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Doença Respiratória Canina- cinomose- parvovirose

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Doença Respiratória Canina / Cinomose / Parvovírus 
 
DOENÇA RESPIRATÓRIA CANINA 
INTRODUÇÃO 
 Doença sazonal (surge em alguns períodos com maior frequência – normalmente em baixas 
temperaturas) 
 A maior complicação é identificar o agente, existem diversas possibilidades. 
 Infecções respiratórias contagiosas são a causa mais comum de doença em cães em 
abrigos; 
o Facilmente entra nos abrigos e se dissemina 
o Alta morbidade e mortalidade baixa 
 Essas infecções representam uma drenagem significativa e frequente dos recursos do 
abrigo, incluindo custos de tratamento; 
 Manter cães para tratamento e recuperação aumenta o número de dias de cuidado com os 
animais até a adoção; 
 O que, por sua vez, afeta a capacidade de espera do abrigo e contribui para o potencial de 
aglomeração; 
 Muitos abrigos não possuem áreas de isolamento adequadas para abrigar cães com 
infecções respiratórias contagiosas; 
 Por isso são frequentemente mantidos na população em geral, garantindo a transmissão e 
a perpetuação do patógeno, para que ele se torne um problema “endêmico” aceito; 
 Em outras palavras, as infecções respiratórias são geralmente aceitas como um "fato da 
vida" nos abrigos. 
 Como a doença não leva a uma alta mortalidade e sim morbidade em algumas épocas do ano, 
não há uma grande preocupação com ela. O que faz que provavelmente em uma população 
de cães, todos os animais ficarão infectados. 
o As pessoas não querem adotar os animais doentes, então eles acabam ficando mais 
tempo nos canis e gerando mais aglomerações. 
 
SINTOMAS CARACTERÍSTICOS 
 Tosse estridente e espirros 
 
AGENTES 
 Mais relevantes: 
o Parainfluenza virus (CPiV) 
o Adenovirus type 2 (CAV2) 
o Bordetella bronchiseptica bacteria (Bordetella) 
o Mycoplasma cynos bacteria (Mycoplasma) 
 Outros: 
o Distemper virus (CDV) 
o Herpes virus (CHV) 
o Influenza virus H3N8 (H3N8 CIV) 
o Influenza virus H3N2 (H3N2 CIV) 
o Respiratory coronavirus (CRCoV) 
o Pneumovirus (CnPnV) 
o Streptococcus zooepidemicus bacteria (Strep zoo) – nunca descrita dentro do Brasil 
 Embora a maioria desses patógenos possa causar uma infecção primária, a maioria dos 
cães frequentemente apresenta co-infecções virais e bacterianas misturadas; 
 Normalmente os primeiros a causar a doença, são os vírus, pois possui replicação rápida 
intacelualr, tropismo por células respiratórias, provocam sintomas respiratórios leves. Em 
seguida ocorre infecção de bordetella agravando um pouco o quadro. 
 
ETIOLOGIA 
 Virus Parainfluenza caninos 
o Pertence à família Paramyxoviridae (vírus RNA com envoltório), gênero 
Paramyxovirus. 
o Possui tropismo por sistema respiratório 
o Não possui grande sobrevida, mas é um dos principais agentes infecciosos 
acometendo doenças respiratórias caninas. 
 Adenovírus canino tipo 2 
o Da família Adenoviridae (vírus DNA sem envoltório), gênero Mastadenovirus 
o Possui tropismo por células do sistema respiratório 
 Bordetella bronchiseptica 
o É um cocobacilo, gram negativo, móvel por flagelos, possui fimbrias e produz toxinas. 
o É um parasita obrigatório de trato respiratório superior de cães, gatos, coelho, 
cervos e roedores, e é capaz de produzir doenças respiratórias nos mesmos. 
o Muito comum 
o A replicação é mais demorada, não é intracelular. 
o As fímbrias e flagelos fazem com que possua a capacidade de se aderir ao trato 
respiratório 
 Mycoplasma 
o São bactérias de pequeno tamanho, sem parede celular pertencente à Classe 
Mollicutes 
o Existe uma grande quantidade de mycoplasmas 
 Bordetella, CAV2 e CPiV causam infecções transitórias na maioria dos cães. 
o Fácil de ser diagnosticado e provocam doença auto limitante em cães. 
 No entanto, Bordetella pode causar pneumonia grave com risco de vida em filhotes, se não 
for reconhecida e tratada com antibióticos apropriados. 
o Mesmo que não se faça o diagnóstico do agente etiológico; sempre que o animal 
apresentar os sintomas dessa doença, já se inicia tratamento com antibióticos para 
controle da bordetella que pode agravar o quadro. 
 De fato, Bordetella estabelece infecção crônica em cães não tratados, resultando em 
recaídas intermitentes e via de eliminação de bactérias por até 3 meses. 
 Nas doenças respiratórias canina, também conhecida por traqueobronquites infecciosa 
canina ou “tosse dos canis”, podem intervir outros vírus respiratórios, como o da Cinomose, 
Herpesvírus tipo 1, vírus Influenza e cepas respiratórias de Coronavírus caninos. Além 
destes, diversas bactérias podem atuar como agentes secundários (além daquelas que 
possuem tropismo por sistema respiratório, como uma pasteurella). 
 
