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APOSTILA PAS 1 SEMESTRAL ARTES (2020) (1)

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Artes 
 
Cênicas, Visuais e Música 
 
PAS 1 Semestral (Artes) 
 
 
 
 
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PAS 1 – Artes Cênicas 
 
PAS 1 (SEMESTRAL) 1 CURSO EXATAS 
 
INTRODUÇÃO À ANÁLISE 
DA LINGUAGEM TEATRAL 
 
O que é Teatro? 
 
Primeiro deve-se entender que ao se dizer: Vamos ao 
teatro? Ao sair de casa estamos abrangendo a palavra, que 
diz: o local destinado a apresentações das mais variadas 
linguagens artísticas como dança, música ou dramaturgia, isto 
é, um edifício institucionalizado com uma função 
sociocultural. 
Teatro é o lugar de ver. Assim podemos entender que ir 
ao teatro é se direcionar a um local para ver o quê? 
– Ver a um espetáculo teatral. 
A origem da palavra teatro é grega, "theastai" e tem 
como significado ver, contemplar, olhar. 
“A palavra teatro abrange ao menos duas acepções 
fundamentais: o imóvel em que se realizam espetáculos; e 
uma arte específica, transmitida ao público por intermédio do 
ator.” (Sábato Magaldi - Iniciação Teatral). 
Portanto, a arte cênica Teatro pode ser apresentada no 
prédio Teatro. 
 
A TRÍADE CÊNICA 
 
O fenômeno teatral, ou seja, o espetáculo em si, só se dá 
no momento em que há a conjunção dos três elementos 
essenciais, o Ator, o Texto e o Público, mas para que cada um 
cumpra o seu papel há um personagem que dá vida ao texto, 
é o dramaturgo, este existe independente da tríade, pois o 
seu trabalho antes de ser uma peça teatral é literatura. 
É o dramaturgo quem cria o texto, que fica à espera de 
alguém que lhe dê vida, que lhe faça falar, andar, iluminar, 
etc. Este é o papel do diretor teatral (ou encenador). 
É necessário que um Ator interprete um Texto para um 
Público. O fenômeno existe no momento em que o público 
assiste um texto executado pelo ator. Sem a tríade não há 
fenômeno cênico. 
 
O ATOR (atuação): 
 
É aquele que materializa o texto através da ação, 
emprestando ao personagem fictício sua voz e expressão. 
É o seu corpo vivo quem dá vida física e espiritual à 
imaginação do dramaturgo. Ambos são criadores, cada qual 
com sua parcela. É o dramaturgo que escreve o nome do seu 
personagem, enquanto o ator exerce o caráter do 
personagem. 
 
O TEXTO 
 
O texto é obra de ficção que deve conter no seu interior 
o seguinte esquema: Apresentação, desenvolvimento e 
solução do conflito. Esse processo construtivo sugere a ideia 
de unidades de ação, tempo e lugar, estimulando o interesse 
do espectador. 
“Alinhado na biblioteca, sem alguém que o encene, 
também não é teatro. Ele precisa do conjunto que compõe a 
linguagem teatral”. 
(Sábato Magaldi, Iniciação ao Teatro). 
Ao escrever um texto dramático, seu criador deve 
preocupar-se com o público e com a encenação de sua obra, 
para isso é importante, não obrigatório, que escreva as 
rubricas que oferecerá ao diretor ferramentas para 
desenvolver a encenação e o diretor passará as principais 
ideias para o ator. 
 
O PÚBLICO 
 
É o que assiste ao espetáculo. É o que vê a obra de arte. 
É o que responde a obra de arte e, portanto dialoga. Há uma 
necessidade mutua entre o público e a obra artística e entre 
os dois, no teatro, está o ator. Aquele que dá o oxigênio ao 
texto teatral. 
 
ELEMENTOS DA LINGUAGEM CÊNICA 
 
 “A teatral é a mais complexa das artes”. 
 
(Stark Young – O Teatro). 
 
Seria o Teatro uma Arte impura. Apenas um apanhado 
de empréstimos de elementos dispersos de outras 
tendências? 
Ou seja, “é o teatro a simples soma das conquistas realizadas 
fora do seu âmbito... situando o teatro como arte secundária, 
dependente das experiências levadas a cabo em outros 
campos” como argumenta Sábato Magaldi em Iniciação ao 
Teatro? ... ? 
... É exatamente essa multiplicidade, assim como essa 
sua capacidade de absorção de fatores artísticos que leva a 
arte teatral a sua essência. 
 
CENOGRAFIA 
 
A cenografia tem origem na Grécia Antiga, SKNE, que 
quer dizer, entre outras palavras, cena, e GRAPHIEN, escrita, 
desenho. 
SKNE + GRAPHIEN = SKNEGRAPHIEN, em português 
cenografia. 
No início, entendida apenas como a arte de adornar e 
decorar o teatro, evoluindo, depois, para uma definição mais 
abrangente e mais atual como a arte de conceber e projetar 
cenários para um espetáculo. 
O cenógrafo, como todos os outros profissionais do 
teatro, deve fazer uma leitura do texto a ser encenado e junto 
com o diretor esboça a proposta do espetáculo. 
A cenografia é uma linguagem visual do teatro, a 
primeira leitura que o publico faz da peça, portanto, a 
cenografia deve estabelecer a relação cena/público 
traduzindo a intenção do diretor e/ou dramaturgo situando a 
ação da peça no tempo e no espaço. 
A existência da cenografia é inerente ao fazer teatral, 
pois já na Grécia Antiga, nos festivais dionisíacos, havia uma 
preocupação com a ornamentação da cena, que evoluiu e 
diferenciou-se de acordo com o meio social e o contexto 
histórico. 
 
Artes Cênicas 
 
PAS 1 (SEMESTRAL) 2 CURSO EXATAS 
 
ILUMINAÇÃO. 
 
A iluminação no teatro tem inúmeras funções. Com ela é 
possível perceber uma determinada atmosfera, limitar um 
determinado espaço cênico. Modifica a concepção da 
indumentária e da caracterização. 
Utilizando as várias cores, a luz causa efeitos emocionais, 
temporais, climáticos e para localização. Também o ritmo de 
uma peça, separando os atos. 
"A iluminação teatral sempre teve duas grandes 
preocupações: mostrar e interpretar, quer dizer, fazer com 
que todos pudessem ver o que o espetáculo estava 
apresentando e, do que estavam vendo, recebesse uma 
solicitação que completasse o que estava sendo ouvido e 
visto." 
(Gianni Ratto, Antitratado de Cenografia). 
 
Desde a utilização da luz natural pelos gregos, no qual o 
drama acompanhava o caminho do sol, passando pelas 
tochas, lamparinas a óleo e velas, do teatro itinerante da 
Idade Média à Renascença, do uso do gás na virada do século 
XVIII para o XIX até a chegada da energia elétrica nas últimas 
décadas do século XIX, a iluminação tem ocupado cada vez 
mais espaço dentro da encenação, um material milagroso de 
flexibilidade inigualável se torna um elemento de 
indispensável na elaboração da encenação. 
 
SONOPLASTIA. 
 
O termo sonoplastia vem da junção de duas palavras 
gregas, sono que significa som e plastós, modelado. 
A multiplicidade de sons ou ruídos produzidos para 
interferir no desenvolvimento da ação cênica é a sonoplastia. 
Naturais ou não, os ruídos devem distinguir-se da palavra, da 
música e do próprio ruído gerado pela cena. 
Sua execução é produzida nos bastidores por técnicos 
que utilizam várias máquinas e objetos. Atualmente alguns 
problemas de sonoplastia foram resolvidos com a tecnologia. 
Assim, alguns sons ou ruídos podem ser gravados com 
antecipação e controlados pelos técnicos de acordo com o 
desenvolvimento do drama. 
Música é trilha sonora, sua pesquisa, gravação execução 
como uma performance também pode ser uma atividade do 
sonoplasta. 
 
ESPAÇO CÊNICO. 
 
Todo palco é um espaço cênico, mas nem todo espaço 
cênico é um palco. 
O espaço cênico é o palco, ou o lugar onde é realizada a 
ação cênica. Em cada período da historia este espaço foi 
ocupado por uma estética particular e assim evoluiu 
chegando ao ponto de deixar de ser algo isolado da 
dramaturgia para ser um elemento intrínseco e dinâmico de 
toda uma concepção dramática. 
Como definido pelo Dicionário de Teatro de Patrice 
Pavis, o espaço cênico é onde o fenômeno teatral acontece 
independente de ser em um palco. 
Outra referência dos espaços cênicos é os tipos de 
palcos mais comuns usados hoje. Arena, Italiano e 
Elisabetano. 
INDUMENTÁRIA/FIGURINO. 
 
De imediato, devemos esclarecer e diferenciar os termos 
figurino, indumentária e vestimenta: Podemos dizer que 
indumentário seria todo o vestuário em relação a uma 
determinada época e povo. Vestuário, um conjunto de peças 
de roupas e o figurino seriao traje usado por um personagem 
criado. 
A indumentária é um elemento visual de fundamental 
importância para a materialização do espetáculo teatral, 
assim como a cenografia e os outros elementos. 
Historicamente a indumentária sempre fez parte do 
teatro. As estilizações das máscaras, das túnicas e dos 
coturnos da tragédia grega, já são uma concreta referência 
desse elemento. 
De modo geral, em teatro, o vestuário compõe-se de 
certo simbolismo das cores, seguido da caracterização, do 
cenário e da iluminação. 
A indumentária pode admitir caracteres predicativos, 
qualidades específicas cuja função é a de desencadear uma ou 
várias ações, ou identificar um ou vários personagens que 
desempenham na ação um determinado papel. 
 
