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Raiz, Caule e Folhas, Flor e Fruto

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RAIZ	
	
As	raízes	são	normalmente	órgãos	subterrâneos	que	realizam	a	fixação	dos	vegetais	
no	solo,	são	aclorofiladas	(com	ausência	de	pigmentação	fotossintética)	e	responsáveis	pela	
absorção	de	água	e	sais	minerais.	
A	morfologia	externa	de	uma	raiz:	
! Em	sua	extremidade	(região	terminal)	encontramos	uma	estrutura	resistente	
na	 forma	 de	 cone	 (coifa	 ou	 caliptra)	 que	 protege	 a	 região	 meristemática	
primária	(tecido	de	crescimento)	
! Seguida	 por	 uma	 zona	 de	 alongamento	 (zona	 lisa)	 responsável	 pelo	
crescimento,	em	comprimento,	das	células	radiculares.	
! Acima	 da	 zona	 lisa,	 observamos	 a	 presença	 de	 pelos	 absorventes	 (zona	
pilífera),	 região	 que	 proporcionalmente	 aumenta	 a	 área	 de	 absorção	 de	
nutrientes.		
! Na	 região	 suberosa,	 onde	 as	 células	 são	 cobertas	 de	 suberina	 (substância	
impermeabilizante),	 ocorre	 uma	 pré-seleção	 dos	 solutos	 que	 devem	 ser	
absorvidos.	Nessa,	 localiza-se	 a	 zona	de	 ramificação,	 onde	emerge	 as	 raízes	
laterais,	suporte	para	os	vegetais.	
O	sistema	radicular	admite	dois	tipos	principais	de	classificação:	o	pivotante	ou	axial,	
característico	 das	 dicotiledôneas	 e	 o	 fasciculado	 ou	 cabeleira,	 característico	 das	
monocotiledôneas.	 No	 entanto,	 existem	 outros	 tipos	 adaptáveis	 a	 situações	 ecológicas	
específicas:	 função	de	 suporte	 (raízes	 tabulares	ou	escoras	 –	milho),	 reserva	de	 alimentos	
(raízes	tuberosas	–	mandioca),	função	de	respiração	(raízes	respiratórias	ou	pneumatóforos	
–	 plantas	 de	 manguezais),	 absorção	 da	 umidade	 (raízes	 aéreas	 -	 orquídeas)	 e	 função	
parasitária	quando	absorvem	seiva	de	outras	plantas	(raízes	sugadoras	ou	haustórios	–	cipó-
chumbo).	
Exemplos	 de	 raizes	 com	 importância	 farmacêutica:	 Acónito	 (veneno	 de	 lobo),	
Alcaçuz,	Alteia,	 Ipecacuanha	 (cagosanga,	 poaia,	 raiz-do-brasil	 e	 ipeca),	 Jurubeba,	 Polígala,	
Rauvolfia,	Ruibarbo,	entre	outros.	
	
	
	
