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49 Universidade do Estado de Minas Gerais – UEMG Unidade João Monlevade Graduação em Engenharia Civil ISABELLA SILVA CASSEMIRO LORENA APARECIDA GUALBERTO FERREIRA ELABORAÇÃO DE MANUAL DO PROPRIETÁRIO APLICADO EM UMA EDIFICAÇÃO: aspectos legais, técnicos e práticos João Monlevade 2019 ISABELLA SILVA CASSEMIRO LORENA APARECIDA GUALBERTO FERREIRA ELABORAÇÃO DE MANUAL DO PROPRIETÁRIO APLICADO EM UMA EDIFICAÇÃO: aspectos legais, técnicos e práticos Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheira Civil na Universidade do Estado de Minas Gerais, Unidade João Monlevade. Professora orientadora: Diana Darlen Soares Cangussú. João Monlevade 2019 ISABELLA SILVA CASSEMIRO LORENA APARECIDA GUALBERTO FERREIRA ELABORAÇÃO DE MANUAL DO PROPRIETÁRIO APLICADO EM UMA EDIFICAÇÃO: aspectos legais, técnicos e práticos Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado e aprovado para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil na Universidade do Estado de Minas Gerais, Unidade João Monlevade. ___________________________________________________________________ Ma. Diana Darlen Soares Cangussú ___________________________________________________________________ Esp. Adilson Assis Cruz Júnior ___________________________________________________________________ Dr. Robson Pereira de Lima Com gratidão, dedicamos este trabalho a Deus e aos nossos pais. Sem eles, nada seria possível. AGRADECIMENTOS Agradecemos primeiramente à Deus por permitir que tudo acontecesse da maneira que fora. Aos nossos familiares, por todo amor e compreensão. Vocês fizeram com que nossa caminhada durante esses cinco anos se tornasse mais fácil e prazerosa. À nossa professora orientadora, Diana Darlen Soares Cangussú, pelo suporte e zelo. E ainda, por se dedicar genuinamente ao trabalho. À professora Ma. Telma Ellen Drumond Ferreira por estar sempre disposta a nos ajudar em todas as etapas dessa pesquisa. Agradecemos à universidade por oferecer inúmeras possibilidades para nossa capacitação profissional. Por fim, agradecemos também aos nossos amigos e todos aqueles que, de certa forma, fizeram parte da nossa trajetória, torceram e vibraram por essa conquista. “A qualidade nunca se obtém por acaso; ela é sempre o resultado do esforço inteligente. ” (John Ruskin) RESUMO A presente pesquisa trata-se da importância da elaboração e entrega de um manual de uso, operação e manutenção como uma ação de beneficiamento do pós-obra. Devido a indústria da construção civil ter se tornado mais competitiva, as empresas especializadas tendem a buscar e criar novas tecnologias e métodos construtivos no que tange ao aperfeiçoamento de processos e do produto final, para satisfazer seus clientes, cada vez mais exigentes e informados. Diante dos fatos citados juntamente ao cenário no qual a empresa objeto de estudo encontra-se inerte, o trabalho apresenta-se a pergunta norteadora dessa pesquisa: como é elaborado o Manual do Proprietário? E ainda, qual o impacto causado na relação entre a empresa especializada e o cliente, mediante a entrega da construção juntamente com o referido Manual? O trabalho apresenta as orientações para a elaboração de um manual de uso, operação e manutenção de uma edificação, considerando aspectos legais, técnicos e práticos. Para isso, são apresentadas as principais definições, leis e normas técnicas aplicáveis à estruturação desse manual, salientando a importância da elaboração e entrega à empresa especializada e a utilização do mesmo pelo proprietário. Além disso, foram utilizados dados obtidos no canteiro de obras, bem como projetos referentes à obra executada pela empresa objeto de estudo, para elaboração do Manual do Proprietário. A execução da pesquisa se dividiu em três momentos: análise e adaptação das informações que seriam introduzidas no Manual do Proprietário; coletas de dados acerca do empreendimento da empresa objeto de estudo, o Residencial A; elaboração do Manual do Proprietário. De forma geral, observou-se que muitos dos proprietários ainda não têm conhecimento sobre a existência e necessidade de um manual de uso, operação e manutenção, mas quando disponibilizado a eles um documento de fácil entendimento, subdividido de maneira sistemática é notório a valorização do documento por parte dos clientes. Por outro lado, as incorporadoras e construtoras, sabem do potencial da ferramenta, mas não o fazem pela gestão da qualidade pós-obra ser uma área que infelizmente é, de certo modo, estagnada na engenharia civil e pela necessidade de levantamento de inúmeros dados. Palavras-chave: Manual de uso, operação e manutenção. Pós-obra. Empresa especializada. ABSTRACT The present research deals with the importance of the elaboration and delivery of a manual of use, operation and maintenance as a post-work beneficiation action. Consider a construction industry that has made it more competitive, as companies that can try and create new technologies and construction methods that do not perfect their processes and end products, to satisfy their increasingly demanding customers and information. Given the facts mentioned close to the scenario in which the company under study is inert, the paper presents a guiding question of this research: how is the Owner's Manual prepared? And yet, what is the impact on the relationship between specialized company and client, upon delivery of construction associated with said Manual? The paper presents as guidelines for the elaboration of a manual of use, operation and maintenance of an edition, considering legal, technical and practical aspects. For this, they are defined as the main configurations, laws and technical standards applicable to the structuring of this manual, highlighting the importance of elaboration and delivery to the specialized company and its use by the owner. In addition, data shown at the construction site, as well as projects related to the work performed by the company being studied, were used to prepare the Owner's Manual. The research execution is divided into three moments: analysis and adaptation of the information that must be entered in the Owner's Manual; data collection about the enterprise of the company under study, Residencial A; Owner's Manual. In general, the use of many of these items is not yet known about the need and need for a user manual, operation and maintenance, but when an easy-to-understand document is made available, systematically and noticeably subdivided and valued. by customers. On the other hand, as developers and builders, they know the potential of the tool, but they don't do, for quality managment to be an area that is unfortunately somewhat stagnant in civil engineering and the need for data collection. Keywords: Manual of use, operation and maintenance. Post work. Specialized company. LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 – Respostas para a questão 01 do questionário .................................32 Gráfico 2 – Respostas para a questão 02 do questionário .................................32 Gráfico 3 – Respostas para a questão 03 do questionário ..................................33 Gráfico 4 – Respostas para a questão 04 do questionário ..................................34Gráfico 5 – Respostas para a questão 05 do questionário ..................................34 Gráfico 6 – Respostas para a questão 06 do questionário ..................................35 Gráfico 7 – Respostas para a questão 07 do questionário ..................................36 Gráfico 8 – Respostas para a questão 08 do questionário ..................................36 Gráfico 9 – Respostas para a questão 09 do questionário ..................................37 Gráfico 10 – Respostas para a questão 10 do questionário ................................38 LISTA DE SIGLAS ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR Norma Brasileira. CAU/BR Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil. CEF CBIC Caixa Econômica Federal. Câmara Brasileira da Indústria da Construção. CONMETRO ISO FINEP Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial. International Standardization for Organization. Financiadora de Inovação e Pesquisa. NM PIB Norma Mercosul. Produto Interno Bruto. SEBRAE SINDUSCON-MG SINDUSCON-SP Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas. Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Minas Gerais. Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo. VU VUP Vida útil. Vida útil de projeto. SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO ...............................................................................................12 2 REFERENCIAL TEÓRICO 15 2.1 Manual de uso, operação e manutenção 15 2.2 Aspectos legais do manual de uso, operação e manutenção de uma edificação 17 2.2.1 Código Civil 17 2.2.2 Código de Defesa do Consumidor 18 2.2.3 Normas técnicas 19 2.3 Aspectos técnicos do manual de uso, operação e manutenção de uma edificação 20 2.3.1 Relação entre desempenho requerido e vida útil das edificações 21 2.3.2 Requisitos para elaboração e apresentação do manual de uso, operação e manutenção 23 2.3.2.1 Linguagem utilizada 23 2.3.2.2 Estrutura ........................................................................................................24 2.4 Aspectos técnicos e práticos para elaboração do manual de uso, operação e manutenção 25 3 MÉTODO DE PESQUISA 27 3.1 Classificação da pesquisa 27 3.1.1 Quanto à natureza 27 3.1.2 Quanto à abordagem 27 3.1.3 Quanto aos objetivos 28 3.2 Quanto aos procedimentos técnicos 28 3.2.1 Objeto de estudo 28 3.2.2 Elaboração do Manual do Proprietário 30 4 RESULTADOS E ANÁLISES 31 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 40 5.1 Sugestões para trabalhos futuros 41 REFERÊNCIAS ..............................................................................................42 APÊNDICE A – MANUAL DO PROPRIETÁRIO APLICADO AO RESIDENCIAL A DA EMPRESA ESPECIALIZADA OBJETO DE ESTUDO 45 APÊNDICE B – QUESTIONÁRIO SOBRE O MANUAL DO PROPRIETÁRIO REALIZADO COM O PROPRIETÁRIO DA EMPRESA OBJETO DE ESTUDO LOGO APÓS ENTREGA DO EMPREENDIMENTO RESIDENCIAL A 106 APÊNDICE C - QUESTIONÁRIO SOBRE O MANUAL DO PROPRIETÁRIO ENTREGUE AOS PROPRIETÁRIOS DO RESIDENCIAL A JUNTAMENTE COM A ENTREGA DO EMPREENDIMENTO 108 INTRODUÇÃO No Brasil, a indústria da construção civil totalizou aproximadamente R$ 260 bilhões da formação de capital em 2018, o que equivale a 3,8% da composição do Produto Interno Bruto (PIB) do país (SINDUSCON-MG, 2019). Tal participação econômica direta na conjuntura nacional contribui para que as empresas especializadas[footnoteRef:1] trabalhem em um mercado cada vez mais competitivo. Diante dessa circunstância, essas empresas tendem a buscar e criar, constantemente, novas tecnologias e métodos construtivos no que tange ao aperfeiçoamento de processos, e consequentemente, do produto final, para satisfazer seus clientes, uma vez que estão cada vez mais exigentes e informados sobre seus direitos legais e os deveres da empresa especializada contratada. [1: A NBR 15575-1 (ABNT, 2013) define empresa especializada como organização ou profissional liberal que exerce função na qual é exigida qualificação técnica específica e cujo controle e disciplina são deferidos legalmente pelos conselhos e ordens profissionais.] Nesse contexto, atualmente pode-se observar maior atenção às ações de beneficiamento do pós-obra. Dentre elas está o manual de uso, operação e manutenção, a fim de promover uma boa gestão de entrega dos empreendimentos, considerando que tal momento refere-se à transição da responsabilidade da construção pós-obra para o usuário, e é conduzido por trâmites legais e normativos. Por se tratar de um documento detalhado que conta com informações de infraestrutura, técnicas construtivas adotadas e materiais utilizados, o processo de elaboração do mesmo exige dedicação para que todos os dados da edificação sejam obtidos de forma íntegra. Além disso, um conhecimento prévio da lei n.º 10.406[footnoteRef:2] (BRASIL, 2002), da lei n.º 8.078[footnoteRef:3] (BRASIL, 1990) e de normas brasileiras (NBRs) específicas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) são de suma importância para a elaboração de um manual de uso, operação e manutenção. [2: Neste trabalho, o termo “lei n.º 10.406” será designado doravante pelo termo Código Civil.] [3: Neste trabalho, o termo “lei n.º 8.078” será designado doravante pelo termo Código de Defesa do Consumidor.] Dessa forma, é necessário dar importância e até mesmo atribuir etapas dos processos construtivos à elaboração desse manual, norteado por seus aspectos legais, técnicos e práticos na empresa especializada objeto de estudo, uma construtora e incorporadora que atua na região do Médio Rio Piracicaba. Assim sendo, apresenta-se a seguinte pergunta norteadora dessa pesquisa: como é elaborado o Manual do Proprietário[footnoteRef:4]? E ainda, qual o impacto causado na relação entre a empresa especializada objeto de estudo e o cliente, mediante a entrega do empreendimento juntamente com o referido Manual? [4: Neste trabalho, o termo Manual do Proprietário referir-se-á ao manual de uso, operação e manutenção elaborado para o empreendimento construído pela empresa objeto de estudo.] Tomando como base um levantamento feito nas empresas especializadas locais e também diretamente com os seus respectivos clientes, a hipótese levantada por essa pesquisa pode ser definida como: apesar do conhecimento da elevada importância das práticas de uso, operação e manutenção das edificações, bem como de uma associação eficiente entre projetos e construção, ainda é notória a falta de investimento, por empresas especializadas locais, na elaboração e entrega de manuais referentes ao pós-obra. O presente trabalho teve como objetivo geral apresentar as premissas para a elaboração de um manual de uso, operação e manutenção de uma edificação, considerando aspectos legais, técnicos e práticos. Dessa forma, foram apresentadas as principais definições, leis e NBRs aplicáveis à estruturação de um manual para uso, operação e manutenção de um empreendimento, salientando a importância da elaboração e entrega desse manual pela empresa especializada, bem como a utilização do mesmo pelo proprietário. Além disso, foram utilizados dados obtidos no canteiro de obras, bem como projetos referentes à obra executada pela empresa especializada objeto de estudo, para elaboração do Manual do Proprietário. A pesquisa em questão deve ser classificada, quanto à natureza, como aplicada; já em referência à abordagem, como quanti-quali e no que se refere aos objetivos, a mesma é definida como exploratória. Por fim, no que concerne aos procedimentos técnicos, a presente pesquisa delimita-se como pesquisa documental. A fundamentação bibliográfica utilizada para realização do trabalho teve embasamento nas normas NBR 5674 (ABNT, 2012), NBR 14037 (ABNT, 2014), NBR 15575 (ABNT, 2013) e NBR 16280 (ABNT, 2015); na Câmara Brasileira da Indústria da Construção (2013) e Câmara Brasileira da Indústria da Construção (2014).De maneira geral, acredita-se que esta pesquisa reafirma a relevância do manual de operação, uso e manutenção como instrumento de orientação sobre cuidados, utilização e manutenção preventiva, o que, de certo modo potencializa a funcionalidade da construção pós-obra, uma vez que nele estão contidos dados e informações em detalhes sobre operação e funcionamento da edificação. Ademais, o mesmo é usado como mecanismo para acondicionar a vida útil da edificação, e ainda recobrir direitos da empresa especializada, atuando como guia de cuidados com o imóvel, para evitar mal-uso e possíveis problemas que podem insatisfazer os clientes. Nesse cenário, ressalta-se a importância em desenvolver de forma correta, detalhada e de fácil entendimento o manual de uso, operação e manutenção por parte da empresa especializada. Do mesmo modo, demonstra como a utilização do referido manual pelo proprietário, não só especifica a utilização correta da edificação e seus componentes, mas também referencias práticas de manutenção que garantem a vida útil prevista em projeto. REFERENCIAL TEÓRICO De forma geral, manuais são definidos como documentos criados por instituições empresariais, que têm por finalidade padronizar e uniformizar processos diversos, embasados na cultura organizacional como instrumentos de sintetização e descrição de etapas. O manual é um documento normativo-executivo que, geralmente, apresenta características próprias que garantem sua identificação, como índices organizados com intuito de considerar o seu valor como obra de referência (CURY, 2017; D’ASCENÇÃO, 2001; OLIVEIRA, 2013). Ainda segundo Cury (2017), D´Ascenção (2001) e Oliveira (2013), há uma grande variedade de manuais, que não se limitam à indústria de produção de bens. Dentre a diversidade dos mesmos, estão os manuais de normas e procedimentos a fim de operacionalizar atividades por meio da sua caracterização e detalhamento, e ainda, os manuais de instruções especializadas, que adotam ações específicas para determinadas atividades ou situações. Segundo a NBR 14037 (ABNT, 2011), manual de uso, operação e manutenção é o documento que reúne apropriadamente todas as informações necessárias para orientar as atividades de uso, operação e manutenção da edificação. O processo de produção das edificações era normalmente examinado em apenas duas etapas: os projetos (algumas vezes subdividido em etapas intermediárias) e a execução em canteiro de obra. Porém, a edificação não pode ser considerada como a realização de um objetivo do processo, já que é somente após a finalização dos projetos e da execução que a edificação pode ser colocada a serviço de seus usuários, servindo-os de forma adequada ao previsto. Diante disso, os manuais de uso, operação e manutenção, na indústria da construção civil, são criados com o intuito de fornecer ao cliente informações úteis que se referem a orientações sobre uso e manutenção da edificação, bem como o que diz respeito às condições de garantia do empreendimento (ABNT, 2011). Manual de uso, operação e manutenção A indústria da construção civil tem um papel importante na economia do país, graças ao elevado número de recursos financeiros que estimulam a cadeia produtiva da área. Sendo assim, as suas constantes atualizações exigem cada vez mais qualidade nas edificações, e é neste contexto que as normas NBR 5674 (ABNT, 2012), NBR 14037 (ABNT, 2011) e a NBR 15575 (ABNT, 2013) se tornam fundamentais para alcançar condições que permitem eficácia e eficiência na execução e manutenção das obras (CBIC, 2014). Além disso, vale ressaltar que muitos órgãos públicos e o próprio mercado competitivo tem colocado a apresentação do certificado de gestão da qualidade difundido pela NM ISO 9001:2009[footnoteRef:5] como pré-requisito para processos licitatórios (UI, 2018). [5: A norma do Mercado Comum do Sul NM ISO 9001:2009 especifica requisitos para um sistema de gestão da qualidade que podem ser usados pelas organizações para aplicação interna, para certificação ou para fins contratuais (NM ISO, 2009).] Entretanto, de acordo com Teixeira e Carvalho (2005), inúmeras empresas e incorporadoras que atuam na indústria da construção civil não dispõem, ou ainda possuem