ADEREÇO E ACESSORIO 
 
Quando se trata de adereços ou acessórios em princípio 
surge uma dificuldade em diferenciá-los enquanto sua 
utilização dentro do campo teatral. 
Pelo menos de forma teórica, direcionamos que Adereço 
é de cenário, Acessório pra figurino e ainda acrescentaremos 
o adereço de cena ou material de cena. 
Todos são objetos necessários ao jogo cênico e, como 
dizemos, classificaremos em três setores: Adereços de 
cenário, aqueles que encontraremos presentes na cena e 
distribuídos de forma planejada para ajudar a criar o 
ambiente, por exemplo, um quadro numa parede, uma 
estatueta ao lado da porta. 
Acessórios ou como também é chamado adereço de ator 
são objetos associados ao figurino, que o ator leva consigo 
para compor a personagem no contexto da trama, por 
exemplo, um cachecol, um anel, uma bolsa ou um broche. 
Adereços de cena, ou como é mais usado, material de 
cena, são aqueles objetos que estão em cena e de que o ator 
se vale deles para executar uma ação, por exemplo, uma taça 
ou um candelabro de velas que se utiliza para perambular 
pela cena. Portanto podemos perceber que não é o objeto em 
si que o denomina adereço, acessório ou material de cena, 
mas sim a sua utilização dentro da cena. 
“Em termos gerais, aquilo que é suplementar, adicional. 
Em teatro, elementos portáteis de complementação ou de 
decoração do cenário, tais como quadros, estátuas, placas, 
telas, máscaras, cubos etc. Esses elementos, usados às vezes 
no lugar do cenário, recebem o nome genérico de acessórios 
cênicos. O termo tem sido usado, também, como sinônimo de 
Adereço”. 
 
(Luiz Paulo Vasconcellos, Dicionário de teatro). 
 
Artes Cênicas 
 
PAS 1 (SEMESTRAL) 3 CURSO EXATAS 
 
MAQUIAGEM 
 
Seu objetivo mais claro é o de transformar, caracterizar 
o rosto do ator em personagem, podendo ser essa 
caracterização apenas como realce das características físicas 
do ator ou mesmo uma transformação mais ampla como fazer 
do roso da atriz uma arara. 
Como a maquiagem exerce uma espécie de função de 
absorção da luz, adaptando a cor da pele à iluminação da 
cena, seu desenvolvimento e evolução acompanham a 
trajetória da iluminação desde o gás a luz elétrica. 
 
DIREÇÃO E ENCENAÇÃO 
 
“A encenação é numa peça de teatro a parte verdadeira 
e especificamente teatral do espetáculo” (Artaud). 
 
A arte teatral é complexa, implica várias “vozes”, sendo 
que uma não é mais importante que a outra. Há um valor 
linear. 
Fazendo parte dessa linha de elementos expressivos do 
teatro, a encenação é algo fundamental. 
Desde que a figura do encenador surgiu na segunda 
metade do Século XIX e que sua função de organizar de modo 
oficial o espetáculo que a distinção entre encenador e diretor 
foi ficando cada vez mais tênue, sobretudo em relação a 
atuação desses dois operários do teatro. 
Desde o seu surgimento o encenador passa a ser o 
responsável “oficial” pela ordenação do espetáculo, antes 
feito pelo ensaiador ou ator principal. 
É o encenador que reúne e coordena os diferentes 
componentes da representação, provindo de tantas outras 
vozes: o dramaturgo, o músico, o cenógrafo, o iluminador etc. 
O encenador tem por principio básico organizar todos os 
demais elementos artísticos na criação da cena teatral. 
“Ele ultrapassa o estabelecimento de um quadro ou a 
ilustração de um texto. Torna-se o elemento fundamental da 
representação teatral: a mediação necessária entre um texto 
e um espetáculo. (...) texto e espetáculo se condicionam 
mutuamente; um expressa o outro” (Dort, 1971). 
Ou seja, o encenador é um criador, um artista com seus 
pinceis de luzes, figurinos, gestos e cenários pintando a cena 
como uma obra de arte a ser representada e apreciada. 
Quanto a sua definição técnica, o diretor é um 
executante, colocando em prática a criação do encenador. 
Cada diretor tem seu estilo próprio de encenar um 
espetáculo. Assim, o papel do diretor, no teatro moderno, 
converteu-se em algo diferenciado e específico. 
Todos têm a mesma função: ler e analisar a obra dramática, 
dirigir os ensaios dos atores, planejar a marcação, debater 
com os técnicos a cenografia, a luz, os figurinos, a 
maquilagem, as máscaras, a música. 
Tal distinção aqui citada se dá de modo muito mais de 
conceito do que na prática. Como dito anteriormente a 
execução dessas duas funções tem se tornado cada vez mais 
próxima, na qual se cria a encenação e se dá o rumo da 
execução de direção em um só momento por um só 
profissional. O que não impede que possamos fazer essa 
distinção de funções de cada um desses elementos. 
 
ORIGEM DO TEATRO E TEATRO GREGO 
 
ORIGENS 
 
Quem, como, onde, por quê? 
 
Quem inventou o teatro? De onde ele veio? Quais foram 
as primeiras peças interpretadas? O primeiro roteiro? Foi um 
drama ou uma comédia? 
Essas questões nos levam a compreensão de outro fator 
primário a esses. O de que, na trajetória da humanidade ao 
longo de sua história, alguns fatos não foram inventados ou 
criados, eles simplesmente nascem e a Arte é, sem dúvida, a 
essência de todos eles. Ela nasce no primeiro momento que o 
homem se percebe enquanto ser e passa também a perceber 
o meio em que vive. 
Ao estudarmos os motivos que levaram o homem da 
pré-história a fazer as imagens das pinturas rupestres, um dos 
motivos mais aceito é o do processo ritualístico em que se 
pretendia interferir na captura do animal, parte do cotidiano 
do caçador em que se acreditava que, ao deter o poder sobre 
a imagem, também o faria sobre o animal. 
Ao tempo em que alguns executavam a pintura na 
parede, outro grupo, por vezes, simultaneamente ritualizava 
de outras formas... 
Das manifestações, dentro desse ritual a linguagem 
visual é a que nos ficou como referência pelo seu caráter 
perene, entretanto, as outras manifestações são efêmeras, 
por isso seu entendimento exige um maior estudo e pesquisa. 
Podemos entender isso como uma pantomima dessa 
natureza, uma imitação dessa natureza a fim de harmonizar-
se com ela e exercer domínio. Quanto ao entendimento da 
origem do teatro, percebemos aí os primeiros “conflitos” – de 
vida e morte, caça e caçador – dentro de um “roteiro” que, ao 
se repetir várias vezes, atinge outra essência do teatro. 
 
Artes Cênicas 
 
PAS 1 (SEMESTRAL) 4 CURSO EXATAS 
 
EXERCÍCIOS 
 
1) Em teatro tudo é linguagem: as palavras, os gestos, os 
objetos, a própria ação; porque tudo serve para 
exprimir, para significar. Tudo é linguagem. 
 
Analise os itens julgando-os. 
 
1) ( ) O teatro pode até sobreviver sem texto, porém 
jamais sem um ator. 
2) ( ) O ator não precisa fazer nenhum tipo de 
trabalho dramático, basta que tenha um corpo 
bonito para conseguir atuar bem. 
3) ( ) Um ator prepara tanto o seu corpo como sua 
voz. Exercícios de controle da respiração são 
fundamentais nestas preparações. 
4) ( ) O movimento do ator numa cena deve 
acontecer de forma natural, sem preocupação 
com a ocupação do espaço, para que o público 
se sinta à vontade. 
 
2) (UnB) “A palavra teatro abrange pelo menos duas acepções 
fundamentais: o imóvel em que se realizam espetáculos e 
uma arte específica,transmitida ao público por intermédio 
do ator”. 
 (Sábato Magaldi – Iniciação ao teatro). 
 
Com o auxílio do texto, julgue os itens que se seguem. 
 
1) ( ) No teatro, diferentemente do cinema e da 
televisão, o ator representa face a face com a 
plateia, uma história como se ela estivesse 
acontecendo novamente naquele momento. 
2) ( ) O ator consegue concentrar em si todo o 
fenômeno do teatro, podendo representar para 
uma plateia vazia. 
3) ( ) Posições antagônicas colocadas dentro de uma 
peça teatral e defendidas por palavras, 
sentimentos, emoções e atos das personagens são 
chamadas de conflitos. 
4) ( ) A personagem é um determinante da ação, 
recriada na cena por um artista/autor e um 
artista/ator. 
3) Sobre o Teatro e seus elementos, julgue os itens: 
 
1) ( ) A palavra Teatro define apenas um gênero artístico 
que envolve outras artes e acontece em um 
edifício específico. 
2) ( ) Arte Cênica é uma denominação restrita ao Teatro, 
por este ser o único estilo artístico que é produzido 
a partir de cenas. 
3) ( ) De acordo com a ideia tradicional acerca do 
Teatro, a tríade teatral é formada por 3 elementos: 
ator, texto e público. 
4) ( ) É correto afirmar que o Teatro é uma expressão 
artística momentânea que tem a capacidade de 
reunir, em si, várias outras artes. 
5) ( ) A sonoplastia é um elemento técnico que pode 
determinar o clima psicológico da cena sem fazer 
uso da cor. 
6) ( ) A tríade teatral (ator, texto e público), é a essência 
do teatro, mantida pelos encenadores até hoje de 
forma incontestável. 
7) ( ) O ofício do artesão é trabalhar com objetos 
materiais, o do ator é trabalhar com seu próprio 
corpo, empregando-o de tal modo que fiquem 
eficientemente caracterizados a personalidade 
humana e seu comportamento, que varia de 
acordo com as diversas situações. 
8) ( ) O figurino é um instrumento de transformação do 
físico. Uma coroa e um pesado manto real darão 
ao ator, que anda, na rua, como qualquer pessoa, 
um porte majestoso. Porém, isso não basta. O que 
transforma o ator, de fato, são, simultaneamente, 
a roupa e a consciência de representar um 
personagem nobre. 
9) ( ) O trabalho do ator é baseado, apenas, na 
experiência prática desenvolvida em cima do 
palco. Por não existir uma bibliografia consistente 
sobre metodologia da atuação, não é tão exigido 
do profissional um estudo teórico de sua atividade. 
10) ( ) O Teatro é uma expressão basicamente verbal, 
fazendo com que a palavra seja o elemento 
principal da expressão dramática. 
11) ( ) O vocábulo drama, que tem origem na língua 
grega, significa apenas um gênero teatral oposto à 
comédia. 
 
