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MÓDULO 8 - ACIDENTE DE TRABALHO

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20/08/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/24
Módulo 8 - Acidente de Trabalho. Teorias que Fundamentam a Proteção
do Acidentado. Culpa Aquiliana. Teoria do Contrato. Responsabilidade
pelo Fato da Coisa. Teoria do Risco Profissional. Teoria do Risco de
Autoridade. Seguro Social. Evolução da Legislação Acidentária no Brasil.
Definição de Acidente de Trabalho. Prestações Relativas a Acidente do
Trabalho. Auxílio-Doença. Aposentadoria por Invalidez Acidentária.
Auxílio Doente. Abono Anual Do Acidentário. Valor do Benefício. Garantia
de Emprego. Estabilidade. Cancelamento do Benefício. Ação Judicial
Acidentária.
 
1 - DIREITO ACIDENTÁRIO
 
Histórico:
 
O estudo da infortunística teve início com a Revolução Industrial (Século XVIII),
quando substituiu o trabalho manual pelo uso das máquinas (tear e máquina a
vapor), que eram causadores de acidentes do trabalho. A partir de então, inicia-se
uma preocupação com o acidentado, o que além de problemas de saúde, também
dificultava novo trabalho em outras empresas.
 
1884: Legislação alemã, por intermédio de Bismarck, foi a primeira a tratar do
tema, que estabeleceu ampla definição de acidente do trabalho, incluindo o
ocorrido no curso do contrato de trabalho. Esta lei aplicava-se somente a
indústrias que tinham atividades perigosas. Havia assistência médica e
farmacêutica, auxílio-funeral, pensão por morte, bem como um valor pecuniário
correspondente a 100% de seu salário, enquanto incapacitado para o trabalho.
Custeado pelos empregadores.
 
1897: Inglaterra teve a 1ª norma a versar sobre o tema. Previa para o caso de
morte pagamento de pensão aos dependentes, no prazo de 3 anos.
Responsabilidade objetiva do empregador. Havendo negligência do empregado,
não se admitia a existência de acidente do trabalho. Hoje aplica-se o sistema
proposto em 1946, pelo plano Beveridge, consubstanciado na “Consolidation Act”,
de 1965. Há um sistema tripartite de contribuições, com proteção para
incapacidade, morte, assistência médica e hospitalar, reabilitação, etc.
 
1889: na França, surge a lei sobre acidentes no trabalho, aplicando-se aos
trabalhadores empregados de apenas algumas atividades consideradas perigosas,
como as indústrias de construção, manufatura, transporte terrestre e fluvial, de
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carga e descarga, mineira. O acidente do trabalho também era considerado como
o decorrente de doença profissional. Pagava-se ao acidentado ou a seus
dependentes uma renda vitalícia ou temporária, auxílio-funeral, assistência
médica e financeira.
 
1889: 1ª lei na Itália, aplicando-se inicialmente a poucas indústrias.
 
1900: Espanha edita a 1ª lei sobre acidente do trabalho, que o definia como “toda
lesão corporal que o operário sofra na ocasião ou em conseqüência do trabalho
que executa por conta alheia”. A lei existente hoje é praticamente a mesma.
 
1908: Estados Unidos começou a expedir normas para os funcionários públicos da
União, e a partir de 1911, para cada Estado.
 
1913: Portugal edita sua 1ª lei.
 
OIT - convenções sobre acidentes do trabalho:
Convenção n. 12/1921: reparação de acidentes do trabalho na agricultura
Convenção n. 17/1925: indenizações em caso de morte ou incapacidade
permanente, pagas sob a forma de renda
Convenção n. 18/1925: reparação de doenças profissionais
Convenção n. 19/1925: igualdade no tratamento entre nacionais e
estrangeiros nos casos de acidente do trabalho
Convenção n. 42/1934: doenças profissionais
Convenção n. 102/1952: indicação de eventualidades cobertas para efeito da
proteção acidentária
Convenção n. 118/1962: igualdade de tratamento de nacionais e
estrangeiros em matéria previdenciária social e, principalmente, quanto a
acidente do trabalho
Convenção n. 121/1964, que reviu a Convenção n. 102.
 
Convenções da OIT aprovadas no Brasil:
Convenção n. 134, aprovada pelo Decreto Legislativo n. 43/1995: prevenção
de acidentes do trabalho dos marítimos.
Convenção n. 152, aprovada pelo Decreto Legislativo n. 84/1990: proteção
contra acidentes dos trabalhadores empregados na carga e descarga dos
navios.
Convenção n. 174, aprovada pelo Decreto n. 4.085/2002: prevenção de
acidentes industriais maiores.
 