CAULE	
	
O	caule	é	uma	estrutura	de	sustentação	presente	em	todas	as	plantas,	com	exceção	
das	briófitas.	Ele	propicia,	em	muitos	casos,	com	que	a	planta	receba	melhor	a	iluminação,	
aumentando	 sua	 taxa	 fotossintética.	 Nessa	 região	 também	 encontramos	 os	 vasos	
condutores,	 que	 permitem	 com	 que	 o	 caule	 faça	 o	 intercâmbio	 de	 água	 e	 substâncias	
orgânicas	entre	folhas	e	raízes.	
Muitos	caules	possuem	nós,	nos	quais	são	encontradas	as	gemas	laterais.	Delas	é	que	
são	 desenvolvidos	 os	 ramos,	 juntamente	 com	 as	 folhas.	 Entre	 um	 nó	 e	 outro,	 temos	 os	
entrenós.	Na	extremidade	superior,	há	a	gema	apical,	contendo	primórdios	foliares,	de	onde	
se	desenvolverão	as	folhas.	
Caules	podem	ser	do	tipo:	
- Rizoma:	caule	 subterrâneo	 que	 cresce	 horizontalmente	 ou	 rente	 ao	 solo.	 Ex.:	
samambaia.	
- Tubérculo:	caule	subterrâneo	muito	nutritivo,	rico	em	gemas.	Ex.:	batata-inglesa.	
- Bulbo:	é	um	caule	envolto	por	folhas	subterrâneas	modificadas.	Ex.:	cebola.	
- Tronco:	aéreo,	ereto	e	robusto,	geralmente	com	ramificações.	Ex.:	goiabeira.	
- Estipe:	caule	cilíndrico	espesso,	nos	quais	os	nós	são	bem	aparentes,	geralmente	
sem	ramos	laterais.	São	encontradas	folhas	em	seu	ápice.	Ex.:	palmeira.	
- Haste:	caule	aéreo	mais	flexível	e	delicado.	Ex.:	pé-de-feijão.	
- Colmo:	caule	cilíndrico	não	ramificado	cujos	nós	são	bem	aparentes	e	os	entrenós	
formam	gomos.	Ex.:	cana-de-açúcar.	
- Rastejante	do	tipo	sarmento:	caule	aéreo	fino,	longo	e	com	pouca	rigidez.	Por	tal	
motivo,	cresce	rente	ao	solo,	fixando-se	por	meio	de	raízes.	Ex.:	aboboreira.	
- Rastejante	do	tipo	estolho:	caule	aéreo	fino,	longo	e	com	pouca	rigidez.	Por	isso,	
cresce	 rente	 ao	 solo,	 fixando-se	 por	 meio	 de	 raízes,	 em	 vários	 pontos.	 Se	 for	
rompida	a	região	que	liga	um	enraizamento	a	outro,	forma-se	uma	nova	planta,	
por	propagação	vegetativa.	Ex.:	morangueiro.		
- Rizóforo:	crescem	 em	 direção	 ao	 solo,	 algumas	 vezes	 formando	 raízes	
adventícias.	Ex.:	plantas	de	mangue.	
- Volúvel:	caule	aéreo	fino	e	longo,	com	pouca	rigidez.	Por	isso,	tende	a	se	enrolar	
em	suportes	mais	rígidos.	Ex.:	jasmim.	
- Cladódio:	caule	 aéreo	modificado,	 a	 fim	de	 executar	 função	 fotossintética	 e/ou	
armazenar	água.	Ex.:	cactos.	
Exemplos	 de	 caules	 com	 importância	 farmacêutica:	 Cálamo	 aromático	 (junco	 de	
cobra,	cana	cheirosa	e	cana	odorífera),	Gengibre	(magaratáia),	Curcuma	(açafrão	da	terra),	
Carqueja	amarga,	entre	outros.	
	
	
	
	
ESTRUTURA	E	CLASSIFICAÇÃO	DAS	FOLHAS	VEGETAIS	
	
As	folhas	são	estruturas	muito	importantes	para	os	vegetais,	pois	é	através	delas	que	
as	plantas	conseguem	realizar	a	fotossíntese,	processo	no	qual	a	planta	consegue	produzir	
substâncias	orgânicas	necessárias	à	sua	sobrevivência.	
A	maioria	 das	 folhas	 apresentam	limbo,	 pecíolo	e	bainha,	 sendo	que	 algumas	delas	
podem	apresentar	também	estípulas.	
O	limbo	é	 a	 folha	 em	 si,	 e	 o	pecíolo	e	 a	bainha	são	 estruturas	 pela	 qual	 a	 folha	 se	
prende	ao	caule.	
		
	
	
Todas	 as	 plantas	 apresentam	vasos	 condutores	 de	 seiva,	 que	 se	 assemelham	 aos	
vasos	sanguíneos	presentes	no	corpo	dos	mamíferos,	e	são	esses	vasos	os	responsáveis	pelo	
transporte	de	 seiva	no	 interior	da	planta.	 Eles	podem	ser	 encontrados	nas	raízes,	 caules	e	
também	nas	folhas,	formando	o	que	chamamos	de	nervuras	foliares.	
a	
De	acordo	com	a	forma	com	que	essas	nervuras	estão	dispostas	nas	folhas	podemos	
classificá-las	 em	paralelinérveas	e	peninérveas.	 As	folhas	 paralelinérveas	possuem	
suas	nervuras	 paralelas	entre	 si,	 e	 são	 encontradas	 nas	plantas	 monocotiledôneas	(que	
possuem	somente	um	cotilédone)	como	milho,	orquídea,	tulipa,	gramíneas,	palmeira,	cana-
de-açúcar,	arroz,	trigo,	aveia,	cevada,	bambu,	centeio,	lírio,	alho,	cebola,	banana,	bromélia,	
orquídea	etc.	
	
