Buscar

PDF ELIDE

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 236 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 236 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 236 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Psicanálise
TEORIAS
PSICOTERAPICAS
Sobre o 1º Esquema - Nasio
Esquema neurológico do arco reflexo.
○ Extremidade sensível- uma injeção
quantidade x de energia.
○ Ex martelada no joelho
○ A direita uma extremidade motora –
transforma a energia recebida numa
resposta imediata do corpo –
○ em nossa exemplo – recebe a energia
transforma em ação consequentemente
reduz a tensão do circuito.
○ Aparece como tensão e desaparece
como resposta escoada no arco reflexo.
Sobre o 2º Esquema - Nasio
○ A excitação continua a ser sempre
interna no psiquismo, já que tanto o
choque externo quanto as necessidades
internas criam uma marca psíquica, a
maneira de um selo impresso na cera.
○ Numa palavra a fonte de
excitação endógena é uma
marca, uma ideia, uma imagem,
ou para empregar o termo
apropriado, um representante
ideativo carregado de energia, tb
chamado de representante das
pulsões.
○ Pois bem, essa estimulação ininterrupta,
mantém no aparelho um nível elevado
de tensão, dolorosamente vivenciado
pelo sujeito como um apelo a descarga.
○ TENSÃO PREMENTE E O PRAZER ABSOLUTO
NUNCA É ATINGIDO
○ 1ª A Fonte Psíquica é tão inesgotável que
a excitação é tão inesgotável que a
tensão é eternamente reativada.
○ 2ª razão que concerne ao polo direito de
nosso esquema. O psiquismo não resolve
a excitação através de uma ação
imediata
○ Só pode reagir através de uma metáfora
da ação, uma imagem, um pensamento
uma fala que represente a ação, e não
ação concreta, que permitiria a
descarga completa de energia.
○ 3ª Entre o representante –excitação e o
representante-ação estende-se uma
rede de muitos outros representantes,
que tecem a trama de nosso aparelho
○ Condensação à maneira de um cacho
fazem confluir
○ Deslocamento ligam-se um atrás do
outro, em fila indiana, para deixar a
energia fluir com mais facilidade
○ Instaura-se um conflito entre dois grupos
○ Um quer o prazer de uma descarga
total – o prazer é soberano, neste caso
○ Outro que se opõe a essa loucura
lembra as exigências da realidade e
incita à moderação – nele a realidade é
soberana
○ O primeiro grupo constitui o sistema
inconsciente, que tem portanto, a missão
de escoar a tensão.
○ As representações inconscientes de
coisa não respeitam os limites da razão,
da realidade ou do tempo – o
inconsciente não tem idade.
○ O segundo grupo sistema pré-
consciente/consciente, tem por missão
redistribuir a energia – energia ligada – e
escoa-la lentamente, seguindo as
indicações do princípio da realidade.
Edson de Souza
○ Angústia
○ Como entender esse risco de perder
o sentido de tudo?
○ Freud nos mostrou a relação estreita
entre angústia e desejo. A angústia
por sua vez deu lugar ao sintoma
. A angústia
Poderíamos definir que o sintoma nada
mais é que um sentido estagnou em
determinado ponto. Por isso, o sintoma é
uma forma de proteção em relação a
outras significações possíveis.
○ Se a angústia coloca o sujeito
diante de uma abertura de sentido,
onde literalmente ele tem a
experiência de uma sideração
Transferência
○ A essa relação tão curiosa que
podemos repentinamente
estabelecer com um estranho que
nunca vimos, a quem resolvemos
confiar o que temos guardado
como de mais intimo, Freud
denominou de transferência.
○ A transferência implica que
podemos supor que esse
psicanalista possa saber sobre o
desejo daquele que lhe fala. É esse
o motor da fala em análise.
○ Por transferência, entendemos um
tipo de relacionamento especial
com uma pessoa; é uma forma
característica de relacionamento
objetal. A característica principal é
a vivência de sentimentos – em
relação a uma pessoa – que não
está endereçada aquela pessoa e
que, na verdade, está a outra.
Ainda transferência
○ TRANSFERÊNCIA - esvaziamento
○ - campo que se
estabelece
○ - clichês
esteriotípicos
○ - Reedição
○ É na transferência que a estrutura do
sujeito vai se desdobrando
○ Assim, é perfeitamente normal e
inteligível que a catexia libidinal de
alguém que se acha parcialmente
insatisfeito, uma catexia que se acha
pronta por antecipação, dirija-se
também figura do médico.
○ RESISTÊNCIA
Mais conceitos
○ - Transferir é então atribuir um sentido
especial aquela figura determinada pelo
desejo
○ - Transferência
○ Atualização da realidade do inconsciente
○ - Transferência: vínculo afetivo interno que se
instaura de forma automática e atual, entre o
paciente e o analista, comprovando que a
organização subjetiva do paciente é uma forma de
deslocamento na qual o indivíduo dirige para o
objeto presente todos os impulsos defesas atitudes,
sentimentos e respostas que experimentam
Interpretar
○ Não é, portanto, contrariamente
ao que se pensa, consultar um
catálogo de símbolos e
significações de símbolos e
significações.
○ Qualquer que seja a produção de
imagem de um paciente em um
sonho ou um lapso, por exemplo,
só é possível aproximar-se de seus
sentidos possíveis se o sujeito em
questão puder se deixar levar por
suas associações e, assim ir
construindo uma rede múltipla e
infinita de sentidos.
○ Então interpretar é muito mais
desconstruir sentido
excessivamente estabelecidos,
puxando o tapete das e
desequilibrando as certezas que
nos constituem.
Sintoma
○ Para Freud, tinha a função de
sutura.
○ Em relação a psicanálise, não se
trata de um projeto pedagógico
de educação de alma e
indicação dos caminhos que
trariam a felicidade.
Psicanálise
○ A psicanálise consiste numa teoria que
pretende interpretar, isto é, explicar, dar
conta e descobrir os motores latentes por
assim dizer de um sintoma.
É o conjunto de mitos sobre o ser humano,
mitos esses que permearam muito da
cultura popular e de massa, chegando
mesmo a influenciar alguns poetas,
escritores e pensadores importantes
Hermenêutica – sentido das palavras
Ex: ‘Ai, querido, assim, não, podemos,
continuar, vivendo”
○ Linguagem: é a função de um conjunto
de sistemas que permite um certo
número de expressões e de
comunicações entre os homens. Fala-se
de linguagem escrita e oral.
○  
○ A LÍNGUA É um conjunto sistema
de expressões comum a um grupo
social. O código designa as regras
comuns ao ordenamento do
discurso.
○ A FALA ( parole) é o que é dirigido
ao outro. Nela podemos separar
enunciado de enunciação.
○ ENUNCIAÇÃO: ( é tudo
que poderia ser dito)
○  
○  
○ ENUNCIADO: ( é o que está dito)
pode ser estruturado como
produção linguística ( sintagma,
paradigma etc..) . O enunciado é um
ato individual. Lacan tendeu
sempre a distinguir o sujeito do
enunciado daquele da enunciação,
querendo desta forma o mostrar
quanto o sujeito deixava
transparecer seu desejo
inconsciente ( O sujeito da
enunciação ) na própria expressão
de seu dizer.
○ SEMIOLOGIA PSICOPATOLÓGICA – é por
sua vez o estudo dos sinais e sintomas
dos transtornos mentais.
