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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS 
Educação Física – Bacharelado/Licenciatura 
Metodologia da Psicologia da Educação I 
 
 
 
 
 
 
Acadêmico: 
VICTOR AUGUSTO SIQUEIRA 
 
 
 
 
 
 
Goiânia 
2020 
VICTOR AUGUSTO SIQUEIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
A ARTE DA CULTURA CORPORAL DO MOVIMENTO HUMANO 
 
 
 
 
 
 
TRABALHO SOLICITADO PELO PROFESSOR 
(a) MARIA ZITA DO CURSO DE EDUCAÇÃO 
FÍSICA 6º PERIODO PONTIFICA 
UNIVERSIDADE CÁTOLICA DE GOIÁS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Goiânia 
2020 
Resumo 
 
Segundo os estudos a atividade física tem início na pré-história, os indivíduos 
daquela época já tinham uma certa preocupação com o físico mais forte não pela pratica 
esportiva ou estética corporal, era uma forma deles se manterem preparados para sua 
proteção e para a caça. Essas foram as primeiras etapas propriamente ditas da Educação 
Física que ao decorrer das épocas e décadas vão se transformando dentro das sociedades 
e evoluindo para chegar na Educação Física. A qual sua evolução corporal está 
entrelaçada a ciência da sociedade, a política, economia e os desenvolvimentos sociais. 
Palavras-chaves: Educação física. Pré-história. Exercício físico. Cultura corporal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Abstract 
 
According to studies, physical activity started in prehistory, individuals of that 
time already had a certain concern with the stronger physique not because of sports 
practice or body aesthetics, it was a way for them to remain prepared for their protection 
and hunting. These were the first stages of Physical Education, which over the ages and 
decades have been changing within societies and evolving to reach Physical Education. 
Its body evolution is intertwined with the science of society, politics, economics and 
social developments. 
Keywords: Physical education. Prehistory. Physical exercise. Body culture. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Introdução 
 
A evolução da Educação Física ao longo dos tempos a partir da pré-história foi 
sendo influenciada pela sociedade, a caça e a defesa pessoal das pessoas dependia 
diariamente de um preparo físico e mental que foi evoluindo. Para se defender e continuar 
vivendo os primitivos foram reconstruindo e transformando suas táticas e movimentos 
naturais. Essas informações são possíveis devido estudos feitos sobre a época com objetos 
que eram feitos a mão e bem trabalhados, eram rudimentares, porém muito eficaz. Foram 
possíveis essas comprovações com estudos feitos de fosseis de animais e pessoas, pinturas 
rupestres, monumentos, objetos de ferro e bronze, câmaras mortuárias, estradas entre 
outros. Dessa forma estudiosa afirmam que os exercícios físicos independentes da sua 
realização serão variados de cultura para cultura com quatro grandes especificações 
provenientes das causas humanas com o intuído da sobrevivência, ritos e cultos, 
preparação guerreira e práticas atléticas. Os homens primitivos saiam a procura de 
alimentos, andavam quilômetros e tinham que subir em arvores para se localizar e atirar 
em alvos, escalavam paredes de pedras enormes, atravessam a nado rios e lagos para 
atingirem seus alvos com suas armas. E dessa forma eles realizavam seus movimentos 
básicos desde do primeiro momento que si começavam a andar. Porém, todo esse contexto 
é algo natural e cotidiano. E, como Educação Física propriamente dita, os primeiros 
registros tardaram a aparecer. 
 
 
 
Os jogos para os intelectuais mais modernos de hoje ou até mesmo alguns 
pedagogos, eram uma forma dos primitivos se prepararem no meio da natureza para 
continuarem vivos. Assim, eles afirmam que os selvagens sempre foram jogadores 
mesmo dentro do seu maior primitivismo. Na sociedade atrasadas, certos atos fúnebres e 
o transbordamento da alegria resultante da pesca, da caça feliz, de feitos guerreiros, da 
chegada das estações almejada, do fim das épocas de chuvas, dos nascimentos, 
casamentos, da nubilidade e de outras afirmações positivas de vida manifestavam-se por 
danças rituais e outras representações instintivas que, realizadas depois em cerimonias e 
jogos regulares deram lugar à transformação das atividades físicas em arte. É a fase 
primeira da educação física. 
 
 
 