 
GABARITO 
 
1) CECE 
2) CECE 
3) EECCCECCEEE 
 
Artes Cênicas 
 
PAS 1 (SEMESTRAL) 5 CURSO EXATAS 
 
ORIGEM DO TEATRO GREGO 
 
Para a plena compreensão da origem do teatro, faz-se 
necessário o resgate de fatos mitológicos, os quais estão 
diretamente relacionados à sociedade grega. Contextua-
lizaremos melhor o nosso estudo a partir da leitura do texto 
abaixo: 
 
DIONISO OU BACO 
 
No princípio existia o Caos, a personificação da vida 
primordial, anterior à criação, no tempo em que a Ordem não 
tinha sido ainda imposta aos elementos do mundo recém-
criado. Lá era onde tudo estava aglutinado e movido por 
forças contrárias: Eros (atração) e Anteros (repulsão, 
separação) — de onde surge a teoria do Grande Bum. 
Surge então Géia, a Terra, elemento primordial de onde 
saíram as raças divinas. Sem auxílio de nenhum elemento 
masculino engendrou o Céu (Urano), depois uniu-se a ele 
tendo a primeira geração divina - os Titãs, as Titânidas, os 
Ciclopes e os Hecatônquiros que eram seres monstruosos. 
À medida que eles nasciam o pai, Urano, os encerravam nas 
profundezas da terra. Géia meditou contra o esposo e tirou 
do próprio seio o aço e fabricou uma foice de lâmina afiada e 
incitou os Titãs a se sublevarem contra o pai. Todos 
hesitaram, menos Cronos que castrou o pai, reduzindo-o à 
impotência e libertando os irmãos e assim se tornou o chefe 
da nova dinastia. 
Cronos desposou sua irmã Réia, que lhe deu três filhos: 
Hades, Possêidon e Zeus e três filhas: Héstia, Deméter e Hera. 
Apavorado com um oráculo que lhe predisse que um filho seu 
haveria de suplantá-lo, Cronos, devorava todos os filhos, mal 
nasciam. Quando do nascimento de Zeus, Réia, grávida de 
Zeus, escondeu-se e para salvar este último filho, fugiu para 
Creta e lá deu à luz o menino, às escondidas. Envolveu em 
panos de linho uma pedra e deu-a a Cronos, como se fosse a 
criança, e o deus logo o engoliu. Quando cresceu, Zeus pediu 
a Géia uma droga para dar ao pai, a fim de que este 
restituísse os filhos devorados. Isso feito, à frente dos irmãos, 
Zeus declarou guerra a Cronos. A guerra durou dez anos e 
Zeus conseguiu vencer, com auxílio dos Hecatônquiros. 
Tornou-se chefe de uma nova geração de deuses: do Olimpo. 
Zeus desposa Hera, mulher defensora e protetora dos 
esposos. Davam-na como ciumenta e vingativa, pois 
frequentemente encontrava-se irritada contra Zeus por sua 
infidelidade, perseguindo suas amantes e os filhos 
adulterinos. Zeus não se contentava apenas com as deusas e 
por vezes se apaixonava pelas mortais. A vítima dessa vez era 
a princesa tebana Sêmele, mãe do segundo Dioniso. 
É que de Zeus e Perséfone (filha de Deméter) nasceu 
Zagreu, o primeiro Dioniso. Preferido do pai dos deuses e dos 
homens, estava destinado a sucedê-lo no governo do mundo, 
mas o destino decidiu o contrário. Para proteger o filho dos 
ciúmes de sua esposa Hera, Zeus o confiou aos cuidados de 
Apolo e dos Curetes que o criaram na floresta do Parnaso. 
Hera, mesmo assim, descobriu o paradeiro do deus ainda 
menino e encarregou os Titãs de raptarem-no. Palas Atena 
pôde ainda salvar-lhe o coração que ainda palpitava. Foi esse 
coração que Sêmele engoliu, tornando-se grávida do segundo 
Dioniso. 
O Segundo Dioniso, no entanto, não teve um nascimento 
normal. Hera, ao ter notícias das relações amorosas do esposo 
com Sêmele, resolveu eliminá-la. Transformando-se na ama 
da princesa tebana, aconselhou-a a pedir ao amante que se 
lhe apresentasse em todo o seu esplendor. O deus advertiu a 
Sêmele que semelhante pedido lhe seria funesto, mas como 
havia jurado pelo rio Estige jamais lhe contrariar os desejos, 
apresentou-se a ela com seus raios e trovões. O palácio da 
princesa incendiou-se e ela morreu carbonizada. Zeus 
recolheu do ventre da amante o fruto inacabado de seus 
amores e colocou-o em sua coxa, até que se completasse a 
gestação normal. Nascido o filho, confiou-o, para evitar novo 
estratagema de Hera, aos cuidados das Ninfas e dos sátiros do 
monte Nisa. Lá, em sombria gruta, cercada de frondosa 
vegetação e em cujas paredes se entrelaçavam galhos de 
viçosas vides, donde pendiam maduros cachos de uva, vivia 
feliz o filho de Sêmele. Certa vez o jovem deus colheu alguns 
desses cachos e pedindo que a Ninfas espremessem a frutinha 
em taças de ouro bebeu o suco em companhia de sua corte. 
Todos ficaram então conhecendo o novo néctar: o vinho 
acabava de nascer. Bebendo repetidas vezes, sátiros, Ninfas e 
Baco começaram a dançar vertiginosamente ao som dos 
címbalos. Embriagados do delírio báquico, todos caíram por 
terra semidesfalecidos. 
 
AS PRIMEIRAS PROCISSÕES 
 
Historicamente, por ocasião da vindima, celebrava-se a 
cada ano, em Atenas e por toda a Ática, a festa do vinho novo, 
em que os participantes, como outrora os companheiros de 
Baco, se embriagavam e começavam a cantar e dançar 
freneticamente, até caírem desfalecidos. Ao que parece, esses 
adeptos do vinho disfarçavam-se de Sátiros, que eram 
concebidos pela imaginação popular como "homens bodes". 
Teria nascido assim o vocábulo tragédia (trago = bode: odé = 
canto) = tragoedia em latim e tragédia em português. 
A história de Dioniso provocava as mais diversas 
emoções em seus fiéis, desde a tristeza profunda à alegriadesmedida, ou seja, dando fiel continuidade às controvérsias 
do período do caos: eros (atração) e anteros (repulsão), etc. 
Durante a celebração, seus devotos entoavam o 
ditirambo, canto lírico que reunia dança, poesia, coro, tudo se 
relacionando à religião desde o século VI a.C.. 
Por volta do fim do século VI a.C., o ditirambo acontecia 
fora das muralhas da pólis (cidade), porém, com a adesão 
cada vez maior de populares, tornou-se politicamente 
estratégico trazer essa prática para dentro das muralhas. 
O ditirambo caracterizava-se pela antítese dos 
sentimentos, bem ao gosto do deus do êxtase. Cheios de 
improvisos, os entonadores acabavam por passar de seus 
limites, pois dançavam vertiginosamente e saíam de si. Nessa 
perda da consciência, interagiam deus e fiel, num contato 
divino. 
Tal contato fazia-se possível quando o fiel ultrapassava o 
MÉTRON (medida de cada um), momento em que se deixa de 
ser um simples mortal e passa-se a ser ANÉR (ator) ou 
hypocrités (o que responde). Essa ultrapassagem desperta o 
ciúme dos deuses, que consideram-na uma dísmesure 
(violência a si próprio e aos deuses imortais), o que acarreta a 
punição imediata do hypocrités. 
É a partir daí que surge a tragédia, ou seja, da punição 
daqueles que desafiaram os deuses. Portanto, não só o trecho 
de uma história deve ser definido como trágico, mas as obras 
cujo conteúdo caracteriza a tragédia. 
 
Artes Cênicas 
 
PAS 1 (SEMESTRAL) 6 CURSO EXATAS 
 
EVOLUÇÃO DO TEATRO 
 
A organização das manifestações dos rituais para 
Dionísio e sua difusão se tornam uma necessidade sócio-
político-econômica e religiosa. 
Por volta de 600 a.C., no governo tirano de Periandro, 
deram-se as primeiras conduções para que os cultos 
populares agrários à vegetação se direcionassem para um 
cenário mais poético e mais próximo do que vemos como 
teatro, quando se incorporaram, de forma organizada, os 
cantos e danças seguindo de forma peculiar e sistemática os 
ditirambos. 
 