processos não eficientes que sejam capazes de avaliar o funcionamento da edificação no pós-obra, bem como equipará-lo aos projetos iniciais e ainda analisar o desempenho do empreendimento como um todo para com o cliente. Esses recursos são de suma importância para garantir a competitividade de construtoras e incorporadoras, no mercado, quando utilizados de maneira eficiente como instrumentos de medição e avaliação dos serviços prestados e dos resultados finais (TEIXEIRA; CARVALHO, 2005). Em geral, os sistemas de gestão da qualidade apresentam-se em confluência a essa necessidade por meio da formalização de etapas e processos, observação, controle, e assistência dos mesmos, de maneira que atuem como instrumentos de melhora na capacidade de gestão das empresas e de atendimento aos requisitos dos clientes (UI, 2018). Com isso, os manuais de uso, operação e manutenção da edificação, elaborados e entregues pelas empresas especializadas ou incorporadoras, devem orientar os proprietários e a administração do condomínio, em linguagem simples e direta, suas obrigações em relação à conservação, manutenção e condições de utilização da edificação. Além disso, deve recomendar operações para prevenir acidentes decorrentes de uso inadequado da edificação, e atitudes que contribuem para que a Vida Útil de Projeto (VUP) seja atingida (CBIC, 2014). Gradativamente, a sociedade civil tem percebido e assumido a grande importância das práticas de uso, operação e manutenção das edificações como forma de garantir a durabilidade e a conservação das condições de utilização dos edifícios no decorrer da VUP. A questão se centraliza na elaboração de uma interface eficaz entre o projeto e a edificação constituída, e o planejamento de manutenção corretiva e preventiva (ABNT, 2011). Sob o ponto de vista econômico e ambiental, é completamente inviável classificar as edificações como sendo descartáveis, sujeitas a uma simples substituição por novas edificações quanto às exigências de desempenho requisitadas pela NBR 15575 (ABNT, 2013). Posto isso, a manutenção das edificações deve ser levada em conta assim que as mesmas sejam colocadas em uso (ABNT, 2012). 2.2 Aspectos legais do manual de uso, operação e manutenção de uma edificação No Brasil, a indústria da construção civil se ampara por trâmites legislativos que delimitam processos construtivos e avaliam o desempenho das edificações, a fim de garantir a qualidade na produção e a execução das obras. Esses instrumentos se tornam ainda mais relevantes diante da autoconstrução abundante existente no país (DUTRA, 2018). Código Civil O Código Civil, relativo à lei n.o 10.406, de 10 de janeiro de 2002, determina a legislação adequável às relações civis de forma geral, apresentando, entre outros temas, sobre condomínio edilício. Com isso, o Código Civil estabelece diretrizes para a estruturação da convenção de condomínio (CBIC, 2014). O capítulo VII do Código Civil trata das orientações sobre o condomínio edilício[footnoteRef:6] e define algumas cláusulas que devem estar presentes na convenção de condomínio. [6: Neste trabalho, o termo condomínio edilício, utilizado no Código Civil, refere-se a condomínios verticais (prédios, os chamados condomínios de edifícios) e para condomínios horizontais (também conhecidos como condomínios residenciais). ] Nos artigos 1333 e 1334, que inicia com a descrição do edifício, o Código Civil orienta que deve discriminar e individualizar as unidades, delimitando áreas exclusivas e comuns, além de suas finalidades. Também, conforme Brasil (2002), nos artigos 1347 e 1348, outra cláusula que deve constar na convenção é a que diz respeito à administração de condomínio, definindo assim as funções, direitos e deveres do síndico, que é o responsável legal que responde em nome do condomínio. As regraspara as assembleias de condomínio também precisam estar expostas na convenção, como convocação e conduta nos encontros. Por fim, regras que dizem respeito ao regimento interno relacionam-se ao dia a dia do condomínio, como aquelas sobre dias de mudança, utilização de áreas comuns, conflitos, advertências e sanções (BRASIL, 2002). 2.2.2 Código de Defesa do Consumidor No que se refere aos manuais de uso, operação e manutenção de uma edificação, o Código de Defesa do Consumidor, referente à lei n.° 8.078, de 11 de setembro de 1990, em seu artigo 50, define parâmetros que respaldam os termos da garantia de um produto ou bem, além da sua duração e forma, bem como, os encargos do consumidor. O artigo ainda prevê a concessão, na entrega do bem, de manual de instrução e uso do produto, que devem conter uma linguagem clara e de fácil entendimento, com ilustrações. Já em seu artigo 12, apresenta as responsabilidades do construtor, nacional ou estrangeiro, após a entrega da edificação, que estão associadas as falhas de projeto ou execução que geram vícios à construção, e também no que tange à escassez de instruções e informações sobre a utilização e operação. Ademais, o artigo 26 envolve questões relacionadas ao direito de reclamar pelas deformidades aparentes ou de simples detecção, sua decadência e prescrições (BRASIL, 1990). Além disso, o Código de Defesa do Consumidor, em seu artigo 39, inciso VIII, tornou obrigatório o atendimento às normas técnicas quanto à vedação ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas: Colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro) (BRASIL, 1990). 2.2.3 Normas técnicas A NBR 14037 (ABNT, 2011) estabelece as premissas mínimas para elaborar e apresentar o conteúdo do manual de uso, operação e manutenção das edificações. A norma estabelece que a empresa especializada e/ou incorporadora deve: a) informar aos proprietários e ao condomínio as características técnicas da edificação; b) detalhar procedimentos recomendáveis e obrigatórios para conservação, uso e manutenção, bem como para a operação dos equipamentos; c) orientar os proprietários e o condomínio a respeito das suas obrigações; d) prevenir a ocorrência de falhas ou acidentes decorrentes de uso inadequado; e) contribuir para que a VUP da edificação seja atingida. A NBR 5674 (ABNT, 2012) estabelece requisitos para a gestão do sistema de manutenção das edificações. Tal gestão deve conter maneiras para preservar as características originais da edificação e prevenir a avaria de desempenho resultante de deterioração dos componentes, elementos e sistemas. Há ainda a norma que diz respeito às reformas de edificações, a NBR 16280 (ABNT, 2015), que estabelece os requisitos para a gestão de controle de processos, projetos, execução e segurança. Essa norma se aplica exclusivamente às reformas, incluindo meios para prevenir perdas de desempenho nas ações de intervenção, planejar, projetar e analisar técnicas de reforma, alterar as características originais da edificação ou de suas funções, descrever características da execução de obras de reforma, garantir a segurança da edificação e do entorno, realizar registros documentais da reforma e supervisionar os processos. A indústria da construção civil está vivendo um momento de tomada de consciência ampla sobre seus conteúdos e adequando-se às suas particularidades, e nesse contexto nascem questionamentos, até no que se refere aos limites da responsabilidade profissional. Com isso, por meio de uma iniciativa da Caixa Econômica Federal (CEF) e da Financiadora de Inovação e Pesquisa (Finep), os primeiros estudos sobre a NBR 15575, no ano de 2000, geraram intensas discussões na sociedade brasileira e em vários segmentos da indústria da construção civil (CAU/BR, 2015), que, após duas revisões, resultou na NBR 15575 (ABNT, 2013). Sobre o desempenho das edificações habitacionais, a NBR 15575 (ABNT, 2013) define o conceito de conduta em uso dos componentes das edificações, que deve atender às exigências dos proprietários. Dessa forma, é possível promover uma melhoria na relação de consumo no mercado imobiliário, já que os membros da produção habitacional recebem suas próprias responsabilidades, sejam eles projetistas, fornecedores, construtor/incorporador, sistema e usuário. Em sua introdução, a NBR 15575 (ABNT, 2013) apresenta as normas de desempenho como um complemento às NBRs prescritivas, que determinam seus requisitos fundamentadas no uso convencional de produtos ou procedimentos, sem substituí-las. Dessa forma, o uso simultâneo das NBRs tende a atender às exigências do usuário com soluções mais adequadas tecnicamente ao comportamento em uso e não só no detalhamento dos sistemas construídos. 