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RESUMO DIR EMPRESARIAL

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FACULDADE DE BELO HORIZONTE 
CURSO DE DIREITO 
 
 
 
DEIDIAN SABINO EDUARDO – RA 2017019425 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 RESUMO DOS CAPÍTULOS 16, 19, 22 E 23 DO LIVRO CURSO DE DIREITO EMPRESARIAL 
- TÍTULOS DE CRÉDITO VOL 2. TOMAZETTE MARLON, 8 ED. 
 
 
 
 
 
 Belo Horizonte 
2020 
CHEQUE PÓS-DATADO - Cap. 16 
No que se refere ao cheque pós datado, o referido termo foi adotado pela maioria doutrinária 
ao invés de pré-datado comumente utilizado na prática bancária, porém, no que se refere as 
práticas jurídicas, as terminologias não fazem a menor diferença. 
Importante saber que o cheque pós datado serve como instrumento de pagamento no qual na 
praxe, as partes ajustam uma apresentação a partir de certa data ao banco para poder sacá -lo 
ou depositá lo. Todavia no Brasil, não há previsão legal para a pós datação do cheque. A lei n° 
7.357/85 – art. 32, prevê que tal pagamento deve ser feito à vista, por isso até hoje discute-se a 
legitimidade da pós datação. 
Outrossim, pode-se entender que combinar uma data futura para apresentação, trata-se de um 
acordo entre as partes por autonomia privada, sendo assim, tal ato não afeta a natureza 
cambiária do título. Neste caso, há que se falar em duas figuras distintas do cheque pós datado: 
um cheque e um contrato. 
Para o banco, tal data futura não tem menor influência já que por força legal, trata-se de uma 
ordem de pagamento a vista, ou seja, deve ser pago assim que for apresentado. Já para o 
beneficiário, essa data representa uma limitação voluntária das suas faculdades de modo a 
apresentar o título somente na data combinada. 
Conforme o STF, havia o entendimento que consequentemente, o prazo prescricional da ação 
cambial deveria ser contado da data de emissão nele consignada. Sendo assim, mesmo que 
indicando uma data futura para apresentação, é dessa data que deverão ser contados os 30 ou 
60 dias, dada a própria literalidade inerente aos títulos de crédito. 
Em interpretação recente do STJ a pós datação extracartular (v.g., a cláusula “bom para”) tem 
existência jurídica, pois a lei não nega validade à pactuação, Destarte, a Súmula 370/STJ orienta 
que a apresentação precoce da cártula enseja dano moral, e que, a falta da data de emissão em 
campo próprio não tem eficácia para alteração do prazo de apresentação. Em todo caso, o 
emitente deverá comprovar os danos sofridos, sejam materiais ou morais, para obter a 
indenização 
Quanto ao é crime de estelionato na emissão de cheque sem provisão de fundos, o sujeito ativo 
deve ter a ciência de que está emitindo o cheque para pronto pagamento sem a suficiente 
provisão de fundos. 
Ocorre que, a jurisprudência é uníssona em afastar a configuração do estelionato quando o 
cheque é pós datado, visto que o emitente não cria o cheque para pagamento imediato, pois 
trata-se de uma promessa de pagamento. 
Quanto ao endossatário de boa-fé o STJ reconheceu que não teria responsabilidade pela 
apresentação antecipada do cheque,mas sim o contraente por deixar de observar a data 
convencionada para apresentação da cártula. 
Conforme Tomazette, caso haja a configuração da responsabilidade de ambos, há que se 
acreditar que a responsabilidade pelos danos causados ao emitente prejudicado será solidária, 
nos termos do artigo 942 do Código Civil. 
 
