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Disciplina_ LOGÍSTICA

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Disciplina: 
LOGÍSTICA 
 
 
 
 
“7º Período” 
 
Professor: Fernando de Araújo 
 
 
Uberlândia / 1ºSemestre / 2012 
 
UNIPAC – UNIVERSIDADE PRESIDENTE ANTÔNIO CARLOS 
FACULDADE DE CIÊNCIAS JURIDICAS, CIÊNCIAS SOCIAIS, LETRAS E SAÚDE DE UBERLÂNDIA. 
CURSO DE ADMINISTRAÇÃO 
Logística________________________________________________________________________________ 
 
________________________________________________________________________________ 
UNIPAC – Prof.: Fernando de Araújo 
 
2 
Conteúdo Programático 
1- INTRODUÇÃO Á LOGÍSTICA 
1.1 - Conceitos Básicos; 
1.2 - Definição de Logística; 
1.3 - Evolução dos Conceitos; 
1.4 - Atividades Primárias da Logística: 
1.5 - Transportes 
1.6 - Manutenção de Estoques 
1.7 - Processamento de Pedidos 
1.8 - Atividades de Apoio à Logística: 
1.9 - Armazenagem 
1.10 - Movimentação de Materiais 
1.11 - Embalagens de Transporte 
1.12 - Suprimentos 
1.13 - Programação da Produção 
1.14 - Manuseio de Informações 
2- LOGÍSTICA INTEGRADA 
2.1 - Paradoxo da Logística 
2.2 - As principais mudanças econômicas que afetam a Logística; 
2.3 - Aplicações de TI para a Logística; 
2.4 - Entendendo o conceito de Logística Integrada; 
2.5 - O conceito de Supply Chain Management; 
2.6 - Oportunidades oferecidas pelo SCM; 
2.7 - Implementando o conceito de SCM: barreiras e alternativas de solução; 
2.8 - Fluxo de Produtos; 
2.9 - Da Distribuição Física ao Supply Chain Management; 
3- LOGÍSTICA DE TRANSPORTES 
3.1 - O papel do transporte na Estratégia Logística; 
3.2 - Estrutura de custos para cada modal; 
3.3 - Características Operacionais; 
3.4 - Pulverização de entregas; 
3.5 - Vantagens competitivas e Estratégias no uso de Operadores Logísticos; 
3.6 - Tipos de Operadores Logísticos e suas origens; 
3.7 - Intermodalidade: Importância para o Logístico estágio atual no Brasil; 
3.8 - Transportes de Cargas no Brasil; 
3.9 - Integração entre Modais; 
3.10 - Alternativas de transporte intermodal; 
3.11 - Tendências da intermodalidade no Brasil; 
3.12 - OTM – Operador de Transporte Multimodal 
Logística________________________________________________________________________________ 
 
________________________________________________________________________________ 
UNIPAC – Prof.: Fernando de Araújo 
 
3 
4- ARMAZENAGEM/ESTOCAGEM E LOCALIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES 
4.1 - Armazenagem/Estocagem estratégica; 
4.2 - Centros de Distribuição; 
4.3 - Estudo de localização de instalações; 
4.4 - Organização dos estudos de localização; 
4.5 - Automação na Armazenagem/Estocagem: Desenvolvimento e implementação de projetos; 
4.6 - Os sistemas de Armazenagem/Estocagem e Manuseio: 
4.7 - Necessidade de um Sistema de Estocagem; 
4.8 - Razões para a Estocagem; 
4.9 - Funções do Sistema de Estocagem; 
4.10 - Alternativas de Estocagem; 
4.11 - Manuseio de Materiais; 
5- CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO 
5.1 - Conceituação; 
5.2 - Tipos e Funções: 
5.3 - Evolução das formas de Distribuição; 
5.4 - Objetivos e Funções dos Canais de Distribuição; 
5.5 - Canais Verticais; 
5.6 - Canais Híbridos; 
5.7 - Canais Múltiplos; 
5.8 - Propriedades dos Canais de Distribuição: 
i. Etapa 1 - Identificação dos Segmentos Homogêneos de Clientes; 
ii. Etapa 2 – Identificação e Priorização das funções; 
iii. Etapa 3 – Benchmarking Preliminar; 
iv. Etapa 4 – Revisão do Projeto; 
v. Etapa 5 – Custos e Benefícios; 
vi. Etapa 6 – Integração com as atividades atuais da empresa; 
6- LOGÍSTICA DE SUPRIMENTOS E MATERIAIS 
6.1 - O que é Administração de Materiais? 
6.2 - Objetivos; 
6.3 - Funções; 
6.4 - Campos de Atuação; 
6.5 - Atribuições Específicas; 
6.6 - Classificação de Materiais; 
6.7 - Padronização; 
6.8 - Identificação de Materiais; 
6.9 - Método ABC de Classificação de Materiais; 
6.10 - Especificação de Materiais. Conceito, estrutura e formação, 
6.11 - Codificação de Materiais; 
Logística________________________________________________________________________________ 
 
________________________________________________________________________________ 
UNIPAC – Prof.: Fernando de Araújo 
 
4 
1 – INTRODUÇÃO À LOGÍSTICA 
 
Conceitos básicos 
 
 Poucas áreas de estudo têm um impacto tão significante no padrão de vida da sociedade como 
a logística. Praticamente todas as áreas da atividade humana são afetadas, direta ou indiretamente 
pelo processo logístico. 
 
• Tente imaginar uma campanha publicitária de vários milhões de dólares e quando o 
comprador vai procurar o produto ele não o encontra na loja. 
• Como seria possível comprar uma camisa de seda feita na China em uma loja em São 
Paulo? 
• Porque um quilo de tomate é tão barato no campo e custa tão caro no supermercado? 
• Qual deve ser a embalagem ideal para um iogurte? E para uma bijuteria? 
• Porque o transporte de carga aérea, muito mais cara que os outros modais, está tendo um 
crescimento tão grande no Brasil e no mundo? 
 
 As dúvidas e perguntas acima, assim como muitas outras, exemplificam a influência da 
logística do nosso dia-a-dia e por isso é tão importante o nosso entendimento do processo logístico. 
 
 Algumas pessoas costumam alegar que a logística é importante apenas nas operações 
industriais, caindo de importância nas operações comerciais e tornando-se pouco importante na área 
de prestação de serviço. Para esta última afirmação podemos analisar, por exemplo, a operação de 
um banco tradicional. Normalmente costumamos concentrar a nossa atenção na prestação de 
serviços em si e esquecemos que os equipamentos e instalações têm que ser armazenados e 
transportados; os formulários, talões de cheques, documentos, dinheiro (papel moeda) também, e 
assim por diante. 
 
 Com a globalização da economia, a logística ganhou uma maior importância numa escala 
global. Na economia mundial, sistemas logísticos eficientes formam a base para o comércio e a 
manutenção do padrão de vida na maioria dos países. Custos logísticos são um fator chave para 
estimular o comércio. O comercio entre países e regiões de um mesmo país é freqüentemente 
determinado pelo fato de que diferenças nos custos de produção podem mais do que compensar os 
custos logísticos necessários para o transporte entre regiões. Enquanto os Estados Unidos, o Japão e 
 
Logística________________________________________________________________________________ 
 
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UNIPAC – Prof.: Fernando de Araújo 
 
5 
os membros da comunidade Econômica Européia gozam de alto padrão de vida e trocam 
mercadorias livremente devido à eficiência de seus sistemas logísticos, muitas porções do mundo, 
como as partes do Sudoeste Asiático, África, China e América do Sul, ainda apresentam sistemas de 
transporte e armazenagem inadequados para apoiar um comércio extensivo. Por isso estes povos são 
forçados a uma auto-suficiência localizada e um padrão de vida relativamente baixo. Uma diferença 
crítica entre essas duas situações é o ponto no qual se situa o desenvolvimento de seus sistemas 
logísticos. Quanto mais sofisticado for o seu desenvolvimento e quanto mais baratas forem suas 
movimentações e armazenagens, mais livre será a troca de mercadorias e maior será a 
especialização do trabalho. Se analisarmos, por exemplo, a malha rodoviária brasileira, que cobre 
precariamente apenas parte da região central, a região sul e litorânea do Brasil e verificamos as 
diferenças de padrão de vida entre as regiões melhores supridas em termos logísticos e as outras, 
podemos entender facilmente esta afirmação. 
 
DEFINIÇÃO DE LOGÍSTICA 
 
 Existem algumas versões para a origem da palavra logística: alguns autores afirmam que ela é 
originária da palavra francesa “loger”, que significa “acomodar”, “alojar”, enquanto que outros 
autores afirmam que é derivada do grego “Logos” (razão) que significa “a arte de calcular” ou 
“manutençãode detalhes de uma operação”. A palavra logística é utilizada na área militar para 
representar a aquisição, manutenção transporte de materiais, facilidades e pessoal, enquanto que na 
área comercial, é usada para expressar “o planejamento e a gestão dos serviços relativos à 
documentação, manuseio, armazenagem e transferência dos bens objeto de uma operação de 
comércio nacional ou internacional”. 
 
