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TEORIA DA LITERATURA I | EXERCÍCIO AULA 9 1- "O protagonista do _____________, diferentemente do herói da poesia épica, não é mais um varão de ilustre prosápia que tem uma nobre missão a cumprir, mas um homem comum que enfrenta a dura realidade cotidiana: um médico, uma prostituta, um operário, uma jovem apaixonada. A temática é variada e multiforme como a vida." (D'ONOFRIO. S. Teoria do texto - prolegômenos e teoria da narrativa. São Paulo: Ática, 1999, p.117). Esta descrição refere-se ao: (x) protagonista do romance ( ) protagonista do conto popular ( ) protagonista dos autos medievais ( ) protagonista do mito ( ) protagonista do romance de cavalaria 2- Para Lukács, será ainda no século XVII que surgirá a obra tomada por ele como o primeiro romance. Trata-se de Dom Quixote de La Mancha (1605), escrita pelo espanhol Miguel de Cervantes (1547-1616) que poderia ser considerado como o primeiro romance por representar um herói problemático, só e deslocado no mundo. Essas características, somadas ao individualismo e à insatisfação, designarão um anti-herói. O anti-herói é tipicamente o herói do romance moderno por ser: ( ) pobre em traços psicológicos ( ) à frente de seu tempo ( ) semelhante ao herói épico ( ) idealizado como superior às demais personagens (x) problemático 3- Lukács, ao comparar Epopeia e Romance, estabelece conclusões acerca da natureza do romance. Para ele, a diferença fundamental entre a epopeia e o romance situa-se nas representações de modos de pensar historicamente diversos. Assinale a alternativa INCORRETA: ( ) Em relação à epopeia, propõe uma ligação entre a visão de mundo da sociedade grega antiga e as suas configurações poéticas. Segundo o filósofo, um elo forte ligaria o sujeito e a sociedade, levando a uma relação de equilíbrio e harmonia. (x) As noções de honra, fé e espírito de coletividade não norteiam a conduta do herói épico; portanto, suas atitudes são movidas pelo desejo individual de poder e riqueza. ( ) A epopeia seria a expressão de uma sociedade em que a experiência coletiva e a fé seriam referências fortes, levando à crença no destino e ao atrelamento da identidade ao grupo. ( ) A temática épica que homenageia os feitos heroicos de um povo está ligada à experiência coletiva. ( ) O herói épico é um homem excepcional, com qualidades acima da média e um caráter elevado. Aceita o seu destino e tem a sua identidade a partir de sua referência grupal. 4- Segundo o filósofo George Lukács, "o romance é a epopeia de um mundo que saiu dos trilhos." Com essa proposição, Lukács: ( ) Entende que o mundo ainda pode ser representado pelas cantigas de gesta. (x) Postula a substituição da epopeia pelo romance, como forma narrativa predominante. ( ) Antevê o romance sendo substituído pelas novelas de cavalaria no século XXI. ( ) Percebe a importância da inserção da epopeia no século XIX. ( ) Conclui que o romance não seria um desdobramento da epopeia. 5- Sobre as novelas de cavalaria ou romances de cavalaria, é INCORRETO afirmar: ( ) Construíram-se como uma mescla do histórico e do ficcional e se assumiram, posteriormente, como ficção independente dos acontecimentos históricos. ( ) Surgiram na Idade Média, alcançaram o século XVI, através, principalmente, da transmissão oral. ( ) A difusão das novelas de cavalaria se deu tanto pela população letrada, quanto pela ágrafa. ( ) O romance "Amadis de Gaula" é um exemplo de narrativa que se estrutura independentemente dos fatos históricos. (x) Dialogam sempre com os fatos históricos e mantêm essa natureza até o século XVI. 6- Sobre as Novelas de Cavalaria, marque a alternativa INCORRETA: ( ) São consideradas narrativas de cavalaria: "A canção de Rolando" e "As cantigas de Santo Graal". ( ) O termo cavalaria refere-se aos jovens cavaleiros medievais, que tinham na cavalaria uma convenção moral, ética e social a seguir, em torno das noções de honra e lealdade. (x) Articulam-se ao romance originado no século XVIII, que trabalhava em torno da representação de valores individuais e do mundo burguês. ( ) Os romances de cavalaria eram, inicialmente, escritos na forma de versos, embora tenham assumido a forma de prosa, posteriormente. ( ) Mantinham um tom épico ao narrarem grandes aventuras de heróis corajosos e defensores da fé cristã. 7- "Só na outra margem não podia entanto / O inquieto Cacambo achar sossego. / No perturbado interrompido sono / (Talvez fosse ilusão) se lhe apresenta / A triste imagem de Sepé despido, / Pintado o rosto do temor da morte, / Banhado em negro sangue, que corria / Do peito aberto, e nos pisados braços / Inda os sinais da mísera caída. / Sem adorno a cabeça, e aos pés calcada / A rota aljava e as descompostas penas. / Quanto diverso do Sepé valente, / Que no meio dos nossos espalhava, / De pó, de sangue e de suor coberto, / O espanto, a morte!" O fragmento acima, retirado do canto terceiro de O Uraguai, de Basílio da Gama, publicado em 1769, contendo a aparição em sonho do fantasma do guerreiro indígena Sepé Tiaraju ao índio Cacambo pode ser considerada, dentre as características do gênero épico, um exemplo de: ( ) da hamartia ou falha do herói. (x) do maravilhoso. ( ) de grandiloquência. ( ) da autonomia das