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Disciplina Positiva

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sumário
INTRODUÇÃO
O QUE É DISCIPLINA 
POSITIVA?
DISCIPLINA POSITIVA 
X PERMISSIVIDADE
TIPOS DE DISCIPLINA 
PARENTAL
DISCIPLINA POSTIVA 
NA PRÁTICA
03
04
08
10
25
3
Uma das questões mais presentes no co-
tidiano dos pais e familiares é a disciplina. 
Como educar uma criança, estabelecendo 
limites de modo a garantir uma formação 
integral, plena? O castigo é uma solução? 
As palmadas e o grito são eficazes? 
 
Para Jane Nelsen, que passou por essas dores 
com mãe, não. E foi por isso que ela concebeu 
um método que procura um equilíbrio entre os dois 
tipos de disciplina: a autoritária e a permissiva.
INTRODUÇÃO
4
Neste e-book, você compreenderá a essência da disciplina 
positiva e como aproveitá-la para garantir uma educação, 
respeitosa e firme do seu filho. 
Disciplina Positiva é um método de disciplina alternativa 
desenvolvido pela Dra. Jane Nelsen. É baseado no trabalho 
de Alfred Adler e Rudolf Dreikurs e projetado para ensinar 
os jovens, crianças, adultos e até empresas a se tornarem 
membros responsáveis, respeitosos e engenhosos de suas 
comunidades.
Pesquisas recentes relacionadas ao método e divulgadas 
nos próprios livros da Dra. Jane Nelsen nos dizem que as 
crianças são “programadas” desde o nascimento para se co-
nectarem com os outros e que as crianças que sentem um 
vínculo com sua comunidade, família e escola têm menos 
probabilidade de apresentar comportamentos inadequados. 
Ou seja, elas precisam desenvolver habilidades de vida que 
contribuam para o ambiente social como membros de sua 
comunidade e se tornem cidadãos felizes e autônomos. Por 
isso, a Disciplina Positiva baseia-se no entendimento de que 
a disciplina deve ser ensinada com gentileza e firmeza, sem 
punições ou recompensas.
Mas, afinal: 
o que é a 
Disciplina 
Positiva?
5
Um dos principais focos da Disciplina 
Positiva é que os “erros são ótimas 
oportunidades de aprendizagem”.
Para os adeptos do método, to-
dos aprendemos observando. 
E assim como as crianças, os 
adultos podem e irão errar, 
mas aprenderão ferramentas e 
maneiras para reparar seus erros, 
entende-los e focar em soluções.
6
cinco critérios 
para a disciplina 
positiva
É gentil e firme ao mesmo tempo 
(respeito e encorajador). 
Ajuda as crianças a sentirem um senso 
de pertença e significância (conexão).
É eficaz a longo prazo. 
Ensina valiosas habilidades sociais e de 
vida para um bom caráter. 
Convida as crianças a descobrir como são 
capazes e a usar seu poder pessoal de 
maneiras construtivas.
7
Os adultos modelam firmeza respeitando 
a si mesmos e as necessidades da situação, 
e amabilidade, respeitando as necessidades 
da criança e as suas próprias.
Os modelos de educação de Disciplina Positiva são 
voltados para o desenvolvimento de relacionamentos 
mutuamente respeitosos. A Disciplina Positiva ensina 
os adultos a empregar gentileza e firmeza ao mesmo 
tempo. Não é uma disciplina baseada em prêmios ou 
castigos e inclui:
A disciplina eficaz reconhece as razões 
pelas quais as crianças fazem o que 
fazem e trabalha para mudar esses 
motivos, em vez de simplesmente 
tentar mudar o comportamento.
A t r a v é s d e u m a c o m u n i c a ç ã o 
e f i c a z , c o n c e n t r a -s e e m 
s o l u ç õ e s e m v e z d e p u n i ç ã o .
O encorajamento percebe o esforço e a 
melhoria, não apenas o sucesso, 
e constrói a autoestima e o 
empoderamento a longo prazo. 
respeito mútuo compreensão
foco em solução encorajamento 
(em vez de elogio)
8
disciplina positiva
O significado de permissividade está re-
lacionado a uma excessiva liberdade de 
comportamento. Crianças desenvolvidas 
numa educação baseada na permissividade 
não aprendem habilidades sociais e de vida 
importantes para autodisciplina, responsa-
bilidade, cooperação, respeito pelos outros 
e habilidades para resolver problemas.
