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PROTEÇÃO T R A N S F O R M A D O R E S R E A T O R E S T R A F O S D E A T E R R A M E N T O A U T O T R A N S F O R M A D O R E S TRANSFORMADOR 2 TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA - CONCEITO É um Equipamento Elétrico, cujo princípio básico de funcionamento ocorre pela conversão de um nível de tensão em outro, onde um desses níveis de tensão é seu circuito primário, ligado a uma fonte, e o outro nível de tensão é o secundário, que alimenta uma carga. O Transformador pode ser Elevador ou Abaixador de Tensão. Um transformador é dito elevador quando sua tensão primária é menor que sua tensão secundária; e é dito abaixador quando sua tensão primária é maior que a sua tensão secundária. O valor da tensão em cada enrolamento está diretamente associado ao número de espiras que cada bobina possui, de modo que, para um transformador ideal vale a seguinte relação: V1 N1 V2 N2 a 3 TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA – TRANSFORMADOR IDEAL Núcleo de permeabilidade infinita ( Relutância Magnética nula). Perdas nulas: Calor nos enrolamentos de cobre(*) e a histerese e correntes parasitas no núcleo(**). o (*) Podem ser minimizadas com o uso de ventiladores. o (**) Núcleo de ferro laminado e isolado. Fluxo de Dispersão Nulo – Considera-se todo o fluxo magnético confinado no núcleo. Relações válidas em um transformador ideal: V1 N1 V2 N2 a I1 1 I2 a Z1 Z2 a² P2 P1 4 TRANSFORMADOR DE POTÊNCIA – TRANSFORMADOR IDEAL Transformador Ideal em Regime Permanente: 5 Quando uma tensão senoidal de frequência angular é aplicada no enrolamento primário de um transformador, e o enrolamento secundário é mantido em circuito aberto, a tensão primária é balanceada por uma f.e.m., induzida pela taxa de variação do fluxo concatenado com o enrolamento primário, dado por: ɸ = N1., onde é o fluxo variável senoidal no núcleo do transformador. Dado por: ɸ = max.Sen(ω.t). Desse modo, a tensão primária é dada por: V1 = e1 = N1. dɸ1 dt dɸ1 e1 = N1. = N1. ω . max e E1= . N1. . max dt 1 2 TRANSFORMADOR DE FORÇA – TRANSFORMADOR IDEAL Transformador Ideal em Regime Permanente: 6 dɸ1 e1 = N1. = N1. ω . max e E1= . N1. . max dt 1 2 = 4,44 2 E1 = 4,44 . f . N1 . max A equação de E1 acima, é uma relação muito importante na teoria dos dispositivos eletromagnéticos de corrente alternada, pois relaciona o projeto do enrolamento (N, número de espiras) ao fluxo magnético do núcleo max. É a relação geral entre o valor eficaz (RMS) da tensão gerada por um fluxo de variação senoidal e o máximo valor desse fluxo. TRANSFORMADOR IDEAL – EM REGIME PERMANENTE SENOIDAL E o valor do Fluxo (Φm = E / (4,44 . f . N ) independe das dimensões e da qualidade do núcleo magnético. A dimensão e as características do núcleo, apenas determinam o valor da corrente de magnetização ( I = Ʀɸ / N) Fluxo variável(senoidal) no núcleo do transformador: (ɸ = ɸm . Sen(ω.t) Frequência angular: (Radianos/segundo). 7 Como a frequência é a mesma no primário e no secundário (Trafo ideal), teremos: V1 = N1 V2 = N2 Ep = 4,44 . f . Np . m Es = 4,44 . f . Ns . m Ep = Np Es = Ns 8 DEFINIÇÃO DE VALOR EFICAZ (RMS) TRANSFORMADOR IDEAL – EM REGIME PERMANENTE SENOIDAL O VALOR MÉDIO DE UMA SENOIDE, EM UM PERÍDO, É NULO. 9 DEFINIÇÃO DE VALOR EFICAZ (RMS) TRANSFORMADOR IDEAL – EM REGIME PERMANENTE SENOIDAL O TRABALHO NO 2⁰ MEIO PERÍODO É O MESMO 10 TRANSFORMADOR – PRINCIPAIS COMPONENTES DEFINIÇÃO DE VALOR EFICAZ (RMS) EQUAÇÃO DE UMA ONDA SENOIDAL TRANSFORMADOR – PRINCIPAIS COMPONENTES Núcleo – É constituído por material ferromagnético em chapas finas e isoladas para minimizar o surgimento de correntes parasitas. É responsável por transferir a corrente que é induzida no enrolamento primário ao secundário. Enrolamentos – São bobinas cilíndricas formadas por condutores de cobre retangulares, podendo ser isoladas com papel ou envernizadas. A isolação entre os enrolamentos AT e BT, em transformadores de Alta tensão, são feitos com óleo mineral isolante. Tanque Principal – É um compartimento feito de aço, onde está localizada a parte ativa (enrolamentos) e é preenchido com fluído dielétrico (em geral, óleo mineral isolante). 