CÉDULAS DE CRÉDITO BANCÁRIO - Cap 19 
As cédulas de crédito bancário (CCB) são títulos de crédito conceituadas também como 
promessas de pagamento que podem ter origem em qualquer operação bancária ativa nas quais 
a instituição financeira assume o papel de credora, seja através do mútuo bancário (empréstimo 
de dinheiro ao mutuário, que se compromete a devolvê -lo no tempo e nas condições ajustadas) 
ou abertura de crédito (certa importância pecuniária colocada a disposição do cliente ou 
terceiro facultando lhe a utilização dessa soma no todo ou em parte sem a entrega do dinheiro, 
mas apenas o valor à disposição). 
O emitente das cédulas de crédito pode ser PF ou PJ. Já o beneficiário deve ser uma instituição 
financeira ou uma entidade a ela equiparada que integre o Sistema Financeiro Nacional. 
a CCB segue alguns ​requisitos ​previstos em lei, as quais basicamente são: a denominação Cédula 
de Crédito Bancário;pagamento a dívida em dinheiro, data e local do pagamento das dívidas 
mesmo quando parceladas, nome da instituição credora, data e horário da emissãoe assinatura 
do emitente, além desses requisitos, poderá haver cláusulas contratuais, sendo natural a 
existência de garantias reais ou pessoais. 
As garantias pessoais poderão ser o aval e a fiança. Já as garantias reais poderão ser a 
hipoteca, o penhor e a alienação fiduciária, à escolha das partes. Os bens de garantia 
pignoratícia ou objeto de alienação fiduciária, permanecem na posse direta do emitente ou 
terceiros prestador da garantia na qual o bem deverá ter especificado o local onde se encontra, 
além do dever de ser conservado e guardado até liquidação da obrigação garantida. Pois 
qualquer alteração dessas condições precisam de autorização prévia do credor exceto quando a 
remoção ou deslocamento desses bens for inerente à atividade do emitente ou terceiro 
prestador da garantia. 
Para determinados bens é necessário ​averbação ou registros pertinentes no cartório de títulos 
para que a CCB tenha eficácia perante terceiros. 
Devido a possibilidade das CCB's serem passíveis de ​aval​, o autor do livro menciona acreditar na 
aplicação das regras de aval das letras de câmbio e notas promissórias. 
Quanto a ​circulação​, a CCB pode ser transferida normalmente, caso o título possua a cláusula à 
ordem, a sua circulação poderá ocorrer por endosso em preto, assim qualquer endossatário 
poderá exercer todos os direitos constantes no título, até juros capitalizáveis. 
Chegado o ​vencimento​, ordinário ou antecipado, o pagamento da cédula deverá ser feito, o 
documento poderá ou não prever juros sobre a dívida bem como multa moratória, em caso de 
atraso de pagamento. 
Quanto ao ​protesto do título​, trata-se da demonstração da falta de pagamento que pode 
inclusive interromper a prescrição, Todavia, o protesto não será necessário para a cobrança dos 
devedores indiretos, porém, forma normal de cobrança do valor devido é a execução do título. A 
execução extrajudicial segue as mesmas regras, atinentes à letra de câmbio e à nota 
promissória. 
Fica claro que a Cédula de Crédito Bancário é título executivo extrajudicial, todos os critérios de 
apuração do valor devido são estabelecidos no documento, permitindo facilmente a defesa do 
executado, por isso acredita-se maioritariamente que a CCB seja título executivo líquido, certo e 
exigível, que segue ainda a afirmativa do STJ, em sede de recurso repetitivo. 
Quanto ao ​excesso na execução​, se a instituição financeira, em ação judicial, cobrar mais do que 
deveria cobrar, ela é automaticamente punida com a obrigação de pagar ao devedor o dobro do 
excesso sem prejuízo de eventuais perdas e danos. 
Certificado ​de CCB são eficientes para direito de crédito pelas instituições financeiras, oscertificados são títulos representativos de CCBs depositados em instituições financeiras. A 
expressão títulos representativos diz os direitos de crédito decorrentes das CCBs depositadas. 
A instituição financeira, pode emitir um certificado para cada CCB, ou reunir diversos títulos 
depositados e emitir o certificado com todos os direitos inerentes a todos os títulos reunidos o 
que não impede a representação do título com diferentes valores, prazos e condições de 
remuneração. 
Importante frisar que, para representar uma ou várias CCBs, o certificado deve obedecer uma 
série de requisitos, indicados no artigo 43 da Lei no 10.931/2004. 
Referente a ​emissão ​do título poderá ser emitido o certificado sob a forma física ou escritural, 
sem impedimento de qualquer mudança da forma posteriormente . No primeiro caso, o título 
será impresso em papel e entregue ao titular. No segundo, o título não existirá em papel, sendo 
uma espécie de conta corrente em favor do titular. 
 