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Evolução Legislativa no Brasil:
 
1850: Código Comercial foi o 1º diploma legal a dar uma orientação geral
sobre acidente do trabalho, prevendo a manutenção dos salários por 3 meses
contínuos por acidentes “imprevistos e inculpados” (art. 78).
 
1916: edição do Código Civil, sobre responsabilidade subjetiva que previa
que “aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou
imprudência, violar direito, ou causar prejuízo a outrem, fica obrigado a
reparar o dano”, necessitando o empregado fazer prova de que o empregador
teve culpa pelo acidente do trabalho.
 
1919: Lei 3.724 foi a 1ª lei que deu início à legislação acidentária urbana,
tratando especificamente sobre o tema, adotando a teoria do risco
profissional, da responsabilidade objetiva do empregador, não se discutindo
quem teve culpa no acidente. Nesta época surgiram os seguros privados de
acidentes do trabalho, porém mantendo-se a responsabilidade do
empregador, conforme entendimento do STF. Os referidos seguros eram
devidos somente aos empregados e tarifados, isto é, havia uma tabela em
que a seguradora pagava a indenização de acordo com valores previamente
estabelecidos, não importando se o dano fosse plenamente reparado. Não
tinha direito a qualquer indenização, caso o empregado não pudesse mais
trabalhar. Estendia a proteção a doenças profissionais. Em caso de força
maior, dolo do próprio acidentado ou de terceiros não era caracterizado
acidente do trabalho. As atividades comerciais eram excluídas do sistema de
acidentes do trabalho. Os processos de acidentes do trabalho eram de
competência da Justiça Comum.
 
1934: Decreto 24.637: previa o benefício de acidente do trabalho aos
industriários e trabalhadores agrícolas, independentemente de usarem
máquinas motoras, bem como aos comerciários e empregados domésticos.
Também previa sobre doenças profissionais. Além da indenização tarifada, foi
instituída pensão para os herdeiros ou beneficiários do acidentado.
Empregadores sem seguro tinham que fazer depósito junto a repartições
fiscais ou de crédito.
 
CF/1937: instituição de seguros nos casos de acidente do trabalho (art.
137, m).
 
1944: Decreto-lei 7.036 trouxe algumas alterações: acidente passou a ser
considerado como o que provoca lesão corporal, considerou a concausa (fatos
consequentes do acidente); estendido o conceito de acidente do trabalho
para abranger o ocorrido durante o intervalo para refeições, ou satisfazer
necessidades fisiológicas ou para descanso no local de trabalho; acidente in
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itinere passou a ser considerado como aquele ocorrido no transporte por vias
e meios perigosos; os dependentes passaram a ser os beneficiários do
acidentado morto; trata sobre a prevenção de acidentes e readaptação
profissional. Admitiu-se a acumulação da indenização acidentária com a de
direito civil, desde que houvesse dolo do empregador.
 
CFs de 1946 e 1967: determinou sobre a obrigatoriedade do seguro pelo
empregador contra acidentes do trabalho (arts. 157, XVII e 158, XVII,
respectivamente).
 
1967: Lei 5.316, regulamentada pelo Decreto 61.784/67, integrou o
acidente do trabalho no sistema de previdência social, inovou sobre o seguro
de acidentes do trabalho urbano, dispondo sobre a incumbência a Previdência
Social do seguro contra acidente do trabalho. Surgemnovos benefícios:
auxílio-doença, aposentadoria por invalidez, pensão por morte, auxílio-
acidente, pecúlio e serviços de assistência médica e reabilitação profissional.
 
EC n. 1 de 1969: assegurou seguro contra acidentes do trabalho mediante
contribuição da União, empregador e empregado (art. 165, XVI).
 
1974: Lei 6.195 dispôs sobre o regime rural de acidentes do trabalho da
Previdência Social, havendo custeio do Funrural. O trabalhador rural passou a
ter os seguintes benefícios: auxílio-doença, aposentadoria por invalidez,
pensão por morte e serviços de assistência médica e reabilitação profissional.
 
1976: Lei 6.367 introduziu o monopólio estatal do Seguro de Acidente do
Trabalho (SAT), prevendo o seguro obrigatório pelo INPS. Dentro do conceito
de empregado, incluiu-se o temporário e o avulso. As ações acidentárias
seriam de competência da Justiça Comum.
 
1977: Lei 6.514 autorizou o Ministério do Trabalho a expedir normas sobre
medicina e segurança do trabalho.
 
1978: Portaria 3.214 aprovou as Normas Regulamentadoras (NR) quanto às
regras de proteção de acidentes na empresa e outras, tais como: NR 5 sobre
CIPA, NR 6 sobre EPIs e outras NRs que versam sobre condições insalubres,
perigosas, sobre ergonomia, sobre instalações e serviços de eletricidade,
sobre exames médicos, etc.
 
