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A ADMINISTRAÇÃO NA EDUCAÇÃO COMO PROCESSO DE EQUIDADE NAS COMUNIDADES QUILOMBOLAS & INDÍGENAS*1 Erbeth Luis Carvalho de Amorim**2 Raqueline Vieira Lima** INSTITUTO DE ENSINO SUPERIOR FRANCISCANO/IESF RESUMO Nesta exposição abordamos a Administração na Educação como Processo de Equidade nas Comunidades Quilombolas & Indígenas, mais especificamente na Comunidade quilombola de Juçatuba; Aldeia Escalvado e Porquinhos. Com objetivo de criar referencias positivas que contribuam para a construção e fortalecimento da educação desses povos. Ampliando de forma específica a visibilidade da questão racial; incentivar a prática de ensino aprendizagem, oferecer oficinas educativas e culturais, bem como palestras; fortalecer a valorização da educação e cultura desses povos tradicionais. Salientando a importância e necessidade de professores, administradores e ou gestores graduados e especialistas para alavancar as projeções de sucesso deste modelo de educação, haja vista a observância de não conformidade das exigências básicas no cumprimento da lei 11.645/2008, por meio de pesquisa bibliografia e exploratória, nas escolas e comunidades fruto de estudo deste artigo, com contextualização inspirada em alguns pensadores tais como: Kaingang, Luciano, Miranda e outros, com vistas a oferecer reflexões acerca dos conceitos que sustentam o referente trabalho. Palavras-Chave: Administração na Educação; Comunidade Indígena, Comunidade Quilombola, Juçatuba; Kanelas. 1 INTRODUÇÃO A Administração na Educação Como Processo de Equidade nas Comunidades Quilombolas & Indígenas tem por objetivo: Criar referências positivas que contribuam para a construção e fortalecimento das mesmas, na cidade de São José de Ribamar e Fernando Falcão, Estado do Maranhão, os quais se percebam enquanto sujeitos de direitos e capazes de governar e reverter sua condição de vida, ampliar a visibilidade da questão racial; fortalecer a valorização da educação e cultura negra e indígena como instrumento de libertação e posicionamento crítico diante da realidade em que vivem as comunidades tradicionais do Estado. Com foco na ampliação e visibilidade da questão racial, levando aos poderes constituídos a 1 * Artigo apresentado para conclusão do curso de administração pelo Instituto de Ensino Superior Franciscano - IESF 2 ** Graduandos do curso de administração pelo Instituto de Ensino Superior Franciscano – IESF. E- mail: betodidara@hotmail.com / Raqueline-lima18@hotmail.com mailto:betodidara@hotmail.com mailto:Raqueline-lima18@hotmail.com 2 potencializar a legislação e cumprir as leis já existentes (10.639/03 e 11.645/08)3. O método utilizado na construção desse trabalho para analisar a administração no processo educacional e aplicabilidade do estudo afro brasileiro, africano e indígena foi a pesquisa bibliográfica e exploratória. O objeto de estudo deste artigo teve como ponto principal a comunidade quilombola de Juçatuba; a Aldeia Escalvado e Porquinhos de etnia Kanelas que fica localizada no município de Fernando Falcão, ambas no Estado do Maranhão. Baseado na análise do sistema educacional quilombola e indígena chegamos às duas principais hipóteses, que são: se o modelo educacional executado nas escolas Rosa Raimunda Paixão e Germano Garcês é adequado ou não ao modelo de ensino voltado para as comunidades quilombolas? E se as escolas CEI General Bandeira de Melo e EI Moises Kanela é adequado ou não ao modelo de ensino voltado para as comunidades indígenas? Fazer uso da Resolução CNE/CP nº 01/2004, nas escolas, para que as mesmas incluam no contexto de seus estudos e atividades cotidianas, tanto a contribuição histórico cultural dos povos indígenas como de raiz africana, potencializar os sistemas municipais e estaduais de educação, para criar, desenvolver e envolver o apoio à coordenação local com vistas a melhoria de infraestrutura, de modo que dê suporte metodológico para a formação continuada de professores e gestores que atuam nas comunidades remanescentes de quilombos e indígenas. Temos na educação a engrenagem para alavancar, e empoderar as pessoas. A partir deste conceito a evolução da educação e o papel do administrador dentro dessas instituições seja como gestor; supervisor ou coordenador pedagógico, se caracteriza por ser responsável pela gestão desta engrenagem, o administrador na educação precisa cada vez mais desafiar-se na expectativa de tornar-se estrategicamente primordial aos objetivos da educação. Entende-se que o administrador neste processo educacional, agrega valores imensuráveis, dentro da gestão escolar, no desenvolvimento de seus conhecimentos, habilidades e atitudes. Conhecimentos adquiridos na academia 3 A Lei 10.639/2003, que versa sobre o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana, ressalta a importância da cultura negra na formação da sociedade brasileira. A Lei 11.645/2008 altera a Lei 9.394/1996, modificada pela Lei 10.639/2003, a qual estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e cultura afro-brasileira e indígena. 