11 TRANSFORMADOR – PRINCIPAIS COMPONENTES Tanque de Expansão – É um tanque auxiliar que permite a expansão do volume de óleo do transformador por causa das variações de temperatura a que o equipamento é submetido. o Óleo Mineral Isolante – Além de servir como isolação entre os circuitos primário e secundários, o óleo permite a troca de calor com o ambiente, através de sua circulação pelos radiadores / sistema de ventilação forçada. o Além disso, o óleo isolante, ao ser absorvido (impregnado) pelo papel isolante dos condutores das bobinas, confere-lhe características isolantes especiais. Buchas – São dispositivos de porcelana estanques, cuja finalidade é isolar os terminais das bobinas do tanque do transformador. São dotados de pequenos tanques de expansão para permitir dilatações do volume interno de óleo. 12 TRANSFORMADOR – PRINCIPAIS COMPONENTES Comutador Sob Carga – É um dispositivo que permite variar os níveis de tensão através da alteração do número de espiras de um transformador. o Essa variação de espiras é feita no lado de AT, visto que nesse caso, a corrente é menor e, portanto os problemas decorrentes de contato (queda de tensão e efeito joule) são menores. o Quando a tensão do primário (AT) é menor que a nominal, são retiradas espiras (Baixar TAP); quando a tensão AT é maior, são acrescentadas espiras (Aumentar TAP). o Essa comutação ou derivação de TAP é feita automaticamente, sem a necessidade de desligar o transformador. o A esse processo dá-se o nome de Regulação de Tensão e é controlado por um sistema de controle e proteção, incluindo um relé 90. o É possível, também, a regulação manual. 13 TRANSFORMADOR – PRINCIPAIS COMPONENTES Trocadores de Calor (Radiadores) – São equipamentos instalados na parte externa do tanque, e fazem a circulação do óleo isolante através de aletas que, em contato com o ar ambiente, diminuem a temperatura do óleo. o O mais habitual é usar a ventilação forçada, através de motoventiladores, que funcionam automaticamente, comandados por sensores de temperatura ou imagem térmica (medição indireta da temperatura do óleo e do enrolamento). Painel (Armário) – É o local onde são instalados os dispositivos de interface que permitem o controle, proteção e monitoramento do funcionamento do transformador. o As informações de temperatura, corrente, gases e outras, são enviadas ao Sistema de Supervisão da Instalação. 14 TRANSFORMADOR – PRINCIPAIS COMPONENTES Termômetros – Medem a temperatura dos enrolamentos e do óleo do transformador (Medição analógica). o A depender dos valores de temperaturas medidas, pode-se proceder a alarmes, desligamentos, partida de ventilação forçada ou bomba de circulação forçada de óleo. Medidores de Temperatura Digitais – Atualmente, no mercado, já existem sistemas digitais de monitoramento e medição de temperatura que, em comparação com os analógicos existentes, além de medir, também geram várias funções de supervisão e controle, inclusive regulação de tensão. o Como exemplos desse dispositivos digitais podemos citar: o IED SEL-2411 e o Controlador Digital de Temperatura TREE TECH. 15 TRANSFORMADOR – PRINCIPAIS COMPONENTES 16 17 T R A N S F O R M A D O R – P R IN C IP A IS C O M P O N E N T E S TRANSFORMADOR – PROTEÇÕES INTRÍNSECAS Proteções Intrínsecas – Relé (Buchholz) – Nema 63. Tanque do Transformador Tanque de Expansão Relé Buchholz o Defeitos internos de alta intensidade geram arcos de alta energia, com uma violenta expansão dos gases formados. o Esses gases criam uma forte pressão interna que agitao óleo no tanque, movimentando-o em direção ao tanque de expansão. o O relé instalado entre o tanque principal do transformador e o Tanque de Expansão (Conservador de Óleo), detecta a presença de gás e o movimento súbito do óleo. 18 TRANSFORMADOR – PROTEÇÕES INTRÍNSECAS Proteções Intrínsecas – Relé (Buchholz) – Nema 63. Tanque do Transformador Tanque de Expansão Relé Buchholz o No caso de pequena sobrecarga ativa um alarme. o No caso de arco elétrica atua o relé de fluxo de óleo e ativa o disparo. o Atua, também, para curto-circuito entre espiras. o Tem uma válvula de purga que permite recolher o gás acumulado para ensaio. o Se o gás for inflamável é sinal de que houve falha. o Se for apenas ar, pode significar nível de óleo baixo. 