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Eletroforese e Cromatografia Eletroforese ֎ Fracionamento de moléculas presente em uma amostra (permite a visualização do perfil de moléculas) Diferentes tipos de proteína em uma amostra, peso molecular e carga total. ֎ A eletroforese é uma técnica de separação baseada na migração de das moléculas carregadas, numa solução, em função de um campo elétrico. ֎ O mais utilizado hoje em dia é eletroforese de proteínas em gel de poliacrilamida e de DNA em gel de agarose. ֎ A velocidade de migração das moléculas nestes suportes depende principalmente da força do campo aplicado da carga, do tamanho e da molécula. Eletroforese de Proteínas em gel de poliacrilamida desnaturada – SDS-PAGE Gel vertical de poliacrilamida (formada por monômeros de acrilamida) Gel desnaturante (SDS detergente – Torna a proteína carregada negativamente). . Uso de um campo elétrico (proteínas carregadas negativamente migram para o polo positivo). Migração depende da carga, massa, e formato das proteínas. A migração das proteínas é proporcional ao peso molecular. ֎ Preparo do gel de poliacrilamida Produtos necessários - Acrilamida - Bis-acrilamida (monômero que ajuda na rigidez da substância fazendo ligações cruzadas nos polímeros de acrilamida) - TEMED (polimerizante) - Persulfato de amônia (polimerizante) - Tampão Tris - Conjunto de placas - Garras ֎ Processo de preparação do gel - Utilização de duas placas encaixadas (a placa de baixo tem uma elevação que permite a formação de um espaçamento interno para o gel). - Disposição das placas em um suporte - Criação de uma marcação com auxílio do pente, para ter uma noção da disposição do 1º gel... - Disposição de água no suporte para verificar se há presença de vazamentos, seguindo da retirada da mesma, utilizando um papel filme para auxílio. - Preenchimento do espaço até a marca feita com o pente com a mistura do 1° gel: acrilamida, SDS, dH2O, persulfato de amônia, TEMED (deve ser adicionado por último), tampão Tris em pH mais altos. - Esperar pela polimerização, podendo colocar água para verificação. - Terminar o preenchimento do espaço com uma 2° mistura de gel: os ingredientes são os mesmos do 1° gel, com a diferença que possui menor concentração de acrilamida (a concentração e a relação acrilamida:bis- acrilamida determinam o tamanho dos poros do gel), e tampão com pH mais baixo. - Disposição do pente junto com a 2° mistura de gel, permitindo a formação de pocinhas neste para disposição das proteínas, para a corrida do gel. - O perssulfato e o TEMED se ligam ao monômero de acrilamida para formar o polímero de acrilamida (formação de radicais livres iniciadores da polimerização). - A bis-acrilamida vai se ligar nas ramificações dos polímeros de acrilamida (importante para unir os polímeros e formar uma malha, que contribui para a rigidez do gel). * A disposição de dois géis serve para que não haja interferências no resultado da corrida entre as proteínas. ֎ Preparo de proteínas - Itens Tampão de amostra - SDS (sodium dodecy sulfate) (-) - β-mercaptoetanol (quebra pontes de dissulfeto) - Glicerol (da maior densidade a proteína) - Tampão Tris - Azul de bromofenol (para visualização) Desnaturação de proteínas - 95 - 100°C por um período de 5 minutos. ֎ Processo de preparo das proteínas Com a desnaturação das proteínas, os radicais hidrofóbicos das proteínas se ligam a parte hidrofóbica do SDS, deixando toda a proteína com carga negativa., permitindo sua atração pelo polo positivo do sistema. ֎ Execução da eletroforese Disposição das proteínas nas poças feitas pelo pente Conexão de eletrodos no aparelho montada para criação de um campo eletromagnético em sentido (-) → (+), sendo que o polo negativo posiciona-se na parte superior, e o polo positivo na parte inferior. No 1° ou último pocinho pode ser colocado um marcador de massa molecular (proteína com massa molecular conhecida) para a indicação do tamanho (peso) das proteínas de amostra por comparação. Densidometria: baseado na largura e intensidade da banda, adquire-se a concentração das proteínas. ֎ Revelação das bandas proteicas Coloração com comassie-blue ou prata Azul de comassie + Metanol Solução descorante: Metanol Após a corrida das proteínas, o gel é disposto em um recipiente com corante azul de comassie – permite identificar o número de proteínas da amostra. Western Blot . ֎ Permite a análise de proteína em gel, com uma proteína conhecida de comparação (ex: uma proteína viral). ֎ Passagem por reconhecimento por anticorpos que dão coloração, permitindo o reconhecimento de proteínas de interesse. ֎ Utilizado para tirar a prova de exames com resultados falso negativo/positivo. Eletroforese de DNA O gel mais indicado para o processo é o gel de agarose ֎ Princípios da técnica A mistura para a preparação deste gel específico já vem