EPIDEMIOLOGIA 
 Excreção: os agentes produtores desta doença estão presentes nas secreções 
respiratórias dos animais infectados 
o Todos esses agentes infecciosos possuem tropismos por vias áreas superiores 
(porém, pode ser encontrado em vias inferiores) 
 Transmissão: Via aerógena. 
 Apresentação: As doenças respiratórias caninas apresentam-se de forma brusca (rápida/ 
de uma hora para outra) e estende-se rapidamente entre cães alojados em aglomerações, 
podendo chegar a afetar a todos os animais do grupo. 
o Importante entender que na maioria dos casos se apresenta em populações, mas 
pode acometer um indivíduo que vive sozinho. E a apresentação será da mesma 
forma. 
 A doença é mais grave em animais jovens e com maior número de agentes implicados. 
o Animais jovens possuem sistema imunológico menos desenvolvido. As taxas de 
mortalidade podem ser mais elevadas. 
 Principais Fatores de risco nas coletividades. 
o Temperaturas extremas e ventilação reduzida; 
o Elevada densidade animal; 
o Carga microbiológica ambiental alta (por ter muitos animais infectados no mesmo 
local); 
o Deficiência nas medidas de higiene e desinfecção; 
 Existem diversos tipos de criadores, Ongs, acumuladores, criadores comerciais.... 
As condições de higiene variam muito nestes locais. 
 Locais que tomam medidas de higiene e desinfecção combatem melhor o 
agente. Saber quais produtos e o modo de usar, para matar os agentes auxilia 
muito. 
 O aparecimento das doenças pode ser sazonal, coincidindo com temperaturas baixas e 
grandes variações de temperaturas, ou também pode coincidir com um histórico recente 
de vacinação, principalmente em animais jovens. 
 
FATORES QUE INFLUENCIAM A EPIDEMIOLOGIA DA DOENÇA 
 Fatores hospedeiros 
 Fatores patogênicos (relacionado ao agente) 
 Filhote x adulto 
o Em geral, os filhotes são mais suscetíveis a infecções do que os cães adultos. 
o Em alguns criadores, existem áreas diferentes para animais de faixas etárias 
diferentes e isto diminui a chance de disseminação desta doença nas diferentes 
faixas etárias. O que é o mais adequado. Porém, não é uma situação comum de ser 
encontrada. 
 Virulência 
o Patógenos que possuem muitas cepas e antígenos são mais difíceis de serem 
controlados e causam doença com mais facilidade 
 Aglomeração 
 Período de incubação 
o Pode variar de acordo com o tamanho da população 
 Combinação aleatória de patógenos 
 Estresse 
 Infecção subclínica 
 Ventilação 
 Estado portador (infecção persistente) 
 Umidade 
 Proteção incompleta pelas vacinas 
 Equipe não treinada 
 Estratégias de vacinação inadequadas 
 