○  Sintoma pela psicanálise: Fenômeno
subjetivo que constitui, para a
psicanálise, não o sinal de uma doença,
mas a expressão de um conflito
inconsciente.
○ O signo é o elemento nuclear da
semiologia assim como a célula
esta para a biologia e o átomo
para a física. Todo signo é
constituídos de dois elementos; o
significante, que é o suporte
material e o significado, isto é,
aquilo que é designado e que está
ausente, o conteúdo do veículo.
○ O signo é um tipo de sinal.
 Ex: a fumaça é um sinal
○ # TRAUMA: EMOÇÃO VIOLENTA, QUE
MODIFICA DE MANEIRA PERMANENTE A
PERSONALIDADE DE UM SUJEITO,
SENSIBLIZANDO-O DE FORMA ESPECIAL
PARA EMOÇÕES ANÁLOGAS ULTERIORES.
(Dicionário de psicologia)
○ # TRAUMA : EVENTO INASSIMILÁVEL PARA
O SUJEITO, GERALMENTE DE NATUREZA
SEXUAL, E DE TIPO QUE PODE PARECER
CONSTITUIR UMA CONDIÇÃO
DETERMINANTE DA NEUROSE.
○ Acrescentemos que muito logo Freud
deu-se conta de que muito raramente é
encontrado um trauma isolado. O
trabalho analítico, ou mesmo a hipnose,
faz surgir, na história do sujeito, uma série
de traumas semelhantes. Ora um trauma
que se repete, seriaainda um trauma?.
○ Ele se inscreve, precisamente naquilo
que a psicanálise chama de “repetição”,
isto é, em uma ordem certamente
constrangedora, mas para a qual, sem
dúvida, o sujeito contribui
○ No psiquismo dos histéricos haveria
então a inscrição de vivências
associadas entre si, fortemente investidas
de afeto, que permaneceriam isoladas
da trama de lembranças conscientes - a
trama pela qual o sujeito se reconhece e
organiza a sua história pessoal.
○ Motor de tudo o que diz respeito às
formações do inconsciente tem efeitos
reais, que produzem modificações no
organismo e interferem na percepção
que temos da realidade do mundo e das
coisas.
○ CATARSE
○ Qualquer método Terapêutico que vise
obter uma situação de crise emocional, de
forma que essa manifestação crítica
provoque solução do problema que a crise
pôs em cena.
REPRESSÃO
○ Qualquer impulso, fora da
consciência, de um conteúdo
representado como desprazeroso
ou inaceitável; ação do aparelho
psíquico sobre o afeto. (como a
polícia faz). Nas 5 lições p. 26
RECALQUE
○ Empurrar para baixo
○ Existem para Freud, dois momentos
lógicos do recalcamento: o
recalcamento originário e o
recalcamento propriamente dito.
O recalcamento originário é o
afastamento de uma significação,
a qual, em virtude da castração,
não é aceita pelo consciente: a
significação simbólica.
○ Posteriormente , intervém o
recalcamento propriamente dito,
o recalcamento das pulsões oral,
anal, escópica, e invocante, ou
seja, de todas as pulsões ligadas
aos orifícios reais do corpo. O
recalcamento originário as arrasta
consigo, ao sexualizá-las. Exige que
sejam postas de lado.
○ Na verdade, o afeto não pode ser
recalcado, diferentemente do
representante-representação(
operação pela qual a mente tem
presente em si mesma a imagem,
a ideia ou o conceito que
correspondem a um objeto que se
encontra fora da consciência), o
efeito só pode ser ou deslocado
para outra representação ou
suprimido (fazer desaparecer;
ocultar, afastar)
Realidade Psíquica
○ Conjunto estruturado de atributos
pessoais, geralmente inconsciente e
adquiridos na infância, por
cristalização das relações humanas,
num círculo familiar e social, ao
mesmo tempo típico e singular.
Expressa o modo pela qual o
indivíduo assimila situações novas a
situações antigas para as quais está
“sensibilizado”.
CONFLITO
○ Expressão de exigências internas,
inconciliáveis tais como desejos e
representações opostas, e antagônicas
(conflito psíquico pode ser manifesto ou
latente).
○ As observações e reflexões em torno do
que viu e, sobretudo ouviu de suas
pacientes histéricas foram reunidas nos
“Estudos Sobre a Histeria de 1895”. (Em
parceria com Breuer) e nas
“Psiconeuroses de defesa de 1896”:
FREUD. Moral sexual civilizada
e doença nervosa moderna
○ p.194 O desenvolvimento da
pulsão sexual passa então, do
auto-erotismo ao amor objetal, e
da autonomia das zonas erógenas
à subordinação desta a primazia
dos genitais, postos a serviço da
reprodução.
○ Durante esse desenvolvimento, uma
parte da excitação sexual fornecida
pelo próprio corpo do indivíduo inibi-se
por ser inútil a função reprodutora, sendo
sublimada nos casos favoráveis. Assim,
grande parte das forças suscetíveis de
utilização em atividades culturais são
obtidas pela supressão dos elementos
pervertidos da excitação sexual.
○ Em três ensaios sobre a teoria da
sexualidade 1905, Freud menciona a
relação inversa existente entre a
civilização e o livre desenvolvimento da
sexualidade.
○ p.189 As extraordinárias realizações
dos tempos modernos, as
descobertas e as invenções em
todos os setores e a manutenção
do progresso, apesar da crescente
competições. Só foram
alcançados e só podem ser
conservados por meio de um
grande esforço mental.
○ p.199 A libido represada torna-se
capaz de perceber os pontos
fracos claramente ausentes da
estrutura da vida sexual, e por ali
abre caminho obtendo uma
satisfação substitutiva neurótica na
forma de sintomas.
○ Quem penetrar nos determinantes
das doenças nervosas cedo ficará
convencido de que o incremento
dessas doenças em nossa
sociedade provém da restrição e
da intensificação das restrições
sexuais.
Sintoma
○ Para Freud (1892), a palavra “ sintoma”
adquire um sentido radicalmente novo,
a partir do momento em que ele sugeriu
que o sintoma de conversão histérica,
em geral considerado como uma
simulação, é, de fato, pantomima (a arte
de representar exclusivamente através
de movimentos corporais) do desejo
inconsciente, expressão do recalcado.
○ O sintoma, a princípio concebido como a
comemoração de um trauma, será, a seguir
definido mais exatamente como a
expressão de uma realização de desejo e a
realização de um fantasma inconsciente,
que serve para realizar tal desejo. Assim, é o
retorno de uma satisfação sexual há muito
tempo recalcada, mas também é uma
formação de compromisso, à medida que
nele se exprime o recalcamento.
○ Uma outra característica maior do recalque
é a de que exige um constante dispêndio
de força. Pois, se o recalcado exerce uma
pressão constante em direção ao
consciente, é necessária igualmente uma
contrapressão também incessante para
equilibrá-la. Observe-se o quanto tal
definição de recalque como um processo
contínuo é congruente com a definição
freudiana de pulsão como uma força
constante.
○ É porque as pulsões são contínuas em
sua natureza que o eu tem de tornar
segura sua ação efetiva por um
dispêndio permanente (de energia). Essa
ação empreendida para proteger o
recalque é observável no tratamento
analítico como resistência.
RESISTÊNCIA
○ Se tem uma resistência importante é a
do analista. Quando ele quer que o
analisando diga aquilo que quer ouvir (
aquilo que ele imaginou) e não aquilo
que o analisando quer dizer.