TÍTULOS RURAIS - Cap. 22 
As cédulas de crédito rural, visam a facilitar o financiamento para a atividade rural, entre elas 
temos: 
NOTA PROMISSÒRIA RURAL - ​trata-se de uma promessa de pagamento, com duas partes: 
emitente e beneficiário. Esta vem regulamentada pelo decreto lei n° 167/67 e só poderá ser 
utilizada para fins específicos instituídos pela lei supracitada com ​emissão ​mais restrita usada 
apenas em negócios rurais, além de gozar de privilégios especiais expressos no art. 964 do 
código civil Brasileiro. 
A emissão da nota provisória deve corresponder aos seguintes ​requisitos​: A denominação de 
Nota promissória rural; data do pagamento; nome da pessoa ou entidade que vende ou entrega 
os bens e a qual deve ser feito o pagamento; praça do pagamento; cláusula a ordem; soma a 
pagar em dinheiro em algarismo e por extenso; indicação da descrição dos produtos objeto da 
compra e venda ou entrega; data e lugar da emissão; assinatura do próprio punho do emitente 
ou por meio de procurador com poderes especiais. 
Cabe ação executiva para a cobrança da nota promissória rural, dentro do prazo da mesma 
poderá ser feitos pagamentos parciais, ocorrida a hipótese, o credor declarará no verso do 
título, sobre sua assinatura, a importância recebida e a data do recebimento tornando-se 
exigível apenas o saldo. 
Quanto ao ​endosso​, devido as peculiaridades restritivas do título o primeiro endossante é 
sempre o beneficiário original do título, que será sempre um produtor rural ou sua cooperativa. 
Referente ao ​aval ​e outras garantias reais ou pessoais da NPR, estes só poderão serem dados 
por pessoas jurídicas ou por integrantes da PJ emitente. 
O ​protesto ​pode representar apenas a prova solene do não pagamento do título, seguindo as 
mesmas regras do regime cambial, sendo assim, o protesto servirá para interromper a 
prescrição. Os credores das notas possuem uma prioridade sobre o produto da venda de certos 
bens, é o que se trata por privilégio especial. 
 
