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Contestação - Estágio 1

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DIREITO DO II JUIZADO ESPECIAL CÍVEL REGIONAL DA BARRA DA TIJUCA DA COMARCA DA CAPITAL /RJ 
Processo nº XXX
TELEFÔNICA BRASIL S.A. (VIVO), pessoa jurídica de direito privado, inscrita no CNPJ/MF sob o nº 02558157/0014-87, com sede à Av. Ayrton Senna, 2200 - CEP 22775-003 - Rio de Janeiro – RJ vem por seu advogado ao final assinado, propor a presente:
CONTESTAÇÃO
Ao pedido inicial ajuizado por JOÃO DA SILVA, já qualificado nos autos, para expor e requerer o que segue:
I- RESUMO DA CAUSA
Alega o autor, cliente da empresa ré há mais de 3 (três ) anos que no último ano vem recebendo constantemente ligações e mensagens de SMS com nome atribuído a sua pessoa que não lhe pertence, ocorre que até a citação, a empresa desconhecia este fato, uma vez que o autor não entrou em contato para que fosse sanado o suposto erro ,antes que ingressasse com a presente ação, fato este que pegou de surpresa a ré, que sempre lhe prestou excelente serviço e de forma alguma pretendia intencionalmente causar aborrecimento ao autor.
II - DAS PRELIMINARES:
 RAZÕES PARA A NÃO CONCESSÃO DO BENEFÍCIO DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA
 
01.                               Cumpre ressaltar que o pleito referente a gratuidade de justiça, deve ser indeferido, pois não houve o preenchimento dos requisitos essenciais pela parte autora, já que não comprovada a sua efetiva situação de miserabilidade.
 
02.                               Não há como este juizado adivinhar como está a real extensão da situação financeira da parte autora, sem a apresentação dos documentos necessários e aptos a comprovar a suposta miserabilidade alegada.
 
03.                               Nota-se que na propositura da demanda, a parte autora afirma não possuir recursos, contudo, se quer apresenta cópia de documentos comprobatórios.
 
04.                                Outrossim, após analisar o pedido, o mesmo não apresenta nenhuma prova que venha a ratificar sua hipossuficiência
 
 
05.                               Daí conclui-se que a parte agravante possui condições financeiras para arcar com as despesas processuais.
 
06.                               Neste esteio, diferentemente do aduzido pela parte agravante, a jurisprudência do STJ é pacífica no sentido de que a presunção de hipossuficiência é relativa, cabendo ao D. Magistrado valer-se do conjunto fático-probatório para indeferir ou deferir o pedido de gratuidade de justiça:
 
“PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. RECURSO INTEGRATIVO RECEBIDO COMO AGRAVO REGIMENTAL.GRATUIDADE DE JUSTIÇA. APRESENTAÇÃO DE DOCUMENTOS QUE LEVARAM AO INDEFERIMENTO. PRESUNÇÃO LEGAL AFASTADA. 1. Em observância aos princípios da fungibilidade e economia processual, os embargos de declaração são recebidos como agravo regimental. 2. Agravo por meio do qual se pretende admissão de recurso especial, cujo não conhecimento se deu por ausência do recolhimento do preparo recursal, sob o argumento de que a hipossuficiência é presumida, nos termos do art. 4º, § 1º, da Lei n. 1.060/1950. 3. No caso, o recorrente, ao cumprir a determinação para a comprovação da hipossuficiência, juntando aos autos os documentos que entendeu suficientes, manifestou concordância com a respectiva decisão judicial e, após a constatação de que não se justificava o deferimento da gratuidade de justiça, não pode mais aduzir que há presunção de veracidade da declaração de hipossuficiência. 4. Ademais, conforme entendimento jurisprudencial pacífico do STJ, "a presunção de pobreza, para fins de concessão dos benefícios da assistência judiciária gratuita, ostenta caráter relativo, podendo o magistrado investigar a situação do requerente caso entenda que os elementos coligidos aos autos demonstram a capacidade de custeio das despesas processuais (AgRg no AREsp 136.756/MS, Rel. Ministra Maria Isabel Gallotti, Quarta Turma, DJe 24/04/2012). 5. Embargos de declaração recebidos como agravo regimental, não provido.”[1]
 
07.                               A Constituição Federal vigente não recepcionou a legislação sobre a gratuidade ampla e irrestrita, impondo como condição para o gozo de tal benefício a comprovada insuficiência de recursos, caindo por terra o pedido de gratuidade feito pela parte agravante ante as razões já expostas pelo magistrado a quo e ratificadas pela ora parte agravada.
 
08.                               Neste sentido, forçoso destacar os seguintes dispositivos constitucionais que fundamentam as explanações da parte agravada:
 
Inciso LXXIV do artigo 5 da CRFB: "O Estado prestará assistência jurídica integral e gratuita aos que comprovarem insuficiência de recursos ;
 
Artigo 134 da CRFB." A Defensoria Pública é instituição essencial a função jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a orientação e a defesa, em todos os graus, dos necessitados, na forma do artigo 5º, LXXIV."
 