3 onde em determinadas vezes alia-se o empírico ao cientifico, com procedimentos atitudinais e ao desenvolver suas habilidades técnicas. Segundo HERSEY & BLANCHARD (1986, p. 06) “Habilidade técnica é a capacidade de aplicar conhecimentos, técnicas, métodos e equipamentos necessários à execução de tarefas específicas; é adquirida através da experiência, da educação e do treinamento. Habilidade humana é a capacidade e o discernimento para trabalhar com e por meio de pessoas, incluindo o conhecimento do processo de motivação e a aplicação eficaz da liderança. Habilidade conceitual é a capacidade de compreender a complexidade da organização como um todo e onde cada área especifica se enquadra nesse complexo; permite agir de acordo com os objetivos globais da organização, e não em função de metas e necessidades imediatas do próprio grupo”. Neste artigo apresentar-se-ão referenciais teóricos que permitirão analisar os dados que expressam os aspectos da administração na educação como processo de equidade nas comunidades quilombolas e indígenas. Para tanto, os tópicos foram organizados da seguinte forma: 2. As comunidades Tradicionais, apresenta as comunidades tradicionais supracitadas neste artigo; 2.1 A comunidade quilombola de Juçatuba; 2.2 A comunidade Indígena de Escalvado e Porquinhos; 3. A gestão educacional quilombola e indígena, que apresenta a importância das escolas desenvolverem os estudos afro brasileiro, africano e indígena. 4. O papel da escola na educação quilombola e indígena, apresenta o papel da escola na transmissão da história dos quilombos e aldeias contemporâneos; 5. A administração na gestão escolar, a falta de administradores nas escolas quilombolas e indígenas, nos passa que a missão de gerir uma escola vai além do currículo especifico e passa sim por uma questão de indicação. Assim sendo, a partir da elaboração deste artigo serão levantadas indagações e respostas de um modelo sistemático de educação de povos tradicionais, focado nas comunidades quilombolas e indígenas. 2. AS COMUNIDADES TRADICIONAIS As comunidades quilombolas bem como as indígenas são grupos étnicos constituídos predominantemente pelas populações negras e indígenas qual sejam rurais ou urbanas, que surge de uma estreita relação advinda com a terra no sentido de território, interligada com seus ancestrais, regados de tradições quer sejam culturais, empíricas e orais traduzidas pelos seus anciãos e pajés. 4 Art. 2º – Consideram-se remanescentes das comunidades dos quilombos, para os fins deste Decreto, os grupos étnico-raciais, segundo critérios de autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotadosde relações territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida. (Brasil, 2003ª) Nesta nação multifaces e multicolorida, existem hoje, segundo dados da Fundação Cultural Palmares do Ministério da Cultura, 3.754 Comunidades identificadas, e de acordo com a SEIR4, só no estado do Maranhão 682 comunidades quilombolas reconhecidas, destas 500 comunidades já foram certificadas pela Fundação Cultural Palmares, porém grande parte ainda não recebeu a certificação pelo INCRA. 2.1. A Comunidade Quilombola de Juçatuba A comunidade quilombola de Juçatuba, localiza-se entre a Baía de São José e São Luis, fica na região metropolitana, e perdeu muito de sua ancestralidade por conta disso. Fica a aproximadamente 31 km de São Luis e 29 km da sede de seu município, São José de Ribamar - MA. É Certificada como Comunidade Quilombola pela FCP5, desde o ano de 2007. Esta comunidade possui processo de regularização fundiária de seu território no INCRA6 desde o ano de 2007, tramitando sob o n°. 