1979: Decreto 83.080 dispôs sobre acidente do trabalho na área urbana e
rural.
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CF/1988: especificou sobre o “seguro contra acidente de trabalho, a cargo
do empregador, sem excluir a indenização a que está obrigado, quando
incorrer em dolo ou culpa” (art. 7º, XXVIII) e sobre os planos de previdência
social, mediante contribuição, atendendo “à cobertura dos eventos de
doença, invalidez, morte incluídos os resultantes de acidentes do trabalho”
(art. 201, I).
 
1991: Lei 8.213 incorporou acidente do trabalho aos benefícios
previdenciários, estabelecendo regras para o segurado ter direito aos
benefícios da Previdência Social, correspondentes a prestações por acidente
do trabalho, sem excluir a responsabilidade civil da empresa ou de outra
pessoa (arts. 19 a 13, e 121). Dispõe também que “nos casos de negligência
quanto às normas-padrão de segurança e higiene do trabalho indicadas para
a proteção individual e coletiva, a Previdência Social proporá ação regressiva
contra os responsáveis” (art. 120). A empresa passa a ser responsável pela
adoção e uso das medidas coletivas e individuais de proteção e segurança da
saúde do trabalhador (art. 19, § 1º).
 
1995: Lei 9.032 unificou as prestações comuns às acidentárias.
 
EC n. 20 de 1998: não mais menciona sobre acidente do trabalho como
contingência coberta pela Previdência Social, dispondo que “lei disciplinará a
cobertura do risco de acidente do trabalho, a ser atendida concorrentemente
pelo regime geral de previdência social e pelo setor privado”. Referida lei é
ordinária e enquanto não existir mantém-se vigente a Lei 8.213/91.
 
2 - Teorias da proteção legal:
 
a) Culpa aquiliana:
 
Teoria da culpa aquiliana, inspirada na “Lex aquilia” do Direito Romano,
conhecida como culpa extra-contratual, que trata da reparação dos danos
causados às coisas alheias, decorrentes da demonstração de culpa. Há
necessidade de se estabelecer a prova do dano, quem a tinha cometido, se
havia nexo entre o dano e a falta. Difícil a obtenção de tal prova pelo
acidentado.
 
b) Culpa contratual:
 
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Em um segundo momento a teoria adotada foi a da culpa contratual, ou seja,
por força do contrato de trabalho o empregador deve zelar pelo bem estar e
integridade física e mental de seus empregados. Havia assim uma presunção
“júris tantum” de sua responsabilidade.
 
c) Responsabilidade pelo fato da coisa: (risco criado)
 
Adotado por analogia ao Código Civil de Napoleão, no qual obrigava-se a
indenizar os danos causados pelos proprietários do objeto que o causou.
 
d) Teoria do risco profissional:
 
Para esta teoria a responsabilidade dos empregadores é objetiva.
 
1. Teoria do risco autoridade:
 
Baseada na relação de subordinação entre empregado e empregador. O
empregador detém o poder em demitir e admitir, determinar o processo de
produção e dirigir as atividades profissionais, deve suportar as consequências de
tais fatos.
 
1. Teoria do risco social:
 
Surge finalmente a teoria do risco social, segundo a qual o estado tem a
responsabilidade pelo ressarcimento dos benefícios decorrentes do proteção das
contingências sociais.
 
3 - PREVENÇÃO DE ACIDENTES
 
No tocante à prevenção de acidentes, cabe ao empregador:
 
Constituir uma comissão interna de prevenção de acidentes (CIPA), nos
estabelecimentos ou locais de obra com mais de 20 empregados em cada
estabelecimento (CLT, art. 163).
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Cumprir e fazer cumprir as normas de segurança e medicina do trabalho.
 
Instruir seus empregados a fim de evitar acidentes ou doenças ocupacionais.
 
Adotar medidas determinadas pelo Ministério do Trabalho, em códigos de
obras ou regulamentos sanitários dos Estados ou Municípios em que se
situem seus estabelecimentos, em convenções coletivas de trabalho quanto a
regras de segurança e medicina do trabalho (CLT, art. 154).
 
Facilitar o exercício da fiscalização pela autoridade competente (CLT, art.
157).
 
Fornecimento aos empregados, gratuitamente, de equipamentos de proteção
individual (EPI), adequado ao risco e em perfeito estado de conservação e
funcionamento (CLT, art. 166).
 
Prestar informações pormenorizadas sobre os riscos da operação a executar
e do produto a manipular.
 
Cabe ao empregado:
 
Observar as normas de segurança e medicina do trabalho, inclusive as
instruções expedidas pela empresa quanto às precauções sobre acidentes do
trabalho ou doenças ocupacionais.
 
Colaborar com a empresa na aplicação dos dispositivos sobre segurança e
medicina do trabalho.
 