É um erro comum alguns acreditarem que 
a Disciplina Positiva é permissiva. De fato, 
muitos pais que são contra a punição po-
dem se tornar permissivos. No entanto, a 
permissividade pode ser tão prejudicial 
para as crianças como a punição. A Disciplina Positiva apresenta uma 
proposta que consegue ensinar sem se 
utilizar desses dois mecanismos ex-
tremos, pois ela é o meio termo entre 
a disciplina permissiva e punitiva. Para 
entendê-la melhor, vamos conhecer a 
diferença entre o método, permissivi-
dade e autoritarismo a seguir.
permissividade
X
Os pais permissivos muitas vezes não 
gostam ou não concordam com a punição, 
então acabam vendo como caminho alter-
nativo a permissividade, porém isso acaba 
prejudicando em vários aspectos o 
desenvolvimento da criança.
9
Diferente da Disciplina Positiva, que busca estimular 
conexão, gentileza e um relacionamento de respeito 
mútuo, a permissividade impede a criança a desenvol-
ver o músculo da frustação e, consequentemente, não 
desenvolvem habilidades de vida (tais como resiliência 
e foco), pois estão sempre sendo protegidas e não en-
tendem um “não”.
A permissividade, então, acaba por resultar em uma 
educação sem reflexões sobre atitudes e sem aprendi-
zagem sobre erros e acertos, o que constrói uma auto-
estima frágil e uma personalidade pouco aberta a auto-
crítica – o que, consequentemente, retarda a evolução 
pessoal da criança.
ou seja...
10
A psicologia do desenvolvimento 
estabeleceu três estilos distintos 
de parentalidade e apenas um se 
baseia em punição.
TIPOS DE 
DISCIPLINA PARENTAL
11
Um erro comum é confundirmos autoritário com autoridade. 
Embora parecidas, as duas palavras não são sinônimas. Pais que 
se utilizam da autoridade têm expectativas e consequências 
claras e são afetuosos com o filho. 
A autoridade permite flexibilidade e resolução de problemas co-
laborativos com a criança ao lidar com desafios comportamen-
tais. Essa é uma das formas mais eficazes de criação de filhos.
Pais com 
autoridade
Os pais que se utilizam do autoritarismo têm expectativas e conse-
quências claras, mesmo demonstrando bastante afeição por seu 
filho. Uma mãe ou pai podem se utilizar do discurso como “porque eu 
sou a(o) mamãe/pai, é por isso”. Pais autoritários (ou parentalidade 
rigorosa) usam da fala, punições, ameaças e vergonha para que as 
crianças obedeçam. 
Pais 
autoritários
Parentalidade permissiva evita punição e disciplina. Os pais que se 
enquadram nessa categoria tendem a evitar conflitos porque não 
querem que o filho chore ou fique chateado, pois acham que, dan-
do tudo, eles irão ser pessoas realizadas. 
Além disso, não conseguem lidar com o filho contrariado. Por isso, 
consideram apaziguar os desejos da criança como mais práticos do 
que impor limites. 
Pais 
Permissivos
12
Uma educação baseada no autoritarismo escolhe 
a punição como forma de correção. Nela, a 
punição é projetada para fazer as crianças 
“pagarem” pelo que fizeram, enquanto a 
Disciplina Positiva é projetada para ajudar 
as crianças a “aprenderem” com o que 
fizeram, concentrando-se em soluções. 
A maioria dos pais não percebe que, 
embora a punição funcione a curto prazo 
para impedir o mau comportamento, ela 
tem resultados prejudiciais a longo prazo, pois 
as crianças ficam com um sentimento de dúvida, 
vergonha, ressentimento e vingança. 
AUTORITARISMO X 
DISCIPLINA POSITIVA
13
No entanto, disciplinar com afeto é uma das 
maneiras mais eficazes de ganhar respeito da 
criança. Isso, inclusive, pode ser visto tam-
bém em ambientes profissionais. 
 
Um dos princípios de uma boa liderança, 
por exemplo, envolve estimular e motivar 
as pessoas para que elas tomem as me-
lhores decisões para a empresa. 