○ Quando fala concretamente da
contratransferência Reik (1924)
considera como uma resistência do
analista, e afirma que deve ser
removida pela auto-análise.
○ Racker, dirá que o “metier” do
analista consiste em escutar sua
contratransferência, que isso é sua
intuição.
(+ - 1900) 1ª Tópica Freudiana
do APARELHO PSÍQUICO
○ INCONSCIENTE: É um dos sistemas
definidos por Freud no quadro da sua
primeira teoria do Aparelho Psíquico.
○ É constituído por conteúdos
recalcados aos quais foi recusado o
acesso ao sistema pré-consciente-
consciente pela ação do recalcamento.
Na segunda tópica, o termo
inconsciente qualifica a instância do
isso e aplica-se em parte às do eu e do
supereu.
○ Características:
○ - Possui mecanismos e, talvez, uma
“energia” específica.
○ - As pulsões são representantes
somáticos no inconsciente
○ O estudo dos sintomas histéricos, bem
como o da formação dos sonhos, exige
que se suponham duas instâncias
psíquicas, das quais uma submete à
crítica a atividade da outra e
eventualmente proíbe-lhe o acesso a
consciência.
CONSCIENTE:
○ O sistema encarregado da crítica, entre
instância criticada e a consciência, está
situado na extremidade motora
Características:
○ - Está na periferia do aparelho psíquico
○ - Recebe ao mesmo tempo as
informações do mundo exterior e as
provenientes do interior.
○ - Ela dá no fenômeno da consciência,
prioridade à percepção e,
principalmente à percepção do mundo
exterior.
PRÉ –CONSCIENTE
○ Instância psíquica proposta por Freud
após sua descoberta do inconsciente,
para representar, no aparelho psíquico,
um lugar intermediário entre o
consciente e o inconsciente, necessário
para assegurar o funcionamento
dinâmico do aparelho psíquico.
○ Ele constitui, no sentido descritivo da
palavra, um inconsciente “segundo”,
essencialmente provisório, portanto
“latente”, sempre suscetível de se tornar
consciente.
Características:
○ proibidor, ele bloqueia o acesso direto à
consciência dos materiais recalcados no
inconsciente. Regulador, sintetiza
○ - É latente apenas temporariamente Isc.
○ - E foi colocado em proximidade estreita
com o Csc.
EM TORNO DE (1923) O Ego e o Id
○ O Eu e o Isso apareceram na terceira
semana de abril de 1923, embora
estivesse na mente de Freud desdejulho
do ano anterior.
○ Um esquema simples serve de base as
idéias teóricas de Freud:
○ Funcionalmente, uma força recalcada,
esforçando-se para entrar em atividade
controlada por uma força recalcadora e
estruturalmente um inconsciente
sofrendo oposição de um EU (Ego).
○ Ser consciente tornou-se
consequentemente uma simples
qualidade que poderia ou não ligar-se a
um estado mental.
○ Na estrutura do aparelho psíquico o Eu é
também grupo de motivações e ações
que tem por função o ajustamento do
organismo à realidade, o controle do
acesso das estimulações à consciência e
a motricidade
○ Podemos considerar o indivíduo como
um (isso) Id psíquico, desconhecido e
inconsciente, em cuja superfície o Eu
repousa, desenvolvendo, a partir de seu
núcleo, o sistema perceptivo.
○ Ilustrativo, o Ego não envolve o Isso,
apenas o faz na medida em que o
sistema perceptivo forma sua superfície.
○ O Eu não é nitidamente separado do isso,
porém, parcialmente se funde. O Eu
recalcado se dilui também no Isso e é
simplesmente uma parte dele.
2ª Tópica
Id – Isso (fr.ça, ales, ingl Id)
○ Na estrutura ou visão geral do aparelho
psíquico, representa o grupo de impulsos
que tendem, essencialmente a uma
descarga sem qualquer ajustamento à
realidade objetiva, sempre de acordo
com o princípio do “prazer –desprazer”.
Equivale ao termo alemão Es.
○ O ideal do (Eu) ego ou superego, não
está firmemente ligado ao consciente.
○ Por trás do ideal do Ego (eu) se oculta a
identificação mais importante do
indivíduo; sua identificação com o pai
na própria história pessoal. (Édipo)
○ Em psicanálise, na estrutura ou tópico do
aparelho psíquico representa o grupo de
motivações e ações, formado por
identificações da criança a seus pais ou
aos substitutos dos pais, particularmente
ao genitor do mesmo sexo, cuja ação
inconsciente incita a fim de evitar o
sentimento de culpabilidade para
defender-se contra impulsos (sexuais ou
agressivos emanam do isso (id).
○ Freud – o isso é totalmente amoral; o eu
luta para ser moral e o supereu pode ser
supermoral e então tornar-se tão cruel
como como só o isso (id) pode ser.
EU (fr. Moi, al. Das ich, ing. The ego)
○ Esta nova divisão não inclui a
primeira: o eu engloba o
consciente e o pré- consciente, e
Freud irá descrever o eu como em
parte inconsciente.
GÊNESE DO EU
○ Freud descreveu o eu como uma parte
do isso que, por influência do mundo
exterior, ter-se-ia diferenciado. Quais são
os mecanismos em jogo?
○ No isso reina o princípio do prazer. Ora, o
ser humano é um animal social e, se
quiser viver com seu congêneres, não
pode se instalar nessa espécie de
nirvana, que é o princípio do prazer,
ponto de menor tensão assim como lhe
é possível deixar que as pulsões se
exprimam em estado puro.
○ De fato, o mundo exterior impõe à
criança pequenas proibições que
provocam o recalcamento e a
transformação das pulsões, na busca de
uma satisfação substitutiva que irá
provocar no eu, por sua vez, uma
espécie de tampão entre os conflitos e
sentimento de desprazer.
○ O princípio de realidade substitui o
princípio do prazer. O eu se apresenta
clivagens do aparelho psíquico, ao
mesmo tempo que tenta desempenhar
o papel de uma espécie de para-
excitação, em face das agressões do
mundo exterior.
Um comentário sobre o
legado Freudiano
○ Os desdobramentos pelos quais passou a
construção de sua obra são bastante
instrutivos. Freud precisou franquear o
limite de sua formação para propor o
trabalho do inconsciente ao mundo.
O INCONSCIENTE É ESTRUTURADO
COMO UMA LINGUAGEM
○ # SONHOS
○ Freud tentou deslindar a
peculiaridade da linguagem
onírica. Sua primeira aproximação
foi à proposta de entender o
sonho como um texto que
apresenta um conteúdo manifesto,
resultado da elaboração, e um
conteúdo latente apenas no
inconsciente.
○ Freud faz aproximações com um
texto, relação com escritas
criptográficas (hieróglifos,
ideogramas chineses, escritas que
guardam sua relação com
imagens);
○ segundo, a produção do sonho como
submetida a leis de condensação e
deslocamento.
○ É o modo como se fantasia as vestes
que usa para ultrapassar as barreiras do
inconsciente)
○ Não foi somente ter enunciado a
existência do inconsciente - o que
já havia sido feito por outros -, mas
foi propor o inconsciente como
resultado de um trabalho do
desejo, realizado em transferência.
○ Para que isso acontecesse – para
que seus próprios limites de pensar
sobre isso fossem franqueados -,
ele precisou colocar-se em
transferência. Para isso (com Fliess)
e proceder ao reconhecimento de
seu desejo.
