Duplicatas (3)

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DIREITO EMPRESARIAL II
Professora Renata Albuquerque
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Conteúdo
Empresarial II - Revisão 2ª AP
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 DUPLICATA
DUPLICATA - CONCEITO
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É um título de crédito CAUSAL
Emitido pelo CREDOR por ocasião de um negócio empresarial
Que atesta a existência de crédito a ser pago em determinada data
Genuinamente brasileiro
Saque facultativo
Com aceite obrigatório
De modelo vinculado
DUPLICATA – REQUISTOS DE VALIDADE
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I - a denominação "duplicata", a data de sua emissão e o número de ordem;
II - o número da fatura;
III - a data certa do vencimento ou a declaração de ser a duplicata à vista;
IV - o nome e domicílio do vendedor e do comprador;
V - a importância a pagar, em algarismos e por extenso;
VI - a praça de pagamento;
VII - a cláusula à ordem;
VIII - a declaração do reconhecimento de sua exatidão e da obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo comprador, como aceite,;
IX - a assinatura do emitente.
DUPLICATA – TÍTULO CAUSAL
REsp 668.682/MG:
Ainda que a duplicata mercantil tenha por característica o vínculo à compra e venda mercantil ou prestação de serviços realizada, ocorrendo o aceite - como verificado nos autos -, desaparece a causalidade, passando o título a ostentar AUTONOMIA bastante para obrigar a recorrida ao pagamento da quantia devida, independentemente do negócio jurídico que lhe tenha dado causa.
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CAUSAS DA DUPLICATA
Compra e venda mercantil.
Prestação de serviços.
PERDE A CIRCULARIDADE?
Não.
Não significa que não se aplica o princípio da abstração.
A causalidade indica que a EMISSÃO da duplicata está LIMITADA. Só pode ser emitida nas causas em que a lei expressamente admite.
Pode ser endossado.
DUPLICATA - SUJEITOS	
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EMITENTE
É o credor (empresário vendedor da mercadoria ou serviço)
Credor declara que tem uma duplicata emitida em seu favor.
SACADO
É o devedor.
Recebe a duplicata para promover o ACEITE ou RECUSAR motivadamente
DUPLICATA – ACEITE
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É a declaração do reconhecimento de exatidão da duplicata e da obrigação de pagá-la, a ser assinada pelo sacado.
Se não houver aceite, pode-se fazer o protesto, acompanhado do comprovante de entrega da mercadoria.
O título perde a causalidade. Passa o título a ostentar autonomia bastante para obrigar o pagamento da dívida, independentemente do negócio jurídico.
Art . 8º O comprador só poderá deixar de aceitar a duplicata por motivo de:
I - avaria ou não recebimento das mercadorias, quando não expedidas ou não entregues por sua conta e risco;
II - vícios, defeitos e diferenças na qualidade ou na quantidade das mercadorias, devidamente comprovados;
III - divergência nos prazos ou nos preços ajustados
ACEITE NA DUPLICATA
Enquanto o aceite na Letra de câmbio é facultativo, na duplicata é OBRIGATÓRIO (Art. 8º. LD);
Somente após o aceite, a duplicata se reveste de liquidez e certeza, representando obrigação cambial abstrata.
Uma vez aceita a duplicata, esta despreende-se da sua origem.
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MODALIDADES DE ACEITE NA DUPLICATA
A) ACEITE ORDINÁRIO: resulta da assinatura do devedor no campo próprio do documento. A duplicata com aceite ordinário é título executivo extrajudicial contra o sacado e seu avalista, independentemente de se encontrar protestada ou não.
B) ACEITE POR PRESUNÇÃO: decorre do recebimento das mercadorias pelo comprador, quando inexistente recusa formal. Trata-se da forma mais corriqueira de se vincular o sacado ao pagamento da duplicata
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MODALIDADES DE ACEITE NA DUPLICATA
C) ACEITE POR COMUNICAÇÃO: ocorre mediante a retenção da duplicata pelo comprador e envio de comunicação escrita ao vendedor, transmitindo o seu aceite.