2.3 Aspectos técnicos do manual de uso, operação e manutenção de uma edificação De acordo com a NBR 14037 (ABNT, 2011), o desenvolvimento e a utilização de planos de manutenção preventiva e corretiva são de suma importância. Técnicas utilizadas para avaliar o pós-ocupação influenciam o retorno às fases de projeto e execução das informações a respeito das reais condições de acomodação pelos usuários do ambiente construído. Outro instrumento utilizado para melhorar a comunicação no decorrer do processo é a qualidade da documentação técnica elaborada ao longo das etapas de projeto e execução, além do direcionamento para clarificar dúvidas relacionadas às fases de conservação, uso e manutenção, além da operação de equipamentos (ABNT, 2011). Em atendimento às normas NBR 14037 (ABNT, 2011) e NBR 15575-1 (ABNT, 2013), para a elaboração do manual de uso, operação e manutenção das edificações, deve-se levar em consideração alguns termos e definições, dentre eles: a) componente: unidade integrante de determinado elemento da edificação, com forma definida e destinada a cumprir funções específicas; b) desempenho: comportamento em uso de uma edificação e de seus sistemas; c) durabilidade: capacidade do edifício ou de seus sistemas de desempenhar suas funções, ao longo do tempo e sob condições de uso e manutenção especificas; d) manutenção: conjunto de atividades a serem realizadas ao longo da vida total da edificação para conservar ou recuperar a sua capacidade funcional e de seus sistemas constituintes de atender as necessidades e segurança de seus usuários; e) prazo de garantia: período de tempo em que é elevada a probabilidade de que eventuais vícios ou defeitos em um sistema, em estado de novo, venham a se manifestar, decorrentes de anomalias que repercutam em desempenho inferior àquele previsto; f) sistema: maior parte funcional do edifício; g) vida útil (VU): período de tempo em que um edifício e/ou seus sistemas se prestam às atividades para as quais foram projetados e construídos, considerando a periodicidade e correta execução dos processos de manutenção especificados no manual de uso, operação e manutenção; h) vida útil de projeto (VUP): período estimado de tempo para o qual um sistema é projetado a fim de atender aos requisitos de desempenho, considerando o estágio do conhecimento no momento do projeto e supondo o cumprimento da periodicidade e correta execução dos processos de manutenção especificados no manual de uso, operação e manutenção. 2.3.1 Relação entre desempenho requerido e vida útil das edificações Com o crescimento constante das cidades e também o avanço das indústrias, tornou-se notório o aumento da poluição urbana e, consequentemente, a exposição de edificações a essa poluição. Dessa forma, os níveis de degradação das construções têm sido superiores ao esperado, apresentando problemas relativos à durabilidade e manifestações patológicas (POSSAN; DEMOLINER, 2013). Os constantes colapsos de edificações apontam para a importância em elaborar projetos para a durabilidade, umcontrole sistêmico na execução de novas construções e a manutenção constante nas edificações já existentes. Programas de manutenção, estimativas de custos no decorrer da VU e construções mais duráveis devem receber destaque não só nos projetos, mas também no gerenciamento das edificações (POSSAN; DEMOLINER, 2013). A NBR 15575-1 (ABNT, 2013) define VU como o período de tempo em que um edifício e/ou seus sistemas se prestam às atividades para as quais foram projetados e construídos considerando a periodicidade e correta execução dos processos de manutenção especificados no manual de uso, operação e manutenção. De maneira geral, a VU de uma edificação traduz-se em estimar a duração de uma estrutura ou de suas partes no decorrer do seu ciclo de vida, limitando-se aos projetos. Sendo assim, é o espaço de tempo entre o início da utilização até o momento em que o desempenho não atinge mais às exigências do usuário, sendo continuamente influenciada pelas rotinas de manutenção (POSSAN; DEMOLINER, 2013), como mostra a Figura 1. Figura 1 – Vida útil da edificação com e sem manutenção Fonte: ABNT (2013). Já a VUP é definida na fase de projetos e delimita todo o processo de produção do bem, sendo basicamente uma expressão econômica das exigências do usuário. Um exemplo é quando se projeta a impermeabilização de uma laje, há uma infinidade de técnicas e materiais que podem ser escolhidos, entretanto, cada material terá a sua VUP definida. Fica evidente que cada solução estabelecida em projeto tem um custo e, consequentemente, um desempenho ao longo do tempo definidos (ABNT, 2013). A partir da definição da VUP, é possível estabelecer a obrigação que todos os componentes do sistema funcionem de modo a produzir o elemento para que a VU atingida seja igual ou maior que a VUP. Sem essas definições prévias, quem produz o bem fica propenso a adotar qualquer técnica disponível e optar pelo menor custo inicial, ou seja, a tendência é produzir bens com um menor custo inicial que acabam sendo menos duráveis, com um maior custo de manutenção e que podem gerar um maior custo global (ABNT, 2013). É importante frisar a relevância de que o usuário realize todas as ações de manutenção para que a VUP seja atingida. Por consequência da falta de manutenção, eventuais manifestações patológicas podem surgir do uso inadequado e não de uma construção falha (ABNT, 2013). 2.3.2 Requisitos para elaboração e apresentação do manual de uso, operação e manutenção De acordo com a CBIC (2013), o manual de uso, operação e manutenção de uma edificação deve ser produzido conforme exigências normativas. Quanto aos requisitos para elaboração e apresentação do manual de uso, operação e manutenção, a NBR 14037 (ABNT, 2011) considera os critérios de linguagem utilizada e sua estrutura. 2.3.2.1 Linguagem utilizada A NBR 14037 (ABNT, 2011) estabelece que a linguagem utilizada deve ser simples e direta, com um vocabulário preciso e adequado ao condomínio e ao proprietário. A norma ainda estabelece que o manual de uso, operação e manutenção deve apresentar: a) ilustrações, desenhos esquemáticos, tabelas e fotografias; b) informações de forma didática; c) organização de forma que as informações sejam exibidas de acordo com a classificação, para facilitar a compreensão; d) detalhamento das informações condizente com a complexidade da edificação; e) disponibilização em meio físico, podendo ser impresso ou eletrônico, através de pen drive, CD e DVD. 2.3.2.2 Estrutura As informações contidas no manual devem orientar o proprietário e o condomínio a respeito da edificação. Dessa forma, torna-se útil sua divisão em capítulos, que podem ser divididos em itens. Informações extras que aprofundem a compreensão de algum item devem ser apresentadas como anexo ao manual (ABNT, 2011). O Quadro 1, conforme a NBR 14037 (ABNT, 2011), demonstra a maneira como os conteúdos devem ser dispostos nesse documento executivo-normativo. Quadro 1 - Disposição dos conteúdos CAPÍTULOS SUBDIVISÕES Apresentação Índice Introdução Definições Garantias e assistência técnica Garantias e assistência técnica Memorial descritivo - Fornecedores Relação de fornecedores Relação de projetistas Serviços de utilidade pública Operação, uso e limpeza Sistemas hidrossanitários Sistemas eletroeletrônicos Sistema de proteção contra descargas atmosféricas Sistemas de ar condicionado, ventilação e calefação Sistemas de automação Sistemas de comunicação Sistemas de incêndio Fundações e estruturas Vedações Revestimentos internos e externos Pisos Coberturas Jardins, paisagismo e áreas de lazer Esquadrias e vidros Pedidos de ligações públicas Manutenção Programa de manutenção preventiva Registros e inspeções Informações complementares Meio ambiente e sustentabilidade Segurança Operação dos equipamentos e suas ligações Documentação técnica e legal Elaboração e entrega do manual Atualização do manual Fonte: ABNT (2011). 2.4 Aspectos práticos para elaboração do manual de uso, operação e manutenção Cabe aos construtores e incorporadores a elaboração do manual de uso, operação e manutenção de acordo com as normas NBR 14037 (ABNT, 2011), NBR 5674 (ABNT, 2012) e NBR 15575 (ABNT, 2013), informando os devidos prazos de garantias, sugerindo um sistema de gestão de manutenção, e informando sobre o atendimento ao cliente, além da prestação de assistência técnica aos proprietários, usuários e síndicos das edificações (SEBRAE, 2018). Pode-se considerar também como informação importante a ser detalhada o que diz respeito aos limites de uso seguro da edificação, bem como carregamentos máximos aceitáveis sobre os componentes estruturais e elétricos. Além disso, datas importantes como a obtenção da Certidão de Habite-se, data de conclusão da estrutura e elaboração/atualização do manual, também devem estar presentes (ABNT, 2011). No momento da elaboração do manual, deve-se levar em consideração que os usuários e os síndicos são pessoas leigas e que não possuem noções básicas sobre projetos, podendo ter objeções de visão geométrica e até mesmo não saber diferenciar os projetos específicos entre si. Sendo assim, é fundamental a produção de desenhos esquemáticos de fácil entendimento para que os usuários possam compreender o manual (MICHELIN, 2005). A NBR 14037 (ABNT, 2011) salienta também a importância em informar endereço, bem como documentos que descrevem procedimentos para instalar equipamentos previstos nos projetos e fornecidos pelos usuários. Além disso, é recomendado instruir a respeito da movimentação de móveis e equipamentos no interior da edificação, informando as dimensões máximas calculadas. Ainda sobre segurança, a NBR 14037 (ABNT, 2011) dedica uma seção para tratar das recomendações para situações de emergência, tais como vazamentos de gás e água, falhas nos sistemas elétricos, prevenção e combate a incêndios e falhas em instalações e equipamentos importantes no funcionamento da edificação, como por exemplo, elevadores. Dessa forma deve ser descrita a localização dos controles de operação da edificação, dispositivos de segurança, registros da rede hidráulica, chaves dos disjuntores, visando a segurança pessoal e patrimonial dos usuários. Recomendações para inspeções técnicas da edificação, componentes, instalações e equipamentos, esquemas sobre as inspeções na edificação destacando itens sobre a segurança, salubridade ou pontos críticos do funcionamento, devem ser informados juntamente com a frequência em que devem ser realizados. Ademais, o manual de uso, operação e manutenção deve detalhar os procedimentos de manutenção geral da edificação com um todo (ABNT, 2011). O responsável técnico por produzir a edificação deve ser identificado de forma completa no manual de uso, operação e manutenção, com nome, endereço, telefone, registro profissional e, se existir, informações sobre o atendimento ao cliente. Devem ser incluídos também os dados das empresas especializadas com responsabilidade técnica sobre os projetos, execução e fiscalização. As garantias dadaspelos responsáveis técnicos devem ser contempladas, identificando os prazos de garantia e as responsabilidades dos usuários para que seja válida a garantia (ABNT, 2011). MÉTODO DE PESQUISA Este trabalho baseou-se em uma pesquisa bibliográfica e documental realizada em um empreendimento localizado na cidade de João Monlevade/MG. Enfatiza-se que a investigação desenvolvida não teve o propósito de avaliar os responsáveis técnicos que elaboraram os projetos e a empresa especializada que os executou, bem como a qualidade e capacitação da mão de obra. Vale ressaltar que, em todas as fases da pesquisa, os pressupostos teóricos nortearam a investigação, conforme Gil (2017). A seguir, será descrito o método de pesquisa utilizado para o desenvolvimento deste trabalho. 