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BIOLOGIA - A Faísca da Vida na Terra Simulada por Stanley e Urey

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Eles colocaram água para simular o oceano primitivo em um aparato criado para a experiência. Essa água foi fervida visando sua evaporação, lentamente. Junto com esse vapor, para os gases da atmosfera, optaram pelo Metano, Amônia e Hidrogênio, gases simples e prováveis no ambiente da época. Com um condensador para resfriar a atmosfera e assim, formando gotas que “chovem” no oceano simulado (em um frasco mais baixo que os demais). Como fontes de energia prováveis, a luz do Sol, calor geotérmico e tempestades, acrescentaram faíscas (em outro frasco mais acima da estrutura criada) nesse ambiente, como forma de aproximação das condições climáticas primitivas. Em uma semana de experimento, o oceano simulado apresentou coloração escura e a produção de moléculas complexas, como os aminoácidos. 
Tal análise, apesar de não ter as condições perfeitas ou exatas por falta de dados comprobatórios, demonstrou que biomoléculas podem se formar em ambientes semelhantes com a Terra, fazendo com que suas especulações mudassem para hipóteses que pudessem ser testadas cientificamente.
Possíveis falhas devem ser consideradas, dado a época do experimento e o aparato limitado tanto de materiais, equipamentos de análise e bibliografia, por exemplo, podem alterar o resultado do trabalho. Independente de ter sido realizado há quase um século atrás, medidas como esterilização, utilização de equipamentos de segurança pessoal, controle de pressão de gases e vácuo, uso adequado do simulador de energia para geração das faíscas, devem ser objetos de atenção na experiência.
Embora os aminoácidos sejam importantes para a biologia contemporânea, o experimento Miller-Urey fornece apenas um mecanismo possível para sua síntese abiótica, e não explica a origem da vida, pois os processos que dão origem aos organismos vivos eram provavelmente mais complexos do que a formação de moléculas orgânicas simples.

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