Pais que optam pela punição querem resolver o problema 
ou o mau comportamento,mas não a causa dele - já que 
todo comportamento tem por trás um motivo. Como 
mencionado anteriormente, a parentalidade baseada 
na autoridade evita medidas disciplinares punitivas. 
Para o olho que não conhece, esse estilo de parenta-
lidade parece permissivo, já que muitos de nós foram 
criados para acreditar que forçar as crianças a cumprir 
todas as regras é a melhor maneira de se educar. 
Ao praticar disciplina 
positiva em casa, 
os pais:
Ouvem seus filhos quando estão chateados e 
reconhecem seus sentimentos; 
 
Levam em conta o que seus filhos disseram e 
não castigam sentimentos; 
Respondem às perguntas das crianças sobre o 
motivo pelo qual elas estão sendo disciplinadas; 
São atenciosos em meio a momentos de estresse.
14
15
Sabe quando seu filho não te obedece de jeito nenhum e 
você não entende bem o porquê e rapidamente recorre a 
um castigo? Isso acontece pois provavelmente você recor-
re às Consequências Naturais ao invés das Consequências 
Lógicas. E o que seria isso? Qual a diferença entre elas?
A Consequência Natural seria a aplicação de uma punição, 
seja verbal (gritando ou dizendo que irá parar de brincar, 
por exemplo) ou física (colocando de castigo num canto 
isolado). Na Consequência Lógica, os pais incluem a criança 
na situação e na construção da solução, explicando à ela o 
que está acontecendo e o porquê das coisas. 
Assim, a criança se sente parte de todo o processo, além 
de que as consequências de seus atos passam a ser enten-
didas com uma certa lógica, o que ajuda na prevenção de 
próximos episódios.
Dar às crianças uma escolha e conversar com elas em par-
ticular sobre as consequências não são as únicas diretrizes 
para aplicar efetivamente consequências lógicas. Regras e 
maneiras de não se repetir o problema são resolvidos junto 
com a criança, e elas são ouvidas e suas opiniões são leva-
das em conta tanto quanto a do adulto.
a importância 
da consequência 
lógica para 
disciplinar
16
Os Três Rs para Consequências Lógicas são 
uma fórmula que identifica os critérios para 
ajudar a garantir que consequências lógicas 
sejam soluções, em vez de punição.
Os Três Rs de 
Consequências 
Lógicas são:
Relacionamento
Respeito
Razoável
significa que a con-
sequência é razoável 
do ponto de vista da 
criança e do adulto. 
Relacionar-se
significa que a 
consequência deve 
estar relacionada ao 
comportamento. 
Respeito
Razoável
significa que a consequên-
cia não deve envolver culpa, 
vergonha ou dor; e deve ser 
gentil e firmemente aplicada. 
Também é respeitoso para 
todos os envolvidos.
17
Neste momento os pais devem se sentar com a crian-
ça, conversar sobre o problema e cada um vai dando 
ideias de como solucionar. Ao final, os dois pegam cada 
ideia de resolução de problema e refletem se a ideia 
é: relacionada ao problema, respeitosa e razoável. 
Se não for, deve excluir da lista. Se for, é uma opção 
de tentativa para o problema não acontecer de novo. 
Se algum dos três Rs estiverem faltando, ele não poderá 
mais ser chamado de consequência lógica. Estes também 
poderiam ser chamados de três Rs para focar em soluções. 
 
Quando uma criança escreve em uma mesa, é fácil 
concluir que a consequência relacionada seria fazer a 
criança limpar a mesa. Mas o que acontece se algum 
dos outros quatro Rs estiver faltando?
ou seja...
18
Na verdade, se adultos eliminarem um dos 
três critérios para que as consequências 
não sejam relacionadas, sejam respeitosas, 
razoáveis e úteis, as crianças podem experi-
mentar os três critérios da punição:
Muitas vezes, a principal razão pela qual nós, humanos, opta-
mos por usar a punição é demonstrar poder. O pensamento 
subconsciente por trás dessa ideia é: “Eu sou o adulto e você é 
a criança. Você fará o que eu disser - ou então você pagará”. 
No entanto, da mesma forma que nós reagimos 
mal quando somos submetidos a uma situa-
ção dessa, as crianças também não enca-
ram bem esse “jogo de poder”. 
Ressentimento
(“Isso é injusto. Não posso 
confiar em adultos”.)
Vingança
(“Eles estão ganhando ago-
ra, mas vou ficar quieto.”)