OS FESTIVAIS E SEUS REPRESENTANTES 
 
O teatro se fixou e evoluiu com a estabilização do 
governo democrático em Atenas. 
Em 534 a.C. surgiu o concurso no Estado de Pisístrato. 
Nessa época havia incentivos para os atores que recebiam dos 
coregos dinheiro, honras e moradia e a esse encargo de 
financiar peças dava-se o nome de liturgia. 
Um desses seguidores das Dionisíacas, Téspis, 
perambulava com sua trupe de artistas de toda espécie pela 
zona rural da Ática. Dançarinos e cantores entoavam os 
ditirambos aos camponeses em apresentações fantasiados de 
Sátiros. 
Nesse período havia três festivais por ano, nos quais 
cada candidato devia inscrever três textos trágicos e um 
drama satírico. 
 
ESTES FESTIVAIS ACONTECIAM DA SEGUINTE FORMA: 
 
Dionisíacas Rurais  a mais antiga das festas Áticas, 
acontecia no final de dezembro; no início era apenas uma 
procissão, mas a partir do século V a.C. passa a ter 
representações dramáticas. Seus foliões eram chamados de 
Kômos, pois esse termo vem de uma alegre e barulhenta 
procissão com danças e cantos que levava por todo o cortejo 
uma espécie de escultura de um “falo” de grandes proporções 
e entoavam “canções fálicas” em homenagem a Dionísio. 
As Dionisíacas Rurais, que antecederam às Grandes 
Dionisíacas, eram, de certa forma, mais modestas e 
aconteciam dentro da própria região em que se celebrava. 
Dionisíacas Urbanas  Psístrato traz Téspis para 
participar da Grande Dionisíaca. Mesmo sem ter a noção das 
proporções de suas atitudes, Téspis tem uma genial ideia de 
proporção histórica. Ele sai do meio do coro e se posiciona à 
sua frente, respondendo-lhe, de modo solista. Assim, Téspis 
acaba criando o “hypokrites”, que mais tarde se conduzirá 
para a definição da palavra ator. Como um respondedor, 
Téspis estabelece um diálogo com o condutor do espetáculo 
que é o coro. 
As Dionisíacas Urbanas atinge seu auge no século V a.C., 
e pareia com o ápice da democracia ateniense. 
As Dionisíacas Urbanas eram festejadas em dois 
momentos distintos e serviam de condutoras do próprio 
calendário Ático. A primeira Dionisíaca acontecia no fim do 
processo de maturação do vinho, em março, era o momento 
em que os tonéis iriam ser abertos e daí se dava a festividade. 
Outra dionisíaca urbana em Atenas era chamada de 
Leneias, ocorria no inverno, no fim de janeiro. O nome vem 
de Lenáion, que em grego quer descrever uma espécie de 
tanque em que se espremiam as uvas para o fazer do vinho 
novo. Ali é que se dava o início do ano de produção do vinho, 
na primavera, quando se providenciava o novo plantio e se 
bebia o vinho da safra passada, enquanto o novo processo se 
iniciava. 
Contribuiu efetivamente para o desenvolvimento das 
comédias (Komos = máscara da alegria), pois se caracterizava 
por brincadeiras e coisas alegres. As Dionisíacas Urbanas 
duravam seis dias e as tragédias ocupavam os três primeiros 
dias. 
 
ANOTAÇÕES 
 
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Artes Cênicas 
 
PAS 1 (SEMESTRAL) 7 CURSO EXATAS 
 
EXERCÍCIOS 
 
Em uma representação teatral tudo tem significado. 
Uma coluna de papelão significa que a cena transcorre 
diante de um palácio. A luz do projetor mostra um trono, 
e imediatamente estamos no interior do palácio. Uma 
coroa sobre a cabeça do ator é sinal de realeza. As rugas 
e a palidez do rosto, obtidas pelo uso de maquiagem, e 
os pés que se arrastam, são outros tantos signos de 
velhice. Assim como o galope de cavalos que se ouve dos 
bastidores, cada vez com maior intensidade, é sinal de 
que um viajante se aproxima. 
 
Tadeusz Kowzan. In: O Signo Teatral. 
 
1) Sobre a evolução doTeatro no Brasil e os elementos 
que constituem o espetáculo, julgue os itens: 
 
1) ( ) Os sons produzidos durante uma apresentação 
teatral podem significar a hora, o estado do 
tempo, o lugar, uma atmosfera de solenidade e 
circunstâncias bem variadas, de acordo com o 
que pede o texto dramático. 
2) ( ) A iluminação teatral é utilizada unicamente para 
deixar visíveis ao espectador as expressões do 
ator, os objetos cênicos e o espaço usado na 
encenação. 
3) ( ) Se, em determinada cena, os sinos de uma igreja 
começam a tocar e vozes ao longe começam a 
ser ouvidas, pode-se, mesmo sem a presença de 
cenários, imaginar o local em que se passa a 
ação; portanto, é correto afirmar que, em uma 
encenação, um elemento não poderá, em 
nenhum momento, substituir outro elemento. 
4) ( ) Um ator nu, andando em um palco vazio, 
poderá, por meio dos seus movimentos 
corporais, comunicar a idade, o estado de 
ânimo, entre outras características, da 
personagem que representa. 
5) ( ) No teatro, diferentemente do cinema e da 
televisão, o ator representa, face a face com a 
plateia, uma história como se ela estivesse 
acontecendo novamente naquele momento. 
6) ( ) O texto dramático refere-se a um tempo e a um 
espaço específico nos quais ele foi criado. 
Porém, sua representação pode adquirir 
significados em um contexto histórico-social, 
diferente do que ele foi concebido. 
7) ( ) No teatro, a palavra pode ampliar a sua 
conotação usual como signo linguístico a partir 
da entonação dada pelos atores em cena. 
O ator pode, por exemplo, pronunciar de várias 
maneiras diferentes a frase “— Bom dia!” e 
conseguir expressar diferentes intenções. 
8) ( ) O conceito de texto teatral pode conter também 
variações diferentes de forma pura e simples da 
linguagem escrita, podendo, pois, apresentar-se 
em outras linguagens, como um ritual, uma obra 
de arte figurativa ou até uma composição 
musical. 
2) "Sabemos que as fontes primeiras das Artes Cênicas, 
encontram-se nas primeiras ritualizações e celebrações 
cantadas e dançadas, ainda na pré-história humana". 
Julgue a veracidade das afirmações abaixo conforme o 
estudo sobre as raízes do Teatro: 
 
1) ( ) É comum em todos os grupos primitivos 
humanos, até nos remanescentes tribais de hoje 
em dia, o desenvolvimento de uma 
manifestação de expressão cênica, para celebrar 
seus mitos e lendas. 
2) ( ) A análise histórica do Teatro nos mostra como 
esta Arte, através das eras, florescia, chegava a 
um apogeu, depois declinava, chegando quase a 
desaparecer em alguns momentos. 
3) ( ) O teatro moderno tem suas origens no Europa, 
mais precisamente em Tebas (Grécia), cinco 
séculos e meio antes do nascimento de Cristo. 
 
 
O mito refere-se sempre a uma "criação", contando 
como algo veio à existência, ou como um padrão de 
comportamento, uma instituição, uma maneira de 
trabalhar foram estabelecidos. Conhecendo-se o mito, 
conhece-se a "origem" das coisas. Não se trata de um 
conhecimento "exterior", "abstrato", mas de um 
conhecimento que é "vivido" ritualmente, seja narrando 
cerimonialmente o mito, seja efetuando o ritual ao qual 
ele serve de justificação. 
Mircea Eliade, Mito e realidade, p. 22 (com adaptações). 
 
3) Com o auxílio dos textos acima, julgue os itens a seguir. 
 
1) ( ) Os dramaturgos gregos tinham os mitos como 
referência para a elaboração de suas histórias. 
2) ( ) Para que o teatro ocorra, é necessário ir até o 
plano da narrativa dos mitos, sendo dispensável 
a presença de atores. 
3) ( ) Atribui-se à origem do teatro aos rituais em 
honra ao deus Dionísio, como as festas 
dionisíacas, que eram celebradas durante o 
preparo do vinho. 
4) ( ) Nas cerimônias em homenagem ao deus 
Dionísio, entoava-se o ditirambo, hino de louvor 
ao deus, que jamais teve sua forma original 
modificada. 
5) ( ) É quase certo que a primeira manifestação do 
drama grego como espetáculo, tenha sido o 
drama satírico, em que se misturavam o cômico 
e o trágico. 
 
 
 
 
 
GABARITO 
 
1) CECCCCCC 
2) CCE 
3) CECEE 
 
Artes Cênicas 
 
PAS 1 (SEMESTRAL) 8 CURSO EXATAS 
 
ORIGEM DO TEATRO ROMANO 
 
O espírito de luta romano os levava a desprezar os 
princípios da cultura, mas a conquista da Grécia os fez 
aprender o sentido do drama e levá-lo para a sua pátria. 
Assim nasceu Plauto, Terêncio e Sêneca. 
O Império Romano se faz um Estado militar que vem a 
governar o mundo. Em sua expansão, seu poder foi 
demonstrado e imposto a todos que conquistavam e tudo 
estava sobre os ditames do Estado, até mesmo a relação 
divina, a colocação dos deuses deveria seguir a autoridade do 
Estado, a res publica (coisa pública) que vigorou de 509 a.C. a 
31 a.C.. 
Com suas experiências e estreita relação com a 
racionalidade militar, suas festividades seguiam a mesma 
ordem e o teatro romano se fundamenta no princípio de sua 
organização política. Podemos entender que os palcos não 
eram terrenos de propriedades dos poetas, como na Grécia; 
aqui eles eram a extensão dos pisos dos palácios do governo 
do Estado. 
 