Constitui ato faltoso do empregado, para fins de rescisão do contrato de
trabalho com justa causa, o seguinte:
 
Recusa injustificada à observância das instruções expedidas pelo
empregador.
 
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Recusa ao uso dos EPIs fornecidos pela empresa (CLT, art. 158 e § único).
 
Nos casos de negligência da empresa quanto ao cumprimento das normas-padrão
de segurança e higiene do trabalho indicadas para a proteção individual e coletiva,
a Previdência Social proporá ação regressiva contra os responsáveis (Lei
8.213/91, art. 120).
 
Constitui contravenção penal, punível com multa, deixar a empresa de cumprir as
normas de segurança e higiene do trabalho.
 
Os Ministérios do Trabalho e da Previdência e Assistência Social fiscalizarão e os
sindicatos e entidades representativas de classe acompanharão o fiel cumprimento
das imposições legais pelas empresas.
 
4 - ACIDENTE DO TRABALHO E DOENÇAS OCUPACIONAIS – LEGISLAÇÃO E
CONCEITO DE ACIDENTE DO TRABALHO:
 
Acidente do trabalho: risco social passível de proteção previdenciária e pelo setor
privado, a ser disposto em lei ordinária (CF, art. 201, I).
 
Lei 8.213/91, art. 19: “ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou
pelo exercício do trabalho dos segurados especiais, provocando lesão corporal ou
perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho”.
 
Sérgio Pinto Martins: “contingência que ocorre pelo exercício de trabalho a serviço
do empregador ou pelo exercício de trabalho dos segurados especiais, provocando
lesão corporalou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução,
permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho”.
 
REQUISITOS CARACTERIZADORES DO ACIDENTE DE TRABALHO:
 
Lesão corporal (dano físico-anatômico) ou perturbação funcional (dano
fisiológico ou psíquico, sem aparentar lesão física), resultando morte ou
incapacidade laborativa temporária ou permanente, total ou parcial.
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Nexo causal (acidente, lesão incapacitante e trabalho)
 
Vínculo fático entre o trabalho exercido, efeito do acidente (incapacidade
para o trabalho ou morte) à causa (acidente de trabalho ou doença
ocupacional).
 
Pesquisa do nexo causal: perícia médica do INSS ou junta médica de peritos,
para estabelecer o nexo causal e efeito entre o acidente e a lesão; doença e
o trabalho; causa mortis e o acidente.
 
Concausalidade: fato superveniente ao acidente do trabalho que contribui
para morte do segurado, redução ou perda da capacidade para o trabalho, ou
produção da lesão que exija atenção médica para recuperação, independente
do tempo entre o 1º e o 2º fato (Lei 8.213/91, art. 21). Ex: quebrar um
braço no local de trabalho e vir a perdê-lo por gangrena (1º fato contribuiu
para o evento final).
 
Inexistência do nexo causal não há acidente do trabalho.
 
Dolo do acidentado exclui a configuração de acidente do trabalho.
 
Dia do Acidente (vale o que ocorrer primeiro):
Data do início da incapacidade laborativa para o exercício da atividade
habitual, ou
Dia de segregação compulsória, ou
Dia em que for realizado o diagnóstico.
 
INSS anota na CTPS do empregado o acidente do trabalho e os seus
benefícios (CLT, art. 30).
 
BENEFICIÁRIOS: empregados urbanos e rurais, avulsos, temporários e
segurados especiais.
 
BENEFICIÁRIOS EXCLUÍDOS:
 
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Domésticos, autônomos e equiparados, empresários, eventuais e seus
dependentes.
 
Terão amparo previdenciário de acidentes de qualquer natureza, mas não o
relativo ao de acidente do trabalho ou doenças ocupacionais.
 
DOENÇAS DO TRABALHO - Consideradas como acidentes do trabalho:
 
ACIDENTES-TIPO DOENÇAS DO TRABALHO
Exterioridade da causa permanece. Pode-se dizer que muitas doenças sãoprevisíveis.
Nexo causal entre o trabalho exercido e
o efeito do acidente.
Contingência do trabalho desempenhado
ao longo do tempo que estabelece o
nexo causal entre a atividade laborativa
e a doença.
Dependem de um evento violento e
súbito.
Adquiridas no decurso e no local de
trabalho.
 
Doença Profissional (atividades do Anexo II do Decreto 3.048/99 ou
reconhecidas pela Previdência):
 
Desencadeada pelo exercício de trabalho peculiar a determinada atividade,
inerente exclusivamente à profissão pelo contato com agentes físicos,
químicos ou biológicos, atuando lentamente no organismo.
 
Ex: pneumoconiose para os mineiros.
 
Doença do Trabalho (atividades do Anexo II do Decreto 3.048/99 ou
reconhecidas pela Previdência):
 
Desencadeada pelas condições especiais que o trabalho é realizado e a ele
relacionado diretamente.
 
