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FACULDADE TECSOMA Curso de fisioterapia EFEITOS DA CINESIOTERAPIA ASSOCIADA À ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NERVOSA TRANSCUTÂNEA NA REABILITAÇÃO DE PACIENTE COM BURSITE SUBACROMIAL: estudo de caso Paracatu - MG 2016 JÉSSICA LORRANE DE OLIVEIRA MARTINS EFEITOS DA CINESIOTERAPIA ASSOCIADA À ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NERVOSA TRANSCUTÂNEA NA REABILITAÇÃO DE PACIENTE COM BURSITE SUBACROMIAL: estudo de caso Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Faculdade como requisito parcial para obtenção do Titulo de Bacharel em Fisioterapia pela Faculdade Tecsoma, Paracatu – MG. Orientadora temática: Prof.ª MSc. Michelle Faria Lima Orientadora metodológica: Prof.ª MSc. Cecília Nascimento. Paracatu - MG 2016 Martins, Jéssica Lorrane de Oliveira Efeitos da cinesioterapia associada à estimulação elétrica nervosa transcutânea na reabilitação de paciente com bursite subacromial: estudo de caso. / Jéssica Lorrane de Oliveira Martins. Paracatu, 2016. 48f. Orientadora: Michelle Faria Lima Co-orientadora: Cecília Maria Nascimento Dias Monografia (Graduação) – Faculdade Tecsoma, Curso de Graduação em Fisioterapia. 1. Bursite subacromial. 2. Cinesioterapia. 3. Eletroterapia. I. Lima, Michelle Faria; Dias, Cecília Maria Nascimento. II. Faculdade Tecsoma. III. Título. CDU: 615.8 JÉSSICA LORRANE DE OLIVEIRA MARTINS Efeitos da cinesioterapia associada à estimulação elétrica nervosa transcutânea na reabilitação de paciente com bursite subacromial: estudo de caso. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado na Disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso II como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Fisioterapia pela Faculdade Tecsoma, Paracatu, MG. _________________________________________________ Prof.ª MSc. Michelle Faria Lima – Orientadora Temática Faculdade Tecsoma ________________________________________________ Prof.ª MSc. Cecília Maria Nascimento Dias – Orientadora Metodológica Faculdade Tecsoma Paracatu, 08 de junho 2016 À minha família por estar sempre ao meu lado me dando forças. AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, por me dar forças para continuar e por me amparar nos momentos difíceis. Aos meus pais Elaine e Gilson, pelo apoio, amor, paciência, incentivo, que apesar das dificuldades não mediram esforços para atender às minhas necessidades, e por estar sempre ao meu lado. Ao meu irmão Felipe Kenned, pelo carinho e apoio. À minha avó Maria de Lourdes, pela força, amor e apoio de sempre. À minha amiga Bianca, por sempre estar ao meu lado desde sempre me dando forças. Ao meu namorado Júnior, pela compreensão, carinho e colaboração. Aos meus colegas Ana Paula, Bruna, Carol, Débora, Fabio, Iara, Larissa, Pricilla, Thainy e Tuane, pessoas que aprendi a gostar, respeitar e admirar, com quem convivi momentos inesquecíveis, muitos risos e choros, muitas lembranças, amizades que levarei pra toda a vida. Aos meus tios Marisa, César e Walquíria e aos meus primos Fábio, Fabricio e Gustavo, que não mediram esforços para me ajudar, pelo carinho e apoio. Aos professores, pela dedicação e por compartilhar seus conhecimentos. Aos pacientes, pela colaboração, carinho e confiança. Enfim, a todos que contribuíram para essa conquista. Nossos sonhos a gente é quem constrói, é vencendo os limites, escalando as fortalezas, conquistando o impossível pela fé. (Jamily) RESUMO O ombro é considerado a articulação de maior amplitude de movimento do corpo humano, sendo responsável pela realização de grande parte da movimentação do membro superior. Diante de tal funcionalidade, a articulação do ombro esta sujeita à ocorrência de diversas afecções. A bursite subacromial é um acometimento da bursa, que provoca uma inflamação dolorosa, está localizada no interior da articulação do ombro, apresenta um líquido sinovial que é responsável pela lubrificação das articulações, esta patologia esta relacionada com uso excessivo e/ou movimentos repetitivos, podendo gerar desconfortos e limitações. O objetivo deste estudo foi verificar a eficácia da intervenção fisioterapêutica com o uso da estimulação elétrica nervosa