	
Já	as	folhas	peninérveas,	encontradas	na	maioria	das	plantas,	possuem	suas	nervuras	
ramificadas	e	 podem	 ser	 encontradas	 nas	plantas	 dicotiledôneas	(que	 possuem	 dois	
cotilédones)	 como	feijão,	amendoim,	 soja,	 ervilha,	 lentilha,	 grão-de-bico,	 pau-brasil,	 ipê,	
peroba,	 mogno,	 cerejeira,	 abacateiro,	 acerola,	 roseira,	 morango,	 pereira,	 macieira,	
algodoeiro,	café,	jenipapo,	girassol,	margarida	etc.	
	
	
As	 folhas	 também	podem	ser	 classificadas	 como	folhas	 simples	e	folhas	 compostas.	
Nas	folhas	simples	o	limbo	não	é	dividido,	enquanto	nas	folhas	compostas	o	limbo	é	dividido	
em	pequenos	folíolos.	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
MORFOLOGIA	DA	FOLHA	
	
As	 folhas	 normalmente	 possuem	 aspecto	 laminar,	 evolutivamente	 uma	
especialização	 para	 aumentar	 a	 superfície	 de	 captação	 luminosa	 e,	 assim,	 possibilitar	 a	
realização	de	sua	principal	função:	fotossíntese,	transpiração	e	respiração	vegetal.	
Existem	diferentes	tipos	morfológicos	de	folhas	e	modificações	foliares	conforme	as	
variadas	espécies	de	plantas,	por	exemplo:	gavinhas,	podem	ser	variações	do	caule	ou	das	
folhas	 com	 função	 de	 prender	 as	 plantas	 trepadeiras	 a	 um	 suporte	 (maracujá);	 brácteas,	
folhas	atrativas	a	 insetos	e	pássaros,	geralmente	coloridas	posicionadas	na	base	das	 flores	
(primavera);	 e	 folhas	 de	 plantas	 carnívoras,	 modificação	 em	 válvula	 para	 apreensão	 e	
digestão	de	pequenos	animais.	
	
	
Esse	 anexo	 vegetativo	 desenvolve-se	 a	 partir	 dos	 primórdios	 foliares,	 derivado	 das	
gemas	apicais	do	caule,	durante	o	crescimento	caulinar.	
	
A	composição	completa	de	uma	folha	compreende	as	seguintes	estruturas:	
" Limbo	ou	Lâmina	 foliar	→	área	de	expansão	 laminar	da	 folha,	podendo	ser	simples	
(limoeiro)	ou	subdividida	em	folíolos,	no	caso	das	folhas	compostas	(sibipiruna).	
" Pecíolo	→	haste	de	sustentação	foliar	típico	das	dicotiledôneas,	interliga	o	limbo	ao	
ponto	 de	 fixação	 no	 ramo	 caulinar.	 Pode	 estar	 preso	 à	 base	 ou	 ao	meio	 do	 limbo	
(folha	peltada).	As	Folhas	que	não	possuem	pecíolo	são	chamadas	sésseis.	
" Bainha	 →	 invaginações	 das	 folhas	 em	 monocotiledôneas,	 que	 envolvemo	 caule	
dando	 suporte	 às	 folhas.	 É	 frequente	 nas	 monocotiledôneas	 e	 rara	 nas	
dicotiledôneas.	
" Estípulas	 →	 pares	 de	 pequenas	 projeções	 filamentosas,	 quando	 presentes,	 estão	
associadas	ao	ponto	de	inserção	do	pecíolo.	
	
A	classificação	abaixo	é	de	Hickey	(1973):	
	
1-	Pinada	(ou	peninérvea):	uma	única	nervura	principal	origina	as	outras.	3	tipos:		
a- craspedródoma	–	na	qual	as	nervuras	secundárias	terminam	na	margem;	
b- camptódroma	–	na	qual	as	nervuras	secundárias	não	terminam	na	margem;	
c- hifódroma	(uninérvea)	–	na	qual	só	existe	a	nervura	primária.	
2-	Actinódroma	 (ou	 palmatinérvea):	três	ou	mais	nervuras	principais	divergem	do	mesmo	
ponto.	
3-	 Acródoma	 (ou	 curvinérvea):	duas	 ou	 mais	 nervuras	 principais	 ou	 secundárias	 formam	
arcos	recurvados	na	base	e	convergentes	no	ápice	da	folha.	
4-	Campilódroma:	onde	muitas	nervuras	principais	ou	secundárias	se	originam	num	mesmo	
ponto	e	formam	arcos	muito	recurvados,	que	convergem	no	ápice.	
5-	 Paralelódroma	 (ou	 paralelinérvea):	duas	 ou	 mais	 nervuras	 principais	 se	 originam	
paralelamente	na	base	e	convergem	no	ápice.	
	
