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PETIÇÃO 02 - AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO E PAGAMENTO

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EXCELENTÍSSIMO(A) SENHOR(A) DOUTOR(A) JUIZ(A) DE DIREITO DA __ VARA CIVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO-SP.
PRISCILA, nacionalidade, profissão, estado civil, CPF inscrita sob o nº XXX, RG nº XXX, residente e domiciliada na Rua XXX, Número XXX, CEP XXX, Bairro XXX, São Paulo-SP, endereço eletrônico XXX, vem por meio de seu advogado infra-assinado, procuração em anexo, com endereço eletrônico XXX, endereço profissional na Rua XXX, Número XXX, CEP XXX, Bairro XXX, Cidade-UF, onde receberá intimações de costume, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento no artigo 539 e seguintes do Código de Processo Civil, propor:
AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO
Em face de WAGNER, nacionalidade, profissão, estado civil, CPF inscrito sob o nº XXX, RG nº XXX, residente e domiciliado na Rua XXX, Número XXX, Bairro XXX, São Paulo-SP, endereço eletrônico XXX, em razão dos fatos e fundamentos a seguir expostos: 
PRELIMINARMENTE 
A presente ação foi ajuizada dentro do prazo de um mês da recusa do levantamento do depósito pelo réu, conforme discorre o artigo 539, § 3º, do Código de Processo Civil, sendo assim, o preparo se encontra dentro do prazo legal.
DOS FATOS 
Na cidade de São Paulo, foi pactuado um negócio jurídico de compra e venda no momento em que o vendedor Wagner (réu), vendeu um veiculo automotor terrestre no valor de R$ 28.000,00 (vinte e oito mil reais) á Priscila, denominada compradora e autora desta ação, no momento da compra do carro a autora através de um sinal/arras pagou o valor de R$ 10.000,00 (dez mil reais), e o restante do valor do automóvel foi parcelado a autora em nove parcelas sucessivas, em que a mesma se comprometeu a pagar o valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), de cada mês, na data estipulada entre ambas as partes.
 A requerente cumpriu com sua obrigação até a sétima parcela, mas por ventura, foi demitida do seu emprego, se encontrando desempregada, infelizmente não conseguiu efetuar o pagamento do restante das parcelas. De imediato a autora entrou em contato com o réu e o mesmo orientou que as parcelas restantes no montante de R$ 4.000,00 (quatro mil reais) poderiam ser pagas na data do vencimento da última parcela, sendo assim, foi estipulado que a autora efetuasse o pagamento na residência ou no local de trabalho do réu. 
A autora através de um empréstimo conseguiu o valor para quitar as parcelas restantes antes do vencimento da nona parcela, exatamente cinco dias antes, deve-se salientar aqui, que a autora por diversas vezes tentou contatar o réu para efetuar o pagamento das parcelas nos endereços estipulado, mas não obteve sucesso em nenhuma das tentativas, deste modo a requerente esperou que o requerido entrasse em contato com a mesma. No mesmo dia, a autora recebeu uma oportunidade de trabalhar em uma sociedade empresária, mas por surpresa da autora, a mesma descobriu que o réu incluíra seu nome no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), em virtude da ausência de pagamento das últimas parcelas, sendo que a inviabilidade do pagamento das duas parcelas decorreu da impossibilidade de localização do réu. 
Esperando ver-se livre da restrição e para não obter os efeitos de mora a requerente realizou a consignação em pagamento, fez o depósito de R$ 4.000,00 (quatro mil reais), em uma agência bancária de estabelecimento oficial na cidade de São Paulo no dia do vencimento da ultima parcela. Informado do depósito, o réu, no quinto dia após a ciência do pagamento, recusou-se sem justificativa de retirar a restrição do nome da autora. Portanto, o nome da autora continua inserido nos cadastros restritivos de crédito.
Tendo em vista que, o valor já se encontra depositado e o réu já tomou ciência do pagamento e mesmo sem motivos não retirou o nome da autora da restrição, a requerente não teve alternativa senão procurar a justiça com o intuito de ver satisfeito o seu direito.
DO DIREITO
A requerente pleiteia a validação do pagamento em consignação da quantia mencionada, tendo a finalidade de exonerar-se da obrigação, já que não conseguiu realizar o pagamento da divida diretamente ao requerido e mesmo após o pagamento, ele se recusa a receber o valor devido.
