Espaço territorial brasileiro compreendido por uma bacia, 
grupo de bacias ou sub-bacias hidrográficas contíguas com 
características naturais, sociais e econômicas homogêneas ou 
similares, com vistas a orientar o planejamento e gerenciamento 
dos recursos hídricos.
 Como delimitamos uma bacia hidrográfica?
 É uma área limitada por pontos mais altos do relevo, os 
chamados divisores de águas (morros, serras ou montanhas).
 Uma bacia hidrográfica, em geral, possui muitas nascentes, 
mas uma saída única, o rio principal, responsável pelo seu 
escoamento.
23/09/201426
Águas Superficiais - Precipitação
 Precipitação média anual no Brasil
 1797 mm
 Variando de menos de 800 mm, na região semi-árida do 
Nordeste, a mais de 2500 mm, na Amazônia.
 A vazão média anual dos rios em território brasileiro é de 
179 mil m3/s (5.660 km3/ano).
 Este valor corresponde a aproximadamente 12% da 
disponibilidade mundial de recursos hídricos, que é de 1,5 
milhões de m3/s (44.000 km3/ano).
23/09/201427
Águas Superficiais - Precipitação
 Levando-se em consideração as vazões oriundas em território 
estrangeiro que entram no País, essa disponibilidade hídrica 
total atinge valores da ordem de 267 mil m3/s (18% da 
disponibilidade mundial).
23/09/201428
Instrumentos de Gestão de 
Recursos Hídricos
 A Lei das Águas (Lei 9.433, de 1997), que instituiu:
 Política Nacional de Recursos Hídricos
 Criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de 
Recursos Hídricos, modificando o panorama da gestão de 
recursos hídricos no Brasil por seus fundamentos sólidos, 
incentivando os principais instrumentos utilizados em outros 
países do mundo.
23/09/201429
Fundamentos principais da Lei das 
Águas
 A água é um bem de domínio público; 
 A água é um recurso natural limitado, dotado de valor 
econômico;
 Em situações de escassez, o uso prioritário dos recursos 
hídricos é o consumo humano e a dessedentação de animais;
 A gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o 
uso múltiplo das águas.
23/09/201430
Fundamentos principais da Lei das 
Águas
 A gestão dos recursos hídricos deve ser descentralizada e 
contar com a participação do Poder Público, dos usuários e 
das comunidades.
 O fórum para esses debates participativos sobre o presente e 
o futuro das bacias hidrográficas se dá no chamado Comitê 
de Bacia Hidrográfica.
23/09/201431
Objetivos da Política Nacional de 
Recursos Hídricos
 Assegurar a prevenção e a defesa contra eventos 
hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do 
uso inadequado dos recursos naturais (por exemplo, secas e 
enchentes).
 A Agência Nacional de Águas (ANA) é a entidade federal de 
implementação da Política Nacional de Recursos Hídricos e 
de coordenação do Sistema Nacional de Gerenciamento de 
Recursos Hídricos.
23/09/201432
Objetivos da Política Nacional de 
Recursos Hídricos
 Assegurar à atual e às futuras gerações a necessária 
disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados 
aos respectivos usos;
 Assegurar a utilização racional e integrada dos recursos 
hídricos, incluindo o transporte por hidrovias, com vistas ao 
desenvolvimento sustentável;
23/09/201433
BIBLIOGRAFIA
 Bicudo, C. E. M.; Bicudo, D. C. Amostragens em 
limnologia. 2. ed. São Paulo: Rima, 2007.
 Brigante, J. Limnologia fluvial: um estudo no Rio 
Mogi Guaçu. São Paulo: Rima, 2003.
 Esteves, F. A. 1998. Fundamentos de Limnologia. 
2a ed. Rio de Janeiro. Ed. Interciência. 602 p.
23/09/201434
BIBLIOGRAFIA
 Fahey, C. & Langhammer, P. F. 2005. Impacto das 
represas na biodiversidade da Mata Atlântica. In: 
Mata Atlântica: Biodiversidade, Ameaças e 
Perspectivas – State of the hotspots. 
 Galindo Leal, C & Câmara, I. G. (eds.). São Paulo –
Fundação SOS Mata Atlântica; Belo Horizonte –
Conservação Internacional. 471 p.
 Gleick, P. 1999. The Human Right to Water.Water 
Policy. 1(5): 487-503.
23/09/201435
BIBLIOGRAFIA
 Rebouças, A. C.; Braga, B.; Tundisi, J. G. 2006. Águas 
doces no Brasil: capital ecológico, uso e 
conservação. 3º edição. São Paulo: Escrituras. 748p.
 Tundisi, J. G. & Tundisi,T. M. 2008. Limnologia. São 
Paulo. Oficina de textos. 631p.
 Tundisi, J. G. 2005. Água no século XXI: enfrentando 
a escassez. São Carlos: Rima.
23/09/201436

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