54.230.000437/2007-43. Contam os mais velhos que a comunidade possui pouco mais de 300 anos. De acordo com relatos dos mesmos, é sabido que a mesma foi descoberta por escravos portugueses de sobrenome Garcês, que fugiram embarcados e vieram parar no litoral e que adentraram as densas matas de juçarais, por aproximadamente 7 km, onde resolveram estabelecer moradias. Seu nome deriva justamente da palmeira de juçara, por isso o nome Juçatuba. Os escravos refugiados para sobreviverem cultivaram a agricultura e pesca artesanal. Passados alguns anos uma missão jesuíta trouxe consigo um padre inglês de sobrenome Monroe, que veio a enamorar-se por uma negra de nome Francisca. O padre abdicou do celibato e casou-se com a negra, dando origem aos primeiros moradores sem o sobrenome Garcês. Juçatuba possui em seus pilares as famílias Garces, Monroe e Cascaes, onde através de visitas e alguns questionamentos pode-se observar que a atual 4 (Secretaria Extraordinária de Igualdade Racial do Estado do Maranhão) 5 Fundação Cultural Palmares 6 O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária, Incra, é uma autarquia federal cuja missão prioritária é executar a reforma agrária e realizar o ordenamento fundiário nacional. 5 conjuntura da comunidade escolar e comunidade em geral não se sentem contempladas com as políticas públicas voltadas para os povos tradicionais. Em Juçatuba a escola Rosa Raimunda Paixão, sob a direção da senhora Sônia Garcês, atende alunos do 4º ao 9º ano, e a Escola Municipal Germano Garcês, sob a direção da senhora Ivanilde Cascaes, atende a alunos do maternal I e II e do 1º ao 3º ano. Não possuem biblioteca, laboratório de informática e quadra esportiva. Ambas receberam nos últimos anos única e tão somente uma professora em seu corpo docente que era responsável pela disseminação da história e cultura quilombola e indígena. Em entrevista com uma das professoras, percebeu-se que existe atualmente uma demanda muito discreta de mão de obra qualificada no ramo de atuação de história e cultura afro brasileira, africana e indígena. Segundo Miranda (2012, p. 374) A implantação da modalidade de educação quilombola insere-se no conjunto mais amplo de desestabilização de estigmas que definiram, ao longo de nossa história, a inserção subalterna da população negra na sociedade e, consequentemente, no sistema escolar. Encontramos em Juçatuba a Associação Afro Didara7 que está prestando serviços de cunho social, esportivo, cultural e educacional, por meio de um projeto contemplado no Criança Esperança para atender a comunidade quilombola. O projeto de nome UBUNTU8, atende a 140 crianças, adolescentes e jovens da comunidade escolar e geral. De acordo com seu coordenador o Sr. Erbeth Didara, este projeto serve de certa forma para ampliar a visibilidade acerca da autoafirmação quilombola, bem como para trabalhar de forma integrada com os agentes socializadores família, escola, igreja e comunidade sobre a temática afro brasileira, africana e indígena. Por meio das Leis 10.639/2003 e 11.645/2008. 2.2 Comunidade Indígena Escalvado e Porquinhos A comunidade indígena Apanyekrá, índios Kanelas pertencente a etnia Macro-jê9 é considerada a mais populosa, e sua extensão territorial indígena é a 7 Entidade do movimento negro de São José de Ribamar – MA, a palavra Didara em dialeto Yorubá, significa Aquilo Que é Bom. 8 Palavra em dialeto Xhosa, significa “Eu sou porque nós somos” 9 É um tronco linguístico cuja constituição ainda permanece consideravelmente hipotética. compreende as comunidades Kanela, Krikati e Gavião, dentre elas a comunidade Kanela é a mais populosa e possui maior área indígena no Maranhão, nos municípios de Barra do Corda (Ramkokamekrá), Fernando Falcão e Grajaú (Apanyekrá). São descendentes dos timbiras orientais. https://pt.wikipedia.org/wiki/Tronco_lingu%C3%ADstico 6 maior do Estado do Maranhão. Os Kanelas estão mais precisamente nos municípios de Barra do Corda onde são tidos como Ramkokamekrá10; Grajaú e Fernando Falcão conhecidos como Apanyekrá11. De acordo com Marinaldo (um dos líderes indígena), esses índios falam sua língua originaria que é a timbira jê e conseguem ainda entender outras línguas da etnia macro-jê, alguns indígenas conseguem ainda falar e entender muitas coisas em português. Seus ancestrais foram os Kapiekran. As primeiras menções de histórias dos Apanyekrá, são do século XIX. A terra indígena Kanela é registrada e homologada, os índios Apanyekrá vivem especificamente em área de cerrado com pequenos igarapés, sua subsistência provém da agricultura, pesca e caça. Possuem 2 (duas) escolas que trabalham com a educação indígena, são elas: a Escola Indígena Moises Kanela e Centro Educacional Indígena General Bandeira de Melo. As duas são da rede estadual de ensino, conjuntamente trabalham o Ensino e a Educação Indígena, que é mantida pela FUNAI12, mas que hoje tem o MEC como responsável por esta educação. A escola Moises Kanela, localizada na Aldeia Porquinhos, possui 04 salas de aula; 10 funcionários; 01 docente com formação continuada em Educação Indígena; não possui sala de recursos multifuncionais; não possui banheiro para PNE; não