○ Fez isso principalmente na análise
de seus sonhos. Com essa
empreitada, lega-nos uma
condição importante para a
transmissão da psicanálise: a
necessidade da própria
experiência do inconsciente em
análise.
 
○ O SONHO é o modo como se fantasia
(as vestes que usa para ultrapassar as
barreiras do inconsciente).
○ Formula
○ Sonhos = restos diurnos + conteúdo
inconsciente + experiência infantis
reprimidas
 
○ Não há nenhum sonho que careça dessa fórmula
○ Na condensação, um único elemento
do sonho é resultado de uma ampla
rede de associações.
○ No deslocamento o que adquire
relevância como produto final são
expressões que aparentemente não tem
relação com o conteúdo latente.
○ Segundo Lacan, pode–se
acrescentar que a criança se
banha em um mundo de
linguagem, que veicula as
proibições e que somente porque
o ser humano é um ser falante que
se instaura o recalcamento e, por
meio dele, a divisão do sujeito.
Pulsão
○ O desenvolvimento da pulsão sexual
passa então, do auto-erotismo ao amor
objetal, e da autonomia das zonas
erógenas à subordinação desta a
primazia dos genitais, postos a serviço da
reprodução.
○ Durante esse desenvolvimento, uma
parte da excitação sexual fornecida
pelo próprio corpo do indivíduo inibi-se
por ser inútil a função reprodutora, sendo
sublimada nos casos favoráveis. Assim,
grande parte das forças suscetíveis de
utilização em atividades culturais são
obtidas pela supressão dos elementos
pervertidos da excitação sexual.
○ As extraordinárias realizações dos
tempos modernos, as descobertas e as
invenções em todos os setores e a
manutenção do progresso, apesar das
crescentes competições, só foram
alcançados e só podem ser conservados
por meio de um grande esforço mental.
○ A libido represada torna-se capaz de
perceber os pontos fracos claramente
ausentes da estrutura da vida sexual, e
por ali abre caminho obtendo uma
satisfação substitutiva neurótica na
forma de sintomas.
○ Quem penetrar nos determinantes das
doenças nervosas cedo ficará
convencido de que o incremento dessas
doenças em nossa sociedade provém
da restrição e da intensificação das
restrições sexuais.
Problema era:
Na educação de um filho
○ Buscar o equilíbrio entre Permissão e
proibição
○ # Recalque – Defesa automática e
inconsciente pela qual o ego rejeita uma,
emoção ou ideia, penosas ou perigosas
tendendo a dissociar-se delas. Processo
de afastamento das pulsões às quais é
rejeitado o acesso à consciência.
○ O que o recalcamento põe de lado e
mantém afastado do consciente aquilo
que poderá provocar um desprazer.
Porém – observa Freud - “antes de um tal
nível de organização psíquica, os outros
destinos pulsionais, como a
transformação em seu contrário ou o
retorno contra a própria pessoa, irão
levar a cabo a tarefa de defesa contra
as incitações pulsionais
O que há de insuportável na
sexualidade
Ao que tudo indica, a moral sexual
transmitida pela educação que incute
no indivíduo noções de pecado e
vergonha que ele deve necessariamente
ter diante das práticas sexuais .
○ Ex: proibição das práticas sexuais antes
do casamento.
○ Freud, passou a pensar diferente e não
para por aí.
O DESPRAZER É QUE DÁ FORÇA A
MORALIDADE
○ CONFLITO: EU E IDÉIA INCOMPATÍVEL
○ Sexualidade genital: refere-se
precisamente à cópula com o objetivo
de procriar ou de obter prazer orgástico
Em - Três ensaios sobre a
teoria da sexualidade
○ Freud determina, em primeiro lugar, a
natureza da pulsão sexual – alibido,
parecendo a ele que não mais precisa
dividi-la nas vertentes “somática” e
“psíquica”. Ao contrário, ele acha que a
libido se reparte entre duas vertentes e
que é essa posição de fronteira que
melhor a define, como aliás toda a
pulsão.
○ Esclarecimento ajudaria e evitaria a
instalação de neuroses.
○ A criança deve aprender a dominar suas
pulsões (--instintos--)
○ Com o surgimento da psicanálise pode-
se em algum momento no início pensar,
que os sujeitos com mais liberdade
(crianças), impedisse o surgimento de
neuroses. Logo se pode perceber que
sujeitos sem restrições e de orientações
podem produzir delinqüentes.
PULSÃO
○ IMPULSÃO IMPELIR
○ Escreveu ele – é o representante psíquico
de uma contínua fonte de excitação
proveniente do interior do organismo”.
○ Mostra, a seguir que, no plano sexual,
qualquer ponto do corpo pode dar
origem tanto a uma pulsão como a sua
finalização, como o comprovam, no
caso, as “perversões de objeto”. Em
outros termos, qualquer lugar do corpo
pode ser ou se tornar zona erógena, a
partir do momento em que for investido
por uma pulsão.
○ Multiplicidade das pulsões;
○ Dificuldade de tender a um fim comum;
○ Destinos variados e móveis como seus
próprios alvos
A SEXUALIDADE É MAIS AMPLA QUE A
SEXUALIDADE GENITAL.
○ Inclui as preliminares do ato sexual, as
perversões, as experiências sexuais da
criança vividas em relação ao seu
próprio corpo ou em contato com o
corpo da mãe.
○ # Pulsão: corresponde ao verbo triebem
– (impulsionar, impelir); fr: pulsion; ing:
drive ou instinct. Na teoria analítica
energia, energia fundamental do sujeito,
força necessária ao seu funcionamento,
exercida em sua maior profundidade.
○ Como essa força se apresenta de
muitas formas, é conveniente falar
de pulsões em lugar de pulsão,
exceto no caso em que esteja
interessado em sua natureza geral
– nas características comuns de
toda a pulsão.
PULSÕES PARCIAIS
○ Antes do advento e do domínio do
interesse genital, tais pulsões são vividas
livremente pela criança, cujo interesse
pela questão genital – pela cópula
propriamente dita ainda não foi
despertado.
○ Exibicionismo, curiosidade dirigida aos
órgãos genitais de seus companheiros,
manipulação de órgãos genitais, prazer
de sucção, prazer ligado a defecação....
Todos esses aspectos deixarão suas
marcas que estarão submetidos ao fim
imposto pela genitalidade.
Pulsão oral
(predomína + ou – 0 a 1ª e meio)
Zona erógena centralizada na boca ( o
mundo é apreciado através das
mucosas bucais).
Enfim ali na boca ela terá as primeiras
sensações prazeirosas. Se nós
encontrarmos com crianças depois de
20 anos, restará algo dessas primeiras
experiências
Pulsão anal ( predomina + ou - de 1ª e
meio a 2 a e meio)
○ A criança passa a ter uma fonte
prazeirosa nas vias de excreção (
migração da libido). Temos então, a
eliminação espontânea, gostosa,
demoradamente usufruída.
- As exigências do grupo que reivindica a
obediência.
Pulsão Genital (fálica)
○ Segundo a concepção Freudiana a
migração da libido ocorre por volta dos
2 ano e meio, para uma nova e valiosa
fonte gratificadora, os órgãos genitais.
○ Essa fase é denominada fálica, porque
tem sua raiz na palavra “falus”, que
significa membro sexual masculino.