No passado, o comércio e a literatura acadêmica deram à logística uma grande variedade de 
nomes, tais como: 
 
 Distribuição Física 
 Gerenciamento de materiais 
 Engenharia de Distribuição 
 Gerenciamento Logístico de Materiais 
 Logística Empresarial 
 Gerenciamento de Cadeia de Distribuição 
Logística________________________________________________________________________________ 
 
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6 
 Logística de Distribuição Logística Industrial 
 Logística de Marketing 
 Logística de Transporte. 
 
 De um modo ou outro, todos os nomes acima essencialmente significam a mesma coisa: o 
gerenciamento do fluxo de materiais do ponto-de-origem ao ponto-de-consumo. 
 
 Segundo o Counsil of Logistics Management, entidade que agrega milhares de associados nos 
Estados Unidos e outros milhares em todo o mundo, a palavra logística pode ser definida como 
sendo: 
 
”O processo de planejar, implementar e controlar eficientemente o custo correto, o fluxo e 
armazenagem de matérias-primas, estoques durante a produção e produtos acabados, e as 
informações relativas a essas atividades, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o 
propósito de atender os requisitos do cliente. “ 
 
EVOLUÇÃO DOS CONCEITOS 
 
 As empresas vêm executando logística a vários séculos. Os fenícios sabiam muito bem que 
um produto barato em um lugar podia ser vendido mais caro em outro lugar onde era necessário e 
escasso, isto é, conheciam empiricamente o conceito de valor agregado de tempo de lugar. 
Tradicionalmente Logística é a área da administração que cuida do transporte e armazenamento das 
mercadorias. 
 Logística é definida como sendo o conjunto de Planejamento, Operação e Controle do Fluxo 
de Materiais, Mercadorias, Serviços e Informações da Empresa, integrando e racionalizando as 
funções sistêmicas desde a Produção até a Entrega, assegurando vantagens competitivas na Cadeia 
de abastecimento e a consequente satisfação dos clientes. 
 A Atividade Logística é regida pelos Fatores de Direcionamento (Logistic Drivers) para 
níveis maiores de Complexidade Operacional, como por exemplo histórico de demanda dos 
produtos ou serviços, histórico da frequência dos pedidos, histórico das quantidades por pedido, 
custos envolvidos na operação, tempo de entrega (lead-time), pedido mínimo, rupturas de 
abastecimento, prazos de entrega, períodos promocionais e frequência de sazonalidades, políticas de 
estoque (evitando faltas ou excessos), planejamento da produção, políticas de fretes, políticas de 
Logística________________________________________________________________________________ 
 
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gestão dos pedidos (orders), análise dos modelos de canais de distribuição, entre outros. Em linhas 
gerais, pode-se dizer que a Logística está presente em todas as atividades de uma organização. A 
Logística começa pela necessidade do cliente. Sem essa necessidade, não há movimento de 
produção e entrega. 
 As novas exigências para a atividade logística no Brasil e no mundo passam pelo maior 
controle e identificação de oportunidades de redução de custos, redução nos prazos de entrega e 
aumento da qualidade no cumprimento do prazo, disponibilidade constante dos produtos, 
programação das entregas, facilidade na gestão dos pedidos e flexibilização da fabricação, análises 
de longo prazo com incrementos em inovação tecnológica, novas metodologias de custeio, novas 
ferramentas para redefinição de processos e adequação dos negócios (Exemplo: Resposta Eficiente 
ao Consumidor - Efficient Consumer Response), entre outros. Isto tem feito a áre ade logística ser 
muito mais valorizada e criar interfaces com outras áreas como Marketing, Finanças e Estratégia. 
 
ATIVIDADES PRIMÁRIAS DA LOGÍSTICA 
 
 Identifica aquelas atividades que são de importância primária para que se possa atingir os 
objetivos logísticos de custo e nível de serviço. Estas atividades são: 
• Transportes 
• Manutenção de estoques 
• Processamento de pedidos 
 
 
 
 Essas atividades são consideradas primarias porque ou elas contribuem com a maior parcela 
dos custos total ou elas são essenciais para a coordenação e o cumprimento da tarefa logística. 
 
 
Logística________________________________________________________________________________ 
 
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TRANSPORTES: 
 
Para a maioria das empresas, o transporte é a atividade mais importante, simplesmente 
porque ela é a mais visível e também porque ela é essencial. Nenhuma firma pode operar sem 
providenciar a movimentação de suas matérias primas ou de seus produtos acabados. “Transportes” 
refere-se aos vários métodos para se movimentar produtos. A administração da atividade de 
transporte geralmente envolve decidir-se quanto ao método de transporte, aos roteiros e à utilização 
da capacidade dos veículos. 
 
MANUTENÇÃO DE ESTOQUES: 
 
Muitas vezes não é possível entregar o produto ao cliente assim que acaba sua fabricação. 
Da mesma forma, não é possível receber todos os suprimentos no exato momento em que eles são 
necessários na produção, embora muito se tenha feito dentro dos conceitos de “just-in-time”. 
 
A armazenagem torna-se necessária quando por alguma razão temos que guardar uma 
matéria prima, componente ou produto acabado até a sua utilização. Os estoques agem então como 
“amortecedores entre a oferta e a demanda”. 
 
A manutenção dos estoques pode atingir de um a dois terços dos custos logísticos, o que 
torna a manutenção de estoques uma atividade-chave da logística. Enquanto o transporte adiciona 
valor de “lugar” ao produto, o estoque agrega valor de “tempo”. Para agregar este valor, o estoque 
deve ser posicionado próximo aos consumidores ou aos pontos de manufatura. 
 
A administração de estoques envolve manter seus níveis tão baixo quanto possível, ao 
mesmo tempo em que provê a disponibilidade desejada pelos clientes. 
 
PROCESSAMENTO DE PEDIDOS 
 
Os custos de processamentos de pedidos tendem a ser pequenos quando comparados aos 
custos de transporte ou de manutenção de estoques. Contudo, o processamento de pedidos é uma 
atividade logística primária. Sua importância deriva do fato de ser um elemento crítico em termos 
Logística________________________________________________________________________________ 
 
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do tempo necessário para levar bens e serviços aos clientes. É também uma atividade primária que 
inicializa a movimentação de produtos e a entrega de serviços. 
 
ATIVIDADES DE APOIO À LOGÍSTICA 
 
Apesar de transportes, manutenção de estoques e processamento de pedidos serem os 
principais ingredientes que contribuem para a disponibilidade e a condição física de bens e serviços 
há uma série de atividades que apóiam essas atividades primárias. São elas: 
 
• Armazenagem 
• Movimentação de materiais 
• Embalagens de transporte 
• Suprimentos 
• Programação da produção 
• Manuseio de informações 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Logística________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________ 
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Conceito de Logística Integrada e Supply Chain Management 
 
 
 
2 - LOGÍSTICA INTEGRADA 
 
Paradoxo da Logística 
 
A Logística é um verdadeiro paradoxo. É, ao mesmo tempo, uma das atividades econômicas 
mais antigas e um dos conceitos gerenciais mais modernos. Desde que o homem abandonou a 
economia extrativista, e deu início às atividades produtivas organizadas, surgiram três das mais 
importantes funções logísticas, ou seja, estoque, armazenagem e transporte. 
 
 
 
 
 
Logística________________________________________________________________________________ 
 
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11 
Abrangência da Logística 
 
 
 
O que vem fazendo da Logística um dos conceitos gerenciais mais modernos são dois 
conjuntos de mudanças, o primeiro de ordem econômica, e o segundo de ordem tecnológica. As 
mudanças econômicas criam novas exigências competitivas, enquanto as mudanças tecnológicas 
tornam possível o gerenciamento eficiente e eficaz de operações logísticas cada dia mais complexas 
e demandantes. 
 