possui docentes com formação continuada em relações étnicoraciais; não oferece atividades complementares; não abre aos finais de semana para a comunidade; não possui sala de professores; não possui sala de secretaria; não possui sala de diretora; não possui refeitório. Por sua vez a escola CEI General Bandeira de Melo, localizada na Aldeia Escalvado, possui 07 salas de aula; 18 docentes; 20 funcionários; possui sala de secretaria; possui um pátio coberto; não possui docente com formação continuada em Educação Indígena; não possui sala de recursos multifuncionais; não possui banheiro para PNE; não possui docentes com formação continuada em relações étnicoraciais; não oferece atividades complementares; não abre aos finais de semana para a comunidade; não possui sala de professores; nem sala de secretaria; nem sala de diretora; nem refeitório, nem biblioteca, nem cozinha, nem laboratório de informática, nem quadra esportiva. 10 Significa "índios do arvoredo de almécega". 11 Significa "o povo indígena da piranha". 12 Fundação Nacional do Índio 7 De acordo com a Constituição Federal de 1988, a mesma afirma que todas as comunidades indígenas, devem ter seus direitos assegurados por leis, do mesmo modo o parecer 14/99, resolução nº 03 de novembro de 1999 e Estatuto do Índio. No entanto, o que nos mostrou o líder Marinaldo é o descaso com a educação desta comunidade tradicional, que mesmo diante de tamanhas dificuldades, ainda consegue falar sua língua nativae em alguns casos o português. Os índios não faziam noção de que, e para que serviria a escola, já que a mesma ao adentrar as terras indígenas, tomava posse da desta, tornando a escola detentora do lugar em vez de os indígenas se sentirem donos daquela casa de saber. Como explica KAINGANG apud FREIRE, (2004, p. 28) A escola entrou na comunidade indígena como um corpo estranho, que ninguém conhecia. Quem a estava colocando sabia o que queria, mas os índios não sabiam, hoje os índios ainda não sabem para que serve a escola. E esse é o problema. A escola entra na comunidade e se apossa dela, tornando-se dona da comunidade, e não a comunidade dona da escola. Agora, nós índios, estamos começando a discutir a questão. É extremamente necessário a valorização da cultura indígena, suas crenças, tradições, fazeres e saberes. É dever do estado proporcionar e ofertar escolas com adaptações ao dia-a-dia dos índios. Neste processo os índios serão empoderados de conhecimentos inerentes às suas práticas cotidianas, tornando-se mais participativo, para tanto a escola deve exercer de modo integral seu papel como agente socializador, primando pela cultura da comunidade Kanelas. 3. A GESTÃO EDUCACIONAL QUILOMBOLA E INDÍGENA Segundo a Resolução CNE/CP nº 01/2004, caberá às escolas incluírem no contexto de seus estudos e atividades cotidianas, tanto a contribuição histórico cultural dos povos indígenas e dos descendentes de asiáticos quanto às contribuições de raiz africana e europeia. É preciso ter clareza de que o Artigo 26, acrescido à Lei nº 9.394/96, impõe bem mais que a inclusão de novos conteúdos, mas exige que se repense um conjunto de questões: as relações étnicoraciais, sociais e pedagógicas; os procedimentos de ensino; as condições oferecidas para aprendizagem e os objetivos da educação proporcionada pelas escolas. Art. 2º – Consideram-se remanescentes das comunidades dos quilombos, para os fins deste Decreto, os grupos étnico-raciais, segundo critérios de autoatribuição, com trajetória histórica própria, dotados de relações 8 territoriais específicas, com presunção de ancestralidade negra relacionada com a resistência à opressão histórica sofrida. (Brasil, 2003a) A Gestão Educacional Quilombola e Indígena objetiva potencializar os sistemas municipais e estaduais de educação, para criar, desenvolver e envolver o apoio à coordenação local com vistas a melhoria de infraestrutura, de modo que dê suporte metodológico para a formação continuada de professores e gestores que atuam nas comunidades remanescentes de quilombos e indígenas. Trabalhar a gestão dentro das escolas é uma rota a ser trilhada a passos firmes e irmanados entre os entes federativos. Contar a história do negro e do índio de uma forma como nunca se viu antes, com uma releitura afirmativa de seu papel na sociedade, com resgate da autoestima e a constatação verdadeira de que temos sangue negro e indígena nas veias, esta é uma tarefa que compete aos professores, diretores e gestores. É de extrema necessidade o estado e ou município investir na formação destes profissionais em Educação Quilombola e Indígena. Deste modo estará não