○ Ela começa a comparação com
outras crianças e com os adultos no que
diz respeito a este órgão.
○ Começa as perguntas sobre a origem
da vida.
- 2 proposições pulsionais
○ 1ª proposição:
○ pulsões sexuais X pulsões do EU
○
2ª proposição:
○ Pulsão de vida = pulsões sexuais X
pulsões do EU X Pulsão de Morte =
além do princípio do prazer
○ (Princípio do Prazer x princípio da
realidade - um a serviço do outro)
○ A base desse desenvolvimento é
de que não é somente o princípio
do prazer que orienta as pulsões,
mas para além dele, o que na
clínica se apresentava como
compulsão à repetição: algo que
move o sujeito a repetir situações
ou atos que lhe provocam
desprazer.
○ Assim a repetição implica o
determinismo da busca do sujeito
por um para-além do prazer.
○ (fixa, homogeneiza)
○ No suposto domínio do princípio do
prazer no psiquismo, à angústia era
pensada como uma espécie de
“escoamento” de uma libido não
canalizada. Pressupõe um sentido
econômico estrito: a libido –
energia psíquica – precisa de
escoamento.
○ Já na segunda proposição, a
relação temporal se inverte: não é
mais o recalcamento que produz a
angústia, mas a angústia que é
motora do recalcamento.
○ A base desse desenvolvimento é
de que não é somente o princípio
do prazer que orienta as pulsões,
mas para além dele, o que na
clínica se apresentava como
compulsão à repetição: algo que
move o sujeito a repetir situações
ou atos que lhe provocam
desprazer.
○ Assim a repetição implica o
determinismo da busca do sujeito
por um para-além do prazer.
E outras pulsões
○ Escópica
○ Auditiva
○ Gustativa
○ Motora ........
A sexualidade do homem não tem a
rigidez a ela atribuída.
○ Interessa ao psicólogo, por seu
caráter maleável, proveniente da
ausência de objeto e de seu
caráter decomponível.
○ A pulsão sexual é passível de se
dirigir a outros, fins que não os
propriamente sexuais.
Sublimação
○ Embora não sexual, a sublimação
adquire “colorido” terno devido a
presença da libido.
○ A ânsia sexual ainda se faz
presente só que transformada, e
por isso mesmo justifica a busca e
persistência naquela atividade
sublimada
○ As bases necessárias à sublimação
são fornecidas pelas pulsões
sexuais parciais e declaradamente
perversas. Portanto a questão não
é desenraizar o “mal” em que
nasce a criança, mas canalizar
esse lugar pulsional importante
para o sujeito, fonte de um bom
futuro.
Passível de sublimação
○ 1. A pulsão é derivada para um
alvo não sexual,
○ 2. Visa a objetos socialmente
valorizados,
○ 3. Dessexualização do objeto da
pulsão.
○ Ex: Pulsão escópica a pulsão
ligada ao olhar em curiosidade
intelectual – ver o mundo
conhecer o mundo, conhecer
ideias – sendo que tal curiosidade
desempenha um papel importante
no desenvolvimento do desejo de
saber.
HIPÒTESES DAS CRIANÇAS
○ . 202 A ORIGEM DOS BEBÊS
○ As respostas anatômicas a
pergunta foram muito variadas na
época: os bebês saem do seio, ou
são tirados do corpo ou do umbigo
se abre para deixá-los sair. Os
bebês nascem através dos
intestinos como ma descarga de
fezes
○ . Estas teorias nos recordam
situações que existem no reino
animal. Especialmente a cloaca
em tipos de animais inferiores aos
mamíferos.
p.200 O CONCEITO SÁDICO DAS
RELAÇÕES SEXUAIS
○ O coito é sempre de natureza
sádica ou agressiva. Se nesta
idade tenra as crianças assistem às
relações sexuais entre adultos – ao
que dá oportunidade à convicção
dos adultos de que as crianças
não podem compreender
qualquer coisa sexual –
○ Elas inevitavelmente consideram o
ato sexual como uma espécie de
maltrato ou ato de subjugação;
isto é olham-no num sentido sádico
○ A suposição de que todos os seres
humanos tem a mesma forma
(masculina) de órgão genital é a
primeira das muitas teorias sexuais
notáveis e momentosas das
crianças. Pouco adianta a uma
criança que a ciência da biologia
justifique seu preceito e tenha sido
obrigada a reconhecer o clitóris
como um verdadeiro substituto do
pênis.
. 200 TODAS AS CRIANÇAS
POSSUEM PÊNIS
○ Deriva do desconhecimento das
diferenças entre os sexos, como
uma característica infantil. Consiste
em atribuir a todos, inclusive
mulheres a posse de um pênis tal
como o menino sabe a partir de
seu próprio corpo.
○ As meninas não recorrem a
negações desta espécie quando
veem que os órgãos genitais dos
meninos são formados
diferentemente dos seus próprios.
Elas se dispõem a reconhecê-los
imediatamente e são tomadas de
inveja pelo pênis – uma inveja que
culmina no desejo, tão importante
em suas consequências, de serem
meninos elas mesmas
Castração
○ Complexo centrado no fantasma
(fantasia) de castração, que vem trazer
uma resposta ao enigma posto a
criança pela diferença anatômica dos
sexos (presença ou ausência de pênis):
esta diferença é atribuída a umcorte do
pênis da criança do sexo masculino.
COMPLEXO DE ÉDIPO
○ O Complexo de Édipo é um dos
conceitos fundamentais da
psicanálise e consiste, como o
próprio termo “complexo” indica,
em uma rede de relações que
ocorrem na infância de todo o
sujeito e que é responsável pela
organização de nossa
subjetividade desejante.
○ Já nos primórdios da psicanálise,
Freud afirmava a universalidade
dos desejos edipianos, dizendo
que cada criança deve realizar
um caminho para superar o
complexo de Édipo e ter acesso à
sexualidade adulta.
○ Assim, no primeiro tempo, a
relação objetal é estabelecida no
corpo da criança é erogeneizado
por meio dos cuidados maternos;
durante o período de latência, a
atividade sexual é interrompida; e,
numa segunda fase,
○ a puberdade, as pulsões parciais
devem ser subordinadas
definitivamente à finalidade de
reprodução, ao mesmo tempo em
que o adolescente renuncia a seus
primeiros objetos de amor – os pais-
para poder vincular-se a outros
tipos de relação fora do âmbito
familiar.
○ Tal complexo apresenta uma
função normativa, na medida em
que cabe a ele levar o sujeito a
uma determinada posição sexual –
assunção de seu sexo – e a uma
atitude social adulta.
○ Quando não superado, vai continuar a
exercer, a partir do inconsciente, uma
ação importante e consistir, com seus
derivados, no complexo central de
diferentes tipos de estrutura.
○ Dito de outra maneira, castração e
Édipo articulam-se como modelos de
acesso do sujeito ao seu gozo, ao seu
desejo, a sua sexuação.
○ Lacan se referiu ao complexo de
Édipo sob a forma da metáfora
paterna, que vai dar uma resolução à
tríade imaginária mãe-criança-falo,
na qual o desejo da mãe tem um
papel fundamental.
○ A metáfora paterna inscreve a
impossibilidade de completude de
todo o ser humano e possibilita a
sua inscrição enquanto sujeito do
desejo. Para Lacan, ao se falar de
complexo, já estamos nos referindo
à estrutura.