As principais mudanças econômicas que afetam a Logística são: 
1. Globalização: significa, entre outras coisas, comprar e vender em diversos locais. As 
implicações para a Logística: aumentam o número de clientes e os pontos de vendas, 
crescem o número de fornecedores e os locais de fornecimento, aumentam as distâncias a 
serem percorridas e a complexidade operacional, envolvendo legislação, cultura e modais de 
transporte. Tudo isso reflete em maiores custos e aumento da complexidade logística. 
2. Aumento da incerteza econômica: a crescente troca de bens e serviços entre as nações 
aumentou substancialmente a interdependência e a volatilidade econômica. Mudanças ou 
crises nacionais têm reflexo regional imediato, e tendem a espalhar-se numa escala mundial. 
Para a Logística, que precisa atuar em antecipação à demanda, produzindo e colocando o 
Logística________________________________________________________________________________ 
 
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produto certo, no local correto, no momento adequado e ao preço justo, o aumento da 
incerteza econômica cria grandes dificuldades para a previsão de vendas e o planejamento 
de atividades. 
3. Proliferação de produtos: é um fenômeno que vem generalizando-se, e representa uma 
resposta das empresas aos efeitos da globalização e da desregulamentação econômica que 
marcou o mundo nas duas últimas décadas. O impacto sobre a Logística : aumento no 
número de insumos e de fornecedores, maior complexidade no planejamento e controle da 
produção, maior dificuldade para custeio de produtos e para planejar e controlar os estoques, 
maior dificuldade na previsão de vendas. Tudo isso se refletindo em maiores custos e mais 
complexidade logística. 
4. Ciclo de vida mais curtos: são conseqüência direta da política de lançamentos contínuos e 
cada vez mais rápidos de novos produtos. Cada novo modelo gera obsolescência 
tecnológicas nos modelos antigos. Como conseqüência, os estoques que se encontram no 
canal de distribuição perdem valor imediatamente, e precisam Ter seus preços remarcados. 
O custo associado a esse fenômeno pode tornar-se o principal encargo de um varejo de 
confecções, por e exemplo. 
5. Maiores exigências de serviços: mudanças no ambiente competitivo e no estilo de trabalho 
vêm tornando clientes e consumidores cada vez mais exigentes. O consumidor final, com 
seu estilo de vida crescentemente marcado pelas pressões do trabalho, valoriza cada vez 
mais a qualidade dos serviços na hora de decidir que produtos e serviços comprar. A demora 
ou inconsistência na data de entrega, ou a falta de um produto nas prateleiras do varejo, 
crescentemente implica vendas não realizadas, e até mesmo a perda de clientes. O 
surgimento da Internet e das aplicações de e-commerce tem contribuído significativamente 
para aprofundar esse comportamento. 
 
Esse grupo de mudanças econômicas vem transformando a visão empresarial sobre Logística, 
que passou a ser vista não mais como uma simples atividade operacional, um centro de custo, mas 
sim como uma atividade estratégica, uma ferramenta gerencial, fonte potencial de vantagem 
competitiva. 
Principais aplicações de Tecnologia de Informações – TI – para a operação e gestão logística: 
 
 
 
 
 
Logística________________________________________________________________________________ 
 
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13 
Aplicações de TI para a Logística: 
 
Aplicações hardware Aplicações software 
Microcomputadores Roteirizadores 
Palmtops WMS
2
 
Códigos de barra GIS
3
 
Coletores de dados DRP
4
 
Rádio freqüência MRP
5
 
Transelevadores Simuladores 
Sistemas GPS
1
 Otimização de redes 
Computadores de bordo Previsão de vendas 
Picking automático EDI
6
 
 
1 GIS – Geographical Information System (Sistemas de Informação Geográfica) 
2 WMS – Warehouse Management System (Sistema de Gerenciamento de Armazém) 
3 DRP – Distribution Resource Planning (Planejamento dos Recursos de Distribuição) 
4 MRP – Manufacturing Resource Planning (Planejamento dos Recursos de Manufatura) 
5 EDI – Electronic Data Interchange (Intercâmbio Eletrônico de Dados) 
 
Combinadas, essas aplicações de tecnologia permitem otimizar o projeto do sistema 
logístico e gerenciar de forma integrada e eficiente seus diversos componentes, ou seja, estoques, 
armazenagem, transporte, processamento de pedidos, compras e manufatura. 
A Logística é também uma importante atividade econômica, contribuindo de forma 
significativa para a estrutura de custos das empresas, assim como para o Produto Interno Bruto das 
nações. 
 
No âmbito das empresas a Logística tem uma importância significativa: 
Composição de custos e margem de uma empresa industrial típica: 
 
 
Margem 8% 
Custos logísticos 19% 
Custos de marketing 20% 
Custos de produção 53% 
 
Qualquer redução nos custos logísticos pode ter um forte impacto nas margens e, portanto, 
nos lucros de uma companhia. 
 
Logística________________________________________________________________________________ 
 
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14 
Entendendo o conceito de Logística integrada 
 
Na base do moderno conceito de Logística integrada está o entendimento de que a Logística 
deve ser vista como um instrumento de marketing, uma ferramenta gerencial, capaz de agregar 
valor por meio de serviços prestados. 
O primeiro conceito é o de marketing mix, ou composto mercadológico, representado na 
parte superior da figura. Segundo esse conceito, a estratégia de marketing é definida com base na 
ênfase relativa dada a cada uma de quatro variáveis, ou seja, produto, preço, promoção e praça. 
Decisões sobre praça dizem respeito ao estabelecimento de uma política de canais de distribuição 
que implica, entre outras coisas, a formalização de padrões de serviços, para cada um dos canais 
utilizados no processo de distribuição. Por padrões de serviço entende-se um conjunto de variáveis 
como disponibilidade de produtos, prazo de entrega, consistência dos prazos, flexibilidade do 
serviço, serviço pós-venda etc. A política de serviço ao cliente deve ser vista como um componente 
central da estratégia de marketing, que sob o ponto de vista operacional se transforma em uma 
missão a ser cumprida pela organização logística. O atual clima de competição exige que se atinja 
um dado padrão de serviço ao menor custo possível. 
Para que possa ser gerenciada de forma integrada, a logísticadeve ser tratada como um 
sistema, ou seja, um conjunto de componentes interligados, trabalhando de forma coordenada, com 
objetivo de atingir um objetivo comum. 
A parte inferior da figura 2.1 busca representar o conceito de sistema logístico; a Logística 
deve atender aos níveis de serviço ao cliente, estabelecidos pela estratégia de marketing, ao menor 
custo total de seus componentes, ou seja, o somatório dos custos de transporte, armazenagem, 
processamento de pedidos, estoques, compras e vendas. Tentativas de atuar sobre qualquer um dos 
componentes isoladamente podem representar aumento de custos de outros componentes, ou 
deterioração do nível de serviço. 
Para alcançar a excelência logística, torna-se necessário conseguir ao mesmo tempo redução 
de custos e melhoria do nível de serviço ao cliente. A busca simultânea desses dois objetivos quebra 
um antigo paradigma, segundo o qual existe um trade-off inexorável entre custos e qualidade de 
serviços, ou seja, a crença de que melhores níveis de serviço implicam necessariamente maiores 
custos. 
 
 
 
Logística________________________________________________________________________________ 
 
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Dimensões da excelência logística: 
 
Sucesso do cliente 
Integração interna 
Integração externa 
Processos baseados no tempo 
Mensuração abrangente 
Benchmarking 
 
As empresas excelentes em Logística entendem que seu sucesso depende do sucesso de seus 
clientes, pois ambos fazem parte de uma mesma cadeia de suprimento. As empresas que buscam a 
excelência logística se esforçam para conhecer o negócio de seus clientes, a fim de prestar um 
serviço customizado que contribua para o sucesso dos mesmos. 
A integração interna, ou seja , o gerenciamento integrado dos diverso componentes do 
sistema logístico, é uma condição necessária para que as empresas consigam atingir excelência 
operacional com baixo custo. As empresas necessitam conhecer muito bem o trade-off inerentes a 
sua operação logística, e possuir sistemas e organização adequados para tomar as decisões de forma 
integrada. 
A integração externa, outra das dimensões de excelência logística, significa desenvolver 
relacionamentos cooperativos com os diversos participantes da cadeia de suprimentos, baseados na 
confiança, capacitação técnica e troca de informações. Permite eliminar duplicidade, reduzir custos, 
acelerar o aprendizado e customizar serviços. 
A velocidade de resposta é um fator determinante para a construção de vantagem 
competitiva. Por essa razão, empresas excelentes em logística procuram desenvolver processos 
baseados no tempo, ou seja, processos que permitem oferecer respostas rápidas às exigências de 
mercado. 
É fundamental a adoção de sistemas de mensuração de desempenho que sejam ágeis, 
abrangentes e consistentes. 
A busca pela melhoria contínua, num ambiente em constante mudança tecnológica, faz dos 
programas de benchmark uma prioridade para as empresas. A identificação das melhores práticas, e 
sua adaptação para as condições do próprio negócio, tem-se revelado um procedimento fundamental 
para manter competitividade no longo prazo. 
Logística________________________________________________________________________________ 
 
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16 
Ao fatores que determinam a excelência logística exigem grande esforço e criatividade para 
serem implementados. 
 
SUPPLY CHAIN MANAGEMENT - Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos 
 
É a integração dos processos industriais e comerciais, partindo do consumidor final e indo 
até os fornecedores iniciais gerando produtos, serviços e informações que agreguem valor para o 
cliente. 
 