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E EPIDEMIOLÓGICAS 
 Todos os patógenos respiratórios virais e bacterianos caninos conhecidos causam sinais 
clínicos semelhantes: 
o Início agudo de tosse, espirros, secreção nasal e ocular ("tosse do canil"); 
 Todos os patógenos também têm a propensão de colonizar o trato respiratório inferior 
para causar pneumonia; 
o Variando de acordo com os fatores que influenciam a doença, como idade, estado 
fisiológico, imunidade, estresse, quantidade de microrganismo... 
 A maioria dos patógenos respiratórios tem baixas taxas de mortalidade e a maioria dos 
cães se recupera em 1-2 semanas sem complicações. 
o Mesmo que não for tratada, em torno de 2 semanas ela passa. Apenas observar se 
não vaiagravar 
 
PATOGENIA 
 Os vírus Parainfluenza caninos geralmente colonizam somente trato respiratórios 
superiores de forma transitória e auto-limitante. 
o Se a doença se limitasse a ele sozinho, passaria mais rápido, mas como existem 
outros patógenos associados, acaba demorando mais. 
 O Adenovírus canino tipo 2 replica-se geralmente das vias respiratórias superiores até o 
epitélio bronquiolar e é capaz de originar pneumonia. 
 Os Mycoplasmas desencadeiam um processo inflamatório das vias respiratórias e, em 
algumas ocasiões, são capazes de causar pneumonia. 
 Os vírus só podem ser isolados nos primeiros dias ou semanas pós-infecção, enquanto que 
a excreção da B. bronchiseptica e Mycoplama pode durar até 3 meses. 
 Bordetella bronchiseptica adere-se, por meios de suas fimbrias, aos cílios da traqueia e 
brônquios e se multiplica rapidamente, aumentando seu número nas duas primeiras semanas 
pós-infecção para logo depois diminuir. 
 
Mecanismos de patogenicidade: 
 Produção de toxinas (dermonecrótica e traqueal) 
 Inibição da fagocitose 
 Paralização do movimento ciliar: 
o Favorece a colonização de outras bactérias, que não tem a capacidade de aderir-se 
aos cílios da traqueia e dos brônquios dos cães. 
 Quando a bordetella entra à o quadro agrava 
o Os vírus só podem ser isolados nos primeiros dias ou semanas pós-infecção, 
enquanto que a excreção da B. bronchiseptica e Mycoplama pode durar até 3 meses. 
o O período de incubação da doença varia 
 Em grandes populações, tendem ter um período menor. 
 
 
 
SINAIS CLÍNICOS E LESÕES 
 A doença cursa com o aparecimento brusco de corrimento nasal, tosse paroxística e 
febre, podendo cursar de forma leve ou grave. 
 Forma leve: 
o Caracterizam-se por tosse rouca e seca, além de emissão de sons laríngeos 
característicos, conhecidos como “tosse de cachorro” 
o Em algumas ocasiões a tosse pode induzir vômito por esforço; 
o Os sinais clínicos geralmente não se prolongam por mais de duas ou três semanas. 
o E a tendência é se curar sozinho 
 Forma grave: 
o Apresentam-se em animais muitos jovens ou com má nutrição; 
o Os sinais clínicos são tosse dolorosa e seca ou mucoide e progressiva, acompanhada 
de descargas nasais, oculares e broncopneumonia. 
o A destruição do epitélio respiratório ciliado favorece o aparecimento de infecções 
bacterianas secundarias. 
o Neste caso pode cursar com mortalidade em uma pequena porcentagem de cães, 
devido a uma desidratação grave e de sinais clínicos multissistêmicos 
 
DIAGNÓSTICO 
 Clínico 
o Apesar do fato de que outros processos de diversas etiologias podem cursar com 
sinais clínicos respiratórios, a apresentação brusca, a rápida difusão, a alta morbidade 
e o contexto epidemiológico nos permita suspeita da doença respiratória canina. 
o A possível participação de múltiplos agentes dificulta o diagnóstico etiológico. 
 Laboratorial 
o Para identificar os diversos agentes virais associados a esta doença pode-se utilizar 
diversas técnicas: 
 PCR e qPCR 
 Oferece uma grande quantidade de agentes infecciosos 
 O único que acaba sendo realmente viável 
 Sorologia 
 Imunocromatografia IC 
 Imunofluorescência Indireta IFD 
 ELISA 
 Os exames demoram muito e acabam não sendo viáveis 
o Na maioria dos exames, apenas se identifica alguns dos agentes, dificilmente 
identificar todos. Mais comumente manda-se pesquisar bordetella, pois é a que está 
mais comumente presente nessa doença. 
 