somente valorizando-os mas também fortalecendo-os quanto a afirmação e autoafirmação dos valores no âmbito escolar e comunitário, uma vez que a comunidade geral é parte integrante deste processo de melhoria e ampliação da comunidade escolar, proporcionando instrumentos de aferição empíricos e científicos, dentro de uma prática contextual e oral sobre a educação de base oferecida nas comunidades remanescentes de quilombos e indígenas. Para isso deve-se desenvolver ações como: Formação, Treinamento e Desenvolvimento continuo de Professores; Produção de material didático específico; Construção e ampliação de escolas quilombolas e indígenas, de modo a facilitar o melhoramento da infraestrutura básica às comunidades supracitadas, com ênfase na realização de uma melhor educação, com oferta de qualidade no processo ensino aprendizagem. Um dos eixos orientadores das Diretrizes Curriculares Nacionais é a compreensão da Educação Escolar Quilombola como modalidade de ensino da Educação Básica de acordo com as deliberações da CONAE13, 2010 e em atendimento ao Parecer CNE/CEB 07/2010 e à Resolução CNE/CEB 04/201014, que instituem as Diretrizes Curriculares Gerais para Educação Básica. A Educação Escolar Quilombola é desenvolvida em unidades educacionais inscritas em suas terras e cultura, requerendo pedagogia própria em respeito à especificidade étnico-cultural de cada comunidade e formação 13 Conferência Nacional de Educação 14 Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação 9 específica de seu quadro docente, observados os princípios constitucionais, a base nacional comum e os princípios que orientam a Educação Básica brasileira. Na estruturação e no funcionamento das escolas quilombolas deve ser reconhecida e valorizada sua diversidade cultural. (CONAE, 2010, p. 42). Perguntado quanto a gestão das escolas indígenas, o líder indígena Marinaldo Kanelas nos relata que: “em todo setor existem pessoas para administrar as coisas direito, então seria muito bom ter um administrador, trabalhando na gestão das escolas indígenas, pois ele entende que assim, as mesmas teriam como trabalhar com conteúdo de necessidade do povo indígena”. Instigado quanto a questão da alfabetização dos jovens, ele nos diz que: “Grande parte dos jovens da aldeia não sabem ler e escrever em português, tampouco em sua língua nativa, outra parcela só estudaram até o 4º ano”. Fazendo-se acreditar que os entes federativos precisam rever seus conceitos no que tange a garantia de direitos educacionais às comunidades indígenas. 4. O PAPEL DA ESCOLA NA EDUCAÇÃO QUILOMBOLA E INDÍGENA As escolas brasileiras vivem uma verdadeira inquietação, que parte de uma antiga demanda dos Movimentos Negros e Indígenas no Brasil, de alunos, professores e até mesmo universidades e faculdades acerca dos conhecimentos oriundos da cultura afro brasileira, africana e indígena. Por outro lado existem setores de nossa sociedade, que desejam que a escola formal implemente esse conhecimento. São questões assim que fazem da educação uma bandeira de justiça social e melhoria da qualidade de vida da população quilombola e indígena. A educação das Relações Étnico Raciais tem por objetivo a divulgação e produção de conhecimentos, bem como de atitudes, posturas e valores que eduquem cidadãos quanto à pluralidade étnico racial, tornando-os capazes de interagir e de negociar objetivos comuns que garantam, a todos, respeito aos direitos legais e valorização de identidade, na busca da consolidação da democracia brasileira (BRASIL, 2004). Neste contexto a escola ver-se obrigada no papel de transmitir a história dos quilombos e aldeias contemporâneos, não esquecendo toda a nossa história oral levando ao embate frontal com causos escritos por nossos algozes (vale ressaltar que nossa história está nos livros, contadas de acordo com o que lhes era conveniente, aos escritores brancos), com vistas a difusão de saberes e fazeres 10 destes povos tradicionais, entre crianças e adolescentes, como meio de formação e informação de uma identidade poli étnica e cultural. Sustenta Portelli (1997, p. 31) A primeira coisa que torna a história oral diferente, portanto, é aquela que nos conta menos sobre eventos que sobre significados. Isso não implica que a história oral não tenha validade factual. Entrevistas sempre revelam eventos desconhecidos ou aspectos desconhecidos de eventos conhecidos: elas sempre lançam nova luz sobre áreas inexploradas da vida diária das classes não hegemônicas. Como afirma o coordenador da Associação Afro Didara, Erbeth Didara “Nos anais da história do Brasil, tivemos usurpado de nós o direito ao