pronto e seco. Gel de disposição horizontal Preparação de um suporte de acrílico com duas entradas vedadas. Disposição da mistura com o tampão, adição da agarose, e levar para aquecer. O agarose vai dissolver pela temperatura elevada, adicionando o pente logo após para formar os poços. Todo o conteúdo do gel deve estar submerso em um tampão (para permitir a corrente eletromagnética) Apoiado o gel em um “recipiente” com parte central mais elevada para disposição do gel. Em uma extremidade do “recipiente” é disposto um eletrodo negativo, e a outra extremidade, um eletrodo positivo. Não há a necessidade de um composto para converter a carga das amostras, pois o grupamento fosfato das bases deixa a amostra com carga total negativa. Coloração no gel com brometo de etídeo. Visualização: transiluminador de luz UV (quando a luz incide nas moléculas fluorescentes a amostra floresce – principalmente quando os anéis são atingidos). PGGE (Pulsed Field Gel Eletrctropheresis) – Eletroforese em Gel de Campo Pulsante: Eletroforese com aplicação de campos elétricos alternados em duas direções para a separação de moléculas de DNA com massa acima de 10kb. Outros fatores que influenciam a migração: Topologia do DNA – nível de compactação; Fita dupla x fita simples. Tampão de amostra: Glicerol, azul de bromofenol, tampão TRIS. ֎ Separação do DNA no gel Quanto maior a massa molecular da amostra, menor é a velocidade de migração. Cada banda no gel corresponde a 1 molécula de DNA. Com o procedimento também pode ser observado RNA. ֎ Visualização Transiluminador de luz UV Quantidade de DNA limite – 10ng Compostos fluorescentes ֎ Southern Blot Utilização de uma sonda radioativa de DNA (DNA pequeno com sequência complementar a de interesse, ligada a um átomo radioativo). Permite a visualização de uma sequência de DNA específico. Utilizado em criminalística – DNA de uma amostra, degradação (enzimas de restrição), fragmentos separados por tamanho, transferência do dna para uma membrana, incubação com a sonda, e exposição à Raio-X.. ֎ Teste de paternidade Marcadores de DNA – regiões genômicas diferentes entre as pessoas. Microssatélites (sequências repetitivas) – número de repetições. PCR Cromatografia Líquida ֎ Baseia-se na utilização de um método com a função de separar (purificar) componentes de sistemas biológicos, como proteínas e fragmentos de DNA. ֎ As moléculas de uma amostra são dissolvidas em um tampão e aplicadas em uma coluna de cromatografia preenchida por resina (esferas poliméricas). O fluxo de tampão é estabelecido e as moléculas passamentre as resinas de acordo com esse fluxo. As moléculas que não interagem com as esferas de resina migram rápido e logo saem da coluna (eluidas). As proteínas que interagem com as esferas apresentam velocidade de migração menor e saem mais posteriormente. ֎ Coluna líquida convencional utiliza como suporte uma coluna de vidro ֎ Utensílios: coluna de vidro cheia de esferas (resinas), com uma abertura com regulador na parte inferior, e recipiente acoplado na parte superior contendo o líquido (tampão), regulado por uma torneirinha. ֎ Coleta das amostras que saem do sistema em tubos, denominadas as partes de frações. Cromatografia de Peso Molecular ֎ As esferas desse sistema possuem suas superfícies cheias de esporos de tamanho definidos, sendo que as proteínas maiores que o tamanho definido não encaixam nos poros da resina, sendo rapidamente levadas pelo tampão e coletada pelos tubinhos, enquanto as moléculas de tamanho igual ou menor ao definido, irão se encaixar no poro e sair após um tempo maior. Cromatografia de Troca Iônica ֎ As resinas desse sistema possuem uma superfície mais lisa, com grupamentos químicos que podem estar carregados positiva ou negativamente, deixando a resina com carga positiva ou negativa, de acordo com a estratégia de trabalho. ֎ As moléculas que possuírem uma carga igual a da resina, não sofrem atração, e rapidamente saem do sistema levadas pelo tampão. As moléculas de cargas opostas as resinas vão ter afinidade e levar mais tempo para se desligar. ֎ Para ajudar na perda da afinidade das moléculas restantes é comum a adição de sais ao sistema, ou mudança do pH. Cromatografia de Afinidade ֎ As resinas desse sistema não são nem porosas nem carregadas, mas são ligadas a moléculas ligantes que se prendem a proteína que se tem interesse em identificar. ֎ As proteínas que não tem afinidade pelo ligante rapidamente serão eluidas e as proteínas que são de interesse ficarão ligadas as moléculas ligantes. ֎ As proteínas que ficarão no sistema ao final, ligadas as moléculas ligantes na resina, serão soltas com o despejo de ligantes livres no sistema, que se ligam as proteínas ligadas aos ligantes não livres (das resinas) e permitem que sejam eluidas em frações finais.
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