09.                               Ademais, embora a Lei 1.060/50 não exija da parte o estado de miserabilidade ou indigência, é necessário que esta se enquadre no conceito de pobreza jurídica, entendido como tal a impossibilidade de arcar com as custas e despesas do processo sem prejudicar o sustento próprio ou de sua família, o que, repise-se, não restou configurado em momento algum na presente ação.
 
10.                               Por fim, deve-se lembrar que o indeferimento do pleito não traz qualquer prejuízo ao agravante.
 
11.                               Pelo exposto espera e confia a parte agravada que a r. decisão agravada “data vênia” deverá mantida na sua integralidade por este e. Tribunal, eis que é absolutamente desnecessária a concessão do benefício da gratuidade de justiça pleiteada pela parte agravante, por ser medida de Direito.
 
II – Do Mérito
 DA DESNECESSIDADE DE INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA
1. Obviamente, não se está aqui a se negar que o juiz pode inverter o ônus da prova em prol do consumidor, com base na verossimilhança da alegação inicial ou quando se verificar a hipossuficiência daquele mesmo consumidor, segundo dispõe o CDC (art. 6º, VIII), sempre em atenção às circunstâncias do caso concreto, e com base na razoabilidade e no bom senso.
2. O requisito da hipossuficiência só se caracteriza se houver (e não há, diga-se logo) uma evidente dificuldade do consumidor para a produção da prova de seu alegado direito, seja pelo aspecto econômico-financeiro, ou pelo aspecto técnico.
3. Se, como aqui, a parte autora está ao amparo da gratuidade de justiça, já não se verifica sua hipossuficiência econômico-financeira, pois a mesma pode requerer a produção de qualquer prova sem quaisquer custos, inclusive pericial, conforme garantia da Lei nº 1.060/50 (art. 3º e seguintes).
4. Restaria, então, apenas a hipótese de a parte Autora, por determinadas condições e dificuldades específicas, não ter como realizar a produção da prova técnica, o que definitivamente não ocorre, uma vez que tal dilação probatória não se mostra necessária para o deslinde da presente causa.
5. Por tudo que se disse no presente capítulo, conclui-se que a única forma de se comprovar os fatos declinados na exordial seria através da prova (CPC, art. 373, I), o que, como se verificou, não consta dos autos, sendo descabida e desnecessária a inversão do ônus da prova em favor da parte Autora.
 DA INEXISTÊNCIA DE DANO MORAL
1. A essas alturas, resta nítido que não há que se falar em qualquer espécie de dano. Muito menos em danos morais.
2. Com efeito, inexistente, no presente caso, o dano moral alegado pela parte Autora, porquanto para sua configuração não bastam meras alegações: deve ser comprovada (CPC, art. 373, I), ao menos, a existência de fato que pudesse, ainda que potencialmente, colocar a suposta vítima em situação de risco de constrangimento ou vexame; ou ainda, que a fizesse se deparar com situação de afronta moral ou psicológica.
3. A parte autora não comprova qualquer situação capaz de gerar danos morais! Em nenhum momento da inicial apresentou qualquer fato que suportou para ensejar odano moral.
4. E mesmo que a Concessionária Ré tivesse concorrido para os danos que a parte Autora alega ter sofrido, a improcedência de tal pedido ainda seria impositiva, pois a narrativa inicial reflete, quando muito, a existência de mero dissabor, hipótese insuficiente para a configuração do dano moral, conforme sedimentado pelo Superior Tribunal de Justiça:
“O mero dissabor não pode ser alçado ao patamar do dano moral, mas somente aquela agressão que exacerba a naturalidade dos fatos da vida, causando fundadas aflições ou angústias no espírito de quem ela se dirige.”[footnoteRef:1] [1: ] 
inexecução ou descumprimento de obrigação não é capaz de ensejar dano moral, muito menos, indenizável.
5. A doutrina é uníssona no sentido de que “(...) mero inadimplemento contratual, mora ou prejuízo econômico não configuram, por si sós, dano moral, por que não agridem a dignidade humana.”[footnoteRef:2], razão pela qual verifica-se completamente descabido o pedido de reparação por danos morais nestes autos, por qualquer ângulo que se analise a questão. [2: ] 
6. o contexto probatório não permite concluir que as ligações constrangeram ou geraram situação vexatória a parte autora, uma vez que comprovadamente somente ele recebeu a informação do nome atribuído de forma errônea.
III – DOS PEDIDOS 
Ante ao exposto, requer a Vossa Excelência:
1. Seja acolhida a preliminar de coisa julgada determinando a extinção do processo sem resolução do mérito; 
2. Que seja indeferida a gratuidade de justiça;
3. Que seja indeferida a inversão do ônus da prova;
4. Que seja indeferido pedido de danos morais;
5. Caso sejam ultrapassadas as preliminares arguidas, seja declarada a decadência extinguindo-se o processo com resolução de mérito; 
6. Ultrapassada a prejudicial de mérito, seja julgado improcedente o pedido da autora ; 
7. A condenação da Autora nos ônus de sucumbência. 
IV - DAS PROVAS
 Requer a produção de todas as provas admitidas em direito, na amplitude do Art. 369 e seguintes do CPC, especialmente a prova documental, testemunhal e depoimento pessoal da Autora sob pena de confissão. 
Termos em que pede deferimento,
 Local e Data 
Nome do Advogado (a) 
OAB

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