estudo, porquanto, se não estudamos,não sabíamos ler e ou escrever, deste modo, nossa verdadeira história não se encontrava nos livros e sim nos causos contados por nossos antepassados em volta das fogueiras e em noites de clarão da lua”. De acordo com o 2º Ato Oficial: Lei complementar à constituição de 182415. Os poderosos do Brasil sabiam que o acesso ao saber sempre foi uma alavanca de ascensão social, econômica e política de um povo. Com este decreto, os racistas do Brasil encurralaram a população negra nos porões da sociedade. Juridicamente este decreto agiu até 1889, com a proclamação da República. Na prática a intenção do decreto funciona até hoje. O senhor Paulo Roberto, mestre de capoeira, questiona: “por que as escolas das periferias, não tem por parte do governo, o mesmo tratamento qualitativo dado às escolas dos centros urbanos? Como é que uma pessoa indígena ou afrodescendente terá motivação para estudar numa escola de péssima qualidade?” A educação é primordial e exerce um papel socializador importantíssimo no processo de desenvolvimento das capacidades, seja do capital intelectual humano, ou bem como na construção de ética e valores. Neste contexto estão inseridas a educação quilombola e indígena. A autenticidade, bem como a transversalidade dos bens educacionais precisam ser estimulados para dar ênfase à criação de um mercado de fruição da produção educacional e cultural destas etnias, de modo que impacte positivamente na viabilização de um processo de desenvolvimento sustentável da educação, para 15 pela legislação do império os negros não podiam frequentar escolas, pois eram considerados doentes de moléstias contagiosas. 11 externalizar toda esta pluralidade e diversidade, para a constituição de escolas quilombolas e indígenas criativas e produtivas, que promovam o estudo da história oral de nossos antepassados Seguindo o regime de colaboração, posto pela Constituição Federal de 1988 e pela LDB16, a coordenação nacional das políticas de Educação Escolar Indígena é de competência do MEC17, cabendo aos Estados e Municípios a execução para a garantia deste direito dos povos indígenas. No Plano Nacional, buscando superar a violência integracionista, a partir do final da década de 1970 os povos indígenas se uniram formando o movimento indígena brasileiro. Conforme LUCIANO (2006, p. 59) É o movimento que tem como objetivo “articular todas as ações e estratégias dos povos indígenas, visando a luta articulada nacional ou regional que envolve os direitos e os interesses comuns diante de outros segmentos e interesses nacionais e regionais. 5 A ADMINISTRAÇÃO NA GESTÃO ESCOLAR O administrador dentro das escolas, quase não é visto, bem como seus conhecimentos, habilidades e atitudes em prol da gestão escolar de forma compartilhada entre todos os membros de uma equipe pedagógica, e, ou, de coordenação escolar. O administrador na educação precisa cada vez mais desafiar- se na expectativa de tornar-se estrategicamente primordial aos objetivos da educação, sendo dotado de conhecimento, habilidades e atitudes inerentes. Com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica: A Educação Escolar Quilombola é desenvolvida em unidades educacionais inscritas em suas terras e cultura, requerendo pedagogia própria em respeito à especificidade étnicocultural de cada comunidade e formação específica de seu quadro docente, observados os princípios constitucionais, a base nacional comum e os princípios que orientam a Educação Básica brasileira. Na estruturação e no funcionamento das escolas quilombolas, deve ser reconhecida e valorizada sua diversidade cultural. (p. 42 apud BRASIL, 2012, p.1). 16 Lei de Diretrizes e Bases, define e regulariza a organização da educação brasileira com base nos princípios presentes na Constituição. Foi citada pela primeira vez na Constituição de 1934. 17 O Ministério da Educação (MEC) é um órgão do governo federal do Brasil fundado no decreto n.