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Apostila Contabilidade Tributária - PIS-COFINS

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11. PIS E COFINS 
 
Existem três modalidades de contribuição para o Pis/Pasep, sendo elas: 
 Sobre o Faturamento (0,65% ou 1,65%) 
 Sobre a Importação (2,1%) 
 Sobre a Folha de Pagamento (1%) 
 
A Cofins possui duas modalidades, sendo elas: 
 Sobre o Faturamento (3% ou 7,6%) 
 Sobre a Importação (9,75% + 1% Adicional) 
 
As principais atividades empresariais que mesmo sendo do Lucro Real são 
obrigadas a apurar o Pis e Cofins pelo regime Cumulativo. 
 
Todas exceções estão listadas no Art. 10 da lei 10.833/2003, segue 
algumas: 
 Sociedades cooperativas, exceto as de produção agropecuária; 
 Prestação de Serviços de Telecomunicações; 
 Venda de jornais e periódicos e de prestação de serviços das 
empresas jornalísticas e de radiodifusão; 
 Prestação de serviços de transporte coletivo rodoviário, metroviário, 
ferroviário e aquaviário de passageiros; 
 Hospital, pronto-socorro, clínica médica, odontológica, de 
fisioterapia e de fonoaudiologia, e de laboratório de anatomia, 
patológica, citológica ou de análises clínicas, diálise, raios X, 
radiodiagnóstico e radioterapia, quimioterapia e de banco de 
sangue; 
 Educação infantil, ensinos fundamental e médio e educação 
superior; 
 Prestação de serviços com aeronaves de uso agrícola; 
 
 
 
 
 
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 Serviços das empresas de call center, telemarketing, telecobrança e 
e teleatendimento em geral; 
 Administração, empreitada ou subempreitada, de obras de 
construção civil; 
 Parques temáticos, e as decorrentes de serviços de hotelaria e de 
organização de feiras e eventos, conforme definido em ato conjunto 
dos ministérios da fazenda e do turismo; 
 Agências de viagem e de viagens e turismo; 
 Empresas de serviços de informática, decorrentes das atividades de 
desenvolvimento de software e o seu licenciamento ou cessão de 
direito de uso, bem como de análise, programação, instalação, 
configuração, assessoria, consultoria, suporte técnico e manutenção 
ou atualização de software e páginas eletrônicas. 
 
Direito ao Crédito 
O direito ao crédito aplica-se, exclusivamente, em relação a: 
 a) bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País; 
 b) custos e despesas incorridos, pagos ou creditados a pessoa jurídica 
domiciliada no País; 
Não dará direito a crédito o valor da mão-de-obra paga a pessoa física e a 
aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento da contribuição, 
inclusive no caso de isenção, esse último quando revendidos ou utilizados 
como insumo em produtos ou serviços sujeitos à alíquota zero (0), isentos 
ou não alcançados pela contribuição (art.21 e 37, da Lei nº 10.865/2004). 
As vendas efetuadas com suspensão, isenção, alíquota zero ou não-
incidência da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS não impedem a 
manutenção pelo vendedor, dos créditos vinculados a essas operações 
(art. 17, da Lei nº 11.033, de 21/12/2004) 
 
 
 
 
 
 
 
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Apuração do Valor do Crédito 
O crédito será determinado mediante a aplicação da alíquota de 1,65% e 
7,6% sobre o valor: 
a) dos bens adquiridos para revenda; 
b) dos bens e serviços utilizados como insumo na prestação de serviços e 
na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, 
inclusive combustíveis e lubrificantes; 
c) da energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa 
jurídica; 
d) dos aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa 
jurídica, utilizados nas atividades da empresa, incorridos no mês; 
e) das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de 
pessoa jurídica, exceto de optante pelo SIMPLES; 
 f) dos encargos de depreciação e amortização de máquinas, 
equipamentos e outros bens incorporados ao Ativo Imobilizado adquiridos 
ou fabricados para locação a terceiros, ou para utilização na produção de 
bens destinados à venda ou na prestação de serviços. 
g)dos encargos de depreciação e amortização de edificações e benfeitorias 
em imóveis próprios ou de terceiros utilizados nas atividades da empresa; 
h) das devoluções de mercadorias cuja receita tenha integrado 
faturamento do mês ou de mês anterior, e tributada na modalidade não- 
cumulativa; 
i) armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, quando o 
ônus for suportado pelo vendedor. 
 
É vedado utilizar o crédito relativo a aluguel e contraprestação de 
arrendamento mercantil de bens que já tenham integrado o patrimônio da 
pessoa jurídica. 
Poderão ser aproveitados os créditos apurados sobre a depreciação ou 
amortização de bens e direitos de Ativo Imobilizado adquiridos a partir de 
1º de maio de 2004. 
 
 
 
 
 
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Caso a pessoa jurídica não aproveite o crédito em determinado mês 
poderá aproveitá-lo nos meses subsequentes. 
Na hipótese de a pessoa jurídica sujeitar-se à incidência Não Cumulativa 
do PIS e da COFINS, em relação apenas à parte de suas receitas, o 
crédito será apurado, exclusivamente, em relação aos custos, despesas e 
encargos vinculados a essas receitas. 
Em relação aos custos e despesas comuns às duas receitas, o crédito será 
determinado, a critério da pessoa jurídica, pelo método de: 
I – apropriação direta, inclusive em relação aos custos, por meio de 
sistema de contabilidade de custos integrada e coordenada com a 
escrituração; ou 
II – rateio proporcional, aplicando-se aos custos, despesas e encargos 
comuns a relação percentual existente entre a receita bruta sujeita à 
incidência não-cumulativa e a receita bruta total, auferidas em cada mês. 
O método eleito pela pessoa jurídica para determinação do crédito será 
aplicado consistentemente por todo o ano-calendário. 
Exclusões ou Deduções da Base de Cálculo 
Para fins de determinação da base de cálculo, podem ser excluídos do 
faturamento, quando o tenham integrado, os valores: (Lei nº 10.637, de 
2002, art 1º, §3º e Lei nº 10.833, de 2003, art. 1º, § 3º; IN SRF nº 247, 
de 2002, art. 24): 
 das receitas isentas ou não alcançadas pela incidência da 
contribuição ou sujeitas à alíquota 0 (zero); 
 das vendas canceladas; 
 dos descontos incondicionais concedidos; 
 do IPI; 
 
 
 
 
 
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 do ICMS, quando destacado em nota fiscal e cobrado pelo vendedor 
dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto 
tributário; 
 
Não integra a base de cálculo: 
 das reversões de provisões e das recuperações de créditos baixados 
como perdas, que não representem ingresso de novas receitas; 
 dos resultados positivos da avaliação de investimentos pelo valor do 
patrimônio líquido; 
 dos lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo 
custo de aquisição, que tenham sido computados como receita; e 
 das receitas não-operacionais, decorrentes da venda de bens do 
ativo permanente; 
 das receitas de revenda de bens em que a contribuição já foi 
recolhida pelo substituto tributário; 
 das receitas excluídas do regime de incidência não-cumulativa, 
constantes do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003. 
 
A PARTIR DE 01.07.2015 
 
A partir de 01.07.2015, as alíquotas do PIS e COFINS sobre receitas 
financeiras, inclusive decorrentes de operações realizadas para fins de 
hedge, auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração 
não-cumulativa das referidas contribuições, serão de 0,65% e 4%, 
respectivamente. 
 
AS RF FORMAM A BC DE PIS (0.65%) E COFINS (4%) PELO METODO NÃO 
CUMULATIVO.

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