 
O movimento da qualidade total e o conceito de produção enxuta trouxeram consigo um 
conjunto de técnicas e procedimentos como JIT (Just in time), CEP (Controle Estatístico do 
Processo), QFD (Quality Function Deployment – Desdobramento da Função Qualidade), Kanban e 
engenharia simultânea. Essas técnicas e procedimentos contribuíram para um grande avanço da 
qualidade e produtividade. Na trilha dessas mudanças, dois outros conceitos surgiram: A logística 
integrada, impulsionada principalmente pela revolução da tecnologia de informação e pelas 
exigências crescentes de desempenho em serviços de distribuição, conseqüência principalmente dos 
movimentos da produção enxuta e do JIT. O Supply Chain Management (SCM), ou Gerenciamento 
da Cadeia de Suprimentos, uma ampliação da atividade logística para além das fronteiras 
organizacionais, na direção de cliente e fornecedores na cadeia de suprimentos. 
 
Conceito de Supply Chain Management (SCM) 
 
Logística________________________________________________________________________________ 
 
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17 
Para compreender o conceito de Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos, ou SCM, é 
fundamental entender o conceito de canal de distribuição. Instrumento fundamental para a 
eficiência do processo de comercialização e distribuição de bens e serviços, o conceito de canal de 
distribuição pode ser definido como o conjunto de unidades organizacionais, instituições e agentes, 
internos e externos, que executam as funções que dão apoio ao marketing de produtos e serviços de 
determinada empresa. 
Entre as funções de suporte ao marketing incluem-se compras, vendas, informações, 
transporte, armazenagem, estoque, programação da produção, e financiamento. Os diversos 
membros participantes de um canal de distribuição podem ser classificados em dois grupos: 
membros primários e membros especializados. Membros primários são os que participam 
diretamente, assumindo o risco pela posse do produto, e incluem fabricantes, atacadistas, 
distribuidores e varejistas. Membros secundários são os que participam indiretamente, basicamente 
por meio da prestação de serviços aos membros primários, não assumindo o risco da posse do 
produto. 
Com a evolução do conceito de marketing e, mais especificamente, das práticas de 
segmentação de mercado e do lançamento contínuo de novos produtos, juntamente com o 
surgimento de novos e variados formatos de varejo, os canais de distribuição vêm-se tornando cada 
vez mais complexos. Por outro lado, o aumento da competição e a cada vez maior a instabilidade 
dos mercados levaram a uma crescente tendência à especialização, por meio da 
desverticalização/terceirização. Uma das principais conseqüências desse movimento foi o 
crescimento da importância dos prestadores de serviços logísticos. 
A combinação de maior complexidade com menor controle, conseqüência da 
desverticalização, tem levado ao aumento dos custos operacionais nos canais de distribuição. 
O SCM é uma abordagem sistêmica de razoável complexidade, que implica alta interação 
entre os participantes, exigindo a consideração simultânea de diversos trade-offs. O SCM vai além 
das fronteiras organizacionais e considera tanto os trade-offs internos quanto os 
interorganizacionais, relativamente a quem se deve responsabilizar pelos estoques e em que estágio 
do canal as diversas atividades deveriam ser realizadas. 
A adoção do conceito de SCM incentiva, mediante o processo de coordenação e 
colaboração, a busca e identificação de oportunidades e sua implementação conjunta. 
 
 
 
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Oportunidades oferecidas pelo SCM 
 
Um estudo da Mercer Consulting mostrou que as empresas que conseguem implementar as 
melhores práticas de SCM tendem a destacar-se em relação à reduçãodos custos operacionais, 
melhoria da produtividade dos ativos e redução dos tempos de ciclo. Um outro estudo realizado 
pelo MIT identificou como principais benefícios do SCM a redução de custos de estoque, o 
transporte e a armazenagem, a melhoria dos serviços em termos de entregas mais rápidas e 
produção personalizada, e o crescimento da receita devido à maior disponibilidade e personalização. 
 
Implementando o conceito de SCM: barreiras e alternativas de solução 
 
As razões para a pouca utilização são basicamente duas. A primeira da relativa novidade do 
conceito, ainda em formação e pouco difundido entre os profissionais; e a segunda, da 
complexidade e da dificuldade de implementação do conceito. SCM é uma abordagem que exige 
mudanças profundas em práticas arraigadas, tanto no nível dos procedimentos internos, quanto no 
nível externo, no que diz respeito ao relacionamento entre diversos participantes da cadeia. 
Em nível interno, torna-se necessário quebrar as barreiras organizacionais resultantes da 
prática do gerenciamento por silos, que se caracteriza pela perseguição simultânea de diversos 
objetivos funcionais conflitantes, em detrimento de uma visão sistêmica em que o resultado do 
conjunto é mais importante que o resultado das partes. 
Entre os processos de negócios considerados chave para o sucesso de implementação do 
SCM, os sete mais citados, e seus objetivos principais são: 
 
 Relacionamento com os cliente - desenvolver equipes focadas nos clientes estratégicos, que 
busquem um atendimento comum sobre características de produtos e serviços, a fim de 
torná-los atrativos para aquela classe de clientes; 
 Serviço aos clientes - fornecer um ponto de contato único para todos os clientes, atendendo 
de forma eficiente a suas consultas requisições; 
 Administração da demanda - captar, compilar e continuamente atualizar dados de demanda, 
com o objetivo de equilibrar a oferta com a demanda; 
 Atendimento de pedidos - atender aos pedidos dos clientes sem erros e dentro do prazo de 
entrega combinado; 
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 Administração do fluxo de produção - desenvolver sistemas flexíveis de produção que sejam 
capazes de responder rapidamente às mudanças nas condições do mercado; 
 Compras/suprimento - gerenciar relações de parceria com fornecedores para garantir 
respostas rápidas e a contínua melhoria de desempenho; 
 Desenvolvimento de novos produtos - buscar o mais cedo possível o envolvimento dos 
fornecedores no desenvolvimento de novos produtos. 
 
Existe um conjunto de características que tendem a contribuir para o sucesso das equipes de 
SCM: o estabelecimento de objetivos e metas claras em áreas-chaves (tempo de entrega, índices de 
disponibilidade, giro de estoque, entrega no prazo); a determinação do papel de cada membro da 
equipe na perseguição dos objetivos; o estabelecimento de uma estratégia de implementação; e a 
formalização de medidas quantitativas de desempenho para medir os resultados alcançados. 
 
FLUXO DE PRODUTOS 
 
 Relacionamento com cliente 
 Serviço ao cliente 
 Administração da demanda 
 Atendimento dos pedidos 
 Administração do fluxo de produção 
 Suprimentos/compras 
 Desenvolvimento e comercialização 
 
O que se deseja são empresas que não apenas sejam excelentes em termos de seus produtos e 
serviços, mas que também sejam sólidas e estáveis financeiramente. A relação de parceria na cadeia 
ampliada deve ser vista como um acordo de longo prazo. 
A cadeia de suprimento ampliada necessita um canal de informações que conecte todos os 
participantes. A maioria das grandes empresas possui os requisitos tecnológicos para fazer a 
integração. O problema é que elas os estão utilizando de forma incorreta. Dar visibilidade às 
informações do ponto-de-venda (PDV), em tempo real, ajuda todos os participantes a gerenciar a 
verdadeira demanda de mercado de forma mais precisa, o que permite reduzir o estoque na cadeia 
de suprimento de forma substancial. 
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A implementação do conceito de SCM exige mudanças significativas tanto nos procedimentos 
internos quanto nos externos, principalmente no que diz respeito ao relacionamento com clientes e 
fornecedores. 
 
DA DISTRIBUIÇÃO FÍSICA AO SUPPLY CHAIN MANAGEMENT 
 
O conceito de Logística Integrada significou considerar como elemento s ou componentes de 
um sistema todas as atividades de movimentação e armazenagem que facilitam o fluxo de produtos 
desde o ponto de aquisição dos materiais até o ponto de consumo final, assim como os fluxos de 
informações que controlam e comandam os produtos em movimento. 
 