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Ex: DORT (Distúrbio do Sistema Osteomuscular Relacionados ao Trabalho):
lesões por esforços repetitivos.
 
Não são Doenças do Trabalho:
 
Doença degenerativa.
 
Inerente a grupo etário, como as relacionadas com a velhice: osteoporose,
esclerose, etc.
 
Não produz incapacidade laborativa.
 
Doença endêmica, salvo se resultou de exposição ou contato direto em
função do trabalho.
 
CAUSALIDADE INDIRETA - Lesão relacionada à atividade laboral
equiparada ao acidente do trabalho:
 
Acidente sofrido pelo segurado no local e no horário de trabalho, proveniente
de:
 
1. Ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiros ou
companheiro de trabalho.
2. Ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa
relacionada com o trabalho.
3. Ato de imprudência, negligência ou imperícia de terceiros, ou de companheiro
de trabalho.
4. Ato de pessoa privada do uso da razão.
5. Desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos decorrentes de
força maior.
 
Contaminação acidental do empregado no exercício de sua atividade.
 
Acidente sofrido ainda que fora do local e horário de trabalho:
 
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1. Execução de ordem ou realização de serviços sob a autoridade ou à
disposição da empresa.
2. Prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo
ou proporcionar proveito.
3. Viagem a serviço da empresa e estudo financiada por esta, independente do
meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de propriedade do segurado.
4. Acidente in itinere: percurso da residência ao local de trabalho ou vice-
versa, qualquer que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de
propriedade do segurado. Ex: acidente ocorrido no percurso ida e volta para
o trabalho; assalto no percurso para o trabalho que cause morte; intervalo
para almoço.
 
COMUNICAÇÃO DO ACIDENTE DO TRABALHO - CAT:
 
Empresa deve comunicar e/ou entregar:
À Previdência Social até 1º dia útil seguinte ao da ocorrência
Caso de morte, comunicação imediata à autoridade competente, sob pena de
multa.
Entrega da cópia da comunicação: acidentado e seus dependentes, sindicato
da categoria.
 
Falta de comunicação do acidente pela empresa, poderá fazê-la:
Acidentado;
Dependentes do acidentado;
Sindicato;
Médico que assistiu o acidentado; ou
Qualquer autoridade pública.
 
CARÊNCIA: não há.
 
PRESTAÇÕES:
 
Quanto ao Segurado:
Auxílio-doença;
Aposentadoria por invalidez; e
Auxílio-acidente.
 
Quanto ao dependente: pensão por morte.
 
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Quanto ao segurado e dependente:
Serviço social; e
Reabilitação profissional.
 
Todas as prestações terão direito ao abono anual (13º salário).
 
Não acumulação: Auxílio-doença e aposentadoria por invalidez por acidente
do trabalho com auxílio-doença e qualquer aposentadoria do RGPS.
 
CÁLCULO DO BENEFÍCIO:
 
Cálculo: com base no salário-de-benefício (Lei 8.213/91, art. 28).
 
Cálculo sobre remuneração variável: com base na média dos últimos 12
meses de contribuição.
 
Não se considera para cálculo: aumentos do salário-de-contribuição nos
últimos 36 meses anteriores ao benefício, excedente ao limite legal, exceto
se resultar de homologação judicial, promoção regulada por normas legais da
empresa, sentença normativa ou reajustamento salarial da categoria.
 
Renda mensal:
Mínimo: 1 salário mínimo.
Máximo: valor máximo do salário-de-contribuição.
 
RETORNO À ATIVIDADE DO APOSENTADO POR TEMPO DE SERVIÇO, ESPECIAL OU
POR IDADE EM CASO DE ACIDENTE DO TRABALHO:
 
Terá direito, além desta aposentadoria:
Reabilitação profissional; ou
Auxílio-acidente.
 
Não terá direito:
Auxílio-doença acidentário;
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Salário-maternidade.
 
Transformação da aposentadoria em aposentadoria por invalidez acidentária.
 
5 - BENEFÍCIOS RELATIVOS A ACIDENTE DO TRABALHO
 
AUXÍLIO-DOENÇA ACIDENTÁRIO:
 
Definição: benefício devido ao acidentado que ficar incapacitado para seu
trabalho por mais de 15 dias consecutivos, pagando o auxílio-doença a partir
do 16º dia do afastamento do trabalho pelo acidente.
 
Pagamento:
INSS: a partir do 16º dia do afastamento(Empresa: primeiros 15 dias do
acidente).
INSS: avulso do dia seguinte ao do acidente.
 
Renda mensal: 91% do salário-de-benefício.
 
