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Processo Nº 
	
PRÉ-PROJETO INTEGRADO – MÓDULO 1 – 2020.2
Nome dos Integrantes							RA
Felipe Teixeira Pastre	 20001805 Laura Casellato Hauí de Oliveira 20001878 Renato Parreira Gonçalves 20001791
	
Título do Projeto
A ilusão do direito absoluto de ir e vir
Professores do Módulo 
Carlos Henrique Rossi Beraldo
Diogo Henrique Vianna
Luiz Francisco Araújo Soeiro de Faria
Marcia Cristina Maeno de Campos
Patrícia Rosarin Alves
Professor- Orientador
Patrícia Rosarin Alves
Justificativa do Tema. 
O filósofo, escritor e dramaturgo francês Jean Paul Sartre, maior expoente da filosofia existencialista, diz que “o homem está condenado a ser livre, porque não se criou a si próprio; e, no entanto, livre, porque, uma vez lançado ao mundo, é responsável por tudo quanto fizer” (SARTRE, 1978, p.9). Nesse sentido, por ser um animal social, isto é, por viver em sociedade, o ser humano faz escolhas pessoais que afetam o coletivo. Desse modo, apesar de nascer livre, ele vê sua liberdade restringida quando o interesse público se coloca acima de seus anseios pessoais visando à proteção da coletividade, ou seja, foi a necessidade de viver em agrupamentos humanos que obrigou o homem a ceder parte da própria liberdade, conforme destaca o mestre italiano Beccaria (1999). Ademais, ao ceder o quinhão da liberdade ao escolher viver em sociedade, o ser humano legitima que o Estado gerencie a usurpação desta. Hodiernamente, o cenário global pandêmico tem gerado vários equívocos na interpretação dos dispositivos legais que regulamentam a liberdade de ir e vir ao criar a ilusão de que esta é absoluta. Sendo assim, a nossa escolha por este tema justifica-se pela importância de se compreender que nenhum direito fundamental é absoluto e que, portanto, poderá ser limitado temporariamente em situações atípicas como a pandemia que estamos enfrentando. 
Objetivo do Projeto
Escrevam qual mensagem a equipe gostaria de transmitir com o Projeto Integrado proposto.
O jurista brasileiro, José Afonso da Silva (2002) distingue a liberdade física em liberdade de locomoção e liberdade de circulação. Para ele, liberdade de locomoção é o direito de ir e vir (viajar e migrar) de ficar, e de permanecer, sendo desnecessária a autorização, podendo-se locomover livremente sem que privem este direito. Por sua vez, o direito de circulação é a manifestação característica da liberdade de locomoção: direito de ir, vir, ficar, parar e estacionar, ou seja, consiste na faculdade de deslocar-se de um ponto a outro através de uma via de acesso público. Nesse contexto, o intelectual italiano Norberto Bobbio (1992) aponta que não é concebível atribuir um fundamento absoluto a direitos historicamente relativos, como o de ir e vir, porque, segundo ele “não há por que ter medo do relativismo” (BOBBIO, 1992 p. 13). Portanto, o nosso objetivo neste projeto é explicar a possibilidade de se limitar o exercício de um direito fundamental (suas causas e efeitos), como o de locomoção, previsto no inciso XV do Artigo 5º da Constituição Federal, em tempos de pandemia, a fim de demonstrar, no ordenamento jurídico, como na Lei 13.979 que regulamenta as ações de enfrentamento à Covid-19, que as medidas sanitárias devem ser seguidas rigorosamente no sentido de colocar a preservação da vida em primeiro lugar, bem como o interesse público acima do particular, mesmo que outros direitos humanos previstos na Declaração Universal dos Direitos Humanos e consolidados na Constituição Cidadã de 1988 sejam prejudicados à luz dos princípios da ponderação e da proporcionalidade.
Metodologia 
Escrevam aqui quais foram os meios de pesquisa utilizados (material de aula, bibliotecas, sites jurídicos, pesquisa de campo, entrevistas, reportagens etc.).