Rebeldia
(“Eu vou mostrar a eles que eu 
posso fazer o que eu quiser)
19
Compreender o temperamento da criança (diferenças in-
dividuais nos processos emocionais e comportamentais 
que emergem no início do desenvolvimento) é uma parte 
essencial na criação de um forte vínculo entre pais e filhos. 
É também um indicador-chave de como seu filho respon-
derá às suas orientações. Observe os comportamentos do 
seu filho, como nível de atividade, intensidade emocional, 
hábitos sociais, adaptabilidade e persistência. Então você 
pode começar a prever quais situações podem ser fáceis 
ou mais difíceis para ele.
interpretação do 
comportamento 
da criança
20
De modo geral, a criança 
apresenta algum desses 
tipos de temperamento:
Fácil ou flexível
Estas crianças são geralmente calmas, 
felizes e adaptáveis. Eles tendem a ter 
hábitos regulares de dormir e comer. 
Uma criança com esse tipo de tempe-
ramento pode não sentir a necessidade 
de falar sobre emoções com frequên-
cia, então os pais devem reservar um 
tempo para fazer isso diariamente.
Difíci, ativa ou 
mal-humorada
Essas crianças costumam ser nervosas, 
tensas e intensas. Eles têm hábitos ir-
regulares de dormir e comer, temem 
novas pessoas e situações e são facil-
mente perturbados pelo barulho e co-
moção. Os pais devem ter uma área de 
recreação onde essas crianças possam 
canalizar tanta energia acumulada.
Cautelosa e desconfiada
Essas crianças são tipicamente inativas e exigentes, e 
tendem a se retirar ou a reagir negativamente a novas 
situações. Suas reações, no entanto, gradualmente se 
tornam mais positivas com a exposição contínua. No 
caso dessas crianças, crie uma rotina consistente para 
que a criança sinta-se confortável com novas situações.
21
Além de entender o temperamento do seu filho, outro passo 
crucial é refletir sobre o comportamento que a criança tem em 
determinadas situações. Crianças não têm uma comunicação 
tão eficaz e o comportamento muitas vezes é o sintoma de um 
problema. A birra, por exemplo, pode ser um sintoma de sono 
ou estresse.
Por isso, entender os motivos por trás do comportamento e a 
mensagem que a criança quer passar é o caminho para encon-
trar a melhor forma de transmitir disciplina à pequena.
Uma vez entendido o temperamento do seu filho, é im-
portante que você esteja em sintonia com o seu. Às vezes, 
situações podem surgir situações quando seu filho e seu 
temperamento entram em conflito. Para conseguir um 
bom ajuste no relacionamento, é importante que você:
Esteja ciente do temperamento do seu filho 
e respeite sua singularidade; 
 
Comunique-se com o seu filho, tornando os 
pontos claros e simples; 
Ouça seu filho e procure compreender seu 
ponto de vista; 
Estabeleça limites para ajudar seu filho a de-
senvolver autocontrole;
Seja um bom modelo.
22
Os neurônios-espelho são um conjunto de neurônios no 
cérebro que disparam não apenas quando você executa 
uma ação, mas também quando observa alguém realizan-
do uma ação. Quando vemos alguém andar de bicicleta, 
por exemplo, os mesmos neurônios-espelho disparam em 
nosso cérebro como se estivéssemos andando de bicicleta.
Isso também ocorre com expressões faciais e tom de 
voz. Quando somos confrontados com alguém que está 
com raiva - testa franzida, olhos apertados - os neurô-
nios-espelho associados à raiva incendeiam em nós. 
Isso acontece quando observamos alguém chorando ou 
rindo também. Em um sentido muito literal, os neurô-
nios-espelho nos permitem sentir o que os outros estão 
sentindo.
A existência desses neurônios motores em humanos tem 
sido usada para explicar, em parte, como desenvolvemosa empatia - assistir a alguém se machucar desencadeia 
os mesmos neurônios em nosso cérebro, como se esti-
véssemos nos machucando.
A importância do 
conhecimento na 
disciplina positiva
O Neurônio 
Espelho
23
Os neurônios-espelho não são o único fator envol-
vido na empatia humana, mas eles são um bom 
ponto de partida quando se pensa em como 
pais e educadores podem facilitar e modelar 
esse sentimento para crianças.