○ Metáfora Paterna
○ O imaginário é constituído na
relação intersubjetiva entre a mãe
e o filho e constata que a mãe
deseja outra coisa (o falo) e não o
objeto parcial (o filho),
representado por ele; constata sua
presença-ausência e finalmente,
constata quem é que faz a lei;
○ mas é pela palavra da mãe que
é feita a atribuição do
responsável pela procriação,
palavra que só pode ser o efeito
de um puro significante, o nome-
do-pai, de um nome, no lugar do
significante.
 
○ Quando se fala do Édipo, dentro
dessa relação triangular – mãe, pai
e filho – a gente tá falando do
tabu do incesto, onde o pai vai
encarnar e personificar essa
proibição da cultura.
○ O Complexo de desmame
organiza a relação entre mãe e a
criança; o complexo de intrusão
organiza a relação entre a , mãe,
a criança e o rival imaginário;
○ O complexo de Édipo organiza a
relação entre mãe, a criança e a
“imago” paterna.
○ A primeira função dessa imago é a
interdição da mãe e a instauração
da lei. A lei, ao mesmo tempo que
interdita, funda o desejo, fazendo
com que não haja Lei sem desejo,
nem desejo sem Lei.
○ Lacan irá deslocar o pai do lugar
de genitor para o campo do
simbólico e passará a designá-lo
com um nome: Nome do Pai.
 Totem
○ O totem não é o pai – representa-o.
O retorno do pai como Lei funciona,
uma vez que, morto, ele passa a ser
um significante. Como
representação do pai morto, o totem
tem a função de Nome-do-pai,
simbolizando a lei.
○ Essa é a releitura que Lacan fez do
mito de Totem e tabu. O pai morto
institui a lei simbólica, impossível
de ser destruída. Mesmo com a
morte do pai, a sua função continua
existindo e é isso que sustenta o
mito de Édipo. A morte do pai funda
um lugar de sujeito para o filho.
O COMPLEXO DE ÉDIPO NA OBRA DE
FREUD
○ O efeito traumático está relacionado
ao fato de a criança ser defrontada
passivamente coma sexualidade do
adulto. Através dos cuidados e do
desejo maternos, a criança será
introduzida no campo da
sexualidade, pois é pelo contato
com a mãe, ou de seu substituto,
que o corpo do bebê será
erogeneizado.
○ O uso do próprio corpo como
objeto de satisfação, por exemplo,
sugar o polegar, derivado da
impossibilidade de a criança
dominar o mundo externo confere
à sexualidade infantil uma
qualidade de autossuficiência.
○ Ao analisar esse primeiro ato sexual
- chupar o dedo -, o dedo é o
substituto do seio materno e, assim,
ele passa a não depender mais do
Outro para a sua satisfação.
○ Diante de uma das teorias sexuais
infantis à universalidade do pênis.
Ela dá origem ao complexo de
castração na ocasião da
percepção dos órgãos genitais
femininos: a fantasia da mulher
como um ser mutilado gera no
menino a ameaça de castração e,
na menina, a inveja do pênis.
○ Em 1909, quando Freud publicou a
análise do pequeno Hans, ele
queria comprovar suas teses sobre
sexualidade infantil. A partir dessa
análise, ilustrou e ampliou grande
parte do conteúdo que havia sido
teorizado em “Sobre as teorias
sexuais das crianças”, descobriu o
complexo de Édipo, estando este
último na base do conflito psíquico.
○ . Assim, as teorias sexuais
infantis são expostas já
vinculadas aos conflitos
edípicos
○ Freud anos mais tarde se
apercebeu da falta de simetria no
relacionamento edipiano de
ambos os sexos.
○ É importante assinalar que nesse
modelo - isso, eu e supereu é
principalmente em relação ao
supereu que Freud indica uma
diferença na estruturação
subjetiva dos sexos.
○ O supereu é instituído no momento
em que o menino abandona os
pais como objetos sexuais e os
torna objeto de identificação. Em
outras palavras, na impossibilidade
de tê-los como parceiros sexuais,
promete inconscientemente ser
como eles – em suas ambições,
fraquezas e ideais.
FALO
○ imagem do órgão reprodutor
masculino, em especial a que era
carregada nos antigos festivais em
honra a Dioniso, tb. dito Baco, para
simbolizar o poder gerador da
natureza.
○ função simbólica representada
pelo pênis
Castração
Para Freud
Conjunto de das consequências
subjetivas, principalmente
inconscientes, determinadas pela
ameaça de castração, no homem,
e pela ausência de pênis na mulher.
○ 2. Para Lacan, conjunto dessas
mesmas consequências, enquanto
determinadas pela submissão do
sujeito ao significante.
○ Ao observar meninas, ou a
irmãzinha brincando, suspeita de
existe ali algo diferente. No
entanto, a primeira reação da
criança é “rejeitar o fato” e
acreditar que elas realmente têm
um pênis.
○ Nesse momento, “encobrem a
contradição entre a observação e
a preconcepção dizendo-se que o
pênis ainda é pequeno e ficará
maior dentro em pouco”.
○ Só mais tarde chegam a
“conclusão” de que o pênis
estivera lá antes e foi retirado.
Portanto, a falta de pênis é vista
como resultado da castração. A
partir desse momento, o menino se
angustia, pois, se existem seres que
foram castrados, ele corre
igualmente o risco da castração
○ Portanto, é a angústia de
castração que barra o caminho
do menino em direção ao amor
pelo pai, fazendo com que ele
renuncie ao pai como objeto de
amor e se identifique com ele.
○ Sintetizando, para que alcance
feminilidade, a menina necessita
realizar três passos dos quais o
menino não precisa:
○ Essa condição de castrada poderá
resultar em 3 diferentes caminhos
mas apenas conduzirá à
sexualidade normal ( para FREUD):
- De revolta deixando de lado não
só a sua atividade fálica como
como também sua sexualidade em
geral,
- Ou ser tomada por um sentimento
de autoafirmação em relação à sua
masculinidade ameaçada, ou seja,
ela pode negar ausência do pênis,
permanecendo no complexo de
masculinidade, que poderá resultar
numa escolha de objeto
homossexual,
○ Um terceiro caminho será aquele
que levará à feminilidade, onde a
menina assume uma posição
simétrica à da mãe e toma o pai
como objeto. Em “novas
conferências introdutórias á
psicanálise”, intitulada
“Feminilidade”, a situação
feminina só se estabelece se o
desejo do pênis for substituído pelo
desejo de um bebê, consoante
uma equivalência simbólica.
○ O mito do édipo é ativo no
inconsciente do indivíduo ocidental,masculino ou feminino, porém, em
outras civilizações, as africanas, por
exemplo, O Édipo poderá ser nada
mais do que “um pormenor, em um
mito imenso”, outras estruturas
simbólicas encontrando-se nele, em
posição de promover a castração.
○ “A palavra é a morte da coisa”
○ “Se não se pode ter a coisa
(objeto perdido), a matamos e a
simbolizámos pela palavra”
○ O nome do pai é uma designação
endereçada a um
reconhecimento de uma função
simbólica, circunscrita no lugar
onde exerce a lei. Esta designação
é que é produto de uma metáfora.
O Nome-do-Pai é o novo
significante (S2) que, para criança,
substitui o significante do desejo da
mãe:
O desejo
○ O desejo de ser, recalcado em prol
do desejo de ter, impõe a criança
que engaje a partir de então seu
desejo no terreno dos objetos
substitutivos do objeto perdido.