O conceito de Supply Chain Management surgiu como uma evolução natural do conceito de 
Logística Integrada. Enquanto a Logística Integrada representa uma integração interna de 
atividades, o Supply Chain Management representa sua integração externa, incluindo uma série de 
processos de negócios que interligam os fornecedores aos consumidores finais. A gestão cadeia em 
sua totalidade pode proporcionar uma série de maneiras pelas quais é possível aumentar a 
produtividade e, em conseqüência, contribuir significativamente para a redução de custos, assim 
como identificar formas de agregar valor aos produtos. No primeiro plano, estariam a redução de 
estoques, as compras mais vantajosas, a racionalização de transportes, a eliminação de desperdícios. 
O valor, por outro lado, pode ser criado mediante prazos confiáveis, atendimento nos casos de 
emergências, facilidade de colocação de pedidos, serviço pós-venda, e desenvolvimento mais rápido 
de produtos. 
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A vertente mais rica no atual pensamento em Logística é sem dúvida o de Supply Chain 
Management. Ela conjuga o processos logísticos, que tratam do fluxo de materiais e informações 
dentro e fora das empresas, com os relacionamentos que surgem ao longo da cadeia para assegurar 
seus melhores resultados em termos de redução de desperdício e agregação de valor. 
Em termos de conteúdo, os cursos de Logística têm-se destacado pelo uso de sistemas 
informatizados e de inovações propiciadas pelo avanço nas tecnologias de informações, tais como o 
EDI e as aplicações de Internet, que trazem vantagens de tempo e facilitam a integração de elos na 
cadeia, bem como a disseminação de conceitos gerenciais como o JIT, o QR, o ECR e o CRP. Além 
da abordagem dos sistemas logísticos, o novo ensino de Logística dá especial ênfase às pessoas e a 
seu relacionamento tanto dentro das empresas (e suas distintas áreas), quanto entre as empresas em 
uma cadeia de suprimentos. Outra tendência importante parece ser a utilização mais intensa de 
tecnologias de informação no ensino da Logística, dando aos treinandos a oportunidade de 
participarem de simulações de situações como as que irão viver na realidade do mercado. 
O ensino de Logística no Brasil tem estado defasado. Duas razões podem ser apontadas 
como determinantes dessa defasagem. 
Em primeiro lugar, houve um gap temporal na adoção do conceito de Supply Chain 
Management. O longo período de alta turbulência ambiental, marcado pela recessão e pelas 
elevadas taxas de inflação na década de 80, coincidiu com a época em que eram dados os principais 
passos da evolução do conceito de Logística no exterior. A redução de desperdícios, e portanto de 
custos, associada aprogramas de redução de estoques, não fazia sentido aos olhos de empresas 
preocupadas em lidar com índices astronômicos de inflação, que mascarevam quaiquer ganhos reais 
que se pudessem alcançar. As barreiras alfandegárias protegiam o produtor nacional, diminuindo o 
poder do cliente. Serviço ao Cliente era uma expressão só encontrada nos textos de Marketing e 
soava como pura teoria. As parcerias entre compradores e fornecedores, demorou igualmente a 
chegar e ainda hoje é polêmico. 
A segunda razão está no próprio corpo docente no ensino superior no Brasil. A formação de 
professores tem sido tradicionalmente marcada pela especialização em áreas funcionais específicas. 
A possibilidade de serem oferecidas disciplinas com conteúdo mais próximos ao que 
contempla o Supply Chain Management passa, assim, pela ampliação da base conceitual dos 
professores. 
O novo ambiente competitivo e a evolução comercial do Mercosul trazem notáveis oportunidades 
de trabalho para executivos brasileiros na área de Logística. Há ainda dezenas de barreiras a serem 
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superadas no processo de integração, e uma delas é a falta de mão-de-obra, tanto no nível 
operacional, quanto no gerencial. 
A formação em Logística desempenha um papel fundamental na criação do novo dirigente. Seu 
desenvolvimento deve ser potencializado em três grandes linhas principais: 
 a aquisição do conhecimento necessário para desenvolver a Logística como uma função 
superior, para assim poder exercê-la com a máxima eficácia, utilizando em cada momento as 
técnicas e ferramentas necessárias, da forma mais adequada; 
 a compreensão da função logística com uma perspectiva global e estratégica da empresa e, 
portanto, com visão integradora e generalista de sua função; 
 a gerência de pessoas, permitindo-lhe assumir de maneira efetiva uma posição de liderança 
sobre suas equipes, ativando a integração e o compromisso das pessoas. 
O desafio maior que se coloca ante as escolas brasileiras é o de acompanhar a evolução do 
pensamento e dos estudos Logísticos, adaptando-os para as práticas e peculiaridades de nosso país. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3 – LOGÍSTICA DE TRANSPORTES 
 
O transporte é responsável pela maior parcela dos custos logísticos, tanto numa empresa, 
quanto na participação dos gastos logísticos em relação ao PIB em nações com relativo grau de 
desenvolvimento. Por essas razões, existe uma preocupação contínua para a redução de seus custos. 
Dentro dessas iniciativas, cabe destacar a integração entre os diversos modais de transporte, 
e o surgimento de operadores logísticos, ou seja, de prestadores de serviços logísticos integrados, 
capazes de gerar economias de escala ao compartilhar sua capacidade e seus recursos de 
movimentação com vários clientes. 
 
Fonte: Coppead 2007 
Papel do Transporte na Estratégia Logística 
 
O transporte é uma das principais funções logísticas, tem papel fundamental no desempenho 
de diversas dimensões ao Serviço ao Cliente. Representa, em média, cerca de 60% das despesas 
logísticas. 
As principais funções do transporte na Logística estão ligadas basicamente às dimensões de 
tempo e utilidade de lugar. 
Mesmo com o avanço de tecnologias que permitem a troca de informações em tempo real, o 
transporte continua sendo fundamental para que seja atingido o objetivo logístico, que é o produto 
certo, na quantidade certa, na hora certa, no lugar certo ao menor custo possível. 
Entre os principais trade-offs que afetam a função transporte, destacam-se os relacionados 
ao Estoque e ao Serviço ao Cliente. 
O gestor de estoques possui comumente o objetivo de minimizar os custos com estoque, sem 
analisar todos os custos logísticos. Esse tipo de procedimento impacta de forma negativa outras 
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funções logísticas, como, a produção, que passa a necessitar de maior flexibilidade, uma gestão de 
transporte caracterizada pelo transporte mais fracionado, que aumenta, de forma geral, o custo 
unitário de transporte. 
Dependendo do modal escolhido, o transit time poderá variar em dias. A escolha dependerá 
do nível de serviço desejado pelo cliente, e dos custos associados a cada opção. Para produtos de 
maior valor agregado, pode ser interessante o uso de modais mais caros e de maior velocidade. 
O serviço ao Cliente é um componente fundamental da Logística Integrada, as principais 
exigências do mercado geralmente estão ligadas à pontualidade do serviço à capacidade de prover 
um serviço porta a porta, à flexibilidade, no que diz respeito ao manuseio de uma grande variedade 
de produtos, ao gerenciamento dos riscos associados a roubos, danos e avarias e à capacidade de o 
transportador oferecer mais que um serviço básico de transporte, tornando-se capaz de executar 
outras funções logísticas. As respostas para cada uma dessas exigências estão vinculadas ao 
desempenho e às características de cada modal de transporte. 
 
Estrutura de Custos para cada Modal 
 
 Ferroviário 
Altos Custos Fixo em equipamentos, terminais, vias férreas etc; 
Custo Variável Baixo. 
 
 Rodoviário 
Custos Fixos Baixos (rodovias estabelecidas e construídas com fundos públicos); 
Custo Variável Médio. 
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 Aquaviário 
Custo Fixo Médio (navios e equipamentos); 
Custo Variável Baixo (capacidade para transportar grande quantidade de tonelagem). 
 
 
 
 Dutoviário 
Custo Fixo mais Elevado (direitos de acesso, construção, requisitos para controles das estações e 
capacidade de bombeamento); 
Custo Variável mais Baixo (nenhum custo com mão-de-obra de grande importância). 
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 Aeroviário 
Custo Fixo Alto (aeronaves e manuseio e sistemas de cargas); 
Alto Custo Variável (combustível, mão-de-obra, manutenção etc.). 
 
Características Operacionais 
A velocidade refere-se ao tempo decorrido de movimentação em data rota, também como transit 
time. 
A disponibilidade é a capacidade que um modal tem de atender a qualquer par origem-
destino de localidades. 
A confiabilidade refere-se à variabilidade potencial das programações de entrega esperadas 
ou divulgadas. 
A capacidade refere-se à possibilidade de um modal de transporte de lidar com qualquer 
requisito de transporte, como tamanho e tipo de carga. 
A preferência pelo transporte rodoviário é em parte explicada por sua classificação de 
destaque em todas as cinco características. 
No Brasil, ainda existe uma série de barreiras que impedem que todas as alternativas modais, 
multimodais e intermodais, sejam utilizadas da forma mais racional. 
 
 
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Matriz de Transportes 
 
 
 
Impactos da Internet sobre o Transporte 
 
A Internet tem geradonecessidades específicas e também criado novas oportunidades para o 
planejamento, o controle e a operação das atividades de transporte. Entre essas, poderíamos citar a 
crescente demanda por entregas mais pulverizadas, o surgimento de portais de transporte e o 
potencial para rastreamento de veículos em tempo real. 
 
Pulverização de entregas 
 Entrega Direta pelos Fabricantes. 
Por meio da internet, tornou-se possível para fabricantes de produtos de elevado valor agregado, 
a comercialização direta para os consumidores, eliminando da cadeia de suprimentos a 
necessidade de intermediários como distribuidores e varejistas. 
 Surgimento de Portais 
Estão sendo estruturados portais na internet que fazem a intermediação entre transportadores e 
embarcadores. Caracterizado pela contratação de transporte spot. O portal busca um 
transportador que se interessa pelo transporte da carga, que tenta ao mesmo tempo obter as 
melhores condições para o embarcador. 
=> Rastreabilidade de Carregamentos 
Uma das grandes vantagens que a internet oferece na melhoria da qualidade de serviço é a 
possibilidade de rastrear carregamentos. 
 
