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PONTOS DE MELHORIA PARA A GESTÃO DA INDÚSTRIA DE COLCHÕES MATTRESSFLEX

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superior de tecnologia em processos gerenciais 
karla ingrid fuchs 
pontos de melhoria para a gestão da INDÚSTRIA DE COLCHÕES MATTRESSFLEX
Timbó 
2020
karla ingrid fuchs 
pontos de melhoria para a gestão da INDÚSTRIA DE COLCHÕES MATTRESSFLEX
Trabalho apresentado como requisito a produção textual referente ao 3º semestre, Portfólio para as disciplinas de: 
Gestão da Produção
Prof. Me. Henrique Gabriel Rovigatti Chiavelli
Microeconomia
Prof. Me. Cleverson Neves
Processos Logísticos 
Prof. Me. Edmarcos Carrara de Souza
Análise de Custos 
Prof. Me. Valdeci da Silva Araujo
Sistemas de Informação Gerencial
Profa. Dra. Iolanda Claudia Sanches Catarino
Tutor a distância: Angela Aparecida Miranda Feriani
Timbó 
2020
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	3
2	DESENVOLVIMENTO	4
2.3	Microeconomia	5
2.4	Processos Logísticos	6
2.5	Análise de Custos	8
2.6	Sistemas de Informação Gerencial	9
3	CONCLUSÃO	12
REFERÊNCIAS	13
	 
INTRODUÇÃO
Nesta Produção Textual Interdisciplinar Individual estudaremos a Indústria de Colchões MattressFlex e a aplicabilidade dos conteúdos contemplados nas disciplinas desse semestre. O objetivo desta produção textual é demonstrar como é possível, sistematizar soluções embasadas nos conhecimentos construídos em cada disciplina.
A Indústria MattressFlex é uma indústria de Colchões fundada no ano de 1985 no estado do Paraná e, ao longo deste trabalho, serão apresentadas algumas soluções para a melhoria do processo produtivo como: o cálculo da capacidade produtiva, a análise de estratégias para uma expansão operacional sem que isso impacte nas receitas da empresa, um estudo sobre a importância dos estoques, quais os tipos de estoque e qual a sistemática de produção que pode ser adotada, a margem de contribuição e o lucro para a tomada de decisões e um estudo sobre a melhorias que um sistema SCM pode proporcionar a indústria.
DESENVOLVIMENTO
A Indústria MatressFlex foi fundada no ano de 1985 pelo seu fundador e atual presidente, Sr, Wilson, no estado do Paraná. Na época, ele resolver arriscar no ramo colchoeiro, pois percebeu o crescimento populacional e também, levou em conta a importância de uma boa noite de sono e o fato de passarmos 1/3 de nossas vidas dormindo.
Inicialmente, a indústria tinha sua produção em um pequeno galpão e as matérias-primas eram adquiridas de terceiros. Com o passar dos anos e com a melhoria da economia, o Sr. Wilson adquiriu uma máquina para a produção de sua própria espuma e, agora, possui um Engenheiro químico responsável pela formulação das espumas 
Atualmente, a empresa possui 450 colaboradores e sua própria frota de caminhões que, realizam a distribuição dos colchões para todas as regiões do Brasil.
Como a empresa cresceu além do esperado nos últimos anos, há alguns pontos que precisam de melhoria, mesmo com todo o investimento feito na empresa, ainda há questões como cálculos da capacidade de produção, das margens de lucros dos produtos, questões quanto o controle de estoque e implantações de tecnologias para melhoria da produção.
Ao longo deste trabalho, indicaremos melhoras que, promovam o desenvolvimento destes pontos e que, auxiliem a empresa para uma expansão sem que haja a perda do controle, com foco na redução de custos e maximização do lucro.
GESTÃO DA PRODUÇÃO 
· Diferença entre Capacidade Instalada e Nominal 
A capacidade produtiva pode ser definida como a quantidade máxima de produtos obtidos através de uma unidade produtiva por um certo período de tempo, em outras palavras, o limite superior de produtividade de uma unidade (seja ela, uma fábrica, uma máquina ou um funcionário).