DUPLICATA RURAL - ​Esta é específica para o ramo rural, utilizado na compra e venda de bens de 
natureza agrícola extrativa ou pastoril por produtores rurais e cooperativas agrícolas, não 
abrangendo nenhuma prestação de serviços, a maior diferença da duplicata rural para a nota 
promissória rural é que a duplicata não depende da intervenção do devedor para ser emitida, 
pode ser emitida pelo próprio credor. 
Seus ​requisitos ​são: denominação de Duplicata Rural;data do pagamento, ou a declaração de 
dar​se a tantos dias da data da apresentação ou de ser à vista;nome e domicílio do vendedor; 
nome e domicílio do comprador; soma a pagar em dinheiro, lançada em algarismos e por 
extenso, que corresponderá ao preço dos produtos adquiridos;praça do pagamento;indicação 
dos produtos objeto da compra e venda; data e lugar da emissão; cláusula à ordem; 
reconhecimento de sua exatidão e a obrigação de pagá​la, para ser firmada do próprio punho do 
comprador ou de representante com poderes especiais; assinatura do próprio punho do 
vendedor ou de representante com poderes especiais. 
O ​aval ​só poderá ser prestado por PJ’s ou por integrantes da PJ emitente. Permitido outras 
garantias reais ou pessoais apenas quando prestadas pela pessoa jurídica emitente, pelos 
integrantes da pessoa jurídica emitente ou por qualquer outra pessoa jurídica. Quanto as 
garantias reais, que podem ser o penhor, a hipoteca e a alienação fiduciária, possuem regras 
próprias na CPR, embora também sigam o regime geral das garantias oferecidas 
A possibilidade do ​endosso ​só ocorrerá se for completo, o que significa endosso em preto ou o 
mesmo que, endosso com a indicação do endossatário. Não há responsabilização dos 
endossantes pela entrega do produto, eles não se tornam devedores do título, apenas 
asseguram a existência da obrigação. Além disso, a CPR admite negociação nos mercados de 
balcão e nas bolsas de valores, desde que haja registro da CPR em sistema de registro e de 
liquidação financeira, administrado por entidade autorizada pelo Banco Central do Brasil. 
Quanto ao ​vencimento ​da CPR, a circulação eletrônica ou por endosso costuma ocorrer até o 
vencimento do título, que poderá vencer antecipadamente pelo não cumprimento de alguma 
obrigação assumida pelo emitente. 
Caso o emitente não cumpra a obrigação até o vencimento, o emitente responderá pela evicção 
sem poder invocar caso fortuito ou força maior para se exigir o pagamento, sendo possível a 
entrega do dinheiro equivalente aos produtos prometidos. 
Feito o pagamento, o título não tem mais qualquer função, caso contrário pode ser de interesse 
do credor a prova solene dessa inadimplência, por meio do protesto ou uma ação de execução, 
porquanto a CPR é título executivo. 
 
TÍTULOS IMOBILIÁRIOS - Cap. 23 
As letras imobiliárias garantidas (LIG), é definida como um “título de crédito nominativo, 
transferível e de livre negociação, garantido por Carteira de Ativos submetida ao regime 
fiduciário”. 
Quanto a emissão, qualquer ​instituição financeira com créditos imobiliários poderá emitir a LIG 
para captação de recursos. O adquirente da LIG repassa recursos à instituição financeira 
emitente e, passa a ter um direito de crédito contra ela, consistente no valor do título, mais 
juros, fixos ou flutuantes, e outras formas de remuneração que venham a ser pactuadas. 
Ademais trata se de título executivo. 
Seus ​requisitos ​são: a denominação “Letra Imobiliária Garantida”; o nome da instituição 
financeira emitente;o nome do titular;o número de ordem, o local e a data de emissão;o valor 
nominal;a data de vencimento;a taxa de juros, fixa ou flutuante, admitida a capitalização;outras 
formas de remuneração, quando houver, inclusive baseadas em índices ou taxas de 
conhecimento público;a cláusula de correção pela variação cambial, quando houver;a forma, a 
periodicidade e o local de pagamento;a identificação da Carteira de Ativos;a identificação e o 
valor dos créditos imobiliários e demais ativos que integram a Carteira de Ativos;a instituição do 
regime fiduciário sobre a Carteira de Ativos,nos termos desta Lei;a identificação do agente 
fiduciário, indicando suas obrigações, responsabilidades e remuneração, bem como as 
hipóteses, condições e forma de sua destituição ou substituição e as demais condições de sua 
atuação; e a descrição da garantia real ou fidejussória, quando houver. 
A constituição de uma Carteira de Ativos é obrigatória para a emissão do título, isto é, a 
separação de uma série de créditos que irão, garantir o pagamento das obrigações assumidas. 
A instituição emissora deve instituir ​regime fiduciário sobre a Carteira de Ativos, que funciona 
como um patrimônio de afetação restritos à satisfação do crédito, recursos financeiros 
provenientes dos ativos integrantes da Carteira de Ativos ficam liberados do regime fiduciário se 
forem mantidos recursos suficientes para pagarem as dívidas referentes à LIG. 
Quanto a ​circulação e pagamento ​da LIG, o titular poderá após o vencimento receber seu 
crédito, inclusive por meio de ação executiva. Todavia, as LIG podem ser negociadas livremente 
na qual o titular irá receber valores, transferindo seus direitos a outra pessoa. 
Havendo falência, intervenção ou liquidação extrajudicial da instituição financeira emitente, 
haverá o vencimento antecipado das obrigações e os ativos da Carteira de Ativos serão 
destinados ao pagamento do principal, dos juros e demais encargos relativos às LIG além do 
pagamento das obrigações decorrentes de contratos de derivativos da carteira, dos seus custos 
de administração e de obrigações fiscais. 
 