Desde da época dos primitivos já aviam registros de crianças e jovens com suas 
expressões em relação aos jogos só que diferentes dos dias atuais com outros tipos de 
significados que ao longo do tempo começaram a ter transformações em relação ao 
sistema de educação em geral. Os jogos primitivos pregavam diferente de hoje que para 
aprender a ganhar era preciso aprender a perder, forma antiguíssima do atual “fair play”. 
Na Ásia, na América pré-colombiana, na África, Austrália e entre os indígenas das ilhas 
mais longínquas do Oceano Pacifico, foram encontrados jogos caráter idênticos, 
simultaneamente profanos e religiosos. 
Os ameríndios, lembrando-se sempre dos mais e astecas, jogavam um jogo com o 
nome de “O Jogo da Pelota” muito parecido com o basquetebol atualmente, eles 
utilizavam as pedras com aros que eram colocados no terreno aonde eles utilizavam para 
a pratica do jogo e tentavam passar a bola entre esses aros, as paredes de pedras eram 
trabalhadas com artes da época e quem fosse campeão ganhavam um troféu o qual 
representava o símbolo do céu, servindo para nele ser prestado a culto a divindade. 
Os mais e astecas praticam um jogo semelhante ao tênis, aonde eram bastante 
acentuados o trabalho das espaduas e nádegas que eram protegidas por uma vestimenta 
de couro. 
Os incas, as tribos da Califórnia, os araucanos e outros povos indígenas, 
naturalmente os mais adiantados, tinham jogos regular. 
Na Austrália, até os indígenas que não eram civilizados praticavam jogos aonde a 
bola era feita através do couro de canguru. Eles também jogavam um jogo muito parecido 
com o rúgbi, o qual as equipes eram formadas por até 100 homens e o vencedor seria o 
jogador que mais vezes conseguisse tocar a bola. 
Após o fim da pré-história surgiria o Novo Mundo, povos já com novos traços de 
personalidade e transformações com mais evolução. Alguns indígenas pré-colombianos, 
um pouco atrasado em relação a cultura, porém avançados em outros aspectos, com ideias 
próprias do tempo histórico com a consciência de esta já preparados fisicamente para 
exercícios físicos. 
No território atual do México, os índios “Taharumaras” descendentes dos maias, 
até hoje são excelentes atletas, e se destacam na corrida, na caça e no arco e flecha. 
No território do Estados Unidos, os antigos índios com sua forma física destacam 
com suas capacidades em cima de um cavalo decorrentes das barbarias da sua civilização. 
Eram caçadores natos do bisão, antes da colonização europeia da América, eram caçados 
pelos nativos americanos, mas os colonizadores quase os exterminaram. 
No Brasil, quando os portugueses chegaram em terras brasileiras os índios já 
faziam suas danças, caçavam com arco e flecha e nadavam. Eram exercícios naturais, 
porém eram utilizados para sua própria sobrevivência, mais existia práticas esportivas 
como o jogo de peteca, corrida e lutas. Assim foi sendo e foi nomeado como a primeira 
pratica da Educação Física. 
 
 
É possível notar que a educação física dos antigos homens primitivos apresentava 
cinco aspectos: natural, utilitários, guerreiro, ritual e recreativo. Não era praticada uma 
educação física sistemática, mas, ao contrário, uma forma espontânea e ocasional. Mas 
foi na Grécia que encontramos a civilização antiga que mais contribuiu para a Educação 
Física. Novamente é visível a ligação que a sociedade e sua cultura têm com a história da 
Educação Física. Foi na Grécia que surgiram os grandes pensadores, que contribuíram 
com vários conceitos, até hoje aceitos pela Educação Física e pela pedagogia. Grandes 
artistas, pensadores e filósofos como Mirón,Sócrates, Hipócrates, Platão e Aristóteles 
criaram conceitos como o de equilíbrio entre corpo e espírito ou mente, citados por Platão. 
Também nasceram na Grécia os termos halteres, atleta, ginástica, pentatlo, entre outros. 
Após a tomada militar da Grécia, Roma absorveu a cultura desta civilização, porém a 
Educação Física se caracterizou pelo espírito prático e utilitário, tendo assim uma visão 
voltada para a preparação dos soldados e da população para a guerra. Foi no período 
romano que surgiu a famosa frase “Mens sana in Corpore Sano”. A Idade Média foi 
marcada pelo impacto do Cristianismo, repleta de ascentismo. Mesmo com isso, 
estudantes continuavam a seguir as teorias de Aristóteles, enriquecendo o patrimônio dos 
conhecimentos. Nesta época floresceu a arte gótica, surgiram as primeiras universidades, 
e com elas personalidades geniais como Santo Tomás de Aquino. Considerada como “a 
Idade das Trevas”, o culto ao corpo era considerado pecado e com isso, houve uma grande 
decadência da Educação Física. Os exercícios Físicos ficaram retidos em torneios muito 
sangrentos. No Renascimento, a Educação Física deu um salto em busca do seu próprio 
conhecimento. O período da renascença fez explodir novamente a cultura física. A 
admiração e dedicação pela beleza do corpo, antes proibida, agora renasce com grandes 
artistas como Leonardo da Vinci (1432-1519). A escultura de estátuas e a dissecação de 
cadáveres fizeram surgir a anatomia, grande passo para a Educação Física e a Medicina. 
A introdução da Educação Física na escola, no mesmo nível das disciplinas tidas como 
intelectuais, se deve nesse período a Vittorino da Feltre (1378-1466) que, em 1423, 
fundou a escola “La Casa Giocosa” onde o conteúdo programático incluía os exercícios 
físicos”. (PEREIRA; MOULIN, 2006, p. 19-20). O Iluminismo na Inglaterra era contra o 
abuso do poder no campo social. Esse período trouxe novas ideias e, como destaque nessa 
época, temos dois grandes nomes: Rousseau e Pestalozzi. Rousseau propôs a Educação 
Física como necessária à educação física infantil, introduzida nas escolas. Pestalozzi foi 
o primeiro educador a chamar a atenção para 2 (dois) elementos fundamentais na prática 
dos exercícios, a posição e a execução perfeita, sem os quais os praticantes não 
conseguiriam os objetivos visados. O marco da idade contemporânea teve como principal 
tema o surgimento da ginástica localizada, onde tiveram como responsáveis quatro 
grandes escolas: a alemã, a nórdica (escandinava), a francesa e a inglesa. 
 