3.1 Classificação da pesquisa 3.1.1 Quanto à natureza Em relação à natureza, este trabalho caracteriza-se como uma pesquisa aplicada. Segundo Gil (2017), a pesquisa aplicada é caracterizada por esclarecer questões específicas por meio do conhecimento técnico. Nesse contexto, o presente trabalho estudou a relevância aos impactos do manual de uso, operação e manutenção como instrumento de orientação sobre cuidados, utilização e manutenção preventiva, o que, de certo modo potencializa a funcionalidade da construção pós-obra. 3.1.2 Quanto à abordagem A sistematização de etapas da pesquisa em questão, em um primeiro momento a define como qualitativa, já que seu desenvolvimento envolveu a seleção e redução dos dados, bem como a avaliação da natureza dos mesmos por meio dos aspectos legais. Já os aspectos técnicos, foram validados para categorização e redução das informações contidas no Manual do Proprietário. Em sequência, teve-se a etapa final, para elaboração do texto em si, que foi auxiliada por dados estatísticos, desenvolvidos por meio de entrevista, na qual os aspectos práticos foram considerados para garantir a qualidade e objetividade do documento. 3.1.3 Quanto aos objetivos De acordo com os objetivos propostos, esta pesquisa se classificou como exploratória. A classificação da pesquisa como exploratória partiu da premissa que relacionou a situação-problema com a hipótese criada, atrelados ao objetivo geral da pesquisa, uma vez que, segundo Gil (2017), pesquisas como esta promovem e desenvolvem conceitos do assunto abordado, de modo que o problema tratado se torne mais claro, possibilitando a construção de hipóteses contundentes. Sendo assim, consideraram-se diversas questões acerca do fato estudado. 3.2 Quanto aos procedimentos técnicos Por meio da utilização de definições, NBRs e leis que circundam a elaboração e apresentação de um manual de uso, operação e manutenção de uma edificação, bem como a análise de projetos referentes à obra executada pela empresa especializada objeto de estudo e a coleta de dados realizada no canteiro de obras, caracteriza-se a pesquisa em questão como documental, já que nesse caso as fontes são muito mais diversificadas e dispersas, dispondo-se de materiais analisados e sem tratamento analítico (GIL, 2017). Ainda classificou-a também como pesquisa bibliográfica. 3.2.1 Objeto de estudo A empresa especializada objeto de estudo atua no Município de João Monlevade há 10 anos, por meio da prestação de serviços de construção e reforma de edificações, com o intuito de venda e aluguel dos referidos imóveis. O empreendimento construído pela empresa especializada objeto de estudo será denominado Residencial A no decorrer do trabalho. A obra do Residencial A teve início no ano de 2017 e foi entregue aos proprietários das unidades autônomas vendidas em novembro de 2019. Trata-se de uma edificação com estrutura em concreto armado e alvenaria de vedação com bloco cerâmico com paredes internas e externas maciças, contendo cinco pavimentos, sendo um pavimento térreo, dois pavimentos tipo e um de cobertura duplex. A Figura 1 mostra a fachada frontal do Residencial A. Figura 2 – Fachada frontal do Residencial A Fonte: Autoras (2019). A planta baixa do pavimento térreo apresenta onze vagas de garagem cobertas e de uso privativo de cada apartamento, sendo que a cobertura possui duas vagas e as demais unidades autônomas uma vaga. Já os apartamentos tipo, são compostos por dois quartos, dois banheiros, sala, cozinha e área de serviço. As coberturas, por serem duplex, tem um quarto a mais, uma área de churrasco e uma área descoberta. 3.2.2 Elaboração do Manual do Proprietário Inicialmente foram analisados diversos aspectos que poderiam ser introduzidos no Manual do Proprietário, tendo como mais relevantes aqueles contidos e validados pela ABNT NBR 14037:2011. Dentre as questões abordadas nessa NBR, adaptou-se tudo aquilo que seria útil e compatível com os projetos referentes à obra realizada pela empresa especializada objeto de estudo. A partir de então, deu-se início à elaboração do Manual do Proprietário. Outras NBRs utilizadas para a elaboração do Manual do Proprietário foram a ABNT NBR 15575:2013, que trata do desempenho das edificações habitacionais, e a ABNT NBR 5674:2012, que aborda os requisitos para o sistema de gestão de manutenção. Após a revisão bibliográfica, com o objetivo de contribuir para o embasamento deste trabalho, o conteúdo foi contextualizado com a realidade da edificação objeto de estudo desta pesquisa. Na sequência, foram iniciadas as coletas de dados em campo, que se sucederam em duas etapas. A primeira delas ocorreu acerca da leitura e interpretação dos projetos da edificação, como o arquitetônico, estrutural, hidrossanitário e elétrico. Em seguida, na segunda etapa, foram feitas visitas técnicas ao canteiro de obra da edificação, relacionando os projetos com a execução da construção e coletando informações relevantes, de acordo com as NBRs. Por fim, foi iniciada a elaboração do Manual do Proprietário, com todas as informações coletadas nos projetos e no canteiro de obras, levando em consideração os requisitos estabelecidos por todas as NBRs que nortearam a revisão bibliográfica deste trabalho. RESULTADOS E ANÁLISES A elaboração e a entrega do Manual do Proprietário possibilitaram observações no que concerne aos aspectos voltados para as construtoras e incorporadoras, uma vez que foi feita uma entrevista com o proprietário da empresa especializada objeto de estudo, através de seis perguntas sobre a inserção do Manual do Proprietário juntamente à entrega do empreendimento, bem como avaliadas as variáveis acerca disso, conforme o Apêndice B. Quanto ao que se refere à avaliação dos proprietários que adquiriram a unidade autônoma do empreendimento, os mesmos responderam a um questionário de dez questões, em que duas delas eram dicotômicas e as demais baseadas na escala Likert, conforme o Apêndice C. Os resultados foram analisados e compilados para gráficos de barra, que estão dispostos ao longo dessa seção. A aplicação do questionário aos proprietários realizou-se em quatro das nove unidades autônomas presentes na edificação. Isso se deu pelo fato de que na data da entrega, as quatro unidades eram, até então, os únicos empreendimentos vendidos. Sendo assim, para sintetização das respostas obtidas e ainda, adaptação da pesquisa reduziu-se o espaço amostral às quatro unidades autônomas, o que, de certo modo possibilitou uma melhor compreensão dos dados levantados. A primeira pergunta do questionário referia-se ao conhecimento de um manual de uso, operação e manutenção. Conforme o Gráfico 1, como esperado, 75% dos entrevistados não tinha conhecimento sobre a existência desse documento. Já a parcela entrevistada que tinha conhecimento da existência do Manual, 25% dos entrevistados, não sabia exatamente qual era o conteúdo do referido. Gráfico 1 – Respostas para a questão 01 do questionário Fonte: dados da pesquisa (2019). Já a pergunta seguinte dizia respeito à avaliação mediante a entrega do Manual, considerando que, se após a leitura e conhecimento do mesmo, os proprietários julgaram tal documento como relevante ou não. O Gráfico 2 ilustraque, nesse caso, 100% dos entrevistados consideraram importante a elaboração e entrega de um manual de uso, operação e manutenção, após conhecimento do documento. Gráfico 2 – Respostas para a questão 02 do questionário Fonte: dados da pesquisa (2019). Diante disso, vale ressaltar que de certo modo, pode-se inferir que a falta de atenção e desleixo das empresas especializadas em relação às ações de beneficiamento do pós-obra se dá pela ausência de informação sobre direitos do proprietário por parte dos clientes. As perguntas de 03 a 09 tratam-se do conteúdo do Manual do Proprietário. As respostas dos entrevistados foram baseadas na leitura realizada, uma vez que não é possível afirmar que houve uma utilização efetiva do Manual, já que o mesmo foi entregue juntamente à concessão das unidades autônomas e as respostas dos proprietários foram recebidas, em média, uma semana após a data de envio do Manual. A questão 03 diz respeito à linguagem utilizada no Manual. Como resultado apresentado no Gráfico 3, 75% dos entrevistados acredita que, de maneira geral, a linguagem adotada é simples e de fácil entendimento. Porém, foram feitos alguns comentários sobre determinados termos contidos no Programa de Manutenção, que foram considerados “técnicos”, como por exemplo “registro de gaveta”. Gráfico 3 – Respostas para a questão 03 do questionário Fonte: dados da pesquisa (2019). Sobre as