º 19.402, em 14 de novembro de 1930, com o nome de Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública, pelo então presidente Getúlio Vargas e era encarregado do estudo e despacho de todos os assuntos relativos ao ensino, saúde pública e assistência hospitalar. http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12315:educacao-indigena&catid=282:educacao-indigena&Itemid=635 http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=12315:educacao-indigena&catid=282:educacao-indigena&Itemid=635 https://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_no_Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o https://pt.wikipedia.org/wiki/Constitui%C3%A7%C3%A3o_de_1934 https://pt.wikipedia.org/wiki/Governo_Federal_(Brasil) https://pt.wikipedia.org/wiki/Decreto https://pt.wikipedia.org/wiki/Presidente_do_Brasil https://pt.wikipedia.org/wiki/Get%C3%BAlio_Vargas https://pt.wikipedia.org/wiki/Sa%C3%BAde_p%C3%BAblica 12 Observa-se e compreende-se o surgimento de uma problemática no tocante a ausência de administradores e ou gestores, professores qualificados e especialistas para alavancar as projeções de sucesso da educação quilombola e indígena. No entanto ao analisarmos esta pendencia na conjuntura das escolas quilombolas e indígenas, pudemos elencar alguns questionamentos que abalaram o corpo estrutural das organizações educacionais. Entende-se que o administrador balizaria os pilares de sustentação da escola, como modelo de gestão participativa, envolvendo toda a estrutura econômica, financeira e de gestão de pessoas. É sabido que, desde as sociedades antigas e mais primitivas, já se fazia necessário as inúmeras formas de administrar, com vistas ao solucionar problemas de interesses da sociedade. Se aquela época já fazia necessário a prática da administração, imagine nos dias de hoje, dada tamanha evolução e revolução da espécie. Sustenta MARTINS (1999, p. 23) “Na antiguidade, os egípcios apresentavam princípios administrativos que norteavam seus projetos arquitetônicos, enquanto os babilônicos elaboravam o Código de Hamurabi que orientou o povo no princípio de trabalho. Aristóteles na Grécia estabeleceu princípios para o desenvolvimento de atividades científicas. Em Roma, estabelecem princípios de governos fundamentados no conceito de ordem. A igreja Católica Romana estabelece diretrizes para sua atuação doutrinária e os princípios da hierarquia”. Partindo dos primórdios desta afirmação, observa-se que àquela época a sociedade já necessitava de administradores. Esta administração mais moderna emerge como solução, haja vista os inúmeros problemas surgidos com a revolução industrial, que proporcionou o crescimento desordenado das organizações, abrindo precedentes para a administração científica. Mediante a necessidade de passar da eficiência para a eficácia, com base em sua vantagem competitiva. E isso hoje se aplica à administração escolar. Segundo MAXIMIANO (2000, p.55) A partir do início do século XX, a organização eficiente do trabalho nas empresas tornou-se a base do desenvolvimento da teoria e prática da administração. Muitas pessoas e grupos participaram desse processo. Eram pesquisadores estudiosos, Como Frederick Taylor, industriais, como Henry Ford; executivos, como Henri Fayol; cientistas, como Max Weber. Essas pessoas formam a chamada escola clássica da administração. 13 6 METODOLOGIA Dar ênfase a compreensão e conhecimento de um problema de pesquisa, que visa ilustrar a realidade da administração na educação das comunidades quilombolas e indígenas, formulou-se estudos na área, baseados nas especificidades em busca de alcançar o objetivo geral. 6.1 Tipo de pesquisa Mediante pesquisa realizada neste artigo, a metodologia empregada dada à mesma se fez através de referências bibliográficas e pesquisa exploratória queestabeleceram critérios, métodos e técnicas para elaboração da mesma, com foco na informação sobre o objeto do artigo. 6.2 Universo e amostra O universo da pesquisa por sua vez teve como referência a comunidade quilombola de Juçatuba, em São José de Ribamar - MA e a comunidade indígena de Escalvado e Porquinhos, em Fernando Falcão – MA, os métodos foram aplicados com base no estudo da história e cultura afro brasileira, africana e indígena, mais precisamente junto a moradores das comunidades, bem como, no ambiente interno das escolas. Utilizou-se o método indutivo e dedutivo baseando-se nas observações e entendimentos a partir da visão do pesquisador. 6.3 Instrumentos de coletas de dados Os instrumentos utilizados e aplicados na pesquisa foram feitos de forma sequencial através de entrevista direta com os administradores das referidas escolas, bem como com algumas professoras, alunos e comunidade local. Partindo de um roteiro ordenado de perguntas sobre os aspectos históricos e de contribuição das escolas de acordo com seus cronogramas dentro do âmbito histórico da comunidade, bem como com setores das escolas, a saber: diretoria, salas de aula, área de lazer, setores que além de estruturar a educação, ainda corroboram para com a causa em questão, por outro lado observou-se o funcionamento da escola na integra, as informações da comunidade sobre seu contexto histórico e existência cultural. Estes são os instrumentos que compunham a coleta de dados. 