Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
106 11. PIS E COFINS Existem três modalidades de contribuição para o Pis/Pasep, sendo elas: Sobre o Faturamento (0,65% ou 1,65%) Sobre a Importação (2,1%) Sobre a Folha de Pagamento (1%) A Cofins possui duas modalidades, sendo elas: Sobre o Faturamento (3% ou 7,6%) Sobre a Importação (9,75% + 1% Adicional) As principais atividades empresariais que mesmo sendo do Lucro Real são obrigadas a apurar o Pis e Cofins pelo regime Cumulativo. Todas exceções estão listadas no Art. 10 da lei 10.833/2003, segue algumas: Sociedades cooperativas, exceto as de produção agropecuária; Prestação de Serviços de Telecomunicações; Venda de jornais e periódicos e de prestação de serviços das empresas jornalísticas e de radiodifusão; Prestação de serviços de transporte coletivo rodoviário, metroviário, ferroviário e aquaviário de passageiros; Hospital, pronto-socorro, clínica médica, odontológica, de fisioterapia e de fonoaudiologia, e de laboratório de anatomia, patológica, citológica ou de análises clínicas, diálise, raios X, radiodiagnóstico e radioterapia, quimioterapia e de banco de sangue; Educação infantil, ensinos fundamental e médio e educação superior; Prestação de serviços com aeronaves de uso agrícola; 107 Serviços das empresas de call center, telemarketing, telecobrança e e teleatendimento em geral; Administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil; Parques temáticos, e as decorrentes de serviços de hotelaria e de organização de feiras e eventos, conforme definido em ato conjunto dos ministérios da fazenda e do turismo; Agências de viagem e de viagens e turismo; Empresas de serviços de informática, decorrentes das atividades de desenvolvimento de software e o seu licenciamento ou cessão de direito de uso, bem como de análise, programação, instalação, configuração, assessoria, consultoria, suporte técnico e manutenção ou atualização de software e páginas eletrônicas. Direito ao Crédito O direito ao crédito aplica-se, exclusivamente, em relação a: a) bens e serviços adquiridos de pessoa jurídica domiciliada no País; b) custos e despesas incorridos, pagos ou creditados a pessoa jurídica domiciliada no País; Não dará direito a crédito o valor da mão-de-obra paga a pessoa física e a aquisição de bens ou serviços não sujeitos ao pagamento da contribuição, inclusive no caso de isenção, esse último quando revendidos ou utilizados como insumo em produtos ou serviços sujeitos à alíquota zero (0), isentos ou não alcançados pela contribuição (art.21 e 37, da Lei nº 10.865/2004). As vendas efetuadas com suspensão, isenção, alíquota zero ou não- incidência da contribuição para o PIS/PASEP e da COFINS não impedem a manutenção pelo vendedor, dos créditos vinculados a essas operações (art. 17, da Lei nº 11.033, de 21/12/2004) 108 Apuração do Valor do Crédito O crédito será determinado mediante a aplicação da alíquota de 1,65% e 7,6% sobre o valor: a) dos bens adquiridos para revenda; b) dos bens e serviços utilizados como insumo na prestação de serviços e na produção ou fabricação de bens ou produtos destinados à venda, inclusive combustíveis e lubrificantes; c) da energia elétrica consumida nos estabelecimentos da pessoa jurídica; d) dos aluguéis de prédios, máquinas e equipamentos, pagos a pessoa jurídica, utilizados nas atividades da empresa, incorridos no mês; e) das contraprestações de operações de arrendamento mercantil de pessoa jurídica, exceto de optante pelo SIMPLES; f) dos encargos de depreciação e amortização de máquinas, equipamentos e outros bens incorporados ao Ativo Imobilizado adquiridos ou fabricados para locação a terceiros, ou para utilização na produção de bens destinados à venda ou na prestação de serviços. g)dos encargos de depreciação e amortização de edificações e benfeitorias em imóveis próprios ou de terceiros utilizados nas atividades da empresa; h) das devoluções de mercadorias cuja receita tenha integrado faturamento do mês ou de mês anterior, e tributada na modalidade não- cumulativa; i) armazenagem de mercadoria e frete na operação de venda, quando o ônus for suportado pelo vendedor. É vedado utilizar o crédito relativo a aluguel e contraprestação de arrendamento mercantil de bens que já tenham integrado o patrimônio da pessoa jurídica. Poderão ser aproveitados os créditos apurados sobre a depreciação ou amortização de bens e direitos de Ativo Imobilizado adquiridos a partir de 1º de maio de 2004. 109 Caso a pessoa jurídica não aproveite o crédito em determinado mês poderá aproveitá-lo nos meses subsequentes. Na hipótese de a pessoa jurídica sujeitar-se à incidência Não Cumulativa do PIS e da COFINS, em relação apenas à parte de suas receitas, o crédito será apurado, exclusivamente, em relação aos custos, despesas e encargos vinculados a essas receitas. Em relação aos custos e despesas comuns às duas receitas, o crédito será determinado, a critério da pessoa jurídica, pelo método de: I – apropriação direta, inclusive em relação aos custos, por meio de sistema de contabilidade de custos integrada e coordenada com a escrituração; ou II – rateio proporcional, aplicando-se aos custos, despesas e encargos comuns a relação percentual existente entre a receita bruta sujeita à incidência não-cumulativa e a receita bruta total, auferidas em cada mês. O método eleito pela pessoa jurídica para determinação do crédito será aplicado consistentemente por todo o ano-calendário. Exclusões ou Deduções da Base de Cálculo Para fins de determinação da base de cálculo, podem ser excluídos do faturamento, quando o tenham integrado, os valores: (Lei nº 10.637, de 2002, art 1º, §3º e Lei nº 10.833, de 2003, art. 1º, § 3º; IN SRF nº 247, de 2002, art. 24): das receitas isentas ou não alcançadas pela incidência da contribuição ou sujeitas à alíquota 0 (zero); das vendas canceladas; dos descontos incondicionais concedidos; do IPI; 110 do ICMS, quando destacado em nota fiscal e cobrado pelo vendedor dos bens ou prestador dos serviços na condição de substituto tributário; Não integra a base de cálculo: das reversões de provisões e das recuperações de créditos baixados como perdas, que não representem ingresso de novas receitas; dos resultados positivos da avaliação de investimentos pelo valor do patrimônio líquido; dos lucros e dividendos derivados de investimentos avaliados pelo custo de aquisição, que tenham sido computados como receita; e das receitas não-operacionais, decorrentes da venda de bens do ativo permanente; das receitas de revenda de bens em que a contribuição já foi recolhida pelo substituto tributário; das receitas excluídas do regime de incidência não-cumulativa, constantes do art. 10 da Lei nº 10.833, de 2003. A PARTIR DE 01.07.2015 A partir de 01.07.2015, as alíquotas do PIS e COFINS sobre receitas financeiras, inclusive decorrentes de operações realizadas para fins de hedge, auferidas pelas pessoas jurídicas sujeitas ao regime de apuração não-cumulativa das referidas contribuições, serão de 0,65% e 4%, respectivamente. AS RF FORMAM A BC DE PIS (0.65%) E COFINS (4%) PELO METODO NÃO CUMULATIVO.
Compartilhar