APOSENTADORIA POR INVALIDEZ ACIDENTÁRIA:
 
Definição: devida ao acidentado que, estando ou não em gozo do auxílio-
doença, for considerado incapaz para o trabalho e insusceptível de
reabilitação para o exercício de atividade.
 
Início do pagamento:
Início do auxílio-doença: conclusão da perícia médica sobre incapacidade
total e definitiva ao trabalho.
A partir do 16º dia da constatação da invalidez, eis que os primeiros 15 dias
ficam a cargo da empresa.
 
Renda mensal:
100% do salário-de-benefício.
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25% de acréscimo para assistência permanente de outra pessoa, devido se
supera o limite máximo.
 
Cancelamento do benefício: retorno voluntário a atividade remunerada (Lei
8.213/91, art. 46).
 
PENSÃO POR MORTE ACIDENTÁRIA:
 
Definição: devida ao(s) dependente(s) do segurado falecido em consequência
de acidente do trabalho.
 
Renda mensal:
100% do valor da aposentadoria que o segurado recebia ou daquela a que
teria direito se estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento
(Lei 8.213/91, art. 75).
Limite mínimo: 1 salário mínimo.
Limite máximo: valor do salário-de-contribuição.
 
Início do pagamento:
Óbito: requerida até 30 dias da data do óbito.
Requerimento: requerida após o prazo acima.
 
Pagamento a pensionistas: rateio a todos e em partes iguais.
 
Extinção da Pensão:
Morte do pensionista.
Filho, equiparado ou irmão: emancipação ou ao completar 21 anos de idade,
salvo se inválido.
Pensionista inválido: cessação da invalidez atestado por exame médico-
pericial pelo INSS.
 
AUXÍLIO-ACIDENTE (Lei 8.213/91, art. 86):
 
Definição: indenização por consolidação das lesões, resultando redução da
capacidade ao trabalho.
 
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Beneficiários: empregado, avulso e especial.
 
Renda mensal:
50% do salário-de-benefício do segurado.
Pagamento mensal e vitalício.
Caráter personalíssimo (intransferível).
Integra o salário-de-contribuição, para fins de cálculo do salário-de-benefício
de aposentadoria.
 
Cessação do Pagamento:
Aposentadoria de qualquer espécie.
Data do óbito do segurado.
 
Cumulação - Possibilidade:
Salário ou outra remuneração do segurado.
Salário-maternidade ou salário-família.
 
Cumulação – Impossibilidade:
Auxílio-doença (com a cessação deste inicia o auxílio-acidente).
Mais de 1 auxílio-acidente (mesmo com mais de um emprego).
 
Início do pagamento:
Cessação do auxílio-doença.
Citação judicial do réu: segurado ingressou ação para postular o benefício.
 
ABONO ANUAL ACIDENTÁRIO:
 
Definição: devido ao segurado que durante o ano recebeu auxílio-doença
acidentário, auxílio-acidente, aposentadoria por invalidez acidentária ou
pensão por morte decorrente de acidente do trabalho.
 
Cálculo: com base na renda mensal do benefício do mês de dezembro de
cada ano.
 
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Pagamento: única parcela até o dia 15 de janeiro do ano seguinte ao do
exercício vencido.
 
6 - ESTABILIDADE PARA ACIDENTADO:
 
12 meses ao empregado acidentado no trabalho.
Início: cessação do auxílio-doença acidentário, independente de auxílio-
acidente.
Há estabilidade no contrato por prazo determinado e de experiência,
conforme sumular do TST n. 378.
 
7 - PRESCRIÇÃO DA AÇÃO ACIDENTÁRIA:
 
5 anos ação para haver prestações vencidas ou quaisquer restituições ou
diferenças devidas pela Previdência Social, a contar da data em que deveria
ter sido paga (Lei 8.213/91, art. 103).
 
5 anos para reclamar prestações, a contar do exame pericial, autárquico ou
judicial, que reconhecer a enfermidade ou incapacidade e o nexo com o
trabalho (STF, Súm. 230).
 
Não há prescrição contra menores de 16 anos, loucos de todo o gênero,
surdos-mudos que não podem exprimir sua vontade, incapazes e ausentes
por declaração judicial.
 
8 - RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR E DE TERCEIROS:
 
SAT a cargo do empregador, sem excluir a indenização a que este está
obrigado, quando incorrer em dolo ou culpa (CF, art. 7º, XXVIII).
 
Pagamento das prestações por acidente do trabalho pela Previdência Social,
não exclui a responsabilidade civil da empresa ou de outras pessoas (Lei
8.213/91, art. 121 e CC, art. 186).
 
Mesmo o INSS pagando benefício previdenciário, o empregado poderá fazer
jus à indenização civil, caso o empregador incorra em dolo ou culpa.
 