 
TRATAMENTO 
 Em casos leves: melhorar as condições higiênico-sanitárias e de meio ambiente no entorno 
dos animais, proporcionando um local seco, limpo e tranquilo; 
 Antitussígenos, se os acessos de tosse persistir; 
 Monolíticos e expectorantes se a tosse persiste e for produtiva, para evitar acumulo de 
exsudato nas vias respiratórias inferiores; 
 Broncodilatadores e anti-inflamatório, para melhorar os sinais respiratórios; 
 Antibióticos para tratar as infecções por B.brochiseptica; 
o Mesmo que não se tenha realizado o exame de cultura 
 Vacinas 
o Vacinação durante as épocas mais frias do ano 
o Funciona mais como terapia do que prevenção (algumas vezes pode não proteger 
contra uma bordetella que está ativa) 
 Diminui carga microbiológica do solo 
o Existem vacinas polivantes e monovalentes apenas para bordetella 
 
GESTÃO DE DOENÇAS 
 A remoção imediata de cães clinicamente afetados é a estratégia mais eficaz para 
controlar a disseminação de infecções respiratórias; 
 Isso reduz a dose infecciosa no ambiente e a ameaça de transbordamento da infecção 
para cães mais suscetíveis; 
 Esses animais devem ser alojados em uma sala de isolamento fisicamente fechada, 
pendente de testes de diagnóstico; 
 Se os abrigos tiverem espaço e equipe suficientes, os cães doentes poderão ser mantidos 
em isolamento. 
o O isolamento nunca deve ser realizado na porta do recinto, mas sim em um local 
isolado. 
 Quarentena 
o O local da quarentena deve ser diferente do local de isolamento 
 
 
 
 
CINOMOSE 
 
INTRODUÇÃO 
 A Cinomose canina é uma doença infectocontagiosa que afeta cães, principalmente os 
filhotes e carnívoros, causados por um vírus da família Paramyxovirus, do gênero 
Morbilivírus. 
 Em São Paulo a chance de um animal ser infectado, é alta 
 
AGENTE 
 Família Paramyxoviridae, 
 Gênero: Morbillivirus 
 Filamento único de RNA envolto em um nucleocapsídio de simetria helicoidal e circundado por 
envelope de lipoproteína derivada da membrana celular 
o Não sobrevive facilmente ao ambiente 
o A fonte de infecção são animais infectados 
 O vírus possui diversas proteínas que fazem com que ele consiga se replicar nas células 
o Como ele possuem diversos tipos, ele acaba tendo tropismo por diversos tipos de 
células. 
o Multiplica seu RNA dentro das células, no citoplasma e por brotoamentos sai das 
células 
 
 
 
 
 
 Diferenças entre as cepas circulantes 
o Genética e antigênica 
 Na América do Sul, existem 3 cepas circulando, no Brasil 1 
 E estas cepas são diferentes entre si 
o Patogenicidade 
 Também varia de acordo com a cepa 
o Infecção de diferentes tecidos e células (doença sistêmica – se espalha pelo corpo 
do animal) 
 Epiteliais; 
 Mesenquimais; 
 Neuroendócrinas; 
 Hematopoiéticos. 
 Pode ou não provocar sintomas, depende do local onde o vírus se replicar 
 
RESISTÊNCIA 
 Suscetível à luz ultravioleta; 
 Sensível ao calor e ao ressecamento; 
 Em climas quentes não persiste em canis após a retirada dos cães infectados; 
o Se retirar os animais, desinfetar o local, após cerca de 3 dias, o local não apresenta 
riscos. 
 Viabilidade maior em temperaturas frias; 
 Por ser um vírus com envelope é suscetível: 
o Solução diluída de formol (menos de 0,5%); 
o Fenol (a 0,75%); 
o Desinfetantes à base de amônio quaternário (a 0,3%). 
 
