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RADIOLOGIA TORÁCICA OBJETIVO - AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DAS RADIOGRAFIAS DE TÓRAX. Sequência “fácil” de lembrar – ABCDEF. Reduz a chance de alterações importantes passarem despercebidas. Importante para médicos menos experientes. Os 4 Q’s: O que? – Raio X em PA? Quem? – Identificação do paciente Quando? – Data da realização do exame – ex: admissão? Qualidade do exame? – RIP = Rodado, Inspiração inadequada e Penetrância subótima. Avaliação das quatro áreas ocultas e que enganam: ápices, sobrepostas ao coração, ao redor de cada hilo e abaixo das cúpulas do diafragma. Demonstrou-se que estes são os quatro focais onde as pequenas (e também as grandes) lesões são negligenciadas com mais frequência. Avaliar qualidade técnica (SEMPRE) – RIP: 1. ROTAÇÃO: ROTAÇÃO NO EIXO Z: Rotação látero-lateral Avalia a distância das clavículas aos processos estiloides das vertebras – devem ser equidistantes. Rotações levam a alteração no tamanho e forma do mediastino, hilo ou silhueta cardíaca. ROTAÇÃO NO EIXO Y: Rotação crânio-caudal: Normal: Ápice pulmonar acima da porção medial das clavículas. Na rotação: Ápice pulmonar NÃO VISÍVEL acima da porção medial das clavículas CONSEQUÊNCIAS: • Melhora avaliação visão dos ápices pulmonares • Visão reduzida dos seios costofrênicos e das bases pulmonares • Distorção da silhueta cardíaca • Falsa redução do volume pulmonar ROTAÇÃO NO EIXO X: Rotação no plano frontal 2. INSPIRAÇÃO: • 9-10 arcos costais visíveis (posteriormente) 1ª COSTELA 1. MENOR 2. PORÇÃO ANTERIOR VISÍVEL 3. FORMATO EM C CONSEQUÊNCIAS • Redução volumétrica pulmonar • Aumento da área cardíaca e do mediastino • Falsa aparência de edema pulmonar 3. PENTRANCIA: Penetração do raio x- Até o nível do arco aórtico – você vê bem os processos espinhosos. Dose demais ou dose a menos de radiação. A – AIRWAIS – Traqueia: Fazemos através da análise da traqueia - Centrada ou está desviada – Desvio traqueal? Além de observar carina e brônquios. Obs.: 1 - OPACIDADE, mais desvio de traqueia para o mesmo lado, diminuição do volume/perda volumétrica – atelectasia. 2 - OPACIDADE, expansão com o desvio para o lado oposto – derrame pleural ou consolidação . Obs.: Brônquio Direito é mais reto → maior tendência de possuir corpo estranho e deve-se atentar para intubação seletiva (se introduzir muito o tubo orotraqueal ele tende a ir para a direita). Obs.2: Criança com queixa de dispneia, estridor e rouquidão. Com o RX abaixo → via aérea está estreitada (laringo traquio bronquite). 2 – BREATH – PULMÕES: Atente para a transparência pulmonar, percorra as margens, verifique se os pulmões são simétricos. Olhe sempre as bordas pulmonares, buscando por simetria. No B deve-se avaliar se há derrame pleural, atelectasia ou pneumotórax. ANATOMIA: Pulmão Direito: possuí 3 lobos. A fissura horizontal (ou fissura menor) divide o lobo superior do lobo médio e a fissura obliqua (ou maior) divide o lobo superior do inferior. Um pouco menor devido a presença do fígado e mais largo. Pulmão Esquerdo: possuí 2 lobos e apenas a fissura oblíqua. FISSURAS: apenas a fissura horizontal é visível em PA, a obliqua aparece apenas em perfil. POSIÇÃO DOS LOBOS Opacidade pulmonar no lobo superior direito – observa-se área radiopaca, na onde fica fácil delimitar com o traçado de um lápis - bem definido – sendo característica de uma atelectasia pulmonar – fissura