19 TRANSFORMADOR – PROTEÇÕES INTRÍNSECAS Proteções Intrínsecas – Relé (Buchholz) – Nema 63. Tanque do Transformador Tanque de Expansão Relé Buchholz o O relé 63 é uma valiosa retaguarda aos relés diferenciais ou de sobrecorrente, para faltas dentro do tanque. o No caso de faltas insipientes, há a formação de gás, e após certo tempo fecha um contato acionando um alarme, antes que a deterioração do isolamento provoque um dano maior. o Esse alarme é chamado Relé de Gás 1⁰ Grau ou 63-1. 20 TRANSFORMADOR – PROTEÇÕES INTRÍNSECAS Proteções Intrínsecas – Válvula de Alívio de Pressão (Válv. de Seg.) o Sobrepressões em Transformadores pode provocar o estufamento do tanque de óleo. o Pode, também, levar à explosão do Transformador. o Por isso, dispositivos de Alívio de Pressão são instalados. o As sobrepressões podem ser geradas pelo funcionamento normal ou por c. circuitos. Mola Tampa Óleo Parede do Transformador 1 2 1 e 2 - Contatos Elétricos o Se a pressão ultrapassar certo limite, abre-se um fresta para liberar a pressão, que voltará a fechar-se quando a pressão for normalizada. o Contatos elétricos são disponibilizados para alarmes e supervisão nos sistemas de supervisão da instalação. 21 TRANSFORMADOR – PROTEÇÕES INTRÍNSECAS Proteções Intrínsecas – Relé de Temperatura do Enrolamento(49). o A temperatura do ponto mais quente do enrolamento de um transformador influi na taxa de deterioração do isolamento. o A temperatura do enrolamento modifica-se de forma mais rápida que a temperatura do óleo em função da constante térmica do óleo ser mais elevada. o É necessário, portanto, conhecer a temperatura dos enrolamentos, a fim de controlar ventiladores e desligar ou reduzir cargas para reduzir danos ao transformador. o A medição dessa temperatura é feita de forma indireta, usando-se o conceito de Imagem Térmica. o Na figura seguinte mostra-se como funciona a imagem térmica. 22 TRANSFORMADOR – PROTEÇÕES INTRÍNSECAS Proteções Intrínsecas – Imagem Térmica o Uma resistência (R) imersa em óleo é aquecida pela corrente do TC. o Ela possui uma constante térmica de tempo próxima à do enrolamento. o Com 95⁰ ocorre o desarme do transformador. o Possui três contatos com ajustes distintos. o Nível1 – Permite a entrada de ventiladores ou bombas de resfriamento forçado. 23 o Nível 2 – Alarme. o Nível 3 – Desligamento do transformador. U U TAMPA DO TRANSFORMADOR R TANQUE DO TRANSFORMADOR T E R M Ô M E T R O TUBO CAPILAR B U L B O C A P IL A R ELEMENTO AQUECEDOR TC DE BUCHA TRANSFORMADOR – PROTEÇÕES INTRÍNSECAS Proteções Intrínsecas – Imagem Térmica Digital o Sistema Digital de monitoramento e medição digital. o Também gera várias funções de supervisão e controle. o Faz, inclusive, regulação de tensão. 24 U U TAMPA DO TRANSFORMADOR TC DE BUCHA TANQUE DO TRANSFORMADOR S A ÍD A D E 4 A 2 0 m A D C TM1 TEMP. ENR. TEMP. ÓLEO SEL 2411 ÓLEO ENROL TRANSFORMADOR – PROTEÇÕES INTRÍNSECAS Proteções Intrínsecas – Relé de Temperatura Óleo (Nema 26). o Essa proteção destina-se a proteger o isolante de seus enrolamentos contra os estragos provocados por aquecimento inadmíssvel. o Geralmente, os transformadores dispõem de um indicador de temperatura, tipo termômetro, no topo do óleo, o qual por meio de tubo capilar poderá acionar um contato de alarme (80⁰), outro contato para acionar os ventiladores (60⁰) e ainda um outro para acionar as bombas de circulação de óleo (65⁰). o Do mesmo modo que para o relé 49, esse relé através de RTD pode alimentar o relé 2411 da SEL fazendo as mesmas funções, tais como sinalização, acionar ventiladores ou acionar bombas de circulação de óleo. o Os trips pelos relés 26 e 49, são definidos pelo ONS/ANEEL.. 