 
COMPLEXO DE EDIPO
○ 1º tempo: O que a mãe deseja,
não é só o que eu quero mas
também é o que eu quero ser pois
eu quero estar na ponta desse
desejo. Esta relação fusional é
suscitada pela posição particular
que a criança mantém junto à
mãe, buscando identificar-se com
o que supõe ser o objeto de seu
desejo.
○ Esta identificação, pela qual o
desejo da criança se faz desejo do
desejo da mãe é amplamente
facilitada, e, até, induzida pela
relação de mediação da criança
○ Este objeto suscetível de preencher
a falta do outro é, exatamente o
falo. A criança depara-se, assim,
com a problemática fálica em sua
relação com a mãe, uma vez que
a criança tende a identificar-se
como único e exclusivo objeto de
desejo do outro. Como observa
Lacan, no primeiro tempo do
Édipo o desejo da criança
permanece radicalmente
assujeitado ao desejo da mãe:
○ Tudo se passa então, nesta
primeira etapa, como se a criança
prescindisse de uma contingência
fundamental ligada à
problemática fálica da castração.
Com efeito, só existe relação
fusional com a mãe na medida em
que nenhum elemento terceiro
parece mediatizar a identificação
fálica da criança com a mãe.
○ Em resumo, a identificação com o
objeto fálico que alude a
mediação da castração convoca-
a melhor ainda no terreno de uma
oscilação dialética entre ser ou
não ser o falo.
○ Não há desejo sem o outro. A
autonomia é esse desejo que a
gente persegue
2º Tempo
○ É justamente nesse que o “pai”
aparece. Esse lugar de potência é
reservado ao pai.
○ “Por outro lado, o que interdita
o pai? Ora, do ponto de onde
partimos, ou seja: a mãe, como é
dele, não é da criança. (...)O pai
pura e simplesmente frustra a
criança da mãe
○ Dito de outra forma, a intrusão
paterna na relação mãe-criança-
falo se manifesta em registros
aparentemente distintos: a
interdição, a frustração e a
privação. A coisa complica-se
ainda mais quando se revela que
a ação conjugada do pai,
simultaneamente interditor,
frustrador, privador, tende a
catalisar sua função fundamental
de pai castrador.
○ Na Castração a falta simbólica de
um objeto imaginário, remete e a
interdição do incesto, que é a
referência simbólica por
excelência.
○ A criança é, pois, intimidada a
questionar sua identidade fálica e,
ao mesmo tempo, renunciar a ser
o objeto do desejo da mãe.
○ Abalada em sua certeza de ser ela
mesma objeto fálico desejado
pela mãe, a criança é, de agora
em diante, forçada pela função
paterna a aceitar, não somente
não ser o falo, mas também não tê-
lo, assim como a mãe, dando-se
conta de que ela o deseja lá onde
ele é suposto estar e onde torna-se,
então, possível tê-lo.
○ Para tê-lo, é preciso que, antes
tenha sido estipulado que não se
pode tê-lo, que esta possibilidade
de ser castrado é essencial na
assunção do fato de ter o falo.
○ É importante a presença do pai
para que ele consiga ser sujeito.
○ É preciso sair disso para que a
simbolização aconteça para que
a intelectualidade deslanche.
○ A criança deixa de ser corpo para
ser algo mais
3º Tempo
○ Identidade sexual
○ O TEMPO FUNDAMENTAL DESTA
ETAPA É MARCADO PELA
SIMBOLIZAÇÃO DA LEI, que atesta
da melhor forma que acriança
recebeu sua plena significação.
○ A confrontação da criança com
a relação fálica modifica-se de
maneira decisiva, no sentido em
que ela deixa a problemática
do ser para aceitar negociar por
conta própria a problemática
do ter .
○ O Menino que renuncia a ser o
falomaterno, engaja-se na
dialética do ter, identificando-se
com o pai que supostamente tem
o falo: ser o pai para ter o falo
○ A Menina pode igualmente
subtrair-se à posição do não ter:
Ela encontra, assim uma
identificação possível na mãe; pois,
como ela, “ela sabe onde está” ser
como a mãe, pois ela sabe onde
encontrar o falo, do lado do pai
junto aquele que tem
○ PRÓXIMA AULA
○ Material sobre as questões dos trabalhos
dos pós freudianos. Projeto de Pesquisa.
○ A dissolução do complexo de Édipo
(1924) vol XIX
○ Função Paterna
○ Dia 16.06 - Apres. de Trabalhos
○ Dia 23.06 – Apres. de Trabalhos
○ Dia 30.06 - G1 uma questão são as
anotações exposição do André sobre a
“Caixa de Areia”.
○ Dia 07.06 - Substituição
○ Para esta aula do dia 09.10.12
Comparação dos textos para a próxima
aula dos 3 estágios;
○ Seminário: Ler o texto da” Função
Paterna”
O NASCIMENTO DA SUBJETIVIDADE NA
RELAÇÃO COM O OUTRO
○ Em que mito vive? (...) Para entender
uma criança temos que retroceder
aonde ela ainda não estava. (Rudolfo,
1990, p.17)
○ A relação mãe-bebê no período
considerado por alguns autores como pré-
edipiano foi alvo crescente do interesse dos
psicanalistas desde que Freud chamou a
atenção para o desamparo fundamental
em que o bebê humano é lançado ao
mundo, precisando tutelar-se no outro para
sobreviver. Os estudos derivados desse foco
tiveram enorme repercussão na psicologia
do desenvolvimento.
○ As pesquisas de René Spitz (1999) sobre o
reconhecimento pelo bebê do rosto da mãe
○ Como primeira notícia da construção
interna de um “objeto libidinal” (um primeiro
objeto investido na memória a partir do qual
não apenas o campo representacional iria
se organizar, mas a própria percepção
tornaria-se possível), tiveram significativa
influência nas teorias evolutivas apoiadas na
descrição do vínculo pais bebê.
○ A integração afetiva relacionada ao
ambiente materno primário esteve,
desde aí, no centro das investigações
das condições psicopatológicas na
infância, relacionadas a ausência da
provisão ambiental de uma relação
próxima e estável com o adulto
cuidador.
Baseados em BLEICHMAR, N;
BLEICHMAR, C.A. A Psicanálise depois
de Freud. Teoria e Clínica.
○ O processo de subjetivação do ser
humano apoiado na intersubjetividade
das trocas parentais, sobretudo com a
mãe, através de frases que subsidiarão
autores da psicanálise, adiantando a
contribuição dos teóricos pós-freudianos
como:
Os Pós Freudinos
○ - Sándor Ferenczi
○ - Melanie Klein;
○ - Jacques Lacan
○ - Donald Winnicott
○ - Wilfred Bion
○ - ……………… ?
○ O ser humano é um “deficiente instintivo”
(Jeruslinsky, 1989). Nada em seu sistema
genético-neurológico lhe confere o
objeto capaz de acalmar seu mal-estar _
pela ausência de recursos biológicos
depende do outro
○ O animal “sabe” biologicamente o que
precisa para aplacar sua incompletude.
O ser humano nasce na mais absoluta
necessidade de dependência do outro.
O objeto humano é constituído pelo
Outro.
○ O outro é parte constitutiva do psiquismo
_ O semelhante tem uma função
estruturante.