A diferença entre a Capacidade Instalada e a Capacidade Nominal é que, basicamente, a Capacidade Instalada considera a Capacidade máxima de produção ininterruptamente em 24 horas (sem pausas), já a Capacidade Nominal, considera o quanto uma unidade é realmente capaz de produzir considerando as pausas pertinentes ao processo (setups, manutenções, disponibilidade de mão de obra, etc.)
· Cálculo das Capacidades Instalada e Nominal por dia e mês da MattressFlex
 Quadro 1 – Cálculo Capacidade Instalada 
	CAPACIDADE INSTALADA DIÁRIA 
	CAPACIDADE INSTALADA MENSAL 
	Quantidade Tempo Disponível da Unidade / Tempo de Produção do Produto 
	Quantidade Tempo Disponível da Unidade / Tempo de Produção do Produto
	CID= 480 minutos (8 horas x 60 minutos) / 2 minutos 
	CIM = 11.520 minutos (24 dias x 8 horas x 60 minutos) / 2 minutos 
	Capacidade Instalada Diária = 240 colchões por dia
	Capacidade Instalada por Mês = 5.760 colchões por mês
Fonte: da autora
 Quadro 2 – Cálculo Capacidade Nominal 
	CAPACIDADE NOMINAL DIÁRIA 
	CAPACIDADE NOMINAL MENSAL 
	Quantidade Tempo Disponível da Unidade – Perdas / Tempo de Produção do Produto 
	Quantidade Tempo Disponível da Unidade – Perdas / Tempo de Produção do Produto
	CND= 440 minutos (8 horas x 60 minutos – 40 minutos de preparação da produção) / 2 minutos 
	CNM = 11.520 minutos (24 dias x 8 horas x 60 minutos – 960 minutos mensais de preparação da produção) / 2 minutos 
	Capacidade Nominal Diária = 220 colchões/dia
	Capacidade Nominal por Mês = 5.280 colchões por mês
Fonte: da autora
0. MICROECONOMIA 
· Saídas estratégicas para alavancagem do negócio sem que haja redução de receitas embasadas na teoria da oferta e demanda
	Para que, possamos pensar em medidas estratégicas primeiramente, temos que compreender que a curva da oferta da MattressFlex deve se deslocar para a direita pois, a ideia é aumentar a quantidade ofertada mas sem aumento nos custos de produção. 
	A primeira opção seria utilizar a nova máquina de espuma para a produção dos novos produtos já que, novas tecnologias que, permitem produzir com menos custos, fazem a curva da oferta de deslocar para a direita.
	A segunda opção seria participar de algum programa do governo que possibilitasse redução de impostos se a empresa cumprir com algumas ações (geração de empregos, ações ambientais, etc.). Esse subsídio do governo reduz o custo da produção aumentando assim, a oferta da MattressFlex.
0. PROCESSOS LOGÍSTICOS 
· Quais os motivos que justificam a existência de estoques e que estes se tornem uma vantagem competitiva em relação aos seus concorrentes
· Um estoque bem administrado pode atender melhor clientes que não possuem uma constância ou programação de pedidos;
· Traz segurança em relação ao tempo de reposição do fornecedor;
· Mantém a produção independente da entrega do fornecedor, tornando-a assim, estável e com ritmo;
· Reduz os custos da empresa com fretes;
· Protege de aumentos de preços e permite uma negociação melhor na hora da compra (pode-se negociar com mais fornecedores, talvez recusar preços abusivos e isso, sem afetar a produtividade);
· Serve como segurança para períodos de escassez de alguma matéria-prima. 
· Classificação dos estoques de acordo com sua natureza
· Matérias-primas: Materiais comprados de fornecedores que são armazenados e não sofreram nenhum tipo de processamento;
· Materiais em processo ou semi-acabados: Materiais que passaram por algum processo e serão utilizados em outras etapas da produção;
· Produtos auxiliares e manutenção: Materiais de limpeza e escritório, produtos de manutenção, EPI’s, etc.
· Produtos acabados: Materiais prontos para comercialização;
· Estoque de distribuição: produtos acabados localizados no sistema de distribuição;
· Estoques em trânsito: produtos despachados que ainda não chegaram ao seu destino;
· Estoques em consignação: produtos que continuam sendo de propriedade do fornecedor até que sejam vendidos ou devolvidos;
· Materiais em poder de terceiros: itens que estão em fornecedores para que possam ser processados e posteriormente retornar à origem.