Eles desempenham, portanto, um papel impor-
tante na conexão entre pais e filhos. Se estivermos 
sofrendo de estresse, emoções negativas ou trau-
mas não resolvidos de nossas próprias histórias, eles 
podem se manifestar em nosso rosto e entrar em conflito 
com a mensagem em nossas palavras. 
O cérebro capta e registra os sinais emocionais em nosso rosto 
mais rápido do que pode processar o que estamos dizendo. Por 
isso, se nossos filhos lerem emoções em nossas expressões fa-
ciais que os colocam em alerta, podem levá-los a responder a 
essas expressões faciais (e as emoções que eles transmitem) e 
não ao conteúdo de nossas palavras.
Se estivermos calmos, no entanto, podemos ajudar nossos fi-
lhos a regular suas próprias emoções, e podemos garantir que 
somos pais de nossos valores, em vez de simplesmente reagir a 
uma situação estressante. Afinal de contas, pais são os maiores 
exemplos que as crianças têm.
24
Os pais que utilizam a disciplina positiva muitas vezes pe-
dem aos filhos que ajudem a definir as consequências. 
Ser incluído no estabelecimento de regras pode ajudar 
as crianças a sentirem um sentimento de pertencimento 
e importância, que é um objetivo de todas as pessoas e 
satisfaz uma necessidade humana natural. 
E, de acordo com os argumentos da Disciplina Positiva, crian-
ças que sentem essa conexão tem menos probabilidade de 
se comportar mal. Uma vez estabelecidas, seguir e aplicar 
com gentileza as regras de forma consistente em todos os 
membros da família é extremamente importante.
Por isso, o mantra “conexão antes da correção” deve ser 
sempre usado na disciplina das crianças. Desta forma, 
elas se sentirão responsáveis pela própria autodisciplina 
e responsabilidade.
É sempre bom reforçar que a conexão foca na empa-
tia, e neste caso aqui seria acolher o erro, evitando o 
sentimento de vergonha da criança, fazendo com 
que ela não se sinta julgada, para depois corrigi-la. 
A conexão é um mecanismo para disciplina as 
crianças com gentileza. Citando a própria Dra. Jane 
Nelsen: “De onde tiramos a absurda ideia de que, 
para que as crianças se comportem, primeiro de-
vemos fazê-las se sentir mal?”.
Conexão antes 
da correção
25
As rotinas também são um elemento essencial da 
disciplina positiva. Rotinas simples, como jantares em 
família e leitura juntos, também podem se transfor-
mar em divertidas tradições familiares, como gran-
des cafés da manhã de domingo, viagens semanais à 
biblioteca ou um jantar semanal. 
Tanto as rotinas domésticas simples como as diver-
tidas tradições familiares ajudam as crianças a sen-
tirem que desempenham um papel importante na 
família e a que pertencem. Estabelecer tradições den-
tro da família reforça o papel único e importante que 
cada pessoa desempenha e torna a família especial. 
Isso ajuda a fortalecer os relacionamentos e dá às 
crianças uma sensação de segurança e pertenci-
mento, o que leva a melhores habilidades sociais, 
melhora da autoestima e crescimento emocional.
Crianças precisam ter previsibilidade e elas pre-
cisam saber o que vai acontecer, pois se tornam 
mais seguras e menos ansiosas. Isso cria território 
para uma comunicação eficaz, clara e firme.
Disciplina positiva 
na prática
O Valor da 
rotina para 
a criança
26
Criar quadros de rotina é um ótimo treinamento para as 
crianças aprenderem habilidades de gerenciamento de 
tempo e vida. Os pais ajudam seus filhos, orientando-os 
na criação de seus quadros de rotina e na sua eficácia.
Por exemplo, se a criança insiste em querer brincar em 
um horário que está estipulado para o estudo, os pais de-
vem direcioná-la ao quadro de rotinas que criaram juntos 
e relembrar da importância das ordens – que inclusive 
podem ser alteradas com o tempo.
Na prática:
Também não é necessário nenhum castigo ou 
recompensa. Não há estrelinhas ou carinhas 
tristes e felizes. Ele deve colaborar porque vive-se 
em comunidade e ela tem suas tarefas e usufrui 
de benefícios. Não para ganhar algo em troca. E com o 
tempo a criança percebe que expressar sua frustação ao 
receber um “não” com choros e gritos não vai ajudá-la, pois se 
seus pais não a deixaram comer um sorvete de chocolate an-
tes do almoço é por que há regras e razoabilidade na decisão. 