imagens e plantas disponíveis no documento, 75% dos proprietários assinalou que “provavelmente sim” o recurso ilustrativo pode ser considerado uma ferramenta para facilitar o entendimento de aspectos pontuais e globais, conforme ilustrado no Gráfico 4. Gráfico 4 – Respostas para a questão 04 do questionário Fonte: dados da pesquisa (2019). No que tange à disposição da relação de documentos, bem como à periodicidade da renovação e suas incumbências, os proprietários trataram como um dos principais pontos e de maior importância do Manual do Proprietário. Conforme apresentado no Gráfico 5, a opção “Definitivamente sim” foi selecionada por 75% dos entrevistados quando questionados sobre a utilidade da presença de informações sobre a documentação do empreendimento e a disponibilidade da periodicidade de renovação da mesma. Além disso, ainda informaram não ter conhecimento de alguns desses documentos. Gráfico 5 – Respostas para a questão 05 do questionário Fonte: dados da pesquisa (2019). Já a respeito das especificações da garantia, para 50% dos entrevistados, ilustrado no Gráfico 6, o Manual deve auxiliar na resolução de pequenos problemas e na forma de solicitação da assistência técnica, uma vez que, segundo eles a divisão em subitens tenha facilitado a localização de questões específicas, apesar de questionarem a extensão de alguns subitens. Gráfico 6 – Respostas para a questão 06 do questionário Fonte: dados da pesquisa (2019). Outra questão abordada no questionário compete aos fornecedores. No Manual do Proprietário existe uma tabela com uma listagem atualizada das empresas que forneceram algum material ou serviço durante a obra, bem como o contato de responsáveis por prestação de serviços. Sendo assim, 50% dos proprietários considera vantajosa a disposição desses dados (Gráfico 7). Gráfico 7 – Respostas para a questão 07 do questionário Fonte: dados da pesquisa (2019). Com relação ao item uso, operação e limpeza, 100% dos proprietários entrevistados trataram-no como de extrema importância para o dia a dia (Gráfico 8). Para um deles, é o conteúdo que será mais utilizado e de certo modo mais importante para assegurar a garantia dos materiais e componentes da edificação. Gráfico 8 – Respostas para a questão 08 do questionário Fonte: dados da pesquisa (2019). Outro questionamento feito diz respeito à utilização efetiva do programa de manutenção inserido no Manual. O Gráfico 9 mostra que dois dos quatro proprietários são neutros em relação a isso e os demais se dividem em “provavelmente sim” e “definitivamente sim”. Para eles, seguir periodicamente o cronograma dependerá da organização condominial e fundamentalmente do síndico do Residencial A. Gráfico 9 – Resposta para a questão 09 do questionário Fonte: dados da pesquisa (2019). Para finalizar a pesquisa realizada com os proprietários entrevistados, indagou-se sobre a qualidade do Manual do Proprietário entregue. Como resposta (Gráfico 10), 75% dos entrevistados classificaram o documento recebido como “Ótimo” e os outros 25% como “Muito bom”. Pode-se inferir que, em um contexto geral, todos avaliaram o documento positivamente e compreenderam a relevância dos aspectos tratados. Ao final, no espaço destinado a sugestões e críticas dos entrevistados, além dos pontos que já foram citados, foi solicitado o envio do Manual do Proprietário como “arquivo digital”, devido a possíveis perdas e extravios do documento entregue e também a sugestão de realizar a concessão de manuais de uso, operação e manutenção antes da entrega dos empreendimentos. Gráfico 10 – Respostas para a questão 10 do questionário Fonte: dados da pesquisa (2019). Em relação ao proprietário da empresa especializada objeto de estudo, também foi realizado um questionário sobre a entrega e os impactos causados pelo Manual do Proprietário. Em um primeiro momento, tratou-se dos possíveis impactos positivos e negativos provenientes do Manual do Proprietário. Segundo o entrevistado, foi possível observar benefícios advindos da elaboração e entrega do Manual do Proprietário, principalmente em relação à segurança que o cliente adquire na fase de transferência de responsabilidades pós-ocupação. Além disso, foi ressaltado que a entrega de um manual de uso, operação e manutenção de uma edificação deve, ou ao menos deveria, atuar como instrumento facilitador no que se refere à periodicidade das manutenções de área privativas e de uso comum. Uma vez que, segundo o proprietário da empresa objeto de estudo, a maioria dos clientes desconhece sobre o uso adequado da edificação, principalmente a respeito da manutenção preventiva, o que pode diminuir manutenções corretivas e danos causados por mau uso. Com base nos trâmites legais e normativos que circundam um manual de uso, operação e manutenção de uma edificação, entende-se que o mesmo resguarda legalmente, de forma simultânea as empresas especializadas, bem como seus clientes. Diante dessa afirmação, o entrevistado ressaltou que, esse detalhamento de responsabilidades legais, ocasiona uma relação mais sadia entre ambas as partes, sem que nenhuma delas se sinta lesada ou injustiçada. Questionado sobre uma possível valorização financeira do empreendimento mediante a entrega do Manual juntamente à entrega do mesmo, o proprietário da empresa acredita que não há necessidade, nem possibilidade em aumentar o preço de um imóvel por conta de tal “bônus”, entretanto reconhece que o mesmo poderá influenciar no momento de escolha entre opções do mercado imobiliário. Por fim, indagou-se sobre a ausência de um manual de uso, operação e manutenção de uma edificação até o presente momento, por parte da empresa, uma vez que era perceptível os benefícios trazidos por ele. Quanto a isso, o proprietário afirmou categoricamente que, de certo modo, não havia pleno conhecimento sobre o documento, porém era sabido sobre a complexidade e trabalho para elaboração de um manual de uso, operação e manutenção. Portanto verifica-se, de modo geral, que ainda assim é notório a ausência de investimento efetivo, por parte da indústria da construção civil, em ações de beneficiamento do pós-obra. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente trabalho foi desenvolvido a partir da hipótese levantada pela pesquisa a respeito da falta de investimento, das empresas especializadas locais, para elaboração e entrega de manuais pós-obra, apesar da importância dos procedimentosde uso, operação e manutenção das edificações. Posto isso, foram elaborados objetivos gerais e específicos com a finalidade de nortear a elaboração do Manual do Proprietário de uma edificação. A revisão bibliográfica teve como base as principais leis, NBRs e outras bibliografias pertinentes que estabelecem as premissas mínimas para a elaboração de um manual de uso, operação e manutenção correto, adequado ao consumidor final e contextualizado com a edificação da empresa especializada objeto de estudo, sanando uma das problemáticas desta pesquisa. Um manual de uso, operação e manutenção bem elaborado, causa grande impacto na relação entre a empresa especializada e o cliente, se mostrando uma ferramenta importante na comunicação entre o proprietário e essa empresa ao especificar as responsabilidades de cada um. Além disso, orienta o usuário a respeito da utilização adequada do seu bem e também a respeito do seu papel no zelo, conservação e manutenção da edificação. Todas as etapas do trabalho foram concluídas, começando com a revisão bibliográfica, adaptando-a à realidade estudada, prosseguindo com a demonstração da importância em elaborar e entregar um manual de uso, operação e manutenção por parte da empresa especializada objeto de estudo, tal como a utilização do mesmo pelo proprietário. Por fim, para que o Manual do Proprietário pudesse ser elaborado, foram realizadas coletas de dados na edificação e na empresa, concluindo com a elaboração do referido manual. Essas etapas foram fundamentais para resolver o problema inicialmente proposto pela pesquisa, agregar conhecimento a respeito das leis e NBRs sobre um manual de uso, operação e manutenção. Não obstante, foi realizado um trabalho que tem como objetivo final elaborar um Manual do Proprietário de uma edificação específica, mas que pode ser complementado com outras informações e servir de base para atender a diversos tipos de edificações. A elaboração de um manual de uso, operação e manutenção alinhado com a edificação como construída, abordando todos os tópicos com linguagem simples e, quando necessário, desenhos esquemáticos, demonstrou resultados positivos no primeiro contato com o usuário. Entretanto, apesar de ser um documento importante e útil, é necessário que haja bom senso e comprometimento dos usuários em cumprir com as suas obrigações. Só assim o Manual do Proprietário poderá de fato cumprir o seu objetivo. Finalizando, comprovou-se a importância em proporcionar ao usuário um manual de uso, operação e manutenção adequado à edificação, já que o desempenho das edificações está diretamente associado às práticas de qualidade no uso. Além disso, concluiu-se também que, após o conhecimento das práticas descritas no Manual do Proprietário, cabe ao usuário comprometer-se a segui-las, contribuindo assim para o pleno desempenho da edificação. 5.1 Sugestões para trabalhos futuros A seguir, serão apresentadas algumas sugestões para futuros trabalhos: a) elaborar um estudo em uma edificação que disponha de um manual de uso, operação e manutenção, porém com um período pós habite-se de no mínimo 5 anos; b) estruturar um manual de uso, operação e manutenção modelo que possa ser utilizado por qualquer empresa especializada, de forma que possa ser adaptado de acordo com o porte da edificação; c) desenvolver uma pesquisa a respeito da gestão e garantia da qualidade em empresas especializadas. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR 5674: manutenção de edificações – Requisitos para o sistema de gestão de manutenção. Rio de Janeiro: ABNT, 2012. ______. ABNT NBR 14037: diretrizes para elaboração de manuais de uso, operação e manutenção das edificações – Requisitos para elaboração e apresentação dos conteúdos. Rio de Janeiro: ABNT, 2011. ______. ABNT NBR 15575: edificações habitacionais – Desempenho. Rio de Janeiro: ABNT, 2013. ______. ABNT NBR 15575-1: edificações habitacionais – Desempenho. Parte 1: requisitos gerais. Rio de Janeiro: ABNT, 2013. ______. ABNT NBR 16280: reforma em edificações – Sistema de gestão de reformas – Requisitos. Rio de Janeiro: ABNT, 2015. BRASIL. Lei n.º 8.078, de 11 de setembro de 1990. Dispõe sobre a proteção do consumidor e dá outras providências. Brasília, DF: Portal da Legislação, [2019]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8078.htm. Acesso em: 15 abr. 2019. BRASIL. Lei n.º 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil. Brasília, DF: Portal da Legislação, [2019]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2002/L10406.htm. Acesso em: 15 abr. 2019. CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO. Guia nacional para a elaboração do manual de uso, operação e manutenção das edificações. Brasília: CBIC, 2014. 185 p. Disponível em: https://cbic.org.br/wp-content/uploads/2017/11/Guia_de_Elaboracao_de_Manuais_2014.pdf. Acesso em: 28 mar. 2019. CÂMARA BRASILEIRA DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO. Manual de uso, operação e manutenção das edificações. Brasília: CBIC, 2013. 11 p. Disponível em: http://www.sinduscon-mg.org.br/site/arquivos/up/geral/93b6ad56770f03edd387d83308e2c814.pdf. Acesso em: 27 mar. 2019. CONSELHO DE ARQUITETURA E URBANSMO DO BRASIL. Guia para arquitetos na aplicação da norma de desempenho. CAU/BR, 2015. Acesso em: https://www.caubr.gov.br/wp-content/uploads/2015/09/2_guia_normas_final.pdf. Acesso em: 04 abr. 2019. CURY, A. Organização e métodos – Uma visão holística. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2017. 488 p. DUTRA, A. C. Avaliação pós-ocupação funcional em edifício reabilitado: estudo de caso do Maria Paula. 2018. Dissertação (Mestrado em Habitação) – Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo, São Paulo, 2018. Disponível em: https://www.ipt.br/pos_graduacao_ipt/solucoes/dissertacoes/1042-avaliacao_pos_ocupacao_funcional_em_edificios_reabilitado:_estudo_de_caso_do_maria_paula.htm. Acesso em: 03 set. 2019. D’ASCENÇÃO, L. C. M. Organização, sistemas e métodos: análise, redesenho e informatização de processos administrativos. São Paulo: Atlas, 2001. 224 p. GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2017. 192 p. MICHELIN, L. A. C. Manual de operação, uso e manutenção das edificações residenciais multifamiliares: coleta e avaliação de exemplares de empresas de Caxias do Sul-RS. 2005. Dissertação (Mestrado Profissionalizante em Engenharia) – Escola de Engenharia, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre, 2005. Disponível em: https://www.lume.ufrgs.br/bitstream/handle/10183/10125/000517860.pdf?sequence=1&isAllowed=y. Acesso em: 24 maio 2019. OLIVEIRA, D. P. R. Sistemas, organização e métodos: uma abordagem gerencial. 21. ed. São Paulo. Atlas: 2013. 520 p. POSSAN, E.; DEMOLINER, C. A. Desempenho, durabilidade e vida útil das edificações: abordagem geral. Revista técnico-científica do Crea-PR, Curitiba, 1ª edição, p 1-14, out. 2013. Disponível em: http://creaprw16.crea-pr.org.br/revista/Sistema/index.php/revista/article/viewFile/14/10. Acesso em: 03 set. 2019. SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS. Manual de uso e operação de edificações. Rio de Janeiro: SEBRAE, 2018. Disponível em: https://sebraeinteligenciasetorial.com.br/produtos/relatorios-de-inteligencia/manual-de-uso-e-operacao-de-edificacoes/5b44ae80d0a9751800f2aec3#download. 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Acesso em: 03 set. 2019. APÊNDICE A – MANUAL DO PROPRIETÁRIO ISABELLA SILVA CASSEMIRO LORENA APARECIDA GUALBERTO FERREIRA MANUAL DO PROPRIETÁRIO APLICADO AO RESIDENCIAL A DA EMPRESA ESPECIALIZADA OBJETO DE ESTUDO João Monlevade 2019 LISTA DE FIGURAS Figura 1 – Desenho esquemático da vista 1 da área de serviço .........................71 Figura 2 – Desenho esquemático da vista 2 da área de serviço .........................71 Figura 3 – Desenho esquemático da vista 1 do banheiro social e suíte ............72 Figura 4 – Desenho esquemático da vista 1 da cozinha .....................................72 Figura 5 – Desenho esquemático da vista 2 da cozinha .....................................73 Figura 6 – Desenho esquemático da vista 3 da cozinha .....................................73 Figura 7 – Desenho esquemático da vista 1 do quarto 1 ....................................74 Figura 8 – Desenho esquemático da vista 2 do quarto 1 ....................................74 Figura 9 – Desenho esquemático da vista 3 do quarto 1 ....................................75 Figura 10 – Desenho esquemático da vista 1 da sala .........................................75 Figura 11 – Desenho esquemático da vista 2 da sala .........................................76 Figura 12 – Desenho esquemático da vista 1 da suíte ........................................76 Figura 13 – Desenho esquemático da vista 2 da suíte ........................................77 Figura 14 - Hall de entrada do Residencial A .......................................................82 Figura 15 – Detalhe dos pontos para filtro/puruficador e caixa de gordura .....83 Figura 16 – Detalhe dos pontos de alimentação e escoamento de água ..........84 Figura 17 – Quadro de distribuição .......................................................................88 LISTA DE QUADROS Quadro 1 – Relação de documentos .....................................................................55 Quadro 2 – Detalhes construtivos da área de serviço ........................................67 Quadro 3 – Detalhes construtivos dos banheiros ...............................................67 Quadro 4 – Detalhes construtivos da cozinha .....................................................68 Quadro 5 – Detalhes construtivos da sala e dos quartos ...................................69 Quadro 6 – Detalhes construtivos das áreas de uso comum .............................77 Quadro 7 – Relação para contato referente aos materiais utilizados ................78 Quadro 8 – Relação para contato dos profissionais responsáveis técnicos pelos projetos ......................................................................................80 Quadro 9 – Relação para contato referente às organizações de serviço público...................................................................................................80 Quadro 10 - Planejamento do Programa de Manutenção ...................................92 Quadro 11 – Registro de manutenção .................................................................100 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO 51 2 TERMOS E DEFINIÇÕES 52 2.1 Área comum 52 2.2 Bacia sanitária 52 2.3 Componente 52 2.4 Convenção condominial 52 2.5 Desempenho 52 2.6 Empresa capacitada 52 2.7 Empresa especializada 53 2.8 Equipe de manutenção local 53 2.9 Esquadrias 53 2.10 Garantia certificada 53 2.11 Garantia legal 53 2.12 Habite-se 53 2.13 Laje de forro 54 2.14 Manual do Proprietário 54 2.15 Plafon de sobrepor 54 2.16 Prazo de garantia certificada 54 2.17 Registro de gaveta 54 2.18 Residencial A 54 2.19 Sifão 55 2.20 Sindicato Patronal 55 2.21 Vida útil 55 3 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA E LEGAL 55 4 GARANTIA CERTIFICADA 58 4.1 Termo de garantia certificada 58 4.1.1 Estruturas 58 4.1.2 Alvenaria 58 4.1.3 Esquadrias de madeiras 59 4.1.4 Esquadrias de alumínio 59 4.1.5 Vidros 60 4.1.6 Impermeabilizações 60 4.1.7 Piso cimentado/Contrapiso 61 4.1.8 Azulejos, Placa cerâmica, porcelanatos e pastilhas 61 4.1.9 Rochas ornamentais (mármores e granitos) 62 4.1.10 Forro de gesso 62 4.1.11 Argamassa para rejuntamento (rejunte) 63 4.1.12 Pintura 63 4.1.13 Instalações hidráulicas, louças e metais sanitários 64 4.1.14 Instalações elétricas 65 4.2 Perda de garantia globais 65 5 MEMORIAL DESCRITIVO 66 5.1 Planta baixa do apartamento 202 66 5.2 Áreas privativas 67 5.2.1 Desenhos esquemáticos das áreas privativas 69 5.3 Áreas de uso comum 77 5.3.1 Planta baixa da garagem 78 6 FORNECEDORES 78 6.1 Profissional responsável técnico pelos projetos 80 6.2 Relação de serviços de utilidade pública 80 7 OPERAÇÃO, USO E LIMPEZA 80 7.1 Como solicitar ligações (consulte as concessionárias para os pedidos de ligações individuais) 81 7.2 Mudança e transporte de móveis 81 7.3 Instalação de equipamentos previstos no projeto hidrossanitário 82 7.4 Fundações e estruturas 85 7.5 Instalações hidrossanitárias 86 7.6 Sistema eletroeletrônico 87 7.7 Vedações 88 7.8 Revestimentos internos e externos 88 7.8.1 Revestimentos internos 89 7.8.2 Revestimentos externos 89 7.9 Cobertura 90 7.10 Forros de gesso 90 7.11 Esquadrias e vidros 90 7.11.1 Esquadrias de alumínio e vidro 90 7.11.2 Esquadrias de madeira e fechadura 91 8 MANUTENÇÃO 91 8.1 Programa de Manutenção 92 8.2 Responsabilidades relacionadas à manutenção da edificação 98 8.2.1 Incorporadora e Construtora 99 8.2.2 Síndico 99 8.2.3 Usuário 99 8.3 Registro da realização de manutenções 100 REFERÊNCIAS .............................................................................................102 ANEXO A – PLANTA BAIXA DO APARTAMENTO 202 .............................104 ANEXO B – PLANTA BAIXA DA GARAGEM DO RESIDENCIAL A ..........105 1 INTRODUÇÃO Prezado(a) cliente, a empresa objeto de estudo atua como construtora e incorporadora na região do Médio Rio Piracicaba há 10 anos, e é com satisfação que a mesma conclui e entrega aos seus clientes o empreendimento Residencial A. Localizado na cidade de João Monlevade, o empreendimento conta com um edifício de estrutura em concreto armado e alvenaria de vedação com bloco cerâmico em cinco pavimentos, sendo composto de um pavimento térreo, dois pavimentos tipo e uma cobertura duplex. Este Manual do Proprietário é resultado do Trabalho de Conclusão de Curso das graduandas em Engenharia Civil Isabella Silva Cassemiro e Lorena Aparecida Gualberto Ferreira, orientadas pela professora Diana Darlen Soares Cangussú no ano de 2019, pela Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg). O presente Manual do Proprietário, que foi elaborado de acordo com a Norma Brasileira NBR 14037 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), está em conformidade com o Código Brasileiro de Defesa do Consumidor (Lei n.