A Teatralidade da Res publica 
 
Em 330 a.C., enquanto, na Grécia, Aristóteles rascunhava 
sua Poética, os romanos iniciavam modestamente suas 
primeiras festividades artísticas, as ludi scaenici (de tradução 
livre, jogos cênicos), que consistiam em pequenas trupes com 
espetáculos de mimos, que continham inserções de canto e 
flauta acompanhadas de ritos religiosos. 
Assim como na Grécia, os romanos organizam e 
sincronizam suas festividades e sua dramaturgia dentro de 
seu calendário. Assim como as Dionisíacas Urbanas ou as 
Leneias, os romanos organizam os Ludi Romani em honra à 
Tríade Capitolina (Júpiter, Juno e Minerva) por volta do ano 
387 a.C.. 
— As Atelanas (Atellanae) – consistiam numa reunião de 
cenas improvisadas pelo autor em torno de um argumento 
principal, onde eram representados, em geral, tipos 
característicos como o velho ridículo, o bobo, o tagarela, o 
corcunda, o sábio. 
— Os Fescennini – semelhante às Atelanas. De caráter 
religioso e satírico, eram diálogos recitados por camponeses 
em festas religiosas. Unidos às danças e ao canto, criou-se 
uma manifestação literária chamada Satura Dramática. 
 
O Teatro Romano: seu desenvolvimento 
 
As companhias teatrais eram formadas somente por 
homens e os mais humildes que nelas atuavam podiam ser 
escravos. Tinham apenas um chefe, livre ou liberto. 
Seu palco era destinado somente às comédias. As tragédias 
eram declamadas em banquetes. 
Com ausência do coro, a orquestra foi reduzida e o 
círculo transformado em semicírculo. 
Causas do “fim” do Teatro Romano 
 
O amadorismo e a crítica; 
O desvirtuamento dos espetáculos, substituídos pelas 
apresentações antiartísticas e atrativos sensuais; 
Preferência popular pelos jogos marciais dos circos, 
causando a decadência do drama clássico; 
Os rumos tomados pela realidade social e política do 
Império; 
O cristianismo. 
 
CARACTERES GERAIS DO TEATRO ROMANO 
 
Quanto à sua estrutura física, o teatro romano nasceu 
sobre grandes estruturas de madeira que eram desmontados 
logo após as apresentações. Esse modo de organização durou 
mais de dois séculos em que, gradativamente, foi sofrendo 
alterações que condiziam melhor a arte dramática. 
Entretanto, o primeiro teatro de pedra construído em Roma 
só foi erguido no ano 55 a.C. sobre os cuidados de Pompeu. 
Nas montagens teatrais, havia algumas convenções pré-
estabelecidas, como o uso de máscaras para definir os tipos 
cômicos como o velho e o jovem, a cortesã e o cidadão, em 
uma ação de diferenciá-los dentro de seus próprios tipos, 
quem era o bom e quem era o mal, de tal modo que o uso das 
máscaras proporcionava um número bastante reduzido de 
atores no elenco, pois cada ator poderia representar mais de 
um personagem. 
O número de elementos cênicos, como máscaras, 
perucas, togas, eram bem significativos, o que levou à 
necessidadede um responsável para a organização e 
manutenção desses elementos cênicos, esse é o Choragus, 
uma espécie de contrarregra contemporâneo. 
 
O Ator romano 
 
Antes da evolução e aperfeiçoamento do teatro romano, 
os atores eram considerados “infames”, escolhidos entre os 
escravos gregos. 
Somente mais tarde com o desenvolvimento do teatro é 
que os atores, agora famosos, passaram a usar máscaras. 
As cores das cabeleiras é que diferenciavam os personagens 
de acordo com a idade e a condição: para os velhos, grisalhas; 
os jovens, pretas e os escravos usavam cabeleiras vermelhas. 
Os atores trágicos vestiam um pesado manto, a toga, e 
calçavam o coturno (ou crepida). Os atores cômicos 
diferenciavam-se pela vestimenta simbólica da personagem 
interpretada: o soldado, a espada; o mensageiro viajante 
usava chapéu e capa; o criado, túnica curta; o alcoviteiro, 
túnica preta, e assim por diante. 
 
Artes Cênicas 
 
PAS 1 (SEMESTRAL) 9 CURSO EXATAS 
 
DRAMATURGIA 
 
Diferentemente dos seus inspiradores gregos, a 
dramaturgia romana se alternava em um mesmo autor tanto 
na comédia quanto na tragédia. 
De origem grega, Lívio Andrônico é considerado o 
primeiro dramaturgo romano, tendo chegado a Roma na 
condição de escravo no Século III, mas sua habilidade literária 
é sua carta de alforria e sua passagem para o mundo dos 
célebres da educação romana, chegando a ser um conselheiro 
cultural. 
Um de seus primeiros trabalhos foi a tradução da 
Odisseia, de Homero. A pedido do Estado suas primeiras 
adaptações de peças gregas foram a palco, onde alguns 
registros indicam que, como na origem de sua cultura grega, 
Lívio participa da montagem não somente como dramaturgo 
mas também em sua encenação e como ator. 
As primeiras expressões de comédia romana aparecem 
no texto de Plauto (254 a.C. – 184 a.C.). Sendo um cidadão 
livre, Plauto cria textos com relação à vida e aos costumes 
romanos. Cria o argumentum em que explica de modo 
minucioso ao público sobre o tema que irá tratar. Outra 
referência e Terêncio (190 a.C. – 158 a.C.) menos cômico do 
que Plauto. Moralista sério, que prefere à representação das 
classes baixas e suas grosseiras diversões e abre mão do uso 
do coro. 
 
GÊNEROS DRAMÁTICOS 
 
“Vem, ó Musa, unir-se ao coro sagrado! Deixa nosso cântico 
agradar-te e vê a multidão aqui sentada!”. 
Como citado por Margot Berthold, esses hinos cantados de 
As Rãs, de Aristófanes, eram entoados pelo coro que rodeava a 
orchestra sobre o olhar compenetrado da multidão que ocupava 
o teatron. 
Da evolução das cerimônias do culto a Dioniso, surgiram 
alguns gêneros dramáticos, dentre os quais, a comédia, a 
tragédia e o drama satírico. 
 
TRAGÉDIA 
 
A tragédia, que surgiu a partir do culto agrário para saudar 
Dioniso, conhecido como ditirambo, distanciou-se desses temas 
e passou a adotar em sua estrutura mitos e lendas, bem como a 
criação de heróis. Apesar do parcial distanciamento de suas 
origens, este gênero conservou vários traços, como a presença 
do altar, que remete à religiosidade; a formação do coro e a 
ocasião em que os espetáculos aconteciam: festas de louvor a 
Dioniso. 
Para Aristóteles a figura que interveio para o surgimento da 
tragédia foi o corifeu (membro do coro), que estabeleceu o 
diálogo com os demais componentes, surgindo assim o 
PROTAGONISTA. 
É de Téspis a introdução do costume de mascarar os atores, 
a fim de dissimular seus rostos e enfatizar a personalidade da 
personagem representada. Posteriormente, Ésquilo introduziu 
um segundo ator, passando o diálogo a acontecer entre dois 
atores e não apenas a um ator e ao coro. Finalmente, Sófocles 
junta à encenação grega um terceiro ator; no entanto, mesmo 
com três atores havia não só três papéis, mas vários, auxiliados 
pelo recurso das máscaras. A tragédia estrutura-se a partir de um 
erro de julgamento, que leva os personagens da fortuna ao 
infortúnio e, embora sem culpa, haverá o julgamento. 
ELEMENTOS BÁSICOS DA TRAGÉDIA 
 
CORO: um dos principais elementos da tragédia, composto de 
12 a 15 elementos, em geral homens bastante jovens, próximos 
de iniciarem a carreira militar. Ao chegarem à orquestra, cantam 
e dançam nesse espaço, de tal modo que podemos perceber que 
não eram profissionais do teatro, o que nos mostra a importância 
do tragediógrafo também como ensaiador do coro. Limitava-se 
apenas a comentar a ação dramática ou expressar algum 
sentimento pelos personagens. Sua maior representação 
simbólica é a de grupo da cidade ou do exército, por exemplo. 
 
CORIFEU: era um representante do coro que, por se relacionar 
com a plateia, informando-a dos acontecimentos, era um 
membro que se destacava do coro e que executava seu texto 
sozinho. Em geral tem 3 tipos de funções principais: 
 
a) exortar o coro à ação, a começar o canto; 
b) antecipar ou resumir as palavras do coro; 
c) representar o coro, dialogando com os atores. 
 
ATORES: Em número reduzido, possibilitado pelo uso das 
máscaras, representavam deuses e heróis dialogando com o 
coro. Apenas homens exerciam esse papel. As personagens 
femininas eram interpretadas também com o recurso das 
máscaras e figurinos. 
Esses atores eram organizados e classificados de acordo 
com sua posição hierárquica dentro do texto encenado: 
Protagonista: primeiro ator. 
Deuteragonista: segundo ator. 
Tritagonista: terceiro ator. 
Agons são as competições tanto entre artistas quanto entre 
atletas. 
 
PARTES DO TEXTO TRÁGICO 
 
PRÓLOGO: A primeira cena antes da própria entrada do coro 
e de sua primeira intervenção. É uma espécie de narrativa que 
introduz o tema do texto para o público. Esse elemento não é 
encontrado em todos os textos trágicos. 
 
PÁRODO: A primeira entrada do coro, seja cantando e 
dançando na orquestra, seja mesmo sua primeira ode, poiso 
coro poderia já estar presente desde o início da peça no 
palco. 
 
ESTÁSIMOS: Eram intervenções do coro na orquestra, que 
separavam os episódios; criando, assim, uma marca de pausas 
na ação do texto. 
 
ODE: Nos textos gregos, a ode eram um poema sobre algo 
sublime composto para ser cantado individualmente ou em 
coro e com acompanhamento musical. 
 