partes. ( ) do desenrolar progressivo da ação. 8- Dom Quixote de la Mancha (1605), do escritor espanhol Miguel de Cervantes, surgiu em um período de grande inovação na ficção narrativa espanhola. O romance constitui uma paródia dos romances de cavalaria medievais, que contavam histórias em torno das aventuras de nobres e leais cavaleiros obstinados em lutar em nome da fé, da nação e dos mais frágeis, como as donzelas. Em comum, o romance de Cervantes e as novelas de cavalaria têm em comum o fato de: ( ) pertencerem ao gênero trágico ( ) apresentarem traços de humor ( ) pertencerem ao gênero dramático (x) pertencerem ao gênero narrativo ( ) pertencerem ao gênero lírico 9- O romance é um gênero narrativo, surgido no século XVIII. Trata-se de uma narrativa longa, em prosa e dividida em capítulos. A respeito desse gênero moderno, é correto afirmar: ( ) Os romances de cavalaria estão articulados ao romance originado no século XVIII, no que tange à representação de valores individuais e do mundo burguês. ( ) Para Lukács, Dom Quixote poderia ser considerado como o primeiro romance por representar um herói épico, que luta, corajosamente, em nome de seu povo. (x) Um dos traços indicativos da individuação no romance moderno seria o nome das personagens. ( ) O romance moderno surge como um gênero atrelado à nobreza, falando sobre e para a classe, recentemente, hegemônica. ( ) O romance é derivado da narrativa épica. 10- Não é um ramo da poesia épica, mas torna-se, no século XIX, uma forma literária dominante, a ponto de o filósofo Georg Lukács afirmar "o ____________ é a epopeia de um mundo que saiu dos trilhos". Com tal proposição, Lukács postula a substituição da epopeia pelo ____________, como forma narrativa predominante. Trata-se do: ( ) ensaio ( ) conto (x) romance ( ) drama burguês ( ) auto medieval 11- A história da leitura pode ser compreendida por meio de obras de pintores que representaram o ato de ler. Na pintura do século XIX, por exemplo, são abundantes as representações de cenas de leitura, como esta do francês Auguste Renoir, criada entre 1885-1890, e que pertence ao Museu de Belas-Artes de Houston. Assim como tantas outras, esta cena revela o modo específico de leitura do gênero literário de maior prestígio no século XIX: o romance, caracterizada predominantemente como uma leitura: ( ) coletiva ( ) declamada em saraus ( ) pública ( ) realizada em ambiente escolar (x) solitária 12- A respeito do surgimento do romance moderno, assinale a alternativa INCORRETA: ( ) Essa nova narrativa passou a elaborar de um modo muito cuidadoso elementos para a individuação das personagens. ( ) A apresentação do ambientepassa a ser detalhada, conferindo ao texto mais realismo. (x) A caracterização do ambiente reforça as convenções da poética clássica. ( ) Os primeiros escritores de romance foram: Daniel Defoe, Richardson e Fielding. ( ) As personagens recebem nomes contemporâneos; o autor procurava criar um relato de experiências autênticas e particularizadas. 13- O romance moderno é, na verdade, um recém-chegado ao mundo das letras, um plebeu que deu certo e que, em meio aos gêneros secularmente estabelecidos e pouco a pouco por ele suplantados, aparece um pouco como um novo- rico ou mesmo um aventureiro. (M. Zéraffa) Acerca do romance, assinale a alternativa que não corresponde a esse gênero. ( ) O enredo, os personagens, o espaço, o tempo, o ponto de vista da narrativa constituem os elementos estruturadores do romance. ( ) Deve-se buscar a origem do romance nas vizinhanças da epopeia e das outras formas de narrativas primitivas. ( ) Independente de seu assunto e de sua ¿verdade¿, o romance ¿ diferente de outras formas narrativas (epopeia, conto) ou da poesia ¿ deseja reproduzir o mundo real e acontecimentos plausíveis. (x) O romance, esta forma literária hoje dominante, guarda semelhanças estruturais com a poesia e com o drama. ( ) Recorre a situações cotidianas, tem o cuidado com a verossimilhança, dá prioridade ao indivíduo em detrimento do coletivo. 14- O romance surge como um gênero literários atrelado à burguesia e seu início coincide também com a popularização do jornal impresso, veículo no qual alguns romances passaram a ser publicados de forma parcial, sequenciada e periódica. Esses romances ficaram conhecidos especialmente como: (x) romances de folhetim ( ) romances policiais ( ) romances históricos ( ) romances picarescos ( ) romances de aventura 15- No romance não há a presença potente da narrativa oral. Logo, sobre o leitor do romance podemos dizer que: (x) O leitor de romances é um solitário, a experiência da leitura romanesca não permite a partilha no momento de sua performance. ( ) O leitor de romances não é um solitário, a experiência da leitura romanesca permite a partilha no momento de sua performance. ( ) O leitor de romances é um solitário, a experiência da leitura romanesca permite a partilha no momento de sua performance. ( ) O leitor de romances não é um solitário, a experiência da leitura romanesca não permite a partilha no momento de sua performance. ( ) O leitor de romances é um solitário, a experiência da leitura romanesca às vezes permite a partilha no momento de sua performance.
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