25 TRANSFORMADOR – PROTEÇÕES INTRÍNSECAS Proteções Intrínsecas – Supervisão do Nível de Óleo o Instalado no reservatório de óleo, o supervisor de nível de óleo é capaz de sinalizar o nível anormal do óleo (Alto ou Baixo) ou desligar o disjuntor quando o nível de óleo estiver crítico, podendo prejudicar o transformador e até mesmo danificá-lo. Proteções Intrínsecas – Relé de Ruptura de Membrana. o O Relé de Ruptura de Membrana (Bolsa) é um dispositivo capaz de detectar a ruptura da membrana ou bolsa de borracha usada em sistemas de preservação de óleo em transformadores e reatores de potência. o É constituído por um sensor ótico que deve ser montado sobre a membrana ou dentro da bolsa de borracha(lado do ar) e uma unidade de controle localizada no armário do transformador. 26 27 TRANSFORMADOR – PROTEÇÕES INTRÍNSECAS Exemplo – Relé de Ruptura de Membrana. o Relé de Ruptura de Membrana da TREE Tech. o Este relé é uma unidade de controle que fica localizada no Armário (Painel) do transformador, servindo de interface com o Sistema Supervisório. o Normalmente, ele só é usado para supervisão e alarme. 28 TRANSFORMADOR – PROTEÇÕES DO COMUTADOR SOB CARGA As proteções intrínsecas do comutador se assemelham às proteções intrínsecas do transformador. o Relé de Pressão(63C) – Quando opera deve desligar o e isolar o transformador. o Relé de Fluxo do Comutador (63A-C) – Como no caso anterior deve desligar e isolar o transformador. o Nível de Óleo do Comutador – A sua atuação pode, ou não, desligar e isolar o transformador. o A diferença básica do transformador para o comutador, é a inexistência de tanque de expansão no comutador. o Em alguns casos o comutador usa o tanque de expansão do transformador, controlado por um filtro. 29 TRANSFORMADOR – TIPOS DE TRANSFORMADORES A escolha do tipo de conexões de um transformador trifásico, leva em conta muitos fatores, às vezes conflitantes. Nesse trabalho vamos utilizar a seguinte combinação/conexão: Estrela – Delta, que é um tipo de conexão bastante utilizado no brasil. A seguir mostraremos as vantagens e desvantagens desse tipo de conexão: VANTAGENS: As correntes de 3⁰ harmônico são eliminadas pela circulação das correntes de 3⁰ harmônico no secundário em delta. o O neutro do primário mantém-se estável devido ao secundário em delta, e pode ser aterrado. o É a melhor combinação para transformadores abaixadores, pois a conexão estrela é apropriada para altas tensões e a conexão delta é adequada para altas correntes. 30 TRANSFORMADOR – TIPOS DE TRANSFORMADORES Desvantagens: Não há neutro no secundário disponível para aterramento ou para uma possível alimentação a quatro fios. o A falta de uma fase torna o transformador inoperante. Aplicações: A principal é o abaixamento de tensão de sistema usando grandes transformadores. Tipos de Ligação e Deslocamento Angular A B C b a c BA C ba c Ia = IA - IB Ib = IB - IC Ic = IC - IA 31 TRANSFORMADOR – GRUPOS DE LIGAÇÃO A B C b a c BA C ba c Ia = IA - IB Ib = IB - IC Ic = IC - IA Ia = IA - IB A B C -B + A B C b a c 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12/0 Yd11 (+)30⁰ 32 Determinação do Grupo de Ligação (Yd11) a2a1 b2 b1 c2 c1 a2 a1 b2 b1 c2 c1 +30⁰ TRANSFORMADOR – GRUPOS DE LIGAÇÃO 33 TRANSFORMADOR– GRUPOS DE LIGAÇÃO BA C ba c Ia = IA - IC Ib = IB - IA Ic = IC - IB Ia = IA - IC C A B -C + 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12/0 Yd1 (-)30⁰ C A B a c b C A B a c b 34 Determinação do Grupo de Ligação (Yd1) a2a1 b2 b1 c2 c1 a2a1 b2 b1 c2 c1 -30⁰ a2 TRANSFORMADOR – GRUPOS DE LIGAÇÃO 35 TRANSFORMADOR – GRUPOS DE LIGAÇÃO A B C A’ B’ C’ (A-C) (B-A) (C-B) A B C A’ B’ C’ (-A+C) (-B+A) (-C+B) A B C A’ B’ C’ (A-B) (B-C) (C-A) Yd1 (-30°) Yd7 (+150°) Yd11 (+30°) Yd5 (-150°) A B C A’ B’ C’ (-A+B) (-B+C) (-C+A) 36 TRANSFORMADOR – PROTEÇÃO DE SOBRECORRENTE Complementando as proteções principais para detecção de defeitos internos aos transformadores, os relés de sobrecorrente constituem um tipo de proteção de retaguarda, além de ser responsável pela eliminação das condições operativas anormais impostas aos transformadores pelas correntes passantes para as faltas externas ou sobrecargas. As proteções de sobrecorrente de fase têm compromissos de sensibilidade versos liberação do carregamento máximo permissível ao transformador. Outros problemas de sensibilidade ocorrem em função dos baixos níveis de curto-circuito nos barramentos secundários de alguns transformadores de um sistema. 