EPISÓDIO: É uma parte completa do texto trágico, que 
aparece entre os estásimos e que podem variar muito de 
tamanho e importância. 
 
ÊXODO: Última cena logo após o último estásimo que dá fim 
ao texto. 
 
Artes Cênicas 
 
PAS 1 (SEMESTRAL) 10 CURSO EXATAS 
 
BASE ARISTOTÉLICA DA POÉTICA 
 
A Poética, de Aristóteles, de 330 a.C. 
 
Sua obra está fundamentada por base nos conceitos de 
imitação (mimesis) e de catarse (katharsis = purgação, 
purificação). A mimese (mimesis), dentro do conceito 
conduzido por Aristóteles, a relação criativa que conduzirá o 
poema trágico estando esse, de certo modo, sempre ligado ao 
que se concebe a ideia de Arte e de Natureza, estando 
sempre essa Arte em busca da imitação dessa Natureza. 
Outra referência da poética aristotélica são as suas três 
unidades: a de ação, de lugar e de tempo. 
Na unidade de ação, toda concepção está unificada, a 
ação é una. Tudo se organiza dentro de um tronco principal. 
As outras duas unidades sofreram maiores 
questionamentos por parte de outros teatrólogos, pois 
impuseram restrições à dramaturgia. 
A exigência de que a ação decorra em um único lugar 
traduz a unidade de lugar. 
Talvez a mais contestada das unidades aristotélicas, a 
unidade de tempo é colocada por Aristóteles de modo que a 
ação da trama não ultrapasse o tempo de uma “revolução 
solar”. 
 
DRAMA SATÍRICO 
 
O drama satírico é uma variação da tragédia, com a 
característica de ser mais curto. Originalmente é mais antigo 
que a própria tragédia sem, no entanto, diferenciar-se muito 
dela. Ambos têm em comum a temática dos mitos e heróis, 
porém com o aspecto paródico, em que heróis são 
ridicularizados, a exemplo da comédia. 
A Tetralogia que era apresentada nos festivais era 
composta pelo drama satírico e três tragédias, sendo que esse 
tinha a funçãode desfazer a impressão de tristeza causada 
por estas. 
COMÉDIA 
 
Segundo Aristóteles, sua origem se dá nas canções 
ritualísticas e cerimônias fálicas destinadas a Dionísio. O que 
se pode entender que sua origem é comum a da tragédia. 
As celebrações eram compostas por atores, que, no 
início, eram apenas pessoas comuns, disfarçados de animais 
como golfinhos, cavalos, pássaros, levando sempre sobre suas 
cabeças um enorme “falo”, no qual todos dançavam e 
cantavam por todo o cortejo. 
Aproximadamente 50 anos após a tragédia, a comédia 
surgir assim tardiamente por questões políticas, pois seu teor 
satírico feria violentamente as autoridades. Aproximando-se 
do caricatural, o gênero visava à correção pela deformação e 
pelo ridículo, com um objetivo claro: o riso. 
 
Posteriormente incorporada às Dionisíacas Urbanas, a 
comédia do Teatro Grego era dividida em três tipos: 
 
1ª Comédia Antiga: 500 a.C. a 400 a.C.  Caracterizou-se 
pela sátira política e ataques pessoais violentos. O coro era 
composto por 24 figuras; seu maior expoente foi Aristófanes. 
2ª Comédia Média ou Intermediaria: 400 a.C. a 
300 a.C.  Fase de transição na qual o coro desaparece, em 
que é enfraquecida a sátira da comédia política do período 
anterior. Percebe-se pelos fragmentos e estudos é que a 
comédia declinou dos gigantescos discursos de críticas 
políticas para o terreno das relações cotidianas que não mais 
enxovalhavam deuses, chefes de estados ou filósofos, mas 
sim direcionavam seus ataques satíricos aos homens comuns 
do meio social. 
 
3ª Comédia Nova ou Néa: 330 a.C.  Desaparece 
completamente o coro. A temática volta-se totalmente para a 
vida privada. Vemos os dramaturgos obrigados a conduzirem 
seus textos a criações de comédias caseiras ou de costumes. 
Ao contrário da Comédia Antiga de grande valor político. 
Fixa-se, portanto, nos tipos e costumes — Menando revela-se 
como principal autor. Toda essa radical transformação deu-se 
pela falta de liberdade política da qual Atenas não mais 
dispunha, após ser vencida por Esparta. A decadência 
econômica fez com que os concursos fossem cada vez mais 
raros, pois financiar o coro, tanto da comédia, quanto da 
tragédia, não era mais possível. 
 
IFIGÊNIA EM ÁULIS 
 
Época da ação: idade heroica da Grécia. 
 
Local: Áulis, porto onde estava reunida a armada grega. 
 
Primeira representação: provavelmente em 405 a.C., em 
Atenas. 
 
Dramaturgo: Eurípedes 
 
PERSONAGENS 
 
Agamêmnon – Rei de Argos e Micenas. É filho de Atreu e, 
junto com seu irmão Menelau, é chamado de Atrida. 
 
Velho – servo de Agamêmnon e Clitemnestra. É chamado, no 
início da peça, para levar a carta de Agamêmnon a 
Clitemnestra. 
Coro – É formado por um conjunto de mulheres da cidade de 
Cálcis. 
 
Menelau – Rei de Esparta, irmão de Agamêmnon. 
 
Clitemnestra – Esposa de Agamêmnon, mãe de Ifigênia. 
 
Ifigênia – Filha de Agamêmnon e Clitemnestra, irmã de 
Orestes. 
 
Aquiles – Herói grego, filho de Peleu e Tétis, neto de Éaco. 
É falsamente unido a Ifigênia pela sua reputação. 
 
Mensageiro – Anuncia a chegada de Clitemnestra, Ifigênia e 
Orestes em Áulis. Descreve o percurso do sacrifício de Ifigênia 
a Ártemis. 
 
Corifeu – Nas encenações teatrais era considerado o chefe do 
coro. Era responsável por guiar esse grupo em suas ações. 
 
Artes Cênicas 
 
PAS 1 (SEMESTRAL) 11 CURSO EXATAS 
 
RESUMO DA PEÇA 
 
Na antiga cidade de Áulis, cem embarcações esperavam 
bons ventos para partirem ao ataque de Tróia para recuperar 
Helena (esposa de Menelau, irmão de Agamêmnon, raptada 
por Páris por causa de sua estonteante beleza). A demora 
trazia estragos materiais e morais ao exército grego 
comandado por Agamêmnon que pouco antes abatera uma 
corça num dos bosques sagrados da deusa Ártemis, 
vangloriando-se de ser melhor caçador que ela e provocando 
sua ira. Supostamente por esse motivo, Ártemis instalou uma 
repentina calmaria que impediu as naus de partirem. 
O adivinho Calcas revela o oráculo da deusa: Ifigênia deve ser 
sacrificada a Ártemis para que bons ventos possam chegar a 
Áulis. Cabe assim ao rei de Argos decidir os rumos dos gregos 
aportados e de sua filha. 
Agamêmnon, ao saber do oráculo, manda a sua esposa 
Clitemnestra trazer a filha Ifigênia, sob a pretensão de esta 
casar com Aquiles, casamento que o próprio noivo 
desconhece. No entanto, o chefe Átrida atormentado tenta 
ainda anular a vinda de ambas, mas a carta que enviara foi 
interceptada por Menelau, seu irmão, que o ataca depois de 
tomar conhecimento da decisão do irmão, pois coloca os seus 
interesses pessoais à frente dos da Hélade. 
Apesar de, posteriormente, Menelau mudar de opinião 
face ao sacrifício da sobrinha, Ifigênia e a mãe chegam a Áulis, 
acompanhadas do pequeno Orestes, e Agamêmnon decide, 
numa reviravolta, acatar o oráculo, pois teme uma revolta do 
exército, e desta forma coloca em primeiro lugar o seu dever 
enquanto chefe: o sacrifício será consumado. 
O sacrifício humano gera um conflito entre dois 
poderosos sentimentos: o amor cívico e os laços familiares. 
Esta questão é apresentada ao longo da peça: por um lado, 
temos Agamêmnon que tem um dever perante os exércitos 
que tem sob o seu comando, que o leva a tomar a difícil 
decisão de acatar o oráculo e sacrificar a filha; por outro, a 
mesma personagem, que demonstra arrependimento depois 
da primeira tomada de decisão face ao sacrifício, pois quem 
terá de sacrificar é aquela que é sangue do seu sangue. 
A figura que se torna crucial e que acaba por unir o lado 
cívico ao familiar é Ifigênia: apelando ao pai que não seja 
sacrificada, invocando os laços familiares que os une e 
transmitindo um grande amor pela vida, acata e aceita 
posteriormente a decisão paterna (ou melhor, oracular) do 
seu fim, pois sabe que morrerá em glória pela Hélade. 
A ADVOGADA QUE VIU DEUS, 
O DIABO E DEPOIS VOLTOU PARA A TERRA 
 
PERSONAGENS PRINCIPAIS 
 
Advogada – Dra. Maria Vitória. É contratada para anular o 
contrato do ministro Jeová Pereira Mente com o diabo. 
 
Atendentes 
 
Caim 
 
Capinha – Auxiliar do diabo (satã). 
 
Rafaelzinho – Filho da advogada Maria Vitória 
 
Ministro – Jeová Pereira Mente 
 
Santo Agostinho 
 
Satã 
 
Tio Popota – Personagem que anima a festinha de aniversário 
de Rafaelzinho, filho da Dra. Maria Vitória. 
 