· Descreva e caracterize os sistemas de produção: Puxado, Empurrado e Híbrido
Quadro 3 – Características e Aplicabilidades dos Sistemas Produtivos
	SISTEMAS DE PRODUÇÃO 
	CARACTERÍSTICAS E APLICABILIDADE 
	Sistema Puxado 
	- Originado no Japão na década de 60 pela empresa Toyota;
- Um dos objetivosé eliminar desperdícios e reduzir ao máximo os níveis de estoques;
- A execução da produção só acontece após o pedido do cliente;
- Toda a cadeia produtiva funciona por meio de cartões denominados kanbans que comunicam visualmente ao processo posterior que ele já pode produzir;
	Sistema Empurrado 
	- A execução da produção é antecipada aos pedidos dos clientes;
- Trabalha baseado em previsões de vendas;
- O planejamento da produção se baseia na receita de cada produto gerando assim, ordens de produção e necessidades de compras;
- Um exemplo desse sistema é: restaurante self-service em que, se produz a quantidade necessária para um determinado período ou estimativa; 
- O estoque gerado permite atender melhor e mais rápido os clientes;
	Sistema Híbrido 
	- Integração entre os sistemas Pull e Push;
- Visa melhor eficácia diante das limitações de cada um dos sistemas;
- No nível de programação de produção baseia-se no sistema Pull;
- No nível de produção faz-se a utilização dos kanbans para melhor controle visual;
- O sistema Pull garante que haja materiais suficientes para que a produção funcione;
- Já o sistema Push encarrega-se de puxar a produtividade evitando desperdícios;
- Um exemplo deste modelo produtivo, atualmente, são as linhas de montagem que, em sua maioria, se beneficiam das vantagens que esse sistema proporciona.
Fonte: da autora
ANÁLISE DE CUSTOS 
· Calcule a Margem de Contribuição Total e o Lucro do período em questão de acordo com os dados listados a seguir:
· Receita total: R$ 9.500.000,00
· Custos Fixos totais: R$ 1.920.300,00
· Custos Variáveis totais: R$ 2.050.200,00
· Despesas Variáveis totais: R$ 2.200.300,00
· Despesas Fixas Totais: R$ 1.100.500,00
Quadro 4 – Cálculo da Margem de Contribuição Total
	MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO TOTAL 
	MC = Receita Total – (Custos Variáveis + Despesas Variáveis)
	MC = 9.500.000,00 – (2.050.200,00 + 2.200.300,00)
	MC = 9.500.000,00 – 4.250.500,00
	MC = 5.249.500,00
Fonte: da autora
Quadro 5 – Cálculo do Lucro do Período 
	LUCRO DO PERÍODO 
	(=) Receita Total = R$ 9.500.000,00
	(-) Custos Fixos totais: R$ 1.920.300,00
	(-) Custos Variáveis totais = R$ 2.050.200,00
	(-) Despesas Variáveis totais = R$ 2.200.300,00
	(-) Despesas Fixas totais = R$ 1.100.500,00
	(=) Lucro = R$ 2.228.700,00
Fonte: da autora
SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GERENCIAL 
· Benefícios e melhorias que o SCM proporcionará ao setor operacional, responsável pelo controle de estoque
· Redução de fornecedores, identificando os mais adequados às necessidades da empresa possibilitando assim o gerenciamento de matérias-primas de formas mais eficientes;
· Infraestrutura integrada que permite comunicação com fornecedores e clientes possibilitando as reposições de produtos e matérias-primas de forma automática;
· Desenvolvimento de novos produtos com menos tempo e menos custo graças à integração das informações da cadeia produtiva, de fornecedores e de clientes.
· Definição e descrição dos processos que o sistema SCM contemplará (Fluxograma ou Diagrama de Processos de Negócio)
Figura 01 – Fluxograma da Cadeia de Suprimentos da Empresa MattressFlex
· Definição e descrição de todos os recursos e funcionalidades do SCM que será implantado	
· O fornecedor escolhido para a implantação foi a SAP, pois além de ser líder mundial em fornecimento do sistema SCM, é facilmente adaptado à organizações menos complexas e sofisticadas sendo assim, de fácil adaptação aos novos usuários.