Anatomicamente	uma	folha	é	revestida	por	epiderme	uniestratificada	(uma	camada),	
delimitando	 uma	 região	 interna	 (o	 mesófilo)	 formada	 por	 células	 parenquimáticas	 com	
grande	concentração	de	cloroplastos.	
Espalhados	na	superfície	da	epiderme	dispõem-se	os	estômatos,	células	que	realizam	
as	trocas	gasosas	com	o	ambiente,	através	de	um	orifício	denominado	ostíolo,	permitindo	o	
mecanismo	de	transpiração	e	respiração	das	plantas.	
Algumas	 exceções,	 as	 plantas	 xerófitas	 de	 clima	 árido,	 sujeitas	 ao	 processo	
adaptativo	em	razão	da	escassez	de	água,	desenvolveram	folhas	pequenas	com	uma	camada	
de	cutina	(substância	impermeável)	e	poucos	estômatos	na	epiderme	pluriestratificada.	
	
	
	
	
	
Modificações	foliares	
	
a- Cotilédones:	primeiras	folhas	embrionárias;	 podem	 acumular	 reservas	 (feijão)	 ou	
servir	como	órgão	de	transferência	de	reservas	do	albúmen	para	o	embrião	(mamona	
–	Ricinus	communis).	
b- Catáfilos	 (ou	escamas):	modificações	da	porção	basal	da	folha,	sem	a	parte	superior;	
protegem	 as	 gemas	 (palma-de-Santa-Rita	 –	 Gladiolus)	 ou	 acumulam	 substâncias	
nutritivas	(cebola	–	Allium	cepa)	
c- espinhos:	com	função	de	defesa	e	economia	hídrica.	Possuem	sistema	vascular	 (figo-
da-Índia	–	Opuntia	–	Cactaceae).	
d- 	gavinhas:	possuem	tigmotropismo	(enrolam-se	a	suportes).	Ex.:	folíolos	da	ervilha.	
e- brácteas	 ou	 hipsófilos:	transformações	 vistosas,	 com	 finalidade	 de	 atrair	
polinizadores.	Ex.:	primavera	–	Bouganvillea	spectabilis	–	Nyctaginaceae.	
f- filódio:	folha	muito	reduzida.	Ex:	Acacia	podaliriifolia,	uma	leguminosa	
g- pulvino:	na	 base	 de	 algumas	folhas;	 responsáveis	 por	 movimentos	
násticos.	Ex.:	dormideira	–	(Mimosa	pudica).	
h- folhas	 de	 plantas	 insetívoras:	formas	 especializadas	 para	 a	 captura	 de	
insetos.	Ex.:	Drosera	.	
	
	
Filotaxia	
É	 a	maneira	 como	 as	folhas	se	 distribuem	 ao	 redor	 de	 um	 caule.	 Está	 relacionada	 com	 a	
melhor	disposição	para	a	captação	de	luz.	
	
Existem	três	tipos	básicos:	
a-	 filotaxia	 oposta:	Duas	 folhas	 se	 inserem	 no	 caule,	 no	 mesmo	 nível,	 mas	 em	 oposição	
(pecíolo	contra	pecíolo).	Quando	o	par	de	folhas	superior	se	encontra	em	situação	cruzada	
com	 o	 inferior,	 tem-se	 a	 filotaxia	 oposta-cruzada	 ou	 decussada.	
b-	 filotaxia	 verticilada:	Três	ou	mais	 folhas	 se	 inserem	no	mesmo	nível	 (obs.:	em	Pinus	as	
folhas	 saem	 do	 mesmo	 ponto	 e	 a	 filotaxia	 é	 chamada	 fasciculada).	
c-	 filotaxia	 alterna:	As	 folhas	 se	 colocam	 em	 níveis	 diferentes	 no	 caule;	 nela,	 uma	 linha	
partindo	 do	 ponto	 de	 inserção	 da	 folha	 e	 girando	 ao	 redor	 do	 caule,	 depois	 de	 tocar	
sucessivamente	 os	 pontos	 de	 inserção,	 formará	 uma	 hélice.	 Unindo-se	 as	 folhas	 alternas,	
teremos	uma	linha	ortóstica.	
	