horizontal se deslocou no sentido cefálico – FAZ O S – procurar o nome desse S. C - CORAÇÃO / GRANDES VASOS: Observa-se o coração e o centro – vasos da base, hilos, mediastino e cavidades. • Arco da Aorta • Artéria Pulmonar • Atrios D e E • Ventrículo E O mediastino deve ter cerca de 8 cm. CARDIOMEGALIA?? Calcular o índice cardiotorácico (ICT), se em adultos se for maior que 0,5, estamos diante de uma cardiomegalia. ** ÍNDICE CARDIOTORÁCICO: Maior comprimento horizontal do coração/ Maior comprimento horizontal da caixa torácica < 0,5 SINAL DA MORINGA = DERRAME PERICÁRDICO CRÔNICO VOLUMOSO Lembrar que se há alguma patologia envolvendo o Lobo médio do pulmão D perde-se o contorno cardíaco (lado direito principalmente) – estaremos diante do Sinal da Silhueta. A anatomia do coração no Raio X: Sinais de aumento do AE: Distância BE – AE > 7 cm (Regra dos 4 dedos) Abaulamento do arco médio cardíaco Sinal do “Duplo contorno” – sombra do AE no AD “Escape atrial” Aumento do ângulo carinal > 90º (Sinal da bailarina ou homem caminhando). Sinais de aumento do AD: Difícil avaliar no RX Protuberância atrial direita com distância maior que 5,5 cm até a linha média da coluna em PA. Sinais de aumento no VE: Margem esquerda alargada, com ápice apontando para baixo em PA e arredondamento da margem inferior do coração. Sinais de aumento do VD: Difícil analisar pelo RX Levanta a ponta do coração – aspecto “em bota” ICT aumentado com sinal de Rigler negativo Coração escala mais de 1/3 do esterno, preenchendo o espaço retroesternal. D – DIAFRAGMA: Olhe as cúpulas, os seios. Vá em busca de Derrames e “d”Hérnias. Em geral, as duas cúpulas são facilmente identificados. A cúpula direita é visualizada em todo seu trajeto anteroposterior. A imagem da cúpula esquerda só é observada do recesso costofrênico posterior até a imagem cardíaca. Isso porque o coração oblitera a interface pulmão/diafragma na sua porção mais anterior. O diafragma direito é mais alto que o esquerdo por causa do fígado. Ele possuí 2 porções, uma tendinosa (central) e uma muscular (periférica). Deve-se avaliar o seio costofrênico. RX EM PERFIL O único diafragma totalmente visível no RX em perfil é o direito, o esquerdo é apenas visível uma porção por que o coração repousa sobre ele. deve-se avaliar o seio costofrênico posterior Derrame pleural = Parábola de Damoiseau Pneumoperitônio BOLHA GÁSTRICA Se a distância entre a bolha gástrica e o diafragma for superior a 0,7cm significa que existe algo entre o estômago e o diafragma, geralmente são derrames sub-pulmonares. E – ESQUELETO E ESQUECIDAS: Procure fraturas, calos ósseos, Ar fora do lugar (penummo’s, enfisemas), corpos estranhos e zonas esquecidas - Hipocôndrios, pescoço, ombros e tela subcutânea. 5 GRUPOS DE ÓSSOS VÍSIVEIS: 1.ARCOS COSTAIS (12 de cada lado); 2.CLAVÍCULAS; 3.ESTERNO; 4.ESCÁPULAS e 5.CORPOS VERTEBRAIS. F – DISPOSITIVOS: Sonda nasogástrica; 10 cm abaixo da junção gastroesofágica (+- na altura do diafragma Cateter Venoso Central: Veia cava superior; Tubo endotraqueal: 5 cm acima da carina (altura da cabeça da clavícula) → se introduzir muito o tubo pode causar atelectasia total do pulmão Intubação seletiva; Dreno de Tórax: Espaço pleural e Póstero-apical (trauma). dentro da cavidade pleural trauma: região póstero-apical (parede posterior e para cima) Marcapasso definitivo. câmara cardíaca O LAUDO PERFEITO:
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