		Quadro 6 – Recursos e Funcionalidades do SCM SAP 
	RECURSOS 
	FUNCIONALIDADES E TECNOLOGIAS 
	Gestão e Previsão da Demanda 
	- Previsões precisas de curto, médio e longo prazo;
- Tecnologias de detecção de demanda, modelagem estatística e algoritmos de machine learning;
	Otimização do estoque 
	- Maximização dos lucros e, também, níveis de estoque suficientes para atender a demandas inesperadas.
	Planejamento de vendas e operações 
	- Um plano interdepartamental de vendas e operações para equilibrar estoque, níveis de serviço e rentabilidade.
	Planejamento de suprimentos e respostas 
	- Planejamento dos suprimentos com base em demandas, alocações e restrições da cadeia de suprimentos em ordem de prioridade.
	Reabastecimento baseado na demanda 
	Planejamento e controle da demanda da cadeia e suas variações.
	Tecnologias inteligentes 
	- SAP Leonardo (Inteligência artificial);
- Internet das Coisas (IoT);
- Cloud Platform (armazenamento inteligente na nuvem);
- Machine Learning;
- Blockchains;
Fonte: da autora 
cONCLUSÃO
Este estudo teve como objetivo e função promover a aplicação da teoria e conceitos explanados ao longo do semestre para a solução de problemas práticos relativos à profissão e, assim, indicar à empresa relatada no estudo de caso, práticas que promovam a melhoria de seus processos. 
Mediante a desenvoltura do trabalho, foi possível definir a capacidade produtiva da empresa, as possibilidades de saídas estratégicas para a expansão operacional, a importância dos estoques e da sistemática de produção adotada pela empresa, a análise de custos, margem de contribuição e lucro dos produtos e os benefícios que um sistema Supply Chain agregaria à MattressFlex 
Esta análise proporcionou uma visão ampla de todas as ferramentas que podem ser utilizadas para que, haja melhorias contínuas mesmo em uma empresa que já está consolidada no mercado.
REFERÊNCIAS
ARMELIN, Danylo Augusto; SILVA, Simone Cecília Pelegrini da; COLUCCI, Claudio. Sistemas de informação Gerencial. Londrina: Editora e Distribuidora Educacional S.A, 2016. 240 p.
BASSO, Renato Gioielli. EQUILIBRANDO SERVIÇO E INVENTÁRIO - UM SISTEMA HÍBRIDO PUSH/PULL DE PLANEJAMENTO DE PRODUÇÃO NO MERCADO DE BENS DE CONSUMO NO BRASIL. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO, Não use números Romanos ou letras, use somente números Arábicos., 2013, Salvador. Anais [...] . Salvador: Encontro Nacional de Engenharia de Producao, 2013. p. 1-20.
CANDIDO, Roberto. Modelagem de Processo "Supply Chain" Informado usando Tecnologia RFID: Estudo de Caso para Cadeia do Agronegócio. 2013. 148 f. Tese (Doutorado) - Curso de Engenharia Naval, Departamento de Engenharia Naval e Oceânica., Escola Politécnica da Universidade de São Paulo., São Paulo, 2013.
FERNANDES, Raul. TEORIA DA OFERTA E DEMANDA. 2018. Disponível em: https://administradores.com.br/artigos/teoria-da-oferta-e-demanda. Acesso em: 08 maio 2020.
FERREIRA, L. et. al. Processos logísticos. Londrina: Editora e Distribuidora S. A., 2016.
FERREIRA, L. Gestão da produção. Londrina: Editora e Distribuidora S.A., 2016.
HOINASKI, Fábio. SUPPLY CHAIN: O QUE É E QUAIS ÁREAS ABRANGE. 2019. Disponível em: https://www.ibid.com.br/blog/supply-chain-o-que-e-e-quais-areas-abrange/. Acesso em: 07 maio 2020.
OLIVEIRA, Jospe Ricardo Abreu de. Utilização do Fluxograma de Processo para Diagnóstico e Integração da Cadeia Logística "Supply Chain Management". 2002. 95 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia da Produção, Universidade Federal de Pernambuco, Recife, 2002.
PAIM, W. M. Análise de custos. Londrina: Editora e Distribuidora S.A., 2016.
RETAMIRO, W. Microeconomia. Londrina: Editora e Distribuidora S.A., 2016.
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