37 TRANSFORMADOR – PROTEÇÃO DE SOBRECORRENTE Para estes casos, utiliza-se relés de sobrecorrente com restrição por tensão, que permitem desempenho adequado, tanto para faltas externas quanto para faltas internas no Trafo. Esta solução pode ser usada como proteção principal de transformadores abaixadores de baixa potência, quando o fator econômico não recomendar o uso de relés diferenciais. 38 TRANSFORMADOR – PROTEÇÃO DIFERENCIAL CONDIÇÃO DE CARGA OU DEFEITO EXTERNO 39 TRANSFORMADOR – PROTEÇÃO DIFERENCIAL DEFEITO INTERNO OU ENTRE OS TCs 40 TRANSFORMADOR – PROTEÇÃO DIFERENCIAL PERCENTUAL DIFERENCIAL PERCENTUAL, POR QUÊ? Id é a corrente diferencial mínima de operação. Mesmo em condições normais de operação surgem correntes diferenciais provocadas por erros nos TCs e mudanças de TAP. Por isso a necessidade de um pick-up mínimo do relé diferencial (Id). REGIÃO DE OPERAÇÃO REGIÃO DE BLOQUEIO ID IR Id 41 TRANSFORMADOR – PROTEÇÃO DIFERENCIAL PERCENTUAL DIFERENCIAL PERCENTUAL, POR QUÊ? Mesmo em condições normais de operação, o aumento da carga faz surgir uma corrente diferencial maior que o ajuste do pick-up mínimo (Id). Ou seja, para um mesmo erro, a corrente Id é maior e cai na região de operação do relé. Surge, assim, a necessidade de usar o conceito do relé diferencial percentual. REGIÃO DE BLOQUEIO Novo ponto de operação em função do aumento da carga. REGIÃO DE OPERAÇÃO ID IR Id 42 TRANSFORMADOR – PROTEÇÃO DIFERENCIAL PERCENTUAL DIFERENCIAL PERCENTUAL, POR QUÊ? Para uma falta externa ou corrente de carga: Iop = I1s - I2s = 0. o Ire = (I1s+I2s)/2 = I1s = I2s Elemento Protegido UU UU Bobina de Operação Bobina de Restrição I1p I2p I1s I2s I1S-I2S Observação: Valores em p.u. 43 TRANSFORMADOR – PROTEÇÃO DIFERENCIAL PERCENTUAL DIFERENCIAL PERCENTUAL, POR QUÊ? Para uma falta interna I2s inverte seu sentido (sinal negativo): Iop = I1s + I2s = Operação. o Ire = (I1s + I2s)/2 = I1s = I.2s Observação: Valores em p.u. Elemento Protegido UU UU Bobina de Operação Bobina de Restrição I1p I2p I1s I2s I1S+I2S F 44 TRANSFORMADOR – PROTEÇÃO DIFERENCIAL PERCENTUAL DIFERENCIAL PERCENTUAL, POR QUÊ? Para uma falta externa ou corrente de carga: Iop = I1s - I2s = 0. o Ire = (I1s+I2s) = 2.I Observação: Valores em p.u. Elemento Protegido UU UU Bobina de Operação Bobinas de Restrição I1p I2p I1s I2s I1S-I2S 45 TRANSFORMADOR – PROTEÇÃO DIFERENCIAL PERCENTUAL DIFERENCIAL PERCENTUAL, POR QUÊ? Para uma falta interna I2s inverte seu sentido (sinal negativo): Iop = I1s + I2s = Operação. o Ire = (I1s + I2s) = 2.I Observação: Valores em p.u. Elemento Protegido UU UU Bobina de Operação Bobinas de Restrição I1p I2p I1s I2s I1S+I2S F 46 TRANSFORMADOR – PROTEÇÃO DIFERENCIAL PERCENTUAL DIFERENCIAL PERCENTUAL, POR QUÊ? A Inclinação da reta (K) é chamada de SLOPE. Assim: Id = K . Ir A reta passa pela origem. IR pode ser dada por: o IR = (I1s + I2s) / 2 ou o IR = I1s + I2s Novo ponto de operação em função do aumento da carga. ID IR Id REGIÃO DE BLOQUEIO Ir REGIÃO DE OPERAÇÃO O valor de IR depende do projeto de fabricação do relé. 47 TRANSFORMADOR – PROTEÇÃO DIFERENCIAL PERCENTUAL Como visto antes, a depender da construção do relé, a expressão para IRM pode ser: I1 I2+IRM = O ângulo Ө representa a inclinação da reta e chama-se SLOPE. É dado em %. Ex.: 35% ou 0,35. 48 TRANSFORMADOR – PROTEÇÃO DIFERENCIAL PERCENTUAL Id Ir C o rr e n te D if e re n c ia l Corrente Passante A ju s te d a I n c lin a ç ã o P e rc e n tu a l 15% 25% 40% Região de Restrição Região de Operação Outras correntes diferenciais que surgem sem a ocorrência de defeitos internos. o Corrente de Inrush – causadas pela saturação do núcleo. Essa corrente surge apenas em um dos enrolamentos. o Para prevenir atuação indevida, nesses casos, usa-se o bloqueio do relé 87 pelo 2⁰ Harmônico. 