14 7 RESULTADO E DISCUSSÃO Nas pesquisas e estudos realizados neste artigo, foi constatada a precariedade do ensino nas escolas quilombolas e indígenas. A partir daí, foram elencadas situações paradigmáticas que visam a melhoria destas modalidades de ensino, de modo que as referidas sirvam como modelo para futuras instalações, melhorias e ampliações de escolas de comunidades tradicionais. Portanto, urge salientar que é de suma necessidade a continuidade e ampliação de investimentos na articulação e mobilização para com estas modalidades de ensino. A atual falta de administradores formados compondo a gestão das escolas quilombolas e indígenas, nos passa que a missão de gerir uma escola vai além do currículo especifico e passa sim por uma questão de indicação, sendo descartada a tão falada meritocracia. Os diretores escolares na grande maioria dos casos são escolhidos mediante influência política e amizades, onde nestes casos, o que menos importa é sua qualificação. Entende-se que a presença de administradores especialista em gestão escolar, ou com formação acadêmica em pedagogia, dentro das escolas, sendo escolhido democraticamente por votos ou concurso público, com certeza tornaria a gestão educacional algo mais prazeroso e eficaz. Ocorrendo fatos como os relatados, fatalmente muitos dos problemas encontrados nas escolas seriam diminuídos, pois se partiria do entendimento de que a escola em seu papel socializador não se compõe apenas de professores e alunos, mas de toda a comunidade. Assim sendo, é preciso saber que os gestores escolares em muitas das vezes são considerados administradores, no entanto, sabemos que há uma diferença muito grande entre ambos, embora o gestor em alguns casos exerça parte do que é de competência do administrador. 8 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este artigo está pautado na concepção de que administradores, discentes, docentes e comunidade são seres capazes de participarem conjuntamente do processo educativo e cultural com vistas ao exercício educacional e cidadão, como corresponsáveis da sua execução para dar seguimento às melhorias do modelo de ensino quilombola e indígena, demonstrando assim sua eficiência e eficácia na aplicabilidade de seus objetivos. 15 Consideradas as diversas situações decorrentes da Administração na Educação, considera-se que faz-se necessário garantirmos o direito à educação dessas comunidades tradicionais, pensando na contratação, formação, treinamento e desenvolvimento de professores, gestores e administradores, no diálogo com os saberes dos quilombolas e indígenas e na riqueza do saber empírico respeitando as histórias orais destes povos tradicionais. Do que adianta termos 1856 escolas quilombolas e 2823 escolas indígenas, se as mesmas não são dotadas de recursos básicos para o bom desenvolvimento de suas atividades. Não temos um número razoável de profissionais preparados para trabalhar com as temáticas afro brasileiras, africanas e indígenas, e neste processo esses profissionais são imprescindíveis, para o bom desempenho deste modelo de sistema educacional. Urge dizer que as redes de ensino, quer sejam quilombolas ou indígenas, possuem poucos profissionais capacitados, e esses poucos não participam de treinamento e desenvolvimento contínuo. THE ADMINISTRATION IN EDUCATION AS A PROCESS OF EQUITY IN THE KILOMBOLAS & INDIGENOUS COMMUNITIES ABSTRACT In this exhibition we approach the Administration in Education as a Process of Equity in the Quilombola and Indigenous Communities, but specifically in the Quilombola Community of Juçatuba; Aldeia Escalvado and Porquinhos. To creat positive references that contribute to the construction and strengthening of the peoples, specifically expanding the visibility of the racial issue; encourage practice of learning teaching, offer educational and cultural workshops and also lectures of these tradicional people. lectures; strengthen the appreciation of the education and culture of these traditional people. Emphasizing the importance and necessity of teachers, administrators and managers graduates and specialists to leverage the succession projections of this model of education, due the observance of him compliance with basic requirements in law 11.645/2008, enforcement, through bibliographic and exploratory research, in schools and communities. Inhaled in some thinkers: Kaingang, Luciano, Miranda and others, to offer reflections on the concepts that sustain the referring work. Keywords: Administration in Education; Indigenous Community, Quilombola Community, Juçatuba; Kanelas. 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