CARNÍVOROS TERRESTRES SUSCEPTÍVEIS A CINOMOSE 
 
EPIDEMIOLOGIA 
 A apresentação clínica depende: 
o Idade 
 Imunidade não formada 
 Suscetível no momento de janela imunológica 
o Virulência 
 Cepas com virulência diferente 
o Tropismo 
 Cepas com tropismo diferentes 
o Cepa infectante 
 Ocorrência de 50% das infecções inapetentes 
o O animal elimina o vírus por secreção nasal, porém, sem sintomas. 
o Associado a resposta imunológica individual que os animais apresentam 
 
INFECÇÃO 
 O vírus entra pela via respiratória, se replica em linfonodos e ganha as vias linfáticas e 
corrente sanguínea (viremia). 
 Replica-se dentro de células de defesa, como macrófagos. 
 Até esta etapa, não provoca sintomas aparentes (pode ter uma leve sintomatologia), 
apenas está se replicando. 
 Se o animal tiver uma resposta imunológica adequada, ele combate sem provocar sintomas. 
 Se o animal não possuir uma resposta imunológica adequada: Disseminação por todos os 
tecidos e SNC. 
o Pode afetar o coração, bem como distribuir para todo o corpo do animal. 
o Sintomatologia variada podem ser apenas uma doença respiratória ou sintomas 
neurológicos (mais grave) Mesmo que acometido, o animal pode se recuperar (com sequelas) ou virá a óbito. 
 Animais idosos, mesmo vacinados, podem se infectar e desenvolver sintomas neurológicos e 
vir a óbito. 
 Informações detalhadas estão neste quadro: 
 
 Cadelas prenhes infectadas estão aptas a transmitir o vírus por via transplacentária, 
gerando abortos, fetos natimortos ou o nascimento de filhotes fracos e imunossuprimidos. 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
 50% dos animais podem não apresentar sintomas 
 50% dos animais podem apresentar: 
o Oftálmica: Secreção nos olhos e conjuntivite severa 
o Respiratória: Secreção nasal, tosse e pneumonia (diagnóstico diferencial à tosse dos 
canis) 
o Tegumentar: O cão apresenta pústulas abdominais e hiperqueratose dos coxins 
plantares (pele das patas ressecadas e descamadas), impetigo, . Esta característica é 
bem evidente. 
o Digestiva: Vômito e diarreia, Sinais digestórios catarrais consistência e coloração da 
fezes. 
o Sistêmico: Febre, anorexia, depressão, leucopenia 
o Neonatal: Perda de esmalte dentário 
o Neurológica (muito grave): 
 Tremores musculares, incoordenação motora, convulsões. 
 Meninges: rigidez nucal e hiperestsia 
 Cerebelo e lóbulo temporal: diminuição sensorial, mioclonia e convulsão 
 Medula espinhal: paresia mioclonia, propriocepção anormal 
 
DIAGNÓSTICO 
 Pesquisa de antígeno 
o Vias de eliminação: sangue, urina, fezes, secreções nasais,secreção conjuntiva 
 Amostra: Sangue, Swab conjuntival e urina (pega as três amostras e envia 
para o laboratório) 
o Muitos cães irão eliminar o vírus por semanas após a recuperação e alguns podem 
eliminar por até 4 meses. 
 Podendo levar a falsos positivos 
o Imunocromatografia: 
 Sangue - (Sensibilidade= 89,7% e Especificidade = 94,6%) 
 Nasal - (S = 85.7% e E = 100%) 
o RT-PCR (reverse transcription polymerase chain reaction) pode detectar o material 
genético viral dependendo da localização do vírus. 
 Por ser um vírus RNA, é necessário realizar uma transcripase reversa (rt - 
PCR) 
 Amostra: Sangue (pior opção), Swab conjuntival, Urina (melhor delas) 
 Valor diagnóstico: 
 Falsos positivos são possíveis dentro de 1 a 4 semanas após a vacinação. 
 