 
 
A escola alemã foi a primeira com a função pedagógica dentro da ginastica moderna de 
Johann Cristoph Frederick Guts Muths. O fundador e fomentador da ginástica sócio 
patriótica foi Friederick Ludwing Jahn, cujo fundamento era a força. Seu lema era “vive 
quem é forte”. “Foi ele quem inventou a Barra fixa, as barras paralelas e o cavalo, 
dando origem à Ginástica Olímpica”. (PEREIRA; MOULIN, 2006, p. 20). 
Já na Escola Escandinava ou Nórdica, o grande destaque foi o sueco Per Henrik Ling, 
que teve de lutar com energia e tenacidade ao procurar estabelecer ramos científicos aos 
exercícios físicos, levando para a Suécia as ideias de Guts Muths. A ginástica sueca foi 
o grande trampolim para tudo o que se conhece como ginástica atualmente. Como nos 
descreve em sua obra PEREIRA e MOULIN (2006, P. 21) “Per Henrick Ling (1766-
1839) foi o responsável por isso, levando para a Suécia as ideias de Guts Muths após 
contato com o instituto de Nachtegall. Ling dividiu sua ginástica em quatro partes: a 
pedagogia – voltada para a saúde evitando vícios posturais e doenças, a militar – 
incluindo o tiro e a esgrima, a médica – baseada na pedagogia, evitando também as 
doenças e visando ainda a estética – preocupada com a graça do corpo”. 
Na Escola Francesa temos como elemento principal o espanhol naturalizado Francisco 
Amorós y Ondeano. Ele dividiu a ginástica em civil e industrial, militar, médica e cênica. 
O método conhecido como ginástica natural teve um francês como seu defensor. Georges 
Herbert (1875-1957) defendia que a Educação Física deveria preconizar os movimentos 
naturais do ser humano, ou seja: correr, trepar, nadar, saltar, empurrar, puxar, dentre 
outros. 
Já a Escola Inglesa baseava-se nos jogos e nos esportes. Seu defensor era Thomas Arnold, 
quem recriou os jogos olímpicos. A escola inglesa também teve uma enorme influência 
no treinamento militar. 
 
 
 
Com a propagação das ideias pelo mundo destas quatro grandes escolas, a Educação 
Física passou a ser mais estudada, organizada e reconhecida. Ela conquistou seu espaço, 
ganhou cunho científico e tornou-se indispensável na vida das pessoas, desde as crianças 
menores até as pessoas mais idosas. 
 
 
 
 
 
 
Considerações finais 
 
A Educação Física foi se transformando ao longo da vida, e para que isso foi 
preciso que os povos primitivos vivenciassem a prática corporal muitas das vezes 
desafiando sua própria vida dentro da caça, da pesca, do nado para sobreviver. E assim 
os jogos, as danças, os esportes e as lutas começaram a serem criadas com uma 
necessidade de sobrevivência, uma forma também dos primitivos perpetuarem o seu 
criador, a morte. E ao longo da vida começaram a ser modificados pois seus 
conhecimentos foram evoluindo e solidificando, e assim a compreensão de cultura de 
movimento entendida a partir de entrelaçamento entre o corpo, a natureza e cultura podem 
hoje serem utilizados para conteúdo da Educação Física escolar que estarão relacionadas 
sempre a educação com o propósito de favorecer a cultura do mundo, assim os professores 
poderão sempre oferecer práticas educativas que permitiram a compreensão das 
influencias das manifestações da cultura do movimento. A Educação Física passou por 
um processo de evolução histórica de formas positivas e negativas, mas elas foram 
capazes de construir o conceito de educação física que hoje ocupa função essencial para 
o mundo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências bibliográficas: 
COSTA, M. G. Ginástica localizada. 2ª Ed., Rio de Janeiro. Ed. Sprint, 1998. 
DACOSTA, L. (org.) Atlas do Esporte no Brasil. Rio de Janeiro: Shape, 2005. 
RAMOS, Jair Jordão. Exercícios físicos na história a na arte. São Paulo: Ibrasa, 1983. 
BRACHT, V. Educação Física e aprendizagem social. Porto Alegre: Magister, 1992. 
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia de ensino de educação física. São Paulo: 
Cortez, 1992. 
JAYR JORDÃO RAMOS. Os exercícios físicos na história e na arte. Do home 
primitivo aos nossos dias. Ibrisa; Instituição brasileira de difusão cultural s.a. São Paulo.

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