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Diferença entre Ação Acidentária e Ação Civil:
 
AÇÃO ACIDENTÁRIA AÇÃO CIVIL
Natureza alimentar. Natureza indenizatória.
Substitui o salário que o empregado
deixa de receber. Indeniza a lesão
incapacitante.
Reparar integralmente o dano causado
pelo empregador ou por terceiro,
restaurando a situação anterior.
Reponsabilidade objetiva Responsabilidade subjetiva, dependede dolo e culpa
 
Responsabilidade civil do empregador pode ser demonstrada:
Não cumprimento de normas de segurança e medicina do trabalho, como das
regras da CIPA.
Não fornecimento de EPI, não fiscalização do seu uso, não verificação da
validade dos EPIs, etc.
 
Provada inexistência de culpa ou dolo do empregador no acidente do
trabalho, este poderá não ter que pagar a indenização por responsabilidade
civil.
 
Abrangência da indenização decorrente da responsabilidade civil do
empregador:
Perdas e danos.
Lucros cessantes.
Danos estéticos.
Danos morais.
Despesas médico-hospitalares.
 
Descaracterização da responsabilidade do empregador:
Empregado desobedecer às ordens do patrão.
Obreiro provocou o acidente. Ex: empregado coloca um dedo na máquina
visando provocar acidente e receber o benefício previdenciário.
 
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9 - AÇÃO ACIDENTÁRIA:
 
Competência da Justiça Comum (CF, art. 109, I; Lei 8.213/91, art. 129):
 
Para processar e julgar perante a Justiça Comum.
Processar e julgar ações para concessão de auxílio-doença, aposentadoria
por invalidez, auxílio-acidente ou pensão por morte, decorrentes de acidente
de trabalho, doença profissional ou do trabalho.
Recurso processado no Tribunal de Justiça.
Competência para Ações Revisionais de Benefícios Acidentários Justiça
Estadual ou Justiça Federal (questão polêmica):
 
STJ entende que cabe à Justiça Estadual não só o julgamento da ação
relativa ao acidente de trabalho, mas também todas as consequências desta
decisão, tais como, a fixação do benefício e seus reajustamentos futuros
(v.g., REsp n. 299.412-SC, 6ª Turma, Rel. Min. Hamilton Carvalhido, DJU
27.8.2001 e REsp n. 324.412-SC, 6ª Turma, Rel. Min. Vicente Leal, DJU
13.8.2001).
STF entende que a competência da Justiça Estadual para julgar lide de
natureza acidentária envolve também a revisão do próprio benefício (STF,
1ªT., RE 264.560-SP, j.25-4-2000, Rel. Min. Ilmar Galvão, DJU 1 10-8-2000,
p.14).
STJ entendeu que a competência para julgar as revisões de benefícios
previdenciários é da Justiça Federal, inclusive as prestações decorrentes de
acidente do trabalho, pois os benefícios são instituídos e reajustados por
legislação própria sem subordinação à acidentária (3ª S. do STJ, CC
16.635/RJ, Rel. Min. William Patterson, j. 10-4-96, DJU 1, 13-5-96, p.
15.522).
STJ compete julgar os conflitos de competência entre Juiz Federal e Juiz
Estadual, bem como TRF e Tribunal de Justiça Estadual (CF, art. 105, I, d).
 
Petição Inicial:instruída com notificação da Previdência quanto à existência
do acidente pelo CAT.
 
Isenção de custas e sucumbência para o acidentado-autor (Lei 8.213/91, art.
129).
 
INSS deve honorários advocatícios ao autor, não incidindo sobre verbas
vincendas (STJ, Súm. 110 e 111).
 
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Juros de mora: a partir da citação válida (STJ, Súm. 204).
 
Agravamento da incapacidade ou morte sem ocorrência de novo acidente:
cabível ação revisional das prestações deferidas em ação de acidente do
trabalho (CPC, art. 471, I; Lei 8.213/91, arts. 21, § 2º, e 104, II).
 
Novo acidente decorrente de antigas causas deve ser postulado novo
benefício, em razão do princípio da independência e autonomia dos acidentes
do trabalho.
 
Inexiste julgamento ultra ou extra petita: legislação acidentária tutela
direitos indisponíveis, eis que só por perícia há condições de saber o mal que
sofre o obreiro e a sentença determina o direito deste.
 
MPS poderá autorizar o INSS a desistir ou abster-se de propor ações e
recursos em processo judicial que versar sobre matéria declarada
inconstitucional pelo STF, súmula do STF ou tribunais superiores.
 
