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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ - CAMPUS DE SOBRAL CURSO DE ENGENHARIA ELÉTRICA DISCIPLINA: CIRCUITOS ELÉTRICOS 2 PROFESSOR: MARCUS ROGERIO DE CASTRO FREQUÊNCIAS COMPLEXAS PRÓPRIAS ALUNO MATRÍCULA ANDERSON ALEXANDRE CARVALHO DE ARAÚJO 397729 Sobral – CE 2020.1 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 3 2. OBJETIVOS ................................................................................................. 4 3. PROCEDIMENTOS / RESULTADOS .......................................................... 4 3.1. Medição das Frequências Complexas Próprias .................................... 4 3.2. Medição da Capacitância Parasita (Cp) do Indutor ............................... 6 3.3. Comparação com o Regime Permanente Senoidal .............................. 9 4. CONCLUSÃO ............................................................................................ 11 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................... 11 Lista de figuras Figura 1: Circuito RLC paralelo .......................................................................... 3 Figura 2: Resposta de Frequência do Circuito Ressonante Paralelo ................. 4 Figura 3: Circuito RLC para a medição de frequências complexas próprias ...... 5 Figura 4: Forma de onda v(t). ............................................................................. 5 Figura 5: Amplitude máxima de duas ondas consecutivas. ................................ 6 Figura 6: Capacitância parasita em um indutor .................................................. 7 Figura 7: Simulação do circuito RLC com capacitância parasita ........................ 7 Figura 8: Forma de onda v(t). ............................................................................. 8 Figura 9: Amplitude máxima de duas ondas consecutivas Cp. .......................... 9 Figura 10: Circuito com fonte senoidal ............................................................... 9 Figura 11: Amplitude da tensão com uma fonte senoidal ................................. 10 Figura 12: Frequência para amplitude igual a de v(t). ...................................... 10 UFC – Campus Sobral – Engenharia Elétrica 3 Frequências complexas próprias 1. INTRODUÇÃO Um circuito ressonante, também chamado de circuito sintonizado, consiste em um indutor e um capacitor junto com uma fonte de tensão ou corrente. É um dos circuitos mais importantes usados em eletrônica. Por exemplo, um circuito ressonante, em uma de muitas formas, nos permite sintonizar uma estação de rádio ou televisão desejada a partir do vasto número de sinais que estão ao nosso redor a qualquer momento. Uma rede está em ressonância quando a tensão e a corrente nos terminais de entrada da rede estão em fase e a impedância de entrada da rede é puramente resistiva. Figura 1: Circuito RLC paralelo Fonte: (JONHSON, 1993) Considere o circuito RLC paralelo da Fig. 1. A admitância em regime permanente oferecida pelo circuito é: 𝑌 = 1 𝑅 + 𝑗 (ω𝐶 − 1 ω𝐿 ) (1) A ressonância ocorre quando a tensão e a corrente nos terminais de entrada estão em fase. Isso corresponde a uma admissão puramente real, de modo que a condição necessária é dada por: ω𝐶 − 1 𝑤𝐿 = 0 (2) A condição ressonante pode ser alcançada ajustando L, C ou ω. Mantendo L e C constantes, a frequência ressonante ω0, é dado por: ω𝑜 = 1 √𝐿𝐶 𝑟𝑎𝑑/𝑠 (3) f𝑜 = 1 2𝜋√𝐿𝐶 𝐻𝑧 (4) UFC – Campus Sobral – Engenharia Elétrica 4 Frequências complexas próprias Assim a resposta em frequência é um gráfico da magnitude da tensão de