49 TRANSFORMADOR – PROTEÇÃO DIFERENCIAL PERCENTUAL Id Ir C o rr e n te D if e re n c ia l Corrente Passante A ju s te d a I n c lin a ç ã o P e rc e n tu a l 15% 25% 40% Região de Restrição Região de Operação Outras correntes diferenciais que surgem sem a ocorrência de defeitos internos. o Sobre-excitação do Trafo. Nesse caso a corrente de magnetização apresenta um componente de 5⁰ Harmônico. o O bloqueio de trip, nesse caso, é idêntico ao bloqueio do 2⁰ Harmônico. 50 TRANSFORMADOR – PROTEÇÃO DIFERENCIAL PERCENTUAL Id Ir C o rr e n te D if e re n c ia l Corrente Passante A ju s te d a I n c lin a ç ã o P e rc e n tu a l 15% 25% 40% Região de Restrição Região de Operação Outras correntes diferenciais que surgem sem a ocorrência de defeitos internos. o Saturação dos TCs para curto-circuito externo. o Nesse caso, além de se usar um segundo SLOPE com maior inclinação, os relés digitais possuem algoritmos especiais que detectam essa condição e bloqueiam a função 87. 51 PROTEÇÃO DE TRANSFORMADOR – SATURAÇÃO DE TC N ú c le o d o T C s a tu ra d o N ú c le o d o T C s a tu ra d o N ú c le o d o T C s a tu ra d o N ú c le o d o T C s a tu ra d o N ú c le o d o T C s a tu ra d o N ú c le o d o T C N o rm a l N ú c le o d o T C N o rm a l N ú c le o d o T C N o rm a l N ú c le o d o T C N o rm a l N ú c le o d o T C N o rm a l L in h a A Z U L - C o rr e n te S e c u n d á ri a d o T C Im a g e m F ie l d a C o rr e n te P ri m á ri a . L in h a P R E T A - C o rr e n te S e c u n d á ri a d e u m T C c o m N ú c le o S a tu ra d o . 52 TRANSFORMADOR – PROTEÇÃO DIFERENCIAL PERCENTUAL Pickup Máximo – Os relés diferenciais possuem um ajuste de corrente diferencial máxima, que emite um comando de trip, independente de qualquer tipo de restrição. o Em geral, esse ajuste é chamado 87U e, uma vez atingido esse valor, ocorre o trip, independente de bloqueios de harmônicos ou por saturação de TC. Id Ir C o rr e n te D if e re n c ia l Corrente Passante Região de Restrição Região de Operação 87U 53 PROTEÇÃO 87 – CORREÇÃO DE AMPLITUDE E ÂNGULO DAS CORRENTES O relé digital faz as funções dos TCs auxiliares dos relés convencion ais, corrigindo os módulos e ângulos das correntes. - CÁLCULO de Idiff - CÁLCULO de Irest - COMPARAÇÃO COM A CARACTERÍSTICADE OPERAÇÃO 54 TRANSFORMADOR – PROTEÇÃO DIFERENCIAL RESTRITA À TERRA Defeito à terra, interno aos TCs. Em operação normal ISP=0. Para um defeito interno como indicado na figura, ISP é igual ao 3Io que sobe pelo neutro do Trafo. As correntes que fluem do sistema para o defeito são definidas como positiva. A corrente residual calculada (3Io calculado), também será positiva. Estando 3Io medido em fase com 3Io calculado, fará com que o relé diferencial de terra restrito (87G) opere. NOTA: Durante testes, ambas as correntes deverão ser simuladas. 55 TRANSFORMADOR – PROTEÇÃO DIFERENCIAL RESTRITA À TERRA Defeito à terra, externo aos TCs. Para uma falta externa – fora da área delimitada pelos TCs – a corrente ISP = 3Io irá subir pelo neutro do trafo do mesmo modo que para o defeito interno do caso anterior. A corrente residual calculada – 3Io calculado – terá a mesma magnitude do 3Io medido, porém, com o sentido contrário. Ou seja, a corrente 3Io calculada estará a 180⁰ de 3Io medida. Desse modo, o relé avalia que o defeito é externo e haverá o bloqueio de sua operação. 56 Tipos de Ligação: Estrela – Delta (Y-∆) TRANSFORMADOR MONOFÁSICO LIGADO EM BANCO • Os bancos de transformadores, como já citado, são formados de unidades monofásicas conectadas externamente de forma a promoverem transformação trifásica de tensão e decorrente. • A figura 3.2.1 mostra o esquema de um banco de transformadores com a configuração estrela-delta (Y-∆), com o primário conectado em estrela e o secundário em delta. Esquema de ligação de um transformador trifásico (Y-∆) a partir de três transformadores monofásicos. BANCO DE TRANSFORMADORES 57 AUTOTRANSFORMADOR O Autotransformador corresponde a um transformador convencional cujos enrolamentos primário e secundário estão conectados em série. A ABNT define o Autotransformador como sendo um transformador no