 
RESUMO 
 
A peça conta a história de Maria Vitória, uma advogada 
com uma causa muito peculiar: desfazer o pacto de seu 
cliente, o ministro Jeová Pereira Mente com o diabo, pois ele 
sente que a cobrança do pacto, no caso a morte, está muito 
próxima dele. O ministro oferece um café “batizado” à 
advogada que a faz viajar primeiramente ao inferno. Para isso, 
ela passa pela burocracia do inferno, da justiça divina, 
consegue a carteira da ordem celestial, inocenta Caim pela 
morte de seu irmão e enfrenta o Diabo e finalmente anula o 
pacto. 
O grupo brasiliense G7 – grupo dos sete – assina a 
criação do texto dramatúrgico A advogada que viu Deus, o 
Diabo e depois voltou para a terra. O grupo surgiu em 2001 e 
é formado desde seu início por quatro atores. Pelo uso do 
gênero cômico, o grupo privilegia a interação com a plateia e 
o improviso levando o público a participar efetivamente de 
algumas cenas. 
 
IMPROVISO 
 
Técnica do ator que interpreta algo improvisado, não 
preparado antecipadamente e “inventado” no calor da ação. 
Há muitas formas de improvisar: a partir de um tema 
conhecido, a partir do “jogo dramático”, da desconstrução 
verbal. A voga dessa prática explica-se pela recusa do texto 
assim como pela crença num poder libertador do corpo e da 
criatividade espontânea. É um dos principais elementos 
utilizados em criações coletivas de teatro ou processo 
colaborativos. 
 
 
 
 
 
Artes Cênicas 
 
PAS 1 (SEMESTRAL) 12 CURSO EXATAS 
 
 
ANOTAÇÕES 
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PAS 1 – Artes Visuais 
 
PAS 1 (SEMESTRAL) 13 CURSO EXATAS 
 
FUNDAMENTOS DA LINGUAGEM VISUALCLASSIFICAÇÃO DAS FORMAS 
 
1. RACIONAIS OU GEOMÉTRICAS 
 
 
Como a própria designação sugere, são triângulos, 
quadrados, cubos... 
 
2. LIVRES OU INFORMAIS 
 
Aqui a forma praticamente não existe, ou ao menos é de 
difícil percepção. São rabiscos, garatujas e grafismos. 
 
 
Exemplo de Grafismos indígenas como padrões em um cesto 
 
 
Garatujas infantis 
FORMAS ORGÂNICAS 
 
São aquelas que envolvem a natureza, os seres vivos, 
flora e fauna. Podem também ser representações de seres 
imaginários, como fadas, anjos, dragões... 
 
As formas orgânicas se subdividem em: 
 
3.1 PRIMITIVISTAS 
 
 
 
São caracterizadas pela simplicidade e sintetização das 
formas e uso de cores saturadas, puras, sem nuances. Embora 
o termo pareça um tanto pejorativo, ele é utilizado para 
diferenciar a arte erudita, ou de quem tem uma determinada 
formação acadêmica, das manifestações populares, como 
acontece com as belas xilogravuras de J. Borges feitas para as 
capas dos cordéis na região Nordeste do país. Caracteriza 
também a arte infantil, a indígena e a pré-histórica. 
 
 
 
Artistas modernos também fizeram uso dessas formas 
primitivistas em suas composições, como na Pomba da Paz, 
de Picasso. Eles foram fortemente influenciados pela pureza e 
simplificação das formas presentes em artefatos, máscaras e 
objetos fetichistas da arte africana e de povos de outros 
continentes. 
 
 Artes Visuais 
 
PAS 1 (SEMESTRAL) 14 CURSO EXATAS 
 
3.2 EXPRESSIONISTAS 
 
 
Edvard Munch, O Grito, 1894 
 
 
 
São caracterizadas pelo exagero e a deformação da 
imagem em função da eficiência da mensagem transmitida. 
Estão presentes na pintura expressionista, nas charges e 
caricaturas. 
3.3 NATURALISTAS 
 
Resulta de qualquer tentativa de reproduzir o objeto 
natural, o modelo observado. Variam seu grau de acordo com 
a técnica, a habilidade e os materiais empregados. 
Na verdade, de certo modo o naturalismo permeia todos os 
desenhos, do primitivista até o realista, assim, é mais simples 
seguir a seguinte regra: quanto mais próximo da abstração, ou 
seja, quanto mais o desenho se distanciar da realidade ou do 
modelo observado, menor será o grau de naturalismo, quanto 
mais se aproximar do retrato, da fidelidade ao modelo 
observado, maior seu naturalismo. 
 
 
Policleto, O Doríforo, séc, V a.C. mármore 
 
3.4 REALISMO 
 
É um naturalismo em grau elevadíssimo. Tem como 
característica o caráter fotográfico e a fidelidade ao modelo 
observado. 
 
 
Bebê Recém-Nascido, escultura de Ron Mueck. 
 
Na arte de caráter realista, destaca-se a riqueza de 
detalhes dos ambientes e das personagens. Em alguns casos, 
essa primazia é tamanha que nos leva ao espanto, como nas 
incríveis esculturas de Ron Mueck. 
 
 Artes Visuais 
 
PAS 1 (SEMESTRAL) 15 CURSO EXATAS 
 
EXERCÍCIOS 
 
 
1 Teatro Nacional de Brasilia, 
Projeto de Niemeyer e arte de 
Athos Bulcão 
2 Aqua Appia, aqueduto, 312 a.C. 
 
 
3 Busto de Nefertiti, 
rainha egípcia 
4 Portinari, Retirante com Criança ao Colo, 
lápis sobre papel 
 
 
5. Discóbolo, cópia romana da 
original grega do séc. V a.C. 
6 Kandinsky, detalhe da obra 
Vermelho, Azul e Amarello, 
óleo sobre tela 
 
 
 
7. Escher, Metamorfoses, xilogravura 
1) A partir das imagens 1 a 7, julgue os itens em (C) certo ou 
(E) errado acerca das formas apresentadas. 
 
 A fachada do Teatro Nacional apresenta formas que, 
nas artes visuais, são classificadas como orgânicas. 
 Na obra de Kandinsky (fig 6), predomina o uso de 
elementos informais de modo livre. 
 A sintetização das formas na escultura do Discóbolo 
(fig.5) acentua o caráter primitivista da composição. 
 No busto de Nefertiti (fig 3) o realismo da forma é 
obtido através da ênfase dada aos detalhes 
anatômicos. 
 O termo naturalismo pode ser aplicado a toda 
manifestação plástica figurativa que nos permita 
reconhecer o modelo utilizado. 
 Os traços fortes, o exagero e a deformação da 
imagem na obra Mulher com Criança ao Colo, de 
Portinari (fig.4), reforçam seu caráter expressionista. 
 A repetição de padrões geométricos nos cubos da 
fachada do Teatro Nacional elimina a percepção de 
ritmo e dinamismo visual. 
 No aqueduto Via Appia, a repetição dos padrões dos 
arcos e da relação cheio e vazio gera um ritmo 
contínuo e regular à composição arquitetônica. 
 A linha tem função meramente ornamental na obra 
de Portinari (fig 4). 
 Na gravura Metamorfose, de Escher (fig.7), há a 
transição contínua de formas orgânicas para racionais 
e de racionais para orgânicas. 
 
2) Continue julgando... 
 
 Na obra de Kandinsky (fig.6) predomina o equilíbrio 
sem tensões, o que é característica marcante de todas 
as obras abstratas, sejam livres ou geométricas. 
 Linhas diagonais e curvas aumentam a sensação de 
movimento e dinamismo na obra de Kandinsky (fig.6). 
 As formas e linhas aplicadas nas arquiteturas do 
Teatro Nacional e no aqueduto Via Appia promovem 
o mesmo resultado visual, caracterizado pelo peso e 
estaticidade da composição. 
 A justaposição dos elementos visuais na obra 
Metamorfose, de Escher, promove uma cena aberta 
com sensação de continuidade narrativa e espacial. 
 Na escultura do Discóbolo as proporções e o 
congelamento da ação contribuem para a sensação de 
realismo da obra. 
 Na obra Metamorfoses, de Escher (fig.7) planos e 
profundidade se misturam e eliminam a percepção de 
tridimensionalidade das formas apresentadas. 
 Os aquedutos romanos, além de sua função, seja ela 
levar água de pontos distantes até as cidades do 
império, exerciam também uma forma de evidenciar 
e impor a presença do Império Romano em sua vasta 
extensão. 
 A engenharia romana ultrapassou o tempo e o espaço 
e mesmo após sua dissolução continuou exercendo 
forte influência nas edificações erigidas no mundo 
ocidental. 
 A escultura “Discóbolo” pertence ao primeiro período 
da arte grega, o Dórico, caracterizado pela intensidade 
dos movimentos e pela dramatização presente na 
expressão das figuras representadas. 
 
 
 Artes Visuais 
 
PAS 1 (SEMESTRAL) 16 CURSO EXATAS 
 
 
 
8. Partenenon, 447 a.C. 
 
 
9. Catedral de Notre Dame, 1163 e concluída em 1245 
 
3) Observe as duas edificações acima ilustradas nas 
imagens 8 e 9 e marque a alternativa CORRETA. 
 
 As duas obras seguem os padrões clássicos gregos 
de construção. 
 Na fachada da Catedral de Notre Dame 
predominam elementos visuais como simplicidade 
e economia de formas. 
 A forma retangular e sólida que caracteriza a 
arquitetura do Parthenon confere a sensação de 
leveza à composição. 
 Embora diferentes quanto ao estilo, às duas 
construções têm em comum o fator simetria como 
característica marcante. 
 