º 8.078, de 11 de setembro de 1990) e com o Código Civil, relativo à Lei n.o 10.406, de 10 de janeiro de 2002. O objetivo do manual é orientá-lo durante o uso, operação e manutenção do seu imóvel e das áreas de uso comum do edifício, na certeza de assegurar a qualidade e vida útil do mesmo. Possui as seguintes informações: a) principais termos técnicos utilizados; b) características técnicas e construtivas da edificação; c) Descrição dos procedimentos recomendados para o melhor aproveitamento e manutenção da edificação; d) desenhos esquemáticos das instalações; e) prevençãode falhas e acidentes provenientes de uso inadequado; f) descrição dos materiais e acessórios utilizados; g) indicação dos prazos de garantia; h) lista dos principais fornecedores; i) assistências técnicas. 2 TERMOS E DEFINIÇÕES 2.1 Área comum “Área situada nos diversos pavimentos da edificação, mas fora dos limites de uso privativo, que pode ser utilizada por parte ou por todos os proprietários das áreas privativas.” (ABNT, 2005). 2.2 Bacia sanitária “Aparelho sanitário destinado a receber exclusivamente dejetos humanos.” (ABNT, 1999). 2.3 Componente “Unidade integrante de determinado elemento do edifício, com forma definida e destinada a cumprir funções específicas (exemplo: bloco cerâmico, telha, folha de porta).” (ABNT, 2013). 2.4 Convenção condominial “Documento que contém os trâmites referentes à administração do condomínio, bem como as principais regras de convivência e as delimitações de áreas privativas e de uso comum.” (BRASIL, Lei n.º 4.591, 1964). 2.5 Desempenho “Comportamento em uso de uma edificação e de seus sistemas.” (ABNT, 2013). 2.6 Empresa capacitada “Organização jurídica ou pessoa física que tenha recebido capacitação, orientação e responsabilidade de profissional habilitado e que trabalhe sob responsabilidade de profissional habilitado.” (ABNT, 2012). 2.7 Empresa especializada “Organização ou profissional liberal que exerce função na qual é exigida qualificação técnica específica e cujo controle e disciplina são deferidos legalmente pelos conselhos e ordens profissionais. ” (ABNT, 2013). 2.8 Equipe de manutenção local “Pessoas que realizam serviços na edificação que tenham recebido orientação e possuam conhecimento de prevenção de riscos e acidentes.” (ABNT, 2012). 2.9 Esquadrias “Denominação genérica para janelas e portas nos projetos e construções, independente do material e processo construtivo.” (CBIC, 2014). 2.10 Garantia certificada “Condições dadas pelo fornecedor por meio de certificado ou contrato de garantia para reparos, recomposição, devolução ou substituição do produto adquirido.” (ABNT, 2013). 2.11 Garantia legal “Direito do consumidor de reclamar reparos, recomposição, devolução ou substituição do produto adquirido, conforme legislação vigente.” (ABNT, 2013). 2.12 Habite-se Documento expedido pela prefeitura após vistoria, que atesta que o imóvel está pronto para ser habitado conforme as exigências estabelecidas pelo município. É válido tanto para novas edificações quanto para reformadas. 2.13 Laje de forro Sustenta apenas o carregamento do telhado, caixa d’água e, quando necessário, de pessoas para manutenção. 2.14 Manual do Proprietário “Presente documento que reúne apropriadamente todas as informações necessárias para orientar as atividades de operação, uso e manutenção da edificação.” (ABNT, 2012). 2.15 Plafon de sobrepor Luminária de teto destinada à iluminação geral do ambiente, sendo que, por ser de sobrepor, a mesma encontra-se presa ao teto. 2.16 Prazo de garantia certificada “Período de tempo, acima do prazo de garantia legal, oferecido voluntariamente (incorporador, construtor ou fabricante) na forma de certificado ou termo de garantia ou contrato, para que o consumidor possa reclamar dos vícios (defeitos) verificados na compra de seu produto. Este prazo pode ser diferenciado para cada um dos componentes do produto a critério do fornecedor.” (ABNT, 2013). 2.17 Registro de gaveta “Componente instalado na tubulação e destinado a interromper a passagem da água. Deve ser usado totalmente fechado ou totalmente aberto.” (ABNT, 1998). 2.18 Residencial A Construção destinada à habitação particular. 2.19 Sifão “Desconector destinado a receber efluentes do sistema predial de esgoto sanitário.” (ABNT, 1999). 2.20 Sindicato Patronal Intermediador nas decisões com o sindicato dos empregadores. Atua como negociador das convenções coletivas e dissídios coletivos. 2.21 Vida útil “Intervalo de tempo ao longo do qual a edificação e suas partes constituintes atendem aos requisitos funcionais para os quais foram projetadas, obedecidos os planos de operação, uso e manutenção previstos.” (ABNT, 2012). 3 DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA E LEGAL Quadro 1 – Relação de documentos DOCUMENTO INCUMBÊNCIA DO FORNECIMENTO INICIAL INCUMBÊNCIA PELA RENOVAÇÃO PERIODICIDADE DA RENOVAÇÃO Manual do proprietário Construtora e Incorporadora Proprietário Quando houver alteração na fase de uso Manual das áreas comuns Construtora e Incorporadora Condomínio Quando houver alteração na fase de uso ou legislação Certificado de garantia dos equipamentos instalados Construtora e Incorporadora Condomínio A cada nova aquisição ou manutenção Notas fiscais dos equipamentos Construtora e Incorporadora Condomínio A cada nova aquisição ou manutenção Manuais técnicos de uso, operação e manutenção dos equipamentos instalados pela Construtora e Incorporadora Construtora e Incorporadora Condomínio A cada nova aquisição ou manutenção Auto de conclusão (Habite-se) Construtora e Incorporadora Não há Não há Alvará de aprovação de execução da edificação Construtora e Incorporadora Não há, desde que inalteradas as condições do edifício Não há Projeto arquitetônico Construtora e Incorporadora Não há Não há Projetos aprovados em concessionárias Construtora e Incorporadora Não há Não há Projetos executivos Construtora e Incorporadora Não há Não há Recibo de pagamento da concessionária de energia elétrica (último pagamento) Construtora e Incorporadora Condomínio Não há Recibo de pagamento da concessionária de água e esgoto (último pagamento) Construtora e Incorporadora Condomínio Não há Recibo do pagamento do IPTU do último ano da obra, boleto(s) de IPTU(s) a serem pagos, cópia do processo de desdobramento do IPTU e carnês de IPTU desdobrado Construtora e Incorporadora Condomínio Não há Certificado de limpeza, desinfecção e potabilidade dos reservatórios de água Construtora e Incorporadora Condomínio A cada 6 meses Declaração de limpeza do poço de esgoto, poço de água servida, caixas de drenagem e esgoto Construtora e Incorporadora Condomínio A cada 1 ano Atestado de instalação de gás, instalações hidráulicas e outras instalações prediais Construtora e Incorporadora Condomínio Verificar legislação específica Atestado de instalações elétricas Construtora e Incorporadora Condomínio A cada ano Sugestão ou modelo de programa de manutenção Construtora e Incorporadora Não há Não há Sugestão ou modelo de lista de verificação do programa de manutenção Construtora e Incorporadora Não há Não há Cadastro do condomínio junto às concessionárias de serviços Construtora e Incorporadora Condomínio Não há (desde que inalteradas as condições do edifício) Especificações, instituição de condomínio Condomínio Não há Não há Ata da assembleia de instalação de condomínio Condomínio Condomínio A cada alteração de síndico Convenção condominial Condomínio Condomínio Quando necessário Regimento Interno Condomínio Condomínio Quando necessário Relação de proprietários Condomínio Condomínio A cada alteração Cadastro do condomínio no sindicato patronal Condomínio Não há Não há Livros e atas de assembleias/presença Condomínio Condomínio A cada alteração Livro do conselho consultivo Condomínio Condomínio A cada alteração Inscrição do edifício na Receita Federal (CNPJ) Condomínio Condomínio A cada alteração de síndico Inscrição do condomínio no ISS Condomínio Condomínio Não há Inscrição do condomínio no sindicado dos empregados Condomínio Condomínio Não há Apólice de seguro de incêndio ou outros sinistros que cause destruição Condomínio Condomínio A cada ano Relação de moradores Condomínio Condomínio A cada alteração Cópia dos documentos de registro e funcionários terceirizados Condomínio Condomínio A cada alteração de funcionário Certificado de desratização e desinsetização Condomínio
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