Tratamento 
 Antibiótico (infecções bacterianas secundárias) 
 Fluidoterapia 
 Complexo vitamínico B (adequada regulação e metabolismo de neurotransmissores) 
 Vitamina A (proteção e regeneração de epitélios) 
 Antiinflamatórios e anticonvulsivantes 
 Soro hiperimune (produzido em outro animal) 
 Ribavirina (inibidor da replicação de RNA) – 30mg/kg VO – 15 dias 
o Retroviral 
 
 
 
 Isolar o animal doente é fundamental 
 
 Profilaxia 
 Vacinas com antígeno não vivo 
o As vacinas com vírus total da cinomose inativado não proporcionam imunidade 
suficiente para evitar a infecção após desafio por exposição 
 Vacinas com vírus vivo modificado 
o A vacinação com vacinas contendo VVM proporciona forte proteção contra a 
infecção pelo vírus da cinomose. 
o O ideal seria o reforço a cada 3 anos 
 Monitoramento e duração da imunidade do anticorpo sérico 
o Mostra quantos anticorpos estão circulantes no animal, devido a vacina 
 
PARVOVIROSE 
 
AGENTE 
 Vírus DNA de fita simples, 
 Não envelopado 
o Dificilmente eliminado do ambiente (sobrevive cerca de 1 ano) 
 Simetria icosaédrica 
 Replica-se no núcleo, formando corpúsculos de inclusão intranucleares 
o Replica-se dentro do núcleo das células 
 Excretados em grandes quantidades nas fezes (106 a 109 partículas/g de fezes). 
o Melhor amostra para diagnostico de parvo 
 Requer células de rápida divisão celular para replicar-se 
 Muitos possuem atividade aglutinante 
 Portanto, estes vírus têm preferência por tecidos com intensa proliferação celular, ou 
seja, sistema linfático, medula óssea, intestino e tecidos fetais 
 
INFECÇÃO 
 REPLICAÇÃO 
o Tecidos linfóides da faringe 
o Placas de Peyer 
o Linfonodos mesentéricos 
 VIREMIA 
o Tecidos em multiplicação ativa e contínua 
 intestino 
 Órgãos afetados: 
o Medula Óssea Imunossupressão (leucopênia e trombocitopênia) 
o Timo e Baço 
o Intestino 
 Replicação na base das microvilosidades intestinais, provocando necrose 
 Com isto, os enterócitos não repovoam, não possuem a capacidade de criar 
novas células para o epitélio 
 Este é um tecido colonizado, com presença de muitas bactérias e outros 
microrganismos que vivem em simbiose, a partir do momento que ocorre 
necrose dos enterócitos, começam a ocorrer infecções secundárias. 
 Proliferação de bactérias Gram negativas, com invasão secundaria dos tecidos 
intestinais lesados. 
 Pode ocorrer endotoxemia conduzindo ao choque endotóxico 
 Sangramentos, fezes fétidas, ânsia de vômito... 
 Estes sintomas são característicos de processos bacterianos, porém, quem 
causou de fato foi um vírus 
o A destruição dos tecidos linfoides da mucosa intestinal e a dos linfonodos 
mesentéricos contribuem para a imunossupressão; 
 
 RAÇAS PREDISPOSTAS 
 Rottweiler, Husky e Doberman 
 
RESISTÊNCIA 
 Resistentes ao ambiente: 
o Resistentes ao aquecimento, a solventes, a desinfetantes e a variações de pH (3 a 9) 
o Podem resistir por seis meses em condições normais de temperatura e umidade, em 
ambientes frios este período sobe para mais de um ano 
o Sensível à formalina 1%, hipoclorito de sódio 5,25% diluído em água em 1:30 
o Tabela com alguns tipos de produtos e quais agentes eles são capazes de destruir 
 
 
 
DIAGNÓSTICO 
 Laboratorial 
o PCR 
o Hemograma para detecção de leucopenia 
o Exame histopatológico de porções afetadas de intestino e de miocárdio 
o Imunodiagnóstico: 
 Pesquisa de Ag ou Ac 
 Amostra: Fezes 
 Kits para parvovírus caninos comercialmente disponíveis podem ser usados 
para detecção de Ag do vírus da panleucopenia felina 
 RISCOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TRANSMISSÃO E ELIMINAÇÃO DO VÍRUS 
 
 
VACINAÇÃO DE CÃES (PARA POPULAÇÕES)

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