O documento em que o comprador comunicou ao vendedor o aceite, substitui a duplicata para fins de protesto
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DEVOLUÇÃO DA DUPLICATA
 O CREDOR (VENDEDOR) TERÁ 30 DIAS, A CONTAR DA EMISSÃO, PARA REMETER A DUPLICATA AO DEVEDOR (COMPRADOR);
REMETIDA A DUPLICATA AO COMPRADOR, ESTE, ACEITANDO-A OU NÃO, DEVOLVÊ-LA-Á EM 10 DIAS;
NÃO A ACEITANDO, NÃO BASTA A SIMPLES DEVOLUÇÃO, HAVENDO NECESSIDADE DE JUSTIFICAÇÃO DA RECUSA POR ESCRITO.
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DUPLICATA – FATURA
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art. 1º, Lei Duplicatas
Em todo o contrato de compra e venda mercantil entre partes domiciliadas no território brasileiro, com prazo não inferior a 30 (trinta) dias, contado da data da entrega ou despacho das mercadorias, o vendedor extrairá a respectiva fatura para apresentação ao comprador. 
art. 2º, Lei Duplicatas
No ato da emissão da fatura, dela poderá ser extraída uma duplicata para circulação como efeito comercial, não sendo admitida qualquer outra espécie de título de crédito para documentar o saque do vendedor pela importância faturada ao comprador. 
art. 2º, § 2º, Lei Duplicatas
Uma só duplicata não pode corresponder a mais de uma fatura.
A FATURA CONDICIONA A EXISTÊNCIA DA DUPLICATA. 
DUPLICATA – PROTESTO
(ARTS. 13 E 14 LD)
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A que serve?
Para alcançar o endossante e os avalistas, devedores solidários. A ação do endossatário contra o sacado é direta.
O protesto será tirado na praça de pagamento constante do título.
1. Falta de aceite
O devedor recebe a duplicata e a devolve sem aceite.
2. Falta de devolução
O devedor recebe a duplicata (para firmar o aceite) e não promove sua devolução ao credor.
3. Falta de pagamento
O devedor aceita e não paga.
A ausência de protesto por falta de aceite ou de devolução não elide a possibilidade de protesto por falta de pagamento.
Dentro de 30 dias da data de seu vencimento.
TIPOS DE PROTESTO:
PROTESTO POR INDICAÇÕES
A) A retenção da duplicata pelo comprador impede a sua apresentação pelo vendedor ao cartório;
B) Para efetivação do protesto, a Lei admite que o credor indique ao cartório os elementos que identifiquem a duplicata, a partir dos dados escriturados no Livro de Duplicatas;
C) Esse boleto é enviado para cartório para realização do protesto.
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TRIPLICATA (ART. 23 LD)
É A SEGUNDA VIA DA DUPLICATA COM BASE NOS DADOS CONSTANTES NO LIVRO DE REGISTRO DE DUPLICATAS, NAS HIPÓTESES DE PERDA OU EXTRAVIO.
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DUPLICATA – emissão, apresentação e aceite
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1. Compra e venda mercantil / Prestação de serviços
2. Extração da FATURA
3. Emissão de DUPLICATA da fatura (opcional) pelo CREDOR (vendedor)
4. Credor tem 30 dias para apresentar a duplicata ao DEVEDOR (comprador) a partir da emissão
5. O que o devedor pode fazer?
5.1) firmar declaração de reconhecimento da obrigação de pagá-la – ACEITE (em 10 dias da apresentação)
5.2) RECUSAR – com declaração de motivo (em 10 dias da apresentação). Ex: não recebeu a mercadoria, há vícios na mercadoria, divergência de prazos.
DUPLICATA – Pagamento
Art . 9º É lícito ao comprador resgatar (“PAGAR”) a duplicata antes de aceitá-la ou antes da data do vencimento.
Art . 10. No pagamento da duplicata poderão ser deduzidos quaisquer créditos a favor do devedor resultantes de devolução de mercadorias, diferenças de preço, enganos, verificados, pagamentos por conta e outros motivos assemelhados, desde que devidamente autorizados.