LETRAS HIPOTECÁRIAS - Tratam se de títulos emitidos por instituições financeiras, autorizadas a 
conceder créditos hipotecários, representando promessas de pagamento garantidas por 
créditos hipotecários. 
Quanto a sua ​emissão, ​as instituições financeiras são autorizadas a conceder créditos 
hipotecários precisam de recursos para desempenhar suas atividades. Tais recursos podem advir 
de diversas fontes, inclusive da captação junto ao público. Quem as adquire concede recursos ao 
emitente e passa a ter um direito de crédito pelo valor nominal, correção e juros, como uma 
forma de investimento. Podem ser emitidas por sociedades de crédito imobiliário, por bancos 
múltiplos com carteira de crédito imobiliário e pela Caixa Econômica Federal (CEF). Além de ser 
possível emissão na forma cartular ou escritural. Neste último caso, ela funcionará como uma 
espécie de conta corrente de titularidade do beneficiário. Caso ela seja emitida fisicamente, 
deverá ser feito um certificado. 
Seus ​requisitos ​são: o nome da instituição financeira emitente e as assinaturas de seus 
representantes; o número de ordem, o local e a data de emissão; a denominação Letra 
Hipotecária;o valor nominal e a data de vencimento; a forma, a periodicidade e o local de 
pagamento do principal, da atualização monetária e dos juros;os juros, que poderão ser fixos ou 
flutuantes;a identificação dos créditos hipotecários caucionados e seu valor;e a identificação do 
beneficiário. 
Referente a ​negociação ​a letra hipotecária pode ser nominativa (pressupõe a alteração dos 
livros do devedor), endossável (Transferência por meio do endosso) ou ao portador (transferível 
por simples tradição). No caso de emissão escritural, não há endosso, mas uma simples 
alteração dos registros da instituição que está com os títulos registrados. 
 
LETRA DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO - Consistente na caução de créditos imobiliários que pode 
consistir tanto em créditos hipotecários, quanto em créditos de alienação fiduciária de imóveis, 
trata-se de promessa de pagamento, que asseguram à seus titulares direito de crédito pelo valor 
nominal, juros e, se for o caso, atualização monetária, sendo garantidas por créditos 
hipotecários ou de alienação fiduciária de imóveis. 
Sua ​emissão ​pode se dar por bancos comerciais, bancos múltiplos com carteira de crédito 
imobiliário, Caixa Econômica Federal, sociedades de crédito imobiliário, associações de 
poupança e empréstimo, companhias hipotecárias e demais espécies de instituições autorizadas 
a trabalhar com créditos imobiliários. 
Tem como requisitos: o nome da instituição emitente e as assinaturas de seus representantes;o 
número de ordem, o local e a data de emissão;a denominação Letra de Crédito Imobiliário;o 
valor nominal e a data de vencimento; a forma, a periodicidade e o local de pagamento do 
principal, dos juros e, se for o caso, da atualização monetária;os juros, fixos ou flutuantes, que 
poderão ser renegociáveis, a critério das partes;a identificação dos créditos caucionados e seu 
valor; o nome do titular; e cláusula à ordem, se endossável. 
Referente a ​negociação ​Caso a LCI seja emitida sob a forma escritural, ela deverá ser registrada 
em sistema de registro e liquidação financeira de títulos privados autorizados pelo Banco 
Central do Brasil, que será responsável também por sua negociação. Já a LCI cartular poderá ser 
nominativa (a negociação será feita mediante alteração dos livros do emitente) ou endossável (o 
teor do documento deverá conter a cláusula à ordem e sua transferência ocorrerá pelo endosso 
tradicional). 
 