 
 
10 Artemisia Gentileschi, Suzana e os Velhos, 1610, Óleo sobre tela 
 
 
11 Rafael Sanzio, A Escola de Atenas, afresco, 1497 
 
Para o físico, equilíbrio é o estado no qual as forças, agindo 
sobre um corpo, compensam-se mutuamente. Consegue-se o 
equilíbrio, na sua maneira mais simples, por meio de duas forças 
de igual resistência que puxam em direções opostas. A definição 
é aplicável para o equilíbrio visual. Como um corpo físico, cada 
padrão visual finito tem um fulcro ou centro de gravidade (...). 
Com exceção das configurações mais regulares, nenhum método 
de cálculo racional conhecido pode substituir o sentido intuitivo 
de equilíbrio do olho. 
Rudolf Arnheim, arte e percepção visual 
 
4) Com base no texto e nas imagens ao lado, julgue os itens 
em (C) certo ou (E) errado. 
 
 A ideia de equilíbrio visual pode ser notado na pintura 
A Escola de Atenas, de Rafael Sanzio, pela distribuição 
equitativados pesos visuais. 
 Na física, as forças que atuam sobre um corpo podem 
gerar tanto seu movimento, deslocamento ou o 
cessar, na arte a sensação de movimento, por sua vez, 
é gerada pela exploração de linhas curvas diagonais, 
como aquelas predominantes na obra Suzana e os 
Velhos (fig.10). 
 Na pintura A Escola de Atenas, as personagens 
principais são destacadas através da proximidade de 
suas cabeças do centro geométrico da composição. 
 Na obra Suzana e os Velhos a tensão espacial reside 
entre as mãos da personagem e as faces dos anciãos. 
 A pintura A Escola de Atenas possui profundidade 
espacial obtida pela sobreposição de planos no campo 
visual tridimensional. 
 Na obra de Artemisia (fig. 10) o equilíbrio visual é 
reforçado pela rígida simetria na distribuição dos 
elementos. 
 Na obra A Escola de Atenas, de Rafael Sanzio, o artista 
fez uso da perspectiva oblíqua, ou seja, com dois 
pontos de fuga, para construir o desenho. 
 A arquitetura e o tratamento das formas na obra de 
Rafael Sanzio (fig.11) gera um ambiente 
essencialmente divino o que reforça o caráter 
emotivo na cena representada. 
 Nas artes visuais, independentemente do grau de 
naturalismo, as figuras humanas presentes nas 
imagens apresentadas são classificadas como 
orgânicas. 
 A obra Susana e os Velhos é caracterizada por fortes 
contornos e contrastes marcantes que distinguem 
figura e fundo. 
 
 Artes Visuais 
 
PAS 1 (SEMESTRAL) 17 CURSO EXATAS 
 
PESO E EQUILÍBRIO 
 
EQUILÍBRIO: 
 
 Condição essencial para o desenvolvimento humano 
 Para a física, o resultado de forças de igual intensidade 
que agem sobre um corpo. 
 Para a arte, o resultante da distribuição equitativa de 
pesos visuais. Semelhante, não? 
 
PESOS VISUAIS: 
 
São cores, formas, pontos, linhas, elementos que se 
destacam diante dos nossos olhos. O peso visual é 
determinado por uma série de fatores, dentre os quais temos 
como principais: 
 
COR: elemento de maior destaque, entre elas, quanto mais 
luz carregar, ou seja, quanto mais quente for, maior o 
destaque, maior a proximidade dos nossos olhos. 
Cores escuras, frias, gera a sensação de distância, 
profundidade espacial. 
 
PROFUNDIDADE ESPACIAL: quanto mais distante um objeto 
maior nosso interesse. A sensação de profundidade pode ser 
obtida por meio da perspectiva, da diminuição das formas ou 
através da relação entre cores quentes e frias. 
 
ISOLAMENTO: figuras isoladas são um convite a nossa 
curiosidade, por isso seu destaque. 
 
INTERESSE INTRÍNSECO: são elementos, formas que nos 
chamam a atenção em decorrência de fatores pessoais, 
culturais, como a memória, a religião, a sexualidade. 
 
TAMANHO: quanto maior um objeto, maior seu destaque. 
 
FORMA: alguns objetos, por sua forma, sugerem peso ou 
leveza. 
 
DISPOSIÇÃO: é como uma gangorra de um parquinho, está 
associado ao sentido de ordem e simetria. 
 
TIPOS DE EQUILÍBRIO 
 
1. MECÂNICO ou SIMÉTRICO 
 
 
Como o próprio nome 
sugere, é obtido através da justa 
distribuição das formas de modo 
simétrico, matemático, sobre uma 
superfície. É típico da arte 
clássica, como a renascentista, 
como nessa obra, O Casamento 
da Virgem, do mestre Rafael 
Sanzio. 
2. ORGÂNICO ou ASSIMÉTRICO 
 
Mais complexo que o 
simétrico, decorre do trabalho 
com a compensação de pesos 
visuais como cor, tamanho, 
profundidade, isolamento, e 
outros, como nessa obra 
intitulada A Agonia no Deserto, 
de El Greco. É muito comum na 
arte barroca e no Romantismo. 
 
3. HOMOGÊNEO 
 
 
Pieter Bruegel, A Luta entre o Carnaval e a Quaresma, 1559 
 
É caracterizado pela ampla distribuição dos elementos 
visuais sobre uma superfície. Nenhuma área pesa mais que a 
outra. É comum na arte medieval gótica na arte abstrata. 
 
DINAMISMO 
 
A ideia de dinamismo visual está associada a um 
conjunto de sensações geradas pelo mundo imagético diante 
dos olhos. 
 
Os elementos que intensificam o dinamismo visual são: 
 
1. RITMO: a noção de ritmo nas artes não difere muito das 
demais linguagens, no caso, resulta da repetição de padrões 
visuais diante dos olhos, seja numa pintura, numa fotografia, 
na paisagem urbana. Esses padrões podem ser pontos, linhas, 
formas, pessoas, árvores, etc., e se apresentam de modo 
intenso, calmo, regular, alternado, crescente... 
 
2. TENSÃO: a tensão em uma imagem resulta não só da 
expectativa causada pelo congelamento de uma narrativa, 
uma ação. Na verdade, os grandes promotores dessa 
sensação são os contrastes, estes podem ser de várias 
maneiras, claro e escuro, alto e baixo, belo e feio... 
 
3. MOVIMENTO: a sensação de movimento é intensificada 
mediante a presença de linhas curvas e diagonais, linhas 
dinâmicas e antiestáticas. 
 
4. RELAÇÃO FIGURA/FUNDO: a distinção entre uma figura e o 
fundo também proporcionam essa sensação dinâmica numa 
imagem. 
 
 Artes Visuais 
 
PAS 1 (SEMESTRAL) 18 CURSO EXATAS 
 
EXERCÍCIOS 
 
 
1 Leonardo da Vinci, A Última Ceia, afresco, 1497 
 
 
2 Goya, Fuzilamento de 3 de Maio de 1808, óleo sobre tela 
 
 
3 Grupo Arte Favela, Releitura do 
Abporu, de Tarsila do Amaral, 
Graffiti, 2006. 
4. Galeno, painel no interior da 
Capela Nossa Senhora de Fátima, 
Brasília 
 
Para o físico, equilíbrio é o estado no qual as forças, 
agindo sobre um corpo, compensam-se mutuamente. 
Consegue-se o equilíbrio, na sua maneira mais simples, por 
meio de duas forças de igual resistência que puxam em 
direções opostas. A definição é aplicável para o equilíbrio 
visual. Como um corpo físico, cada padrão visual finito tem 
um fulcro ou centro de gravidade (...). Com exceção das 
configurações mais regulares, nenhum método de cálculo 
racional conhecido pode substituir o sentido intuitivo de 
equilíbrio do olho. 
Rudolf Arnheim, arte e percepção visual 
 
5) Com base no texto e nas imagens acima, julgue os itens 
em (C) certo ou (E) errado. 
 
 A ideia de equilíbrio visual pode ser notado na pintura 
A Santa Ceia, de Leonardo da Vinci, pela distribuição 
equitativa dos pesos visuais. 
 Na física, as forças que atuam sobre um corpo podem 
gerar tanto seu movimento, deslocamento ou o 
cessar, na arte a sensação de movimento, por sua vez, 
é gerada pela exploração de linhas curvas diagonais, 
como aquelas predominantes na obra de Goya. 
 A ênfase nos detalhes da imagem da santa na pintura 
de Galeno (fig 8) visa ressaltar características 
individuais da personagem. 
 Na pintura A Santa Ceia, a disposição da cabeça de 
Cristo no centro geométrico da imagem gera 
estabilidade e ressalta sua importância na cena. 
 Na releitura do Abaporu a relação entre figura e fundo 
é obtida por meio do contraste das cores e da 
diminuição das formas. 
 Na obra de Goya (fig 6) o contraste cromático elimina 
a profundidade espacial. 
 A pintura A Santa Ceia possui profundidade espacial 
obtida pela sobreposição de planos no campo visual 
tridimensional. 
 O expressionismo da forma visando reforçar o 
conteúdo caracteriza tanto a releitura do Abaporu 
quanto a obra de Leonardo da Vinci, o que é recurso 
comum tanto na arte clássica quanto na primitivista. 
 Na releitura do Abaporu a paisagem ao fundo tem 
finalidade meramente ornamental, sendo dispensável 
da composição sem prejuízo ao conteúdo abordado. 
 Na obra de Goya, entre a personagem de branco e as 
armas dos soldados localiza-se a tensão espacial da 
cena. 
 
6) Continue julgando... 
 
 Na obra de Goya, embora a luz seja elemento de 
grande destaque a conduzir o olhar do espectador 
para o lado esquerdo da obra, o número de soldados 
e a sensação de profundidade espacial à direita 
equilibram a composição. 
 O ritmo ordenado dos soldados perfilados na obra de 
Goya contrasta com a irregularidade

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