saída de um circuito de ressonância em função da frequência. A resposta, é claro, começa em zero, atinge um valor máximo na vizinhança da frequência ressonante natural e, em seguida, cai novamente para zero quando ω se torna infinito. A resposta de frequência é mostrada na figura 2. Figura 2: Resposta de Frequência do Circuito Ressonante Paralelo Fonte: (JONHSON, 1993) As duas frequências adicionais ωc1 e ωc2 também são indicadas, as quais são chamadas de frequências de meia potência. Essas frequências localizam os pontos da curva em que a resposta da tensão é 1 √2 ou 0,707 vezes o valor máximo. Eles são usados para medir a largura de banda da curva de resposta. Isso é chamado de largura de banda de meia potência do circuito ressonante e é definido como: 𝛽 = ωc2 − ωc1 (5) 2. OBJETIVOS Determinação das frequências complexas próprias de uma rede utilizando o transitório repetitivo. 3. PROCEDIMENTOS / RESULTADOS 3.1. Medição das Frequências Complexas Próprias Montou-se o circuito mostrado esquematicamente na figura 3, no simulador MULTISIM, na qual: R1 = 330 Ω, L1 = 400mH, C = 30µF e o gerador de sinais com onda quadrada com 1,5 V (pico) e 1,5 V (offset). UFC – Campus Sobral – Engenharia Elétrica 5 Frequências complexas próprias Figura 3: Circuito RLC para a medição de frequências complexas próprias Fonte: (AUTOR, 2020) Então após montado, ajustou-se a frequência do gerador de sinais para 500Hz e observou-se a forma de onda de v(t), como mostrado na figura 4. Figura 4: Forma de onda v(t). Fonte: (AUTOR, 2020) Percebe-se que os valores observados na figura 4, condizem com as características do circuito. Onde esta onda mostra que as bordas da parte quadrada foram cortadas, caracterizando um filtro passa-faixa. Ainda observando a figura 4, mediu-se o período equivalendo a 2ms e calculou-se os valores de ω𝑑 e 𝑓𝑑. Antes de calcular ω𝑑 precisa-se descobrir qual o valor da frequência de ressonância ω𝑜 e de α. ω𝑜 = 1 √𝐿.𝐶 = 1 √400𝑥10−3 . 30𝑥10−6 = 288,67 𝑟𝑎𝑑/𝑠 (6) ∝= 𝐺 2 .𝐶 = 1 330 2 .30𝑥10−6 = 50,5 [𝑠−1] (7) Agora calculando ω𝑑, UFC – Campus Sobral – Engenharia Elétrica 6 Frequências complexas próprias ω𝑑 = √(288,67)² − (50,5)² = 284,22 𝑟𝑎𝑑/𝑠 (8) Percebe-se que a equação (8) e a equação (6) são praticamente equivalentes. Para calcular 𝑓𝑑, aplica-se a seguinte equação. 𝑓𝑑 = ω𝑑 2.𝜋 = 284,22 2.𝜋 = 45,23 𝐻𝑧 (9) Por último calculou-se o índice de mérito Q, para circuitos RLC altamente oscilatórios. 𝑄 = ω𝑜 2 .∝ = 288,67 2 .50,5 = 2,85 (10) Na figura 5, mostra a medição da amplitude máxima de duas oscilações consecutivas, equivalendo a um valor de 38 mV. Figura 5: Amplitude máxima de duas ondas consecutivas. Fonte: (AUTOR, 2020) 3.2. Medição da Capacitância Parasita (Cp) do Indutor Pelo fato da pratica ter sido feita em um simulador de circuitos, o indutor é considerado real, assim não possui uma capacitância parasita. Como conceito a capacitância parasita em um indutor ocorre quando dois condutores são aproximados, mas separados por um dielétrico, onde colocado uma diferença de tensão entre os dois, forma-se um capacitor. Logo, como existe uma resistência no fio do indutor, uma queda de tensão ocorrerá entre os enrolamentos fazendo com que pequenos capacitores sejam formados (SBROGIO, 2018). Na figura 6, mostra esse efeito com mais detalhes.UFC – Campus Sobral – Engenharia Elétrica 7 Frequências complexas próprias Figura 6: Capacitância parasita em um indutor Fonte: (BOWICK, 2011) Logo, para representar a capacitância parasita, foi colocado um capacitor em paralelo com o indutor equivalendo a 10nF. E em série com uma resistência R1 = 10 KΩ, como mostrado na figura 7. Figura 7: Simulação do circuito RLC com capacitância parasita Fonte: (AUTOR, 2020) Então após montado, ajustou-se a frequência do gerador de sinais para 500Hz e observou-se a forma de onda de v(t), como mostrado na figura 8. UFC – Campus Sobral – Engenharia Elétrica 8 Frequências complexas próprias Figura 8: Forma de onda v(t). Fonte: (AUTOR, 2020) Observando a figura 8, mediu-se o período equivalendo a 500µs e calculou-se os valores de ω𝑑 e 𝑓𝑑. Antes de calcular ω𝑑 precisa-se descobrir qual o valor da frequência de ressonância ω𝑜 e de α. ω𝑜 = 1 √𝐿.𝐶 = 1 √400𝑥10−3 . 10𝑥10−9 = 15811 𝑟𝑎𝑑/𝑠 (11) ∝= 𝐺 2 .𝐶 = 1 10000 2 .10𝑥10−9 = 5000[𝑠−1] (12) Agora calculando ω𝑑, ω𝑑 = √(15811)² − (5000)² = 15000 𝑟𝑎𝑑/𝑠 (13) Para calcular 𝑓𝑑, aplica-se a seguinte equação. 𝑓𝑑 = ω𝑑 2.𝜋 = 284,22 2.𝜋 = 45,23 𝐻𝑧 (14) Por último calculou-se o índice de mérito Q, para circuitos RLC altamente oscilatórios. 𝑄 = ω𝑜 2 .∝ = 15811 2 .5000 = 1,58 (15) Na figura 9, mostra a medição da amplitude máxima de duas oscilações consecutivas, equivalendo a um valor de 1,5 V. UFC – Campus Sobral – Engenharia Elétrica 9 Frequências complexas próprias Figura 9: Amplitude máxima de duas ondas consecutivas Cp. Fonte: (AUTOR, 2020) 3.3. Comparação com o Regime Permanente Senoidal Montou-se o mesmo circuito da figura 3, com uma fonte senoidal de valor 1,5 V (pico) e 0V (offset), como mostrado na figura 10. Figura 10: Circuito com fonte senoidal Fonte: (AUTOR, 2020) Após a montagem variou-se a frequência até obter a amplitude máxima de v(t), como pode ser observado na figura 11. UFC – Campus Sobral – Engenharia Elétrica 10 Frequências complexas próprias Figura 11: Amplitude da tensão com uma fonte senoidal Fonte: (AUTOR, 2020) Assim, tendo a mesma amplitude de tensão que em v(t), a frequência encontrada para esse circuito foi de 2,5 Hz, como mostra a figura 12. Figura 12: Frequência para amplitude igual a de v(t). Fonte: (AUTOR, 2020) Calculando o valor de fo, 𝑓𝑜 = 1 2.𝜋.√𝐿.𝐶 = 1 2.𝜋.√400𝑥10−3 . 30𝑥10−6 = 45,94 𝐻𝑧 (16) Percebe-se que as equações (9) e (16) possuem resultados iguais. Onde esses resultados são maiores que a frequência com uma fonte senoidal. UFC – Campus Sobral – Engenharia Elétrica 11 Frequências complexas próprias 4. CONCLUSÃO Conclui-se então que a figura 3 é um filtro passa-faixa, onde passa as frequências centradas no entorno de ω𝑜, na qual é a frequência que a amplitude máxima ocorre. Também foi visto que para calcular os zeros do polinômio característicos é preciso saber os valores dos componentes presentes no circuito. Onde assim poderá ser calculado o índice de mérito que também pode ser chamado de fator de qualidade, e é conceituado sendo a exatidão do pico em um circuito ressonante. E é definido sendo a relação entre a frequência de ressonância e a largura de faixa. 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BOWICK, C. RF circuit design. Indianapolis: Newnes, 2011. ALEXANDER, Charles K.; SADIKU, Matthew N. O. Fundamentos de circuitos elétricos. 5. ed. New York: Bookman, 2013. 894 p. SBROGIO, Fernando. Caracterização de Parâmetros de Indutores e Capacitores Aplicados ao Modelamento de Resposta em Frequência de Fontes Chaveadas. 2018. 97 f. TCC (Graduação) - Curso de Engenharia Elétrica, Universidade Estadual de Londrina, Londrina, 2018. Disponível em: http://www.uel.br/ctu/deel/TCC/TCC2017_FernandoSbrogio.pdf. Acesso em: 01 out. 2020. JOHNSON, David E. et al. Fundamentos de análise de circuitos elétricos. 4. ed. New York: Prentice Hall, 1993.
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