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Resenha do Filme Farrapo Humano

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7° SEMESTRE PSICOLOGIA – NOTURNO 
Disciplina: Psicopatologia Geral 
Resenha do filme: Farrapo Humano.
O filme começa com a cena de uma câmera entrando no apartamento, filmando o protagonista Don, durante uma conversa com seu irmão, podemos perceber que Don não está concentrado na conversa ou em arrumar as malas e ele está concentrado em uma garrafa de conhaque que está em uma janela. 
Este filme vai nos mostrar sobre o alcoolismo sendo representado por Don Birnham ele é escritor e está desempregado, praticamente fracassado na área de escritor, ele não consegue termina o livro e é alcoólatra daqueles que diz estar e sentir confiante quando bebe. Don tem uma namorada que o ajuda muito e também seu irmão para não beber mais, os três então planejam uma viagem para fugir da bebida, pois este problema está com Don há anos. Antes desta viagem Don pede para o irmão sair com a namorada para ele ficar sozinho e poder beber sozinho em casa, e o que mais queria consegue, perde a viagem e adia ela, pois perde o horário de embarque, ele somente queria ficar livre do irmão para continuar a sustentar seu vício. 
O irmão de Don fica decepcionado e vai para a viagem sem ele, deixa ele só, sem dinheiro e Don fica em desespero, pois não tem mais dinheiro para beber, e acaba implorando por bebidas de graça nos bares, então acaba vendendo sua maquina de escrever para poder beber. Os comportamentos se agravam chegando até roubar para sustentar o vício, rouba o dinheiro que era para pagar a faxineira, tenta furta a bolsa de uma mulher que estava no bar e também entra em uma loja pega a bebida e sai sem pagar. 
Um filme que nos mostra comportamentos e personalidade de uma pessoa que sofre com este vício, chegando perder coisas que ama, como irmão, maquina de escrever, o fracasso de não conseguir termina o livro por dependência total da bebida alcoólica, de uma forma que nada mais tem espaço na vida desta pessoa, apenas o sustentar seu vício vale a pena e é satisfatório, a pessoa perde totalmente o controle da própria vida. Segundo Edwards citado por Gigliotti and Bessa (2004),
” A dependência seria "um relacionamento alterado entre a pessoa e sua forma de beber", onde, às razões pelas quais o indivíduo começou a beber, adicionam-se àquelas relacionadas à dependência. Assim sendo, a dependência torna-se um comportamento que se retroalimenta e que abrange muito mais que tolerância e abstinência”
De acordo com CID 10 este comportamento é chamado de Síndrome de dependência e se constitui como, Um conjunto de fenômenos fisiológicos, comportamentais e cognitivos, no qual o uso de uma substância ou uma classe de substâncias alcança uma prioridade muito maior para um determinado indivíduo que outros comportamentos que antes tinham maior valor. Uma característica descritiva central da síndrome de dependência é o desejo (frequentemente forte, algumas vezes irresistível) de consumir drogas psicoativas (as quais podem ou não terem sido medicamente prescritas), álcool ou tabaco. Pode haver evidência que o retomo ao uso da substância após um período de abstinência leva a um reaparecimento mais rápido de outros aspectos da síndrome do que o que ocorre com indivíduos não dependentes. 
O CID 10 ainda ressalta que o diagnóstico só devera ser definitivo se a pessoa apresenta três ou mais dos seguintes requisitos: um forte desejo ou senso de compulsão para consumir a substância, dificuldades em controlar o comportamento de consumir a substância em termos de seu início, término ou níveis de consumo; um estado de abstinência fisiológico, evidência de tolerância, de tal forma que doses crescentes da substância psicoativa são requeridas para alcançar efeitos originalmente produzidos por doses mais baixas (exemplos claros disto são encontrados em indivíduos dependentes de álcool e opiáceos, que podem tomar doses diárias suficientes para incapacitar ou matar usuários não tolerantes);abandono progressivo de prazeres ou interesses alternativos em favor do uso da substância psicoativa, aumento da quantidade de tempo necessária para obter ou tomar a substância ou para se recuperar de seus efeitos e persistência no uso da substância. 
E fica claro que Don tinha esses comportamentos e requisitos para ter um diagnóstico definitivo, tinha dificuldade de controlar o comportamento de consumir esta bebida que até roubava, abandonou sua maquina de escrever para sustentar o vício, era uma compulsão mesmo por bebida que sua dependência era totalmente e apenas nisto.
“A SDA não é uma enfermidade estática que se define em termos absolutos, mas um transtorno que se constitui ao longo da vida. É um fenômeno que depende da interação de fatores biológicos e culturais – por exemplo, religião e valor simbólico do álcool em cada comunidade –, que determinam como o indivíduo vai se relacionando com a substância, em um processo de aprendizado individual e social do modo de se consumir bebidas. Nesse processo de aprendizado da maneira de usar o álcool, um dos fenômenos mais significativos é o surgimento dos sintomas de abstinência. Quando a pessoa passa a ingerir a bebida para aliviar esses sintomas é estabelecida uma forte associação que sustenta tanto o desenvolvimento quanto a manutenção da dependência” (GIGLIOTTI A, BESSA MA, 2004).
Este conceito de Síndrome de Dependência do Álcool, depende de vários fatores como biológicos, social e cultural e o desenvolvimento deste comportamento podem variar, a pessoa bebe por prazer ou bebe para suprir algo, e até aliviar alguma dor, sofrimento psíquico achando que esta é a única alternativa e acaba se destruindo aos poucos. 
Referências. 
FARRAPO HUMANO (THE LOST WEEKEND). Direção: Billy Wilder. Estados Unidos, 1945. Disponível em: <http://cinemalivre.net/filme_farrapo_humano_1945.php> Acesso em: 14. MAIO. 2020.
GIGLIOTTI, Analice; BESSA, Marco Antonio. Síndrome de Dependência do Álcool: critérios diagnósticos. Rev. Bras. Psiquiatr. , São Paulo, v. 26, supl. 1, p. 11-13, maio de 2004. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462004000500004&lng=en&nrm=iso>. acesso em 24 de maio de 2020. http://dx.doi.org/10.1590/S1516-44462004000500004.
Organização Mundial da Saúde. CID-10 Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde. 10a rev. São Paulo: Universidade de São Paulo; 1997

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