ANTT – BRASIL 2006 
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Vantagens Competitivas e Estratégias no Uso de Operadores Logísticos 
 
A utilização de operadores logísticos é, sem dúvida nenhuma, uma das mais importantes 
tendências da logística empresarial moderna, tanto global, quanto localmente. 
Comparação das características dos operadores logísticos com prestadores de serviços logísticos 
tradicionais. 
 
Prestador de Serviços Tradicionais Operador Logístico Integrado 
Oferece serviços genéricos - commodities Oferece serviços sob medida - personalizados 
Tende a concentrar-se numa única atividade logística: 
transportes, ou estoques, ou armazenagem 
Oferece múltiplas atividades de forma 
integrada: transporte, estoque, armazenagem. 
O objetivo da empresa contratante do serviço é a 
minimização do custo específico da atividade 
contratada 
Objetivo da contratante é reduzir os custos 
totais da logística, melhorar os serviços e 
aumentar a flexibilidade 
Contratos de serviços tendem a ser de curto a médio 
prazos (6 meses a 1 ano) 
Contratos de serviços tendem a ser de longo 
prazo (5 a 10 anos) 
Know-how tende a ser limitado e especializado 
(transporte , armazenagem, etc) 
Possui ampla capacitação de análise e 
planejamento logístico, assim como de 
operação 
Negociações para os contratos tendem a ser rápidas 
(semanas) e num nível operacional 
Negociações para contrato tendem a ser 
longas (meses) e num alto nível gerencial 
 
Operador Logístico é um fornecedor de serviços logísticos integrados, capaz de atender a 
todas ou quase todas necessidades logísticas de seus clientes, de forma personalizada. 
Tipos de Operadores Logísticos e suas origens 
 
Existem dois tipos básicos de operadores logísticos: operadores baseados em ativos e 
operadores baseados em informação e gestão. Os operadores baseados em ativos caracterizam-se 
por possuírem investimentos próprios em transportes, armazenagem, etc. Os operadores baseados 
em gestão e informação não possuem ativos operacionais próprios. Vendem Know-how de 
gerenciamento, baseado em sistemas de informação e capacidade analítica, que lhes permite 
identificar e implementar as melhores soluções para cada cliente, com base na utilização de ativos 
de terceiros. 
Quanto à origem, são duas as principais fontes para o surgimento de operadores logísticos: 
ampliação de serviços e diversificação de atividades. 
 
 
 
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Intermodalidade: Importância para a Logística Estágio Atual no Brasil 
 
O sistema de transporte no Brasil, está passando por um momento de transição no que diz 
respeito às possibilidades de utilização de mais de um modal na movimentação de cargas por toda a 
cadeia de suprimentos. Isso ocorre principalmente pelo processo de privatização de ferrovias e 
portos, execução de obras infra-estruturais e também pela iniciativa de vários embarcadores e 
prestadores de serviços logísticos. 
Os tipos de produtos predominantemente transportados por mais de um modal são 
commodities. 
Como cada vez mais se busca redução nos custos logísticos e maior confiabilidade no serviço 
prestado, o uso de mais de um modal no Brasil surge como grande oportunidade para as empresas 
tornarem-se mais competitivas. 
Considerando-se os índices de extensão da malha/área territorial, pode-se perceber que o 
Brasil apresenta-se em situação bastante inferior à diversos países. 
 
Transporte de Cargas no Brasil 
 
A utilização de mais de um modal representa agregar vantagens de cada modal, que podem 
ser caracterizadas tanto pelo serviço, quanto pelo custo. Associado a essas possibilidades, deve-se 
considerar o valor agregado dos produtos a serem transportados, bem como questões de segurança. 
Se compararmos a competição entre rodovia e ferrovia, podemos verificar que, para 
determinada distância e volume transportado, a utilização de mais de um modal é a forma mais 
eficiente de executar a movimentação. 
Um ponto crítico para a escolha do modal rodoviário no transporte de cargas que deveriam ser 
movimentadas por outro modal reside no fato de o frete rodoviário situar-se, em muitos casos, num 
patamar abaixo dos níveis razoáveis de remuneração do negócio. 
 
Integração entre Modais 
 
Tecnicamente, a integração entre modais pode ocorrer entre vários modais (aéreo-
rodoviário, ferroviário-rodoviário, aquaviário-ferroviário, aquaviário-rodoviário) ou ainda entre 
mais de dois modais. 
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Nessas operações, os terminais possuem papel fundamental na viabilidade econômica da 
alternativa. O mais preocupante é que são justamente os terminais uma das principais barreiras ao 
desenvolvimento do intermodalismo no Brasil. 
Uma das principais técnicas utilizadas no intermodalismo, principalmente nos EUA, está 
relacionada ao acoplamento entre modais. Focando a integração entre o modal rodoviário e o 
ferroviário, esse tipo de abordagem pode ser classificada da seguinte forma: 
 Container on flactar (Cofc); 
 Trailer on Flactar (Tofc); 
 Car less. 
 
Consiste na adaptação de uma carreta que é acoplada a um vagão ferroviário igualmente 
adaptado, conhecido como truck ferroviário. 
No Brasil, existem alguns desenvolvimentos da tecnologia car less, um deles é chamado 
Rodotrilho. 
Essas possibilidades tendem a ocorrer no Brasil, principalmente depois da regulamentação 
que estabelece a presença do OTM. 
 
Alternativas de Transporte Intermodal 
Tipo 1: A ferrovia por meio de um vagão-plataforma movimenta a carreta do transportador rodoviário 
que é responsável pela carga. 
Tipo 2: A ferrovia é responsável pela movimentação da carga. Tanto a carreta, quanto o vagão, são de 
propriedade da ferrovia. Existem variações desse tipo no que diz a respeito à coleta e entrega. Existe a 
possibilidade de o próprio embarcador der o responsável por essas atividades. 
Tipo 3: O embarcador/cliente fornece a carreta e a ferrovia é responsável pela movimentação. 
Tipo 4: Diferencia-se do tipo 3 apenas quanto à propriedade do vagão, que nesse caso é do 
embarcador. 
Tipo 5: Caracteriza-se pela joint venture entre transportador rodoviário e ferroviário. Um dos dois 
pode ser o responsável pela movimentação da carga. 
 
 
 
 
 
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Tendências da Intermodalidade no Brasil 
 
Os principais fatores para evolução da intermodalidade no Brasil estão relacionados com 
ações infra-estruturais que dependem de investimentos privados e públicos, regulamentação do 
OTM e investimentos em ativos que viabilizem esta prática e também do posicionamento das 
empresas (embarcadores) em avaliar sistematicamente as alternativas que estão surgindo. 
 
OTM – Operador de Transporte MULTIMODAL 
 
O Operador de Transporte Multimodal é a pessoa jurídica contratada como principal para a 
realização do Transporte Multimodal de Cargas da origem até o destino, por meios próprios ou por 
intermédio de terceiros. 
 
Transporte Multimodal de Cargas é aquele que, regido por um único contrato, utiliza duas ou mais 
modalidades de transporte, desde a origem até o destino, e é executado sob a responsabilidade 
única de um Operador de Transporte Multimodal - OTM. 
 
Regulamentado desde 2000, somente a partir de 2005, as primeiras Habilitações, a atividade de 
OTM começa a se tornar realidade, mas ainda há alguns entraves a serem superados, como a 
questão do seguro e da cobrança do ICMS. 
 
O OTM é um dos principais elos do comércio globalizado, otimizando as Operações pela 
combinação dos modais mais adequados. 
 
 
 
 
MODELO OPERACIONAL (NORMAL) 
 
 
 
 
 
 
 
Japã
o 
Cat
. 
Marítim
o 
Ferroviári
o 
Rodoviári
o Udi
a 
Armador 
(NYK) 
Empresa 
(FCA) 
Empresa 
(DV) 
Santo
s 
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MODELO OPERACIONAL ( OTM ) 
 
 
 
 
 
4 – ARMAZENAGEM E LOCALIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES 
 
Estruturas de armazenagem 
 
Porta palete convencional 
 
• Possibilita alta seletividade; 
• Velocidade nas operações. 
 
 
Drive in 
 
• Baixa seletividade; 
• Operação lenta. 
 
OTM 
Japã
o 
Cat
. 
Marítim
o 
Ferroviári
o 
Rodoviári
o Udi
a 
Santo
s 
Armador 
(NYK) 
Empresa 
(FCA) 
Empresa 
(DV) 
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________________________________________________________________________________ 
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Cantilever 
 
• Ideal para armazenar produtos de tamanhos e dimensões variados. 
 