Exercício 1:
O segurado que sofreu acidente do trabalho:
A)
tem garantida, pelo prazo mínimo de 12 (doze) meses, a manutenção de seu contrato de trabalho na
empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente de percepção de auxílio-
acidente.
B)
tem garantida, pelo prazo mínimo de 06 (seis) meses, a manutenção de seu contrato de trabalho na
empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente e percepção de auxílio-
acidente.
C)
não tem garantia da manutenção de seu contrato de trabalho na empresa.
D)
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tem garantida, pelo prazo mínimo de 03 (três) meses, a manutenção de seu contrato de trabalho na
empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente e percepção de auxílio-
acidente.
E)
tem garantida, pelo prazo mínimo de 24 (vinte e quatro) meses, a manutenção de seu contrato de
trabalho na empresa, após a cessação do auxílio-doença acidentário, independentemente e percepção de
auxílio-acidente.
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Exercício 2:
Sobre o benefício de auxílio-acidente, pode-se afirmar que:
A)
para ser concedido, depende do período de carência de 12 meses.
B)
é pago integralmente pelo empregador do acidentado.
C)
é devido, sem exceção, a todas as categorias de trabalhadores, inclusive ao empregado doméstico.
D)
para ser concedido, depende do período de carência de 10 meses.
E)
não exige, para ser concedido, nenhum período de carência.
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Exercício 3:
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No curso do quinto ano de vigência regular do contrato de trabalho, João sofreu
acidente enquanto realizava sua atividade laboral, ficando, em conseqüência,
incapacitado, temporariamente, para qualquer trabalho. Após dois anos de
tratamento e reabilitação profissional, João pode finalmente voltar ao trabalho,
mas as sequelas decorrentes do acidente não mais permitiram que ele realizasse
as atividades anteriormente desempenhadas na empresa. Nessa situação:
A)
João receberá o auxílio-doença a partir do 16º dia de afastamento do trabalho,
até a data em que voltar a trabalhar, quando, então, será aposentado por
invalidez, por estar apenas parcialmente capaz.
B)
João receberá o auxílio-doença a partir do 16º dia de afastamento do trabalho, até a data em que voltar a
trabalhar, não tendo direito a qualquer benefício, a partir de então.
C)
João receberá o auxílio-doença a partir do 16º dia de afastamento do trabalho, até a data em que voltar a
trabalhar, após a interrupção do pagamento do auxílio-doença, João passará a receber o benefício do
auxílio-acidente, que será pago concomitantemente com a remuneração devida pela empregadora.
D)
João receberá o auxílio-acidente, posto que esta foi a razão de seu afastamento, pago na ordem de 91%
do seu salário-de-benefício.
E)
João não tem direito a nenhum benefício.
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Exercício 4:
Para que o segurado faça jus ao benefício de aposentadoria por invalidez
acidentária:
A)
deverá primeiro estar em gozo do auxílio-doença.
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B)
será devida ao segurado que, estando em gozo ou não em gozo de auxílio-doença, for considerado
incapaz e insusceptível de reabilitação para o exercício de atividade que lhe garanta a subsistência, e
ser-lhe-á paga enquanto permanecer nesta condição.
C)
a alternativa “b” está correta, porém, somente após satisfeita a carência exigida para o benefício, não
podendo em hipótese nenhuma dispensar a carência na aposentadoria por invalidez acidentária.
D)
terá de cumprir o período de carência de 10 contribuições mensais.
E)
deverá primeiro estar em gozo do auxílio-doença por 2 anos.
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Exercício 5:
Os litígios e tutelas provisórias relativos a acidentes do trabalho serão apreciados:
A)
na via judicial, pela Justiça dos Estados e do Distrito Federal, mediante petição instruída pela prova de
efetiva notificação do evento à Previdência Social, através de Comunicação de Acidente do Trabalho –
CAT.
B)
na via judicial, pela Justiça Federal, mediante petição instruída pela prova de efetiva notificação do
evento à Previdência Social, através de Comunicação de Acidente do Trabalho – CAT.
C)
na via judicial, pela Justiça Federal, contra o INSS, por ser autarquia federal.
D)
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na via judicial, pela Justiça do Trabalho, mediante petição inicial instruída pelo laudo do perito médico
do INSS.
E)
na via judicial, pela Justiça Federal, contra o empregador, que deu causa ao acidente do trabalho.
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Exercício 6:
Apontar a alternativa incorreta sobre indenização acidentária:
A)
Exclui a responsabilidade do empregador a existência de nexo causal, entre o acidente, lesão e o
trabalho.
B)
A concessão do benefício previdenciário decorrente de acidente do trabalho depende de previsão legal.
C)
Atestado por exame médico restrição laboral decorrente de acidente do trabalho, insuscetível de
recuperação, deve o segurado propor ação contra o INSS (autarquia federal), pleiteando a concessão de
auxílio-acidente.
D)
São acumuláveis a prestação previdenciária e a reparação civil ao prejudicado pelo acidente do
trabalho.
E)
Exclui a responsabilidade do empregador a inexistência de nexo causal, entre o acidente, lesão e o
trabalho.
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