CÉDULA HIPOTECÁRIA - ​É um título que visa a captar recursos junto ao mercado pela 
transferência, no todo ou em parte, de créditos hipotecários de titularidade do emitente. Para 
tanto, ele poderá representar o seu crédito em uma cédula hipotecária e transferi lo, recebendo 
antecipadamente ao menos uma parte do valor devido. 
Quanto a ​emissão ​em regra é emitida, pelo credor, para representar créditos hipotecários. Não 
se trata de uma garantia, mas da transferência do próprio crédito. 
Seus ​requisitos ​são: nome, qualificação e endereço do emitente, e do devedor;número e série 
da cédula hipotecária, com indicação da parcela ou totalidade do crédito que represente; 
número, data, livro e folhas do Registro​Geral de Imóveis em que foi inscrita a hipoteca e 
averbada a cédula hipotecária;individualização do imóvel dado em garantia;o valor da cédula, os 
juros convencionados e a multa estipulada para o caso de inadimplemento;o número de ordem 
da prestação a que corresponder a cédula hipotecária, quando houver;a data do vencimento da 
cédula hipotecária ou, quando representativa de várias prestações, os seus vencimentos de 
amortização e juros; a autenticação feita pelo oficial do Registro​Geral de Imóveis; a data da 
emissão, e as assinaturas do emitente, com a promessa de pagamento do devedor;o lugar de 
pagamento do principal, juros, seguros e taxa; a denominação cédula hipotecária. 
Da negociação ​a cédula objeto de negociação, desde que seja averbada à margem da hipoteca a 
que diz respeito, no registro do imóvel, que é será sempre nominativa, poderá ser negociada por 
meio de endosso em preto, o qual, porém produzirá os efeitos de cessão de créditos. 
Quanto ao ​cumprimento da obrigação a cédula hipotecária não poderá ter vencimento 
superior ao vencimento do próprio crédito hipotecário representado, senão, haverá o 
vencimento antecipado da cédula. Feito o pagamento, o título deverá ser devolvido ao devedor, 
admitindo se a provado pagamento por outros meios admitidos em direito. 
Não havendo o pagamento no vencimento, o credor poderá promover a execução contra o 
devedor, pelo regime geral de cobrança dos créditos hipotecários. 
 
CÉDULAS DE CRÉDITO IMOBILIÁRIO - ​Têm por função a captação de recursos, mediante 
transferência de um crédito imobiliário, de qualquer espécie. 
A função da CCI é permitir que quem possui um crédito imobiliário possa antecipar ao menos 
uma parte desse crédito, com sua transferência de uma forma mais simples e ágil. 
A CCI pode representar qualquer crédito imobiliário e não apenas créditos hipotecários. Além 
disso, pode ser emitida por qualquer pessoa titular de um crédito imobiliário que poderá ser a 
forma escritural (funcionará como uma espécie de conta corrente de titularidade do 
beneficiário) ou nominativa cartular(com a emissão de um certificado.) 
Seus requisitos são: denominação cédula de crédito imobiliário;qualificação do credor e do 
devedor, e no caso de emissão escritural também a do custodiante; identificação do imóvel; 
modalidade da garantia, se for o caso;número e a série da cédula;valor do crédito e data de 
vencimento; forma de pagamento; condição integral ou fracionária; local e data de emissão; 
assinatura do credor, se cartular;autenticação do cartório de imóveis no caso de garantia real; 
cláusula à ordem, se endossável. 
Da ​negociação, ​caso a CCI seja emitida sob forma escritural, será registrada em sistema de 
registro e liquidação financeira de títulos privados autorizados pelo Banco Central do Brasil, que 
será responsável também por sua negociação. Caso o crédito possua garantias reais, é 
dispensável a averbação da circulação no registro de imóveis. Já a CCI cartular poderá ser objeto 
de endosso, quando tiver a cláusula à ordem, ou de cessão de crédito.

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