Com a finalidade de explicar que nenhum direito fundamental é absoluto, como o de ir e vir, o presente projeto utilizou método de pesquisa explicativa. Nesse sentido, foi realizada a leitura de doutrinas que abordam o conceito de liberdade e a possibilidade de limitação desta. Foram lidos os autores: José Afonso da Silva, Norberto Bobbio e Cesare Beccaria. Ademais, foi feita a análise, no campo da filosofia, cuja obra é do maior expoente da filosofia existencialista, Jean Paul Sartre, sobre a conceituação de liberdade a fim de se compreender como esse direito atua sobre o ser humano. Partindo destas análises anteriores, foi realizada a leitura da Constituição Federal, bem como da Declaração Universal dos Direitos Humanos, com o objetivo de se identificar a abordagem destas acerca do direito de ir e vir. Igualmente, foi feita a leitura da Lei nº 13.979 a fim de se compreender quais ações foram tomadas para o enfrentamento da Covid-19 e que limitam a liberdade de ir e vir. A posteriori, foi analisada a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal sobre a importância concorrente de Estados, DF, municípios e União frente à pandemia. Por fim, foi realizada a leitura de artigos publicados em sites jurídicos com o objetivo de complementar a abordagem do tema. Em tempo, foi lida a dissertação de mestrado de Joana de Moraes Souza Machado com o intuito de reforçar a compreensão sobre a questão do confronto entre os direitos fundamentais. Ademais, foi realizada a revisão das anotações feitas durante as aulas. 
Bibliografia
Identifiquem quais foram as fontes da pesquisa feita pela equipe.
SILVA, José Afonso Da. Curso de direito constitucional positivo. 20. Ed. São Paulo: Malheiros, 2002.
BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Trad. Carlos Nelson Coutinho.12. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1992.
BECCARIA, Cesare. Dos delitos e das penas. Trad. José Cratella Júnior e Agnes Cretella. 2.ed. 2. Tir. São Paulo: Revista dos Tribunais, 1999.
SARTRE, Jean Paul. O existencialismo é um humanismo. Trad. Rita Correia Guedes, 1970.
CARDOSO, Milena. A fragilidade da liberdade de locomoção em tempos de pandemia. Publicado em: mai. 2020. Disponível em <https://jus.com.br/artigos/80687/a-fragilidade-da-liberdade-de locomocao-em-tempos-de-pandemia> Acesso em: 08 de setembro de 2020.
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília. DF. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao.htm Acesso em: 08 de setembro de 2020.
BRASIL. Lei 13.979 de 06 de fevereiro de 2020. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2019-2022/2020/lei/l13979.htm. Dispõe sobre as medidas de enfrentamento da emergência de saúde pública de importância internacional decorrente do coronavírus responsável pelo surto de 2019. Acesso em: 08 de setembro de 2020.
FERREIRA, André; MORIBE, Camila Miske. Tempos de pandemia e o direito constitucional de ir e vir. Publicado em: 23/04/2020. Disponível em https://www.migalhas.com.br/depeso/325170/tempos-de-pandemia-e-o-direito-constitucional-de-ir-e-vir#:~:text=5%C2%BA%2C%20XV%2C%20que%20prev%C3%AA%3A,dele%20sair%20com%20seus%20bens%E2%80%9D Acesso em: 09 de setembro de 2020.
STF reconhece competência concorrente de estados, DF, municípios e União no combate à Covid-19. Publicado em: 15/04/2020. Disponível em <http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=441447> Acesso em 09 de setembro de 2020.
CARVALHO, Joana de Moraes Souza Machado. A colisão de direitos fundamentais na jurisprudência do Supremo Tribunal Federal. Dissertação de mestrado publicada em: 2006. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/cp021943.pdf .
DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS, ONU,1948. Disponível em: < https://nacoesunidas.org/wp-content/uploads/2018/10/DUDH.pdf> Acessado em 08 de setembro de 2020.
Data: 23 de setembro de 2020.
FO0017 – Projeto Administrativo / Acadêmico
 Página 4 de 5

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