	
Ocorrências	foliares	
a-	 Heterofilia:	presença	 de	 mais	 de	 um	 tipo	 de	 folha	 na	 mesma	 planta.	Ex.:	feijão	 –	
Phaseolus	 vulgaris,	 (Leguminosae),	 onde	o	primeiro	par	de	folhas	é	 simples	e	o	 restante	é	
trifoliolado.	
b-	Anisofilia:	diferentes	tipos	de folhas numa mesma altura do caule. Ex.: Selaginella. 
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
	
FLOR	
	
A	 flor	 deriva	 de	modificações	ocorridas	 nas	 folhas	 com	a	 finalidade	de	permitir	 ou	
potencializar	a	reprodução	da	planta.	
Nas	 angiospermas,	 os	 elementos	 relacionados	 à	 reprodução	 sexual	 encontram-se	
reunidos	nas	flores.	Nas	flores	completas	existe	um	conjunto	de	estruturas	denominado	de	
verticilos	florais.		
A	 flor	 é	 um	 ramo	 especializado	 em	 que	 há	 folhas	 férteis	 com	 esporângios,	
esporófilos.	 O	 ramo	 que	 contem	 a	 flor	 é	 denominado	 pedicelo.	 O	 pedicelo	 sustenta	 o	
receptáculo	floral,	que	é	a	parte	do	ramo	em	que	estão	os	elementos	florais,	estrutura	divida	
em	gineceu	ou	androceu.	
O	 gineceu	 é	 a	 parte	 feminina	 da	 flor,	 formada	 pelo	 conujunto	 de	 estruturas	
chamadas	carpelos	ou	megasporofilos	(formam	óvulos),	enquanto	que	o	androceu	é	a	parte	
masculina,	 constituída	 pelo	 conjunto	 de	 estames	 ou	 microsporofilos	 (formam	 grãos	 de	
pólen).	 Existem	 plantas	 monoicas	 ou	 hermafroditas,	 que	 apresentam	 as	 estruturas	
masculinas	 e	 femininas	 na	 mesma	 flor;	 e	 plantas	 dioicas,	 que	 apresentam	 flores	 com	
estruturas	sexuais	distintas,	mamoeiro	macho	e	fêmea,	por	exemplo.	
Além	dessas	estruturas	especializadas	na	função	reprodutora,	a	flor	também	possui	
outros	componentes	estruturais,	classificados	em	cálice	e	corola.	
O	 cálice	 é	 o	 conjunto	 formado	 por	 folhas	 estéreis	 menores	 e	 mais	 espessas,	
geralmente	de	coloração	esverdeada,	chamadas	sépalas.	Já	a	corola	é	o	conjunto	de	pétalas,	
folhas	também	estéreis,	mas	que	apresentam	coloração	e	textura	delicada.	
Em	 determinadas	 espécies	 vegetais,	 as	 sépalas	 se	 assemelham	 às	 pétalas	 e	 nesse	
caso	 dizemos	 que	 esse	 conjunto	 de	 sépalas	 e	 pétalas	 forma	 uma	 tépala.	 Essas	 flores	 são	
classificadas	 como	 homoclamídeas	 (cobertura	 igual,	 no	 grego),	 já	 a	 maioria	 das	 plantas	
angiospermas	 apresenta	 distinção	 entre	 essas	 estruturas	 e	 são	 classificadas	 em	
heteroclamídeas.	
	
