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1 Profª Raquel Berg Teoria Psicossexual do Desenvolvimento Infantil Aula 6 Conversa Inicial Como se dá o desenvolvimento psicossexual infantil? É tudo genético ou ambiental? O que acontece durante a infância? Quais são as principais mudanças? Proposta da disciplina MIA Studio/Shutterstock Tema 1 – O ego e o id Tema 2 – Id e superego Tema 3 – O desenvolvimento infantil global e os organizadores psíquicos de Spitz Tema 4 – A tese de Melanie Klein Tema 5 – Contribuições lacanianas O ego e o id 1ª tópica versus 2ª tópica: o segundo modelo mantém o primeiro de alguma forma Pensamentos e emoções se constituem para além do arco reflexo As três instâncias 1 2 3 4 5 6 2 Formam-se os sintomas “a partir de uma força recalcada que se esforça em abrir caminho até a atividade, mas mantida sob controle por uma força repressora e, estruturalmente, um ‘inconsciente’ a que se opõe um ‘ego’” (FREUD, 1900, p. 16) Do ponto de vista tópico ou descritivo: traz uma qualidade específica a um estado mental Do ponto de vista dinâmico: traz uma função a esse estado mental O inconsciente na transição do id, ego e superego O inconsciente Primeira construção com base nas pulsões sexuais e de autoconservação Segunda construção com base no narcisismo e nas pulsões de vida e de morte Localiza-se entre o inconsciente e o pré- consciente (Ics-Pcs) O ego Do ponto de vista tópico: distingue o id e o superego; está em uma relação de dependência com as duas outras instâncias Do ponto de vista dinâmico: representa o polo defensivo da personalidade Do ponto de vista econômico: fator de ligação entre os processos psíquicos O ego Assim, o ego é uma instância ligada à consciência que regula as descargas de excitações para o mundo externo, a linguagem e as necessidades do indivíduo Id e superego 7 8 9 10 11 12 3 “Pode haver uma ‘instância psíquica especial’ cuja tarefa é vigiar o ego real e medi-lo pelo ego ideal ou ideal de ego – ele parecia utilizar indiscriminadamente os termos (...) Atribuiu um certo número de funções a essa instância, inclusive a consciência normal, a censura do sonho e certos delírios paranoicos” (Freud, 1923, p. 21) O superego O superego é derivado das catexias objetais infantis e é o que toma o lugar do Complexo de Édipo Instância de julgamento, de censura O superego O id Sunonphat Chiengpun/Shutterstock Ego Id Superego O id traz as expressões psíquicas das pulsões inconscientes que, por um lado, são hereditárias e inatas e, por outro, são recalcadas e adquiridas Id como força interna desconhecida e indomável Id como organização caótica versus lógica no caos O id O ego nos diferencia dos animais pela capacidade de julgamento Quando o complexo de castração e o complexo de Édipo ocorrem, o superego, como um herdeiro desse Édipo, interrompe o ego e o força a redirecionar o investimento para objetos externos O desenvolvimento infantil global e os organizadores psíquicos de Spitz 13 14 15 16 17 18 4 Sensório-motor: dos 0 aos 2 anos Pré-operatório: dos 2 aos 7 anos Operatório-concreto: até os 12 anos Operatório-formal: a partir dos 12 anos O desenvolvimento cognitivo de Piaget Marcos do desenvolvimento (alguns exemplos) Idade Aprende a olhar para uma pessoa, demonstra prazer e desconforto, adquire a capacidade de erguer a cabeça, aprende a diferenciar dia e noite, emite sons, reconhece quando falam com ela, faz gestos com as mãos e a cabeça, usa ao menos uma palavra com sentido, diferencia familiares de estranhos, imita gestos e brincadeiras, arrasta ou engatinha Até 1 ano Anda sozinho e cai raramente, combina duas ou três palavras, distancia-se da mãe, leva alimentos à boca com as próprias mãos, corre e sobe ou desce degraus Do 1 aos 2 anos Diz o próprio nome e nomeia objetos como sendo seus, veste- se com auxílio, usa frases e começa a ter controle dos esfíncteres Dos 2 aos 3 anos Reconhece mais de duas cores, brinca com outras crianças e imita pessoas de seu cotidiano Dos 3 aos 4 anos Veste-se sozinha, alterna momentos cooperativos com agressivos, é capaz de expressar preferências e ideias próprias Dos 4 aos 6 anos Estágio pré-objetal Estágio precursor do objeto Estágio do objeto real Os organizadores psíquicos de Spitz Estágio pré-objetal Sorriso e choro como formas de comunicação; oralidade e desenvolvimento da memória Estágio precursor do objeto A criança é capaz de permanecer sentada; pega e solta objetos; sente medo de estranhos; faz imitações; compreende proibições Estágio do objeto real Preferência pela mãe, compreensão simbólica de palavras e a importância do não A tese de Melanie Klein Posição esquizoparanoide Ocorre nos quatro primeiros meses de vida Objeto é parcial Há medo do objeto persecutório Inveja é uma expressão oral-sádica Pulsões agressivas coexistem com o prazer As estruturas esquizoparanoide e depressiva 19 20 21 22 23 24 5 Posição depressiva Ocorre no segundo trimestre de vida Mãe como figura total – ego integra e sintetiza objetos Inibição da agressividade Gratidão e desejo de reparação do objeto Pulsões agressivas se combinam com o prazer As estruturas esquizoparanoide e depressiva O desenvolvimento saudável infantil pode ser observado nas fantasias e nas brincadeiras infantis. Assim, o brincar surge como uma projeção do conflito e do aprendizado Contribuições lacanianas Analista versus educador versus médico versus pais Sintoma como “palavra amordaçada” A reeducação de nada serve se a criança não estiver preparada O papel do analista Tratar uma criança também é tratar os pais O sintoma infantil é também a representação mitológica do sintoma familiar O tratamento de crianças O estágio do espelho A criança se vê e pensa que é outra criança A criança se vê e fica confusa A criança se vê e compreende que é sua imagem refletida 25 26 27 28 29 30 6 Na Prática Idades diferentes exigem ações diferentes A experiência do luto no desenvolvimento infantil A morte como equivalente do segredo da origem dos bebês Como lidar com a morte Finalizando O ego, o id e o superego O desenvolvimento cognitivo e motor Os organizadores psíquicos de Spitz Contribuições kleinianas e lacanianas para o desenvolvimento infantil A morte enquanto correlato do mistério dos bebês Em resumo 31 32 33 34
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