qual parte do enrolamento é comum a ambos os circuitos, primário e secundário, a eles ligados. Podemos ver que N1 corresponde ao enrolamento comum e que V1 corresponde a V1 =V’1+V’2 Também podemos ver que, como transformador convencional temos: V1 V2 N1 N2 = 58 TRANSFORMADOR DE ATERRAMENTO – CONEXÕES Embora existam outros tipos de conexões de Transformadores de Aterramento, falaremos apenas dos dois tipos mais comuns: o Conexão Y−Δ, com neutro acessível no lado Y (primário) e Δ fechado sem carga, no secundário. o Conexão ZIG-ZAG: Utiliza um transformador trifásico (mais precisamente, um reator), com duas bobinas por fase, conectadas de forma cruzada, que caracteriza o nome. Função dos Transformadores de Aterramento: o Oferecer um caminho de baixa impedância para as correntes de sequência zero que circulam durante faltas à terra. o São usados em sistemas que trabalham isolados da terra em condições equilibradas, mas quando ocorre um defeito monofásico à terra, torna-se um caminho de baixa impedância para a corrente 3Io. 59 TRANSFORMADOR DE ATERRAMENTO – CONEXÕES SISTEMA EQUILIBRADO – Z1 MUITO ALTO BA C A' B' C' a' b' c' a b c A B C A' B'C' c a' bc'b'a 60 TRANSFORMADOR DE ATERRAMENTO – PROTEÇÕES INTRÍNSECAS A proteção 51N é retaguarda das proteções dos equipamentos ligados ao barramento. BA C A' B' C' a' b' c' a b c F O transformador possui relé 63 com atuação idêntica aos transformadores de força. As proteções 26 e 49 apenas sinalizam, pois o Trafo de aterramento (TT) não trabalha em sobrecarga. Quando o TT é desligado para manutenção, ou por defeito, ativa-se a proteção de sobretensão residual da barra (59R). A proteção 59R não é seletiva. 61 TRANSFORMADOR DE ATERRAMENTO – DEFEITOS INTERNOS E EXTERNOS BA C A' B' C' a' b' c' a b c UU UU U U UU51N F Ia = 0 Ic = 0 Ib = 0 51N atua para defeitos à terra, internos e externos ao transformador. o Sua sensibilidade, porém, tem compromisso com as proteções dos equipamentos ligados ao barramento. A proteção 50 (nas três fases) só atua para defeitos internos ao Trafo, por isso pode ser ajustado com sensibilidade mínima. 62 Tipos de Proteção: Proteção de Sobretensão Residual (59N) TRANSFORMADOR DE ATERRAMENTO – PROTEÇÃO DE SOBRETENSÃO RESIDUAL 63 PROTEÇÃO DE REATORES As principais diferenças entre reator e transformador são basicamente duas: A existência de apenas um enrolamento por fase no reator e menores correntes de magnetização. Proteções intrínsecas: o Relé 63 – Mesmo princípio do transformador. o Relés 26 e 49 – Mesmo princípio do transformador, porém só fazem sinalização, visto que o reator não trabalha em sobrecarga. Proteção Diferencial – Quando o reator tem TCs no lado de fase e no lado de neutro do reator, a proteção diferencial é idêntica à do transformador. Em unidades monofásicas (Acima de 500KV) isso sempre ocorre. o Quando o reator (Geralmente o trifásico) só tem TC do lado da fase, mas tem TC após o fechamento do neutro, apenas a proteção de terra restrita é possível. 64 TIPOS DE REATORES BANCOS MONOFÁSICOS / REATORES TRIFÁSICOS UU UU UU UU UU UU U U BA C TC TC TC TC TC TC TC-N UU UU UU UU UU UU U U BA C TC TC TC TC TC TC TC-N 65 TIPOS DE REATORES – REATORES TRIFÁSICOS COM TCs APENAS EM 230KV. REATORES TRIFÁSICOS COM TC APENAS DO LADO DA FASE UU UU UU UU BA C TC TC TC TC-N Com reator trifásico, com TC de pedestal apenas do lado de 230KV e TC de Neutro, apenas a proteção diferencial de terra restrita é possível. As proteções de sobrecorrente, porém, são idêntica às proteções dos transformadores de força, no lado de 230KV. Inclusive a sobrecorrente de neutro (50/51N). 