Racks 
 
Podem ser empilhados uns sobre os outros com boa segurança sem transferir o peso para as 
mercadorias. 
 
Logística________________________________________________________________________________ 
 
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Mezaninos 
 
Montados sobre plataformas altas o bastante, onde se permita a armazenagem. 
 
 
Flow palete (Flow rack) 
• Sistema proporciona a retirada rápida e fácil do primeiro palete; 
• É indicado para produtos com grande rotatividade. 
 
 
Endereçamento - definição 
 
• Rua: Posição geográfica do depósito onde se encontram os prédio; 
• Prédio: Local utilizado para indicar a localização do Palete de produtos; 
• Nível/andar: Altura em que se encontra o palete com o produto procurado. 
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• Exemplo: 
– Ricardo mora na Rua Monteiro Lobato, Prédio 35, no segundo andar, apartamento 
22. 
 
Acabamos de descrever um endereço 
 
O endereçamento em uma Central de Distribuição, consiste do fato de estarmos indicando onde 
estará acondicionado o produto possibilitando assim facilitar sua posterior localização dentro da 
Central ! 
 
Endereçamento - Vantagens 
 
• Fácil Localização dos produtos dentro do CD (Centro de Distribuição); 
• Organização; 
• Higiene; 
• Limpeza; 
• Agilidade; 
• Controle de validade mais fácil; 
• Contribui para a redução de avarias. 
 
 
 
 
 
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Equipamentos de movimentação 
 
Paletes 
 
• Unidade básica de unitização de cargas amplamente difundido no mercado; 
• Permite a movimentação mecanizada de produtos com uma alta produtividade e a um baixo 
custo por unidade movimentada; 
• Pode percorrer várias etapas de uma cadeia de abastecimento sem que seja necessário o 
manuseio dos produtos; 
• Determina um padrão na movimentação e armazenagem dos produtos entre diferentes 
empresas, garantindo uma redução nos custos operacionais. 
 
 
Paleteira 
 
• Paleteira Manual: Equipamento utilizado para transportar o palete contendo produtos, dentro 
da Central de distribuição. 
 
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Empilhadeira 
 
Equipamento utilizado para acondicionar e/ou retirar o 
Palete de mercadorias das posições “Pulmão” 
 
 
Paleteira elétrica 
 
– Velocidade nas movimentações; 
– Maior produtividade; 
– Utilizada no recebimento / expedição (separação). 
 
Nivelador de docas 
• Agilidade no carregamento / recebimento 
• Necessita adaptação na alvenaria 
 
 
 
 
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ARMAZENAGEM ESTRATÉGICA 
 
 
 
 
Uma questão básica do gerenciamento logístico é como estruturar sistemas de distribuição 
capazes de atender de forma econômica aos mercados geograficamente distantes das fontes de 
produção, oferecendo níveis de serviço cada vez mais altos em termos de disponibilidade de 
estoque e tempo de atendimento. 
A funcionalidade de instalações dependerá da estrutura de distribuição adotada pela 
empresa. Podemos classificá-las em dois grandes grupos: 
 
 Estruturas escalonadas – uma rede de distribuição escalonada típica possui um ou mais 
armazéns centrais e um conjunto de armazéns, ou centros de distribuição avançados 
próximos das áreas de mercado; 
 
 Estruturas diretas – são sistemas de distribuição em que os produtos são expedidos de um 
ou mais armazéns centrais diretamente para os clientes. 
 
CDA - Centros de distribuição avançados 
 
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São típicos de sistemas de distribuição escalonados. Seu objetivo é permitir rápidos 
atendimentos às necessidades dos clientes de determinada área geográfica distante dos centros 
produtores. 
Além de buscar rápido atendimento, os centros de distribuição avançados possibilitam a 
obtenção de economias de transporte, visto que operam como centros consolidadores de carga. 
Para os clientes, as vantagens são grandes, uma vez que recebem em um único carregamento 
os pedidos que de outra forma seriam feitos por vários veículos. 
 
 
Custos de estoques nos sistemas escalonados 
 
A descentralização de estoques aumenta quando necessário para atender níveis de 
disponibilidade desejados, tornando também mais complexo seu gerenciamento. 
O objetivo inicial de prover rápido atendimento e alta disponibilidade pode ser prejudicado 
pela ocorrência de pedidos incompletos. Além do risco da falta de estoque, são maiores também os 
riscosde obsolescência, em função da estratégia adotada de antecipação de demanda. 
Com o objetivo de viabilizar os sistemas de entrega direta, tem sido cada vez mais comum a 
utilização de instalações intermediárias de queda de carga. 
Elas permitem que, em alguns casos, os custos de transporte nos sistemas diretos sejam tão 
baixos quantos os dos sistemas escalonados. 
 
 
 
Transit point 
 
As instalações do tipo transit point são bastante similares aos centros de distribuição 
avançados, mas não mantêm estoques. O transit point é localizado de forma a atender a determinada 
área de mercado distante dos armazéns centrais e opera como uma instalação de passagem, 
recebendo carregamentos consolidados e separando-os para entregas locais a clientes individuais. 
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Os produtos recebidos já têm os destinos definidos e podem ser imediatamente expedidos 
para entrega local. 
As instalações do tipo transit point simples, necessita de baixo investimento em sua 
instalação. Seu gerenciamento é facilitado, pois não são executadas atividades de estocagem 
e picking. Seu custo de manutenção, portanto, é relativamente baixo. 
Os transit points permitem que as movimentações em grandes distâncias sejam feitas com 
cargas consolidadas, que resultam em baixos custos de transporte. 
A operação do transit point depende da exigência de volume suficiente para viabilizar o 
transporte de cargas consolidadas com freqüência regular. 
 
 
 
Cross-docking 
 
 
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As instalações do tipo cross-docking caracterizam-se por envolver múltiplos fornecedores 
que atendem a clientes comuns. Cadeias de varejo são candidatas naturais à utilização intensivado 
cross-docking nesse setor. 
O cross-docking tem sido utilizado informalmente já há bastante tempo por várias empresas 
em seus armazéns tradicionais. A operação de cross-docking ocorre, por exemplo, quando a 
gerência de expedição procura atender a uma solicitação de emergência, ou procura preencher 
pedidos pendentes por meio de produtos que estão sendo recebidos, antes que estes sejam 
direcionados para a área de estocagem. 
Para que haja sucesso na operação de cross-docking é preciso alto nível de coordenação 
entre os participantes, viabilizadas pela utilização intensa de sistemas de informação, como 
transmissão eletrônica de dados e identificação de produtos por código de barra. Além disso, é de 
fundamental importância a existência de softwares de gerenciamento de armazenagem (WMS) para 
coordenar o intenso e rápido fluxo de produtos entre as docas. 
 
 
 
 
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Merge in transit 
 
O merge in transit é uma extensão de conceito de cross-docking combinado com os sistemas 
Just in Time (JIT). Ele tem sido aplicado à distribuição de produtos de alto valor agregado, 
formando por multicomponentes que têm suas partes produzidas em diferentes plantas 
especializadas. 
A operação merge in transit procura coordenar o fluxo dos componentes, gerenciando os 
respectivos lead times de produção e transporte, para que estes sejam consolidados em instalações 
próximas aos mercados consumidores, no momento de sua necessidade, sem implicar estoques 
intermediários. 
 
CONSIDERAÇÕES SOBRE O ESTUDO DE LOCALIZAÇÃO DE INSTALAÇÕES 
 
As definições da localização de instalações em uma rede logísticas sejam elas fábricas, 
depósitos ou terminais de transporte, é um problema comum e dos mais importantes para os 
profissionais de Logísticas. Sua importância decorre dos altos investimentos envolvidos e dos 
profundos impactos que as decisões de localização têm sobre os custos logísticos. Caracterizados 
por um alto nível de complexidade e pelo intensivo uso de dados, os estudos de localização 
atualmente dispõem de novas tecnologias de informação, que permitem tratar os sistemas logísticos 
de forma efetivamente integrada. 
 
Estrutura dos problemas de localização 
 
Os estudos, de localização tratam do problema de minimizar os custos de uma rede logística, 
estando esta sujeira às restrições de capacidade das instalações, tendo que atender a determinada 
demanda e devendo satisfazer a certos limites de nível de serviço. 
 
Complexidade e dimensão dos problemas 
 
Os problemas de localização possuem uma complexidade bastante alta devida ao fato de a 
análise ter que lidar com um conjunto extenso de variáveis de decisão que se influenciam 
mutuamente. 
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Atualmente estão disponível um grande número de ferramentas computacionais que tornam 
mais fácil as tarefas de modelagem e otimização do problema e de tratamento da grande massa de 
dados tipicamente presente nos estudos de localização. 
 