Houve um acordo e não uma imposição sobre o que se deve 
fazer – um dos desdobramentos da Consequência Lógica 
que foi citado anteriormente.
Crianças tem um instinto natural para a coopera-
ção e quando as fazem entender os motivos por 
trás de todo o processo de se viver em família, 
ela tem o senso de pertencimento, o que tor-
na a compreensão mais fácil.
27
Ou seja: seu trabalho é ajudar seus filhos a serem autôno-
mos em vez de dependentes. Ensinar as crianças a criar 
quadros de rotina é um grande passo nesse sentido. Isso 
significa que os quadros de rotina são mágicos e evita-
rão todas as resistências e desafios futuros das crianças? 
Não. Mas te ajudarão a diminuir atritos futuros!
E orientar seus filhos a criar os quadros de rotina é ape-
nas uma das muitas maneiras de você capacitar seus fi-
lhos a se sentirem capazes e serem autônomos.
ou seja...
Os pais têm que ter em mente que a partir do momento 
que eles apenas guiarem os filhos e não mais tão forem 
necessários, eles estão desempenhando um bom papel, 
pois o filho conseguiu desenvolver um senso de autorre-
gulação e autocontrole.
Muitos pais e professores relataram que as lutas pelo po-
der são muito reduzidas quando se concentram em so-
luções. Concentrar-se em soluções cria uma família e 
uma sala de aula muito diferentes. Seu pensamento 
e comportamento mudarão, assim como o pensa-
mento e o comportamento de seus filhos.
 
O tema para focar em soluções é: qual é o pro-
blema e qual é a solução? As crianças são exce-
lentes solucionadoras de problemas e têm muitas 
ideias criativas para soluções úteis quando os adul-
tos oferecem oportunidades para que usem suas 
habilidades de resolução de problemas.
Focar em 
soluções 
sempre!
28
Identificação do problema;
Levantamento do maior número de soluções possíveis;
Escolha de uma solução aceitável por todos;
Teste da solução por uma semana;
Avaliação do teste e sua eficácia para otimizar o processo.
Pensem em várias soluções durante a reunião de família ou 
com apenas um dos seus filhos;
Faça perguntas que despertam a curiosidade para convidar as 
crianças a descobrirem soluções;
Quando há brigas: “vocês podem chegar a um acordo juntos. 
Me avisem quando tiverem um plano.”
Tarefas domésticas: pense nas tarefas que precisam ser feitas 
e convide seus filhos a criarem um plano de ação. Esteja dis-
posto a testar o plano deles por uma semana.
Além disso, para estimular a resolução 
de problemas, faça uso dos desafios 
diários como oportunidades:
Desta forma, as excelentes 
práticas da disciplina 
positiva incluem:
29
Conhecer e aplicar a Disciplina Positiva traz enormes 
vantagens para o desenvolvimento da criança e o con-
vívio em família, pois o método prega nada menos que 
um relacionamento de respeito mútuo.
Ou seja, em vez de o termo respeito ser definido como 
obediência e observância nos relacionamentos, nos 
quais dignidade e respeito ao adulto são primordiais, 
a Disciplina Positiva busca relacionamentos nos quais 
cada pessoa tenha controle sobre as próprias emoções 
a fim de desenvolverempatia e respeitar espaços e es-
tabelecer limites de forma pacífica e eficaz.
E com as práticas e reflexões focadas nas solu-
ções dos problemas fica mais fácil de compreen-
der tais comportamentos e sentimentos, tanto das 
crianças quanto dos pais, além de saberem se co-
nectar um com o outro, demostrando a valorização 
e importância que cada um tem no contexto social. 
Conclusão
Plataforma educacional gratuita que, em 
parceria com escolas, transforma crian-
ças em autoras do próprio livro.
 
Presente em mais de 3 mil escolas em 
todo o Brasil, já transformou mais de 240 
mil alunos em escritores. 
 
A grande missão da Estante Mágica é de-
senvolver a capacidade plena de leitura e 
escrita das crianças para que elas sejam 
autoras não só do próprio livro, como da 
própria história de vida!
Sobre a 
Estante 
Mágica:
QUERO CONHECER O PROJETO

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