Art . 11. A duplicata admite reforma ou prorrogação do prazo de vencimento, mediante declaração em separado ou nela escrita, assinada pelo vendedor ou endossatário, ou por representante com poderes especiais.
Parágrafo único. A reforma ou prorrogação de que trata este artigo, para manter a coobrigação dos demais intervenientes por endosso ou aval, requer a anuência expressa destes.
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DUPLICATA
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DUPLICATA ELETRÔNICA (ou escritural) – LEI Nº 13.775/2018
Art. 2º A duplicata de que trata a Lei nº 5.474, de 18 de julho de 1968 , pode ser emitida sob a forma escritural, para circulação como efeito comercial, observadas as disposições desta Lei.
Art. 3º A emissão de duplicata sob a forma escritural far-se-á mediante lançamento em sistema eletrônico de escrituração gerido por quaisquer dasentidades que exerçam a atividade de escrituração de duplicatas escriturai
PRESCRIÇÃO NA DUPLICATA (ART. 18 LD)
A AÇÃO DE COBRANÇA DA DUPLICATA PRESCREVE:
A) CONTRA O DEVEDOR OU ACEITANTE E SEU RESPECTIVO AVALISTA: 3 ANOS, CONTADOS DA DATA DO VENCIMENTO DO TÍTULO;
B) CONTRA O ENDOSSANTE E SEUS AVALISTAS: 1 ANO, CONTADO DA DATA DO PROTESTO;
C) DE QUALQUER DOS COOBRIGADOS CONTRA OS DEMAIS: 1 ANO, CONTADO DA DATA EM QUE HAJA EFETUADO O PAGAMENTO DO TÍTULO.
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DUPLICATA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS (ARTS. 20 E SEGS. LD)
O CRÉDITO DO PRESTADOR DE SERVIÇOS PODE SER DOCUMENTADO POR DOIS TÍTULOS DISTINTOS:
A) DUPLICATA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS (ARTS. 20 E 21 LD);
B) CONTA DE SERVIÇOS (ART. 22 LD)
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DUPLICATA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS (ARTS. 20 E SEGS. LD)
A DUPLICATA DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PODE SER EMITIDA POR SOCIEDADES EMPRESÁRIAS CUJA ATIVIDADE SÃO SERVIÇOS. A PESSOA FÍSICA TAMBÉM PODERÁ EMITI-LA, DESDE QUE DESENVOLVA ATIVIDADE ECONÔMICA PRESTANDO SERVIÇOS AO MERCADO.
A CONTA DE SERVIÇOS É TÍTULO PARA OS PROFISSIONAIS LIBERAIS E PRESTADORES DE SERVIÇOS EVENTUAIS.
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DUPLICATA SIMULADA (ART. 172 CP)
“É CRIME EXPEDIR OU ACEITAR DUPLICATA QUE NÃO POSSA CORRESPONDER COM A SUA RESPECTIVA FATURA DE UMA VENDA EFETIVA DE BEM OU PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS.’
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DUPLICATA - Questões
1. A duplicata é um título de crédito emitido pelo credor que declara existir um crédito de determinado valor fruto de um negócio empresarial subjacente de compra e venda mercantil ou de prestação de serviços cujo pagamento é devido em determinada data.
2. Fatura e duplicata são expressões sinônimas. Assim, sempre que uma fatura é extraída, a duplicata é emitida automaticamente.
3. Depois de emitida, a duplicata deve ser levada, dentro de 30 dias, para manifestação do devedor. O título com aceite ou com declaração de recusa deve ser devolvido ao credor no prazo de 10 dias, contado da data de apresentação.
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ACEITE, ENDOSSO, AVAL
	Título de Crédito	Aceite	Endosso	Aval
	Letra de câmbio	Aceite parcial ou aceite total	Endosso total
	Aval parcial ou aval total
	Nota promissória	X	Endosso total
	Aval parcial ou aval total
	Cheque	X	Endosso total	Aval parcial ou aval total
	Duplicata	Aceite parcial ou aceite total	Endosso total
	Apenas aval total
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