○ O Estágio do Espelho (Wallon, Lacan,
Winnicott): proposta teórica acerca da
constituição do eu no homem, a partir
da sua relação com o outro.
○ - eu me identifico com a imagem que o
outro antecipa em mim.
○ - O Eu é produto da identificação com
o semelhante. Há, na constituição do
sujeito, um primeiro momento, necessário
de alienação ao desejo do outro
(Lacan).
○ Primeira identificação (primeira
demarcação de si mesmo) _ a
identificação com o desejo da mãe. O
olhar da mãe funciona como um
espelho. A criança “encanta-se” com
este olhar porque ela traz consigo uma
resposta daquilo que ela (a criança) é.
○ _ E sou “isso” (esse) que sou olhado
Segurado tocado, falado) dessa forma.
○ - A criançavai ocupar um lugar na série
de identificações que os pais colocam
nela. É a. Aí que vai viver em primeiro
lugar. A primeira identificação da
criança é com o desejo do outro. Seu
primeiro desejo é ser desejado pelo outro.
○ - Qual a identificação que o bebê tem
no inconsciente materno? As
representações ( do bebê da
maternidade) que a mãe carrega a
revelia serão determinantes.
○ - De acordo com que o outro deseja,
constituir-se-á psicologicamente a imago
do objeto faltante.
○ - Padrões crônicos e repetitivos de
relação no interior de uma família tem
grande significância etiológica.
Circulação de mensagem familiares
cotidianas _ modalidades da relação
com o outro, que tendem a ser repetidas
ao longo da vida.
O estádio do espelho
○ Sobre o texto “O estádio do
espelho como formador da função
do [eu][1] tal qual nos é revelada
na experiência psicanalítica”, esse
conceito fundador que nesse
ponto de junção homem e mulher
Lacan descobriu uma
engrenagem,
○ Clement (1983), vai comentar que
o conceito [do Estádio do Espelho]
é como um princípio que produz
efeitos numa base comum do
desenvolvimento infantil.
○ O primeiro tempo dessa
experiência ocorre em torno dos 6
meses e se caracteriza pela
confusão entre si e o outro,
confusão amplamente confirmada
pela relação estereotipada que a
criança tem com seus semelhantes,
e que atesta, sem equívoco, que é
sobretudo no outro que ela se
vivencia e se orienta.
○ É a construção da forma humana,
partindo desse corpo esfacelado:
Se eu vim ao mundo é porque
algum desejo me gerou de alguém
que quis. Esse querer do outro nos
torna objetos desse desejo. A partir
desse desejo, surgirão hipóteses do
sujeito em relação a esse desejo,
ou seja, o que querem de mim?
○ No segundo tempo, intermediário
entre os 6 e os 18 meses, o outro é
a imagem, o corpo se apresenta
como totalidade, sendo que a
imagem do outro é diferente da
realidade do outro e da
possibilidade da compreensão do
que é uma imagem única.
○ No terceiro tempo, o outro que é a
“minha imagem”, reconhece-se. O
outro é a imagem, passando à
totalidade unificada do corpo
próprio. Freud fala do fort-da: o
carretel ia e a criança puxava
para ver voltar, presença e
ausência.
○ Ou seja, já é possível dar função
determinada a coisa, dar sentido.
Ou ainda, dialetiza as duas etapas
precedentes, não somente porque
a criança está segura de que o
reflexo do espelho é uma imagem,
mas, sobretudo, porque adquire a
convicção de que não é nada
mais que uma imagem, e que é a
dela.
○ O “Estádio do Espelho” ordena-se
essencialmente a partir de uma
experiência de identificação
fundamental, durante a qual a
criança faz conquista da imagem
de seu próprio corpo.
○ Essa busca incansável desta
construção do [eu], lança o sujeito
no seu enredo interior. Lacan vai
dizer que o estádio do espelho
deve ser compreendido como
uma identificação, “uma
transformação produzida no sujeito
quando ele assume uma imagem”
(1998, p. 97).
○ ). Na ânsia interna de preencher
esse vazio o sujeito procura essa
representação na imagem
refletida no espelho.
Podemos pensar esse momento da
forma como refere Chemama[1
○ “a criança antes disso se vê como
fragmentada, não fazendo
nenhuma diferença entre o que
ela é e o que é o corpo de sua
mãe, entre ela e o mundo exterior.
Carregada por sua mãe, irá
reconhecer sua imagem no
espelho, antecipando
imaginariamente a forma total de
seu corpo.
○ Mas é como um outro, o outro do
espelho, em sua estrutura invertida
que a criança se vê e se observa
pela primeira vez, assim instaura-se
o desconhecimento de todo ser
humano quanto à verdade de seu
ser e sua profunda alienação da
imagem que irá fazer de si
mesmo”.
○ Segundo Roudinesco (1994) o “Eu
é o outro” é o que marcou desde
o início os Escritos.
○ A partir desse dado trazido por
Roudinesco em relação a Lacan é
possível se lançar em dados
comparativos nas características
reinantes no “estádio do espelho”
de Lacan, também relevantes no
conto “O Espelho” de Machado
de Assis.
 O nascimento do sujeito
○ É claro que o nascimento do sujeito é
anterior e posterior ao momento em que
o sujeito é concebido.
○ Há um momento em que se pode
registrar que aparece no discurso um
novo lugar de endereçamento da fala.
Um momento pontuável de
aparecimento no discurso de um novo
lugar.
○ Quer dizer está marcado como um
buraco, como um lugar relativamente
vazio, uma certa escavação, na série da
língua. Um lugar a ser preenchido e que
costuma ser marcado com um nome
cuja função fundamental a do nome,
pelo menos inicial, é a de provocar nesse
lugar, um enigma.
○ - Quem é esse que nasce ali?
○ - Quem é esse que ali fala?
○ - O que será que tem para dizer?
○ - Em nome de que e de quem fala?
○ - Para quem fala? Aonde se dirige?
COMO VÊEM SE TRATA DE UM
ENÍGMA EXTENSO
○ Polissêmico, que tem vários sentidos,
várias direções, a cerca das quais não
dá para afirmar com certeza alguma ou
nenhuma, qual é de todas estas
perguntas que o enigma levanta a que
prevalece ou qual seria a ordem certa
para respondê-las. Não há uma ordem
certa para respondê-las
○ Se eu vim ao mundo é que algum desejo
me gerou , de alguém que quis que eu
viesse ao mundo, isso é muito grande.
○ Isso nos toma como objetos desse desejo.
○ Mas esse sujeito que haverá já está
concebido no enigma que o precede?
○ O enigma está formulado desde antes
dele nascer biologicamente
○ Em que momento esse sujeito foi
concebido antecipadamente, num
tempo antecipado que é um tempo
lógico, não é um tempo cronológico.
○ Ex: nasceu quando a avó morreu.
○ O método analítico não é deter o
pensamento senão mudá-lo de direção
○ É por isso que as crianças que estão bem
agarradas a esse enigma, ou seja, estão
inscritas firmemente no discurso parental
como uma representação simbólica
extensa, essas crianças não cansam de
perguntar. Não cansam mesmo e levam
a exaustão, perguntando, perguntando.
E não querem dormir e não querem
perder tempo.
○ Abre defesas é estrutural, o desejo, a
demanda, temos hipóteses do que
querem de nós.
○ Esse lugar é dado pelo olhar da mãe, é
estrutural, estruturante.

Continue navegando