Sobre o cabimento da consignação em pagamento, dispõe o artigo 539, caput, do CPC “Nos casos previstos em lei, poderá o devedor ou terceiro requerer, com efeito de pagamento, a consignação da quantia ou da coisa devida” (BRASIL, CPC, 2015). 
Sendo assim, o Código de Processo Civil, admite a consignante a realizar depósito bancário em instituição oficial, já que este instituto jurídico ampara o devedor, que é o sujeito ativo da consignação e que não consegue localizar o consignado ou por quaisquer outras circunstâncias lhe impede o pagamento, dando lhe o direito de adimplir o pagamento e liberando-o da ligação obrigacional.
No Artigo 335 do Código Civil, em seus conseguintes incisos, demonstram as hipóteses em que poderá resultar a consignação em pagamento:
Art. 335. A consignação tem lugar:
I - se o credor não puder, ou, sem justa causa, recusar receber o pagamento, ou dar quitação na devida forma;
II - se o credor não for, nem mandar receber a coisa no lugar, tempo e condição devidos;
III - se o credor for incapaz de receber, for desconhecido, declarado ausente, ou residir em lugar incerto ou de acesso perigoso ou difícil;
IV - se ocorrer dúvida sobre quem deva legitimamente receber o objeto do pagamento;
V - se pender litígio sobre o objeto do pagamento.
Neste caso a consignante tentou de vários métodos efetuar o pagamento junto ao consignado, mas não foi possível, pois o consignado se encontrava em local incerto do que foi compactuado entre as partes, além disso, não deu a consignante outras alternativas de pagamento, sendo assim, para que a consignante se livra-se da obrigação, as últimas duas parcelas foram quitadas através da consignação em pagamento, em uma agência bancária de estabelecimento oficial.
De acordo com o Código Civil, em seu referido artigo, relata:
Artigo 334 “ considera-se pagamento, e extingue a obrigação, o depósito judicial ou em estabelecimento bancário da coisa devida, nos casos e forma legais”. 
Portanto, de acordo com o Art. 539, § 1º, do CPC, realizado o depósito bancário do valor integral restante em instituição oficial, sem recusas por parte do réu do recebimento, a autora por sua parte tem sua obrigação cumprida.
DA TUTELA ANTECIPADA
Excelência deve haver a antecipação dos efeitos da tutela para exclusão do nome da requerente no Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), eis que o valor do débito já se encontra depositado, bem como, a negativação está impedindo que a autora consiga um novo emprego, estando presentes o fumus boni iuris e o periculum in mora. 
Nesse sentido, o art. 300 do Código de Processo Civil, é expresso ao afirmar que:
Artigo 300 “a tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo.”. 
Com isso, a concessão da tutela de urgência é necessária e de suma importância para que haja a satisfação atendida, caso contrário, a requerente estará sob pena de ter sérios prejuízos.
 DOS PEDIDOS
 Diante do exposto, requer-se:
a) Sejam deferidos os benefícios da Justiça Gratuita a requerente, haja vista não ter condições econômicas e/ou financeira de arcar com às custas processuais e demais despesas aplicáveis à espécie, honorários advocatícios, sem prejuízo próprio ou de sua família, nos termos da inclusa declaração de hipossuficiência, na forma dos artigos 98 e 99 do CPC;
b) Seja fixado, por tutela provisória, a exclusão do nome da autora dos cadastros restritivos de crédito;
c) A citação do réu para levantar o depósito ou contestar, conforme Art. 542, inciso II, do CPC e confirmação da quitação do débito, uma vez que o valor já se encontra depositado
d) Extinção da obrigação de acordo com o Art. 546 do CPC;
 
e) Seja a requerida condenada nas custas processuais, honorários advocatícios e demais cominações legais. 
f) Juntada dos documentos: contratode compra e venda, documento do veículo, comprovante do depósito e manifestação por escrito da recusa de recebimento do valor depositado assinada pelo requerido.
Dá-se a causa o valor de R$ 4.000,00 (quatro mil reais).
Nestes termos, pede deferimento.
Cidade, Estado, data. 
Nome do Advogado
OAB nº
RUA NOÊMIA TONELLO DALMOLIN, 2499, BAIRRO UNIVERSITÁRIO, SORRISO, MT
FONE: (66) 3545-7600 SITE: www.kroton.com.br

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