Organização dos estudos de localização 
 
Os estudos de localização podem ser usados objetivos mais exploratórios quando s deseja 
avaliar o impacto de mudanças no ambiente de negócios da empresa sobre sua estrutura de 
suprimento e distribuição. É o que chamamos de análise de cenários. 
As análises paramétricas são também aplicações interessantes, em que se estuda o impacto 
da variação sistemática de um único fator sobre as varáveis de interesse. 
O objetivo das análises paramétricas é o de quantificar relações relevantes para 
tomada de decisão, pela construção de curvas paramétricas, obtidas mediante várias corridas 
com o modelo. 
As ferramentas para realização dos estudos de localização disponível já há alguns anos e 
estão cada vez mais acessíveis. 
AUTOMAÇÃO NA ARMAZENAGEM: DESENVOLVIMENTO E IMPLEMENTANDO 
PROJETOS DE SUCESSO. 
 
No Brasil, torna-se cada vez maior o número de projetos de automação na armazenagem. 
A implantação de sistemas automáticos seja de movimentação de materiais, seja de 
gerenciamento da operação, é, na verdade, uma reação às demandas de um novo ambiente de 
negócios, com clientes mais exigentes e competição acirrada, levando as empresas, muitas vezes, a 
implementar mudanças radicais nas estruturas de armazenagem e distribuição. 
Novas demandas sobre as estruturas de armazenagem 
Novas exigências sobre as operações de armazenagens e seus impactos operacionais. 
 
Novas exigências para as operações de armazenagem 
 
 Pedidos mais freqüentes e em quantidades menores; 
 Ciclos os pedidos mais curtos; 
 Aumento do número de sku´s em estoques; 
 Tolerância zero a erros; 
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 Competição baseada no ciclo do pedido e na qualidade; 
 
Impactos operacionais trazidos pelas novas exigências: 
 
 Aumento das atividades de recepção e expedição; 
 Aumento da carga de trabalho devido ao número de pickings; 
 Aumento da atividade de controle de qualidade; 
 Aumento do custo de carregar estoque; 
 Maior necessidade de espaço para estocar um número maior de sku s; 
 Diminuição da produtividade por empregado; 
 Aumento dos custos administrativos: maior circulação de informação e necessidade de 
controle; 
Fica claro, portanto, que as instalações de armazenagem tradicionais, que possuemprocesso 
baseado em papel, que operam com sistemas computacionais, que rodam em batch ou que foram 
projetadas para maximizar a utilização do espaço, não a eficiência do fluxo físico, terão uma 
enorme dificuldade em atender a esses novos requisitos. 
Complexidade e risco no desenvolvimento dos projetos de automação. 
 
Os projetos de automação são complexos, dependendo da extensão da integração com 
clientes e fornecedores, poderão envolver sistemas eletrônicos de troca de dados (EDI). Todo esse 
conjunto deve operar com uma unidade que terá um melhor ou pior desempenho, dependendo de 
seu correto dimensionamento, dos procedimentos operacionais adotados e da existência de pessoal 
qualificado e treinado para tirar o maior proveito do potencial do sistema. 
Para minimizar os riscos envolvidos e maximizar o retorno sobre o investimento a ser 
realizado, é recomendável seguir um processo estruturado de planejamento e implementação. 
 
Fase de preparação 
 
Inicia-se com a formação da equipe de projeto, que deverá ser composta por representantes 
de todas as áreas funcionais da empresa afetadas pelo projeto. 
Nas fases seguintes, serão detalhados as funcionalidades do sistema de gerenciamento de armazéns 
(WMS) e o sistema de movimentação de materiais, que são os componentes principais dos projetos 
de automação. 
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O passo seguinte à definição da equipe de projeto é a definição e formalização soa objetivos do 
projeto. 
 
Essa etapa é necessária por três motivos básicos: 
 
 Estabelece critérios de avaliação do projeto. Seu sucesso será medido pelo grau de 
atendimento das metas estabelecidas; 
 Deixa claro para a equipe e para a empresa o que precisa ser alcançado e qual deverá ser 
esforço necessário; 
 Define critérios bem objetivos sobre o qual sistema escolher, colocando o foco do projeto no 
desempenho esperando e não na tecnologia em si. É preciso lembrar que a automação por si 
própria não é uma meta; 
 
O projeto deve estar sintonizado com estratégia logística da empresa e, portanto, do papel 
estratégico da armazenagem no processo logístico. As metas a serem atingidas devem estar 
alinhadas a essa estratégia. 
Fase de definição: 
 
A fase de definição começa com a reavaliação dos processos atuais, para que um novo 
processo seja definido, e pode partir de uma reestruturação completa ou de uma adaptação do atual 
às novas possibilidades trazidas pela introdução de novas tecnologias. 
Envolve também, projeto de uma nova forma de operação que deverá tirar o máximo 
proveito dos equipamentos e software disponíveis. 
A definição do novo processo no ambiente automatizado deverá estar documentada em 
detalhes, por meio das descrições de suas regras de operação, de como as informações serão 
utilizadas para realizar cada tarefa e como serão os fluxos físico em cada área da operação. 
Na definição e avaliação dos equipamentos de movimentação automáticos, não devemos 
esquecer ou abandonar os processos manuais.Quanto mais automatizado, mais difícil será tratar de 
pedidos com características especiais ou tratar das situações de contingências. 
A fase de definição terminará quando estiverem especificados e determinados de 
movimentação, hardware auxiliares, sistemas de gerenciamento e escolhidos os respectivos 
fornecedores. 
 
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Fase de implementação 
 
A fase final de implementação caracteriza-se pela necessidade de integração e coordenação 
de esforços de um amplo conjunto de elementos: equipe interna, fornecedores de WMS, 
fornecedores de equipamentos de movimentação e hardware auxiliares e, possivelmente, de 
empresas de infra-estrutura. 
Uma das etapas mais críticas da implementação é a conversão. Existem basicamente duas 
formas para realizar a conversão: 
 Conversão total, em que todas as operações de armazenagem, como recebimento, 
posicionamento, estocagem, picking e expedição, são instaladas simultaneamente. Como 
envolve um alto risco, essa é adotado quando existem outros armazéns que poderão atender 
aos clientes em caso de falhas. 
 Conversão parcial em fases, em que operações são instaladas em momentos diferentes. Por 
exemplo, podem ser instaladas no primeiro momento apenas as operações de recebimento de 
produtos e de picking. Outra alternativa é instalar toda a operação, mas iniciando por uma 
divisão de produtos ou clientes. Embora os riscos dessa alternativa sejam menores, o tempo 
de conversão pode ser muito longo. 
 
O grau de tranqüilidade e o nível de erros na implementação, bem como o atingido das 
metas estabelecidas, são umas medidas inequívocas da eficiência das etapas de planejamento. De 
fato, a base para o sucesso de um projeto de automação da armazenagem é o entendimento claro do 
que precisa ser feito, como e quando faze-lo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5 – CANAIS DE DISTRIBUIÇÃO 
 
Conceito: 
Os canais de distribuição são os meios pelos quais o produto percorre até chegar ao seu 
destino final; os canais de distribuição são basicamente compostos de Centros de Distribuições, 
Varejistas, Distribuidores, entre outros pontos utilizados como apoio para diluir o custo total da 
distribuição. Somente com o cálculo do custo total da distribuição pode se definir a melhor estrutura 
de distribuição; devem ser considerados os estoques em trânsito e os estoques intermediários dentro 
da cadeia. 
 
Exemplo 1 de Estrutura Simples de canais de distribuição: 
 
 
Exemplo 2 de Estrutura complexa de canais de distribuição: 
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Existe um grande número de canais disponíveis entre eles: 
 
 Venda direta ao cliente, via e-mail, telefone ou internet; 
 Representantes, que tipicamente vendem diretamente em nome dos fabricantes; 
 Distribuidoras, que geralmente vendem aos atacadistas; 
 Varejista, geralmente chamados de comerciantes, que vendem aos consumidores finais; 
 
Processos da Distribuição 
 
A distribuição é divida em outros sub-processos tais como: 
 
 Movimentação da linha de produção; 
 Expedição; 
 Gestão de estoques; 
 Gestão de Transportes; 
 Logística Reversa (reciclagem e devolução). 
• São os elementos que formam a cadeia de suprimento, na parte que vai da manufatura ao 
varejo. Ou seja, as formas de como fazer chegar o produto ao cliente. 
 
• CONJUNTO DE ORGANIZAÇÕES INTERDEPENDENTES ENVOLVIDAS NO 
PORCESSO DE TORNAR O PRODUTO OU SERVIÇO DISPONÍVEL PARA USO OU 
CONSUMO 
 
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Há um certo paralelismo e uma correlação estreita entre as atividades que constituem a distribuição 
física de produtos e os canais de distribuição, conforme pode ser visto na figura abaixo: 
 
 As atividades logísticas relacionadas à distribuição física são então definidas a partir da 
estrutura planejada para os canais de distribuição. 
 
 Uma vez definidas os canais de distribuição, pode-se identificar os deslocamentos físico-
espaciais que os produtos

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