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Peça 3 - constitucional

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO CEARÁ 
MAGNÓLIA, brasileira, solteira, agricultora, portadora do RG 000000000000 SSP/CE, residente e domiciliado na BR 467, Km 8, na cidade de Caicó/CE, com endereço eletrônico magnolia@amail.com, por seu advogado constituído, conforme procuração anexa, vem respeitosamente a presença de V. Exma., com amparo no artigo 102, II e 105, II da Constituição Federal opor
RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL
Por não concordar com a decisão colegiada proferida pela E. Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará.
Assim, requer seja recebido e processado o recurso, com o encaminhamento das inclusas razões ao Colendo Superior Tribunal de Justiça.
Termos em que, 
Pede-se o deferimento. 
Pelotas, 20 de dezembro de 2017.
Advogado
OAB RS 0000
EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) MINISTRO(A) PRESIDENTE DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA / DF
IMPETRANTE: Magnolia 
IMPETRADO: Secretária de Saúde do Estado do Ceará
Em que pese o notável saber jurídico da colenda câmara do tribunal de justiça, merece reforma o acórdão que denegou o pedido de mandado de segurança impetrado contra o acusado, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas:
1. DOS FATOS
Magnólia é uma jovem, filha de pais humildes, os quais trabalham na roça na cidade de Caicó. Há alguns meses ela sofre com graves e recorrentes infecções em seu organismo e por conta de um agravamento no seu estado de saúde, a mesma foi internada com urgência no hospital estadual da rede pública em Fortaleza, onde foi diagnosticada como portadora de Lúpus. A jovem tem sido ajudada pela assistência jurídica da Defensoria Pública do Estado do Ceará afim de garantir o seu direito fundamental à Saúde. Foi elaborado um mandado de segurança contra a Secretaria de Saúde do Estado, a qual negou o fornecimento do medicamento receitado para o tratamento da doença, porém o mesmo foi negado em decisão colegiada pela Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Ceará, o qual alegou que que o Estado possui o poder discricionário de decidir sobre o fornecimento de medicamentos, de acordo com a sua conveniência e disponibilidade financeira, não podendo o Poder Judiciário obrigá-lo.
2. DO CABIMENTO DO RECURSO 
De acordo com a Constituição Federal:
“Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:
II - Julgar, em recurso ordinário:
a) o habeas corpus, o mandado de segurança, o habeas data e o mandado de injunção decididos em única instância pelos Tribunais Superiores, se denegatória a decisão;”
“Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:
II - Julgar, em recurso ordinário:
b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;”
Da mesma forma, fica garantido a concessão de mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público.
Assim, o indeferimento ao pedido de mandado de segurança para afirmar e garantir o direito a saúde e, portanto também, à vida da impetrante constituem grave constrangimento a Carta Magna que assegura direitos tão fundamentais.
Portanto, conclui-se que o presente recurso é a forma pela qual é possível a reforma da decisão denegatório, possibilitando à recorrente o acesso à saúde.
3. DO DIREITO 
a) Assim, como prevê o caput do artigo 6º, CF: “São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta Constituição”, o direito à saúde é clausula pétrea e garantia constitucional, devendo o Estado zelar por esse bem tão precioso.
b) Nesse tocante, também temos o fundamento da dignidade da pessoa humana, descrito no inciso III do artigo 1º da Carta Magna e também muito explorado como um dos mais importantes Princípios que ordenam o Direito Brasileiro.
c) Desse mesmo modo, a Constituição Federal ainda garante o direito à saúde a todos, incluindo-a no rol de direitos sociais e assegurando e determinado que é dever do Estado disponibilizá-la, através de políticas sociais e econômicas: Art. 196. “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.”
d) Dá mesma forma ao legislar a Lei 8.080/90, a qual dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências, se vê claramente ao ler o artigo 2º que é dever do Estado promover as condições indispensáveis para a manutenção da saúde da população: “A saúde é um direito fundamental do ser humano, devendo o Estado prover as condições indispensáveis ao seu pleno exercício.”
4. DO PEDIDO
Assim, a recorrente reitera o pedido de concessão de liminar para assegurar a impetrante, o direito de obter do Estado o fornecimento gratuito dos medicamentos pleiteados em sede do Mandado de Segurança denegado pelo Tribunal.
Em face ao disposto, requer a autora que o Juízo determine:
a) A celeridade deste processo tendo em vista que se trata da concessão de um medicamento necessário para a manutenção da saúde da recorrente e de sua vida;
b) Que seja JULGADO PROCEDENTE O PEDIDO, declarando-se a inconstitucionalidade da recusa do fornecimento do medicamento em questão à impetrante, tornando-se, assim, definitivos os efeitos da liminar outorgada. 
c) Determine que à Secretaria de Saúde do Estado do Ceará, nos termos expressos da CF , cumpra com o seu dever constitucional de garantir à Recorrente o acesso gratuito ao medicamento receitado.
Termos em que,
Pede e espera o deferimento
Pelotas, 20 de dezembro de 2017.
Advogado
OAB RS 0000

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