66 REATORES – PROTEÇÕES DE SOBRECORRENTE o Como os reatores têm a função de compensação de reativo do sistema, consequentemente, é importante a sua permanência em operação quando da ocorrência de sobretensões geradas por eventuais perdas de carga no sistema. o Portanto, os requisitos básicos para o ajuste de pick-up dos relés de sobrecorrente de fase são: • Unidade temporizada ser superior à corrente do reator quando submetido às máxima tensão de operação. • A unidade instantânea ser insensível à corrente de energização do reator. • O relé 51N, em princípio, possui apenas um requisito para ajuste de equilíbrio, tanto da unidade instantânea quanto da temporizada: ser superior à corrente de sequência zero de contribuição do reator para faltas externas. • Entretanto, utiliza-se para a unidade instantânea o ajuste de 5 vezes 0 equilíbrio da unidade temporizada, evitando-se eventuais atuações destas nas oscilações de desenergizações da linha à qual o reator está conectado. 67 BANCOS MONOFÁSICOS DE AUTOTRANSFORMADORES OU REATORES Bancos monofásicos de Autotransformadores, bem como bancos de Reatores monofásicos, são combinados para formar transformadores ou reatores trifásicos. As unidades monofásicas são separadas por paredes corta-fogo, por questões de segurança, para evitar que problemas em uma unidade se propague para as outras. Pela importância e potência desses equipamentos, unidades reservas são usadas para situações de disponibilidades de alguma dessas unidades. Quando uma fase qualquer (reator ou Trafo) é disponibilizada, ela é substituída pela unidade reserva equivalente (reator ou Trafo) Nessa substituição, as proteções principais e intrínsecas, também devem ser substituídas. Em geral, essa transferência é feita em armários de transferência de proteção. 68 LIBERAÇÃO DO BANCO DA FASE “C” A B C R N CUB. FECH. NEUTRO FASE-A FASE-B FASE-C FASE-R RN UU UU UU UU UU UU ARMÁRIO DE TRANSFERÊNCIA: • Proteções • Correntes Fase-A Fase-B Fase-C 69 PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES – APLICAÇÃO A partir desse ponto iremos apresentar algumas aplicações práticas de relés diferenciais. Basicamente, iremos mostrar como testar relés diferenciais e algunscuidados que devemos tomar, quanto às polaridades dos relés e ligações de relés restritos à terra, que tem sido um dos problemas mais frequentes de atuações indevidas por falta de compreensão do funcionamento desta função. Mostraremos também, como parametrizar alguns relés digitais mais conhecidos, que servirão de referência para aplicação em relés de outros fabricantes. Mas, para cumprir esse propósito, teremos que apresentar alguns módulos da Caixa de Teste Omicron. Consideraremos duas hipóteses: testar relés diferenciais utilizando os módulos básicos da caixa Ômicron e também utilizando os módulos avançados. 70 PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES – APLICAÇÃO As principais proteções de um transformador, além das Proteções Intrínseca, são: Proteção de Sobrecorrente. Proteção Diferencial Total. Proteção Diferencial Restrita à Terra. Bloqueio da Proteção por restrição de Harmônicos. Especificamente, na proteção diferencial, são feitos os testes: Pickup mínimo da unidade diferencial por fase. Diferencial de alta corrente, sem restrição. Levantamento da Característica: SLOPES (Em geral, são dois SLOPES). Eventualmente, algum fabricante pode incluir alguma proteção adicional, como por exemplo, bloqueio da função 87 por saturação de TC, mas as proteções relacionadas aqui, já são suficientes para uma proteção adequada de um transformador. jrica Realce jrica Realce jrica Realce jrica Realce jrica Realce jrica Realce 71 PROTEÇÃO DE TRANSFORMADORES – APLICAÇÃO Nos vídeos seguintes vamos mostrar como testar relés diferenciais utilizando a caixa de teste OMICRON. Basicamente, mostraremos as seguintes funções da caixa OMICRON. Como testar o pick-up de um relé utilizando a função QUICKCMC. Como testar a polaridade, defasamentos e fiações do relés 87, usando a função QUICKCMC. Como testar essas mesmas funções acima utilizando o módulo diferencial avançado, que testa também se o relé está eliminando corretamente as correntes de sequência zero em um transformador Δ−Y. Nesse caso aplica-se um defeito externo. Testes da característica de harmônicos com o módulo diferencial avançado. Testes das características operacionais (SLOPE) usando o módulo avançado, usando o processo de teste de disparo e teste de busca. Testes monofásicos com o módulo diferencial avançado.
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