	
As	plantas	apresentam	diversas	adaptações	para	favorecer	a	polinização.	As	plantas	
polinizadas	 pelo	 vento,	 por	 exemplo,	 produzem	 grande	 quantidade	 de	 pólen,	 entretanto,	
apresentam	flores	pequenas	e	discretas,	sendo	que	os	filetes,	onde	estão	os	grãos	de	pólen,	
são	grandes	e	flexíveis,	contribuindo	para	a	liberação	dos	grãos	no	vento.	
Já	as	plantas	polinizadas	por	animais	apresentam	características	próprias	para	atrair	
determinado	polinizador,	como	odor	característico,	 substâncias	nutritivas	 (nectários),	além	
de	coloração	vistosa.		
O	polinizador	é	atraído	até	o	nectário	e	quando	se	esbarra	nas	estruturas	florais	se	
“suja”	com	pólen	e,	ao	buscar	mais	alimento	em	outra	 flor,	promove	a	polinização.	Assim,	
temos	que	o	néctar	 seria	como	um	pequeno	pagamento	para	o	serviço	 realizado	por	esse	
animal,	uma	relação	mutualística.	
Exemplos	 de	 caules	 com	 importância	 farmacêutica:	 Laranjeira,	 Cravo-da-Índia,	
Macela,	Papoula,	Alfazema,	Tília,	Arnica,	Sabugueiro,	Camomila,	Calêndula,	entre	outras.	
	
	
FRUTO	
	
O	ovário	 amadurecido	 da	 flor,	 geralmente	 após	 a	 fecundação,	 dá	 origem	ao	 fruto.	
Nos	 casos	 em	que	 não	 há	 fecundação,	 ele	 é	 chamado	de	 fruto	 partenocárpico,	 como	é	 o	
caso	das	bananas.	
A	parede	de	um	fruto	é	denominada	pericarpo.	Ele	é	dividido	em	epicarpo,	que	seria	
a	sua	“casca”;	o	mesocarpo,	geralmente	comestível;	e	o	endocarpo.	
	
	
Os	frutos	podem	ser	do	tipo:	
-	Simples:	quando	são	originários	de	uma	flor	dotada	de	um	único	ovário.	Ex.:	berinjela.	
-	Agregado:	quando	são	originários	de	uma	flor	dotada	de	vários	ovários.	Ex.:	Framboesa.	
-	Múltiplo:	quando	são	originários	de	ovários	demais	de	uma	flor.	Ex.:	abacaxi.	
Quanto	 à	 consistência	 de	 seu	 pericarpo,	 podem	 ser	 divididos	 em	 frutos	 carnosos	 e	 frutos	
secos.	
	
Frutos	carnosos	são	classificados	em:	
-	Baga:	várias	sementes,	facilmente	separáveis	do	fruto.	Ex.:	laranja,	berinjela	e	goiaba.	
-	Drupa:	 formam	 caroço,	 geralmente	 em	 volta	 da	 única	 semente	 contida	 no	 fruto.	 Ex.:	
azeitona,	manga	e	coco-da-baía.	
	
Frutos	secos	são	classificados	em:	
-	Deiscentes:	quando	maduros,	abrem-se	naturalmente	e	 liberam	as	 sementes.	Ex.:	 vagens	
de	feijão	e	ervilha.	
-	Indeiscentes:	não	se	abrem	quando	estão	maduros.	Ex.:	girassol,	arroz	e	tipuana.	
O	 fruto,	 além	 de	 proteger	 a	 semente,	 uma	 vez	 que	 a	 recobre,	 exerce	 um	 papel	
fundamental	em	sua	dispersão.	Isso	porque	muitos	deles	possuem	adaptações	que	auxiliam	
nesse	processo,	como	as	estruturas	dos	carrapichos,	que	permitem,	por	exemplo,	com	que	
grudem	 nos	 pelos	 de	 animais	 e	 sejam	 levados	 a	 longas	 distâncias.	 O	 coco-da-baía	 e	 sua	
capacidade	 de	 reter	 ar,	 facilitando	 seu	 transporte	 pela	 água;	 e	 a	 presença	 de	 pericarpo	
suculento	 em	 frutos	 como	 a	 goiaba,	 atraindo	 animais	 que,	 após	 se	 alimentarem,	 podem	
disseminar	as	sementes	em	novos	locais;	são	outros	exemplos.	
	
	
	
	
Referências:	
	
COSTA,	A.F.	Farmacognosia.	 Lisboa:	Fundação	Calouste	Gulbenkian.	6ed	Volumes	 I,	 II	e	 III.	
2001/2002.		
Portal	 São	 Francisco.	 Biologia	/	Folhas.	 Disponível	
em:<https://www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/folhas>.	2020.

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