transcutânea associada à cinesioterapia no tratamento de bursite subacromial. Foi realizado um estudo de caso com paciente do sexo feminino, 73 anos de idade, apresentando quadro álgico, limitações na realização de suas atividades de vida diária, diminuição de ADM e de força muscular. Os materiais utilizados para coleta de dados foram: uma ficha de avaliação contendo todos os dados relacionados à patologia, exame físico e a escala analógica visual de dor (EVA). Os resultados obtidos após a realização das 10 sessões de fisioterapia através da aplicação do protocolo de tratamento proposto neste estudo se mostraram de grande importância no tratamento da bursite subacromial, reduzindo o quadro álgico da paciente, ganho de força muscular e aumento da amplitude de movimento, promovendo uma melhor qualidade de vida e facilitando a realização das suas atividades de vida diária. Palavras chaves: Bursite subacromial. Cinesioterapia. Eletroterapia. ABSTRACT The shoulder joint has the highest grade of motion in the human body, being responsible for the largest part of upper limb movement. With such functionality, the shoulder joint is subject to such conditions. Shoulder bursitis is an involvement of the Bursa which causes a painful inflammation, it`s located inside the shoulder limb and it have a synovial fluid which is responsible for the lubrication of the joints. This condition is related to the excessive use or repetitive movements and can cause limitacion or lack of comfort. The purpose of this study is to describe the efficiency of physiotherapy intervention with transcutaneous nervous electrical stimulation associated with Kinesiotherapy in the treatment of Shoulder bursitis. A study carried out with a female, 73-years-old pacient presenting pain, limitation of daily life activities, movement amplitude and muscular force. all materials used for data collection was: sheet evaluation, physical examination, For evaluation of pain, Visual Analogue Scale. The results obtained after 10 physiotherapy sessions by applying a protocol of treatment proposed in this study has showed very important on the Shoulder bursitis treatment reducing the pain, increasing strength gain, movement amplitude promoting a better quality of life by facilitating their daily activities. Keywords: Shoulder bursitis. Kinesiotherapy. Eletrotherapy. LISTA DE TABELAS TABELA 1: Avaliação da dor segundo a Escala Visual Analógica de Dor............................................................................................ 28 TABELA 2: Avaliação goniométrica de membros superiores ..................... 30 LISTA DE FIGURAS FIGURA 1: Avaliação da dor segundo a Escala Visual Analógica de Dor ...... 26 LISTA DE SIGLAS E ABREVEATURAS ADM - Amplitude de movimento AINEs - Anti-inflamatórios não esteroides EVA - Escala Visual Analógica de dor MG - Minas Gerais TENS - Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea PA – Pressão Arterial SUMÁRIO 1.Introdução ....................................................................................... 15 2. Objetivos ......................................................................................... 16 2.1 Objetivo geral .................................................................................. 16 2.2 Objetivos específicos ...................................................................... 16 3. Justificativa ...................................................................................... 17 4. Referencial teórico .......................................................................... 18 4.1 Anatomia do membro superior ........................................................ 18 4.2 4.3 4.3.1 4.3.2 4.3.3 4.3.4 4.4 4.4.1 4.4.2 4.4.2.1 4.4.2.2 4.4.2.3 5. 5.1 5.2 6. Bursite ............................................................................................. Métodos de avaliação ..................................................................... Goniometria ..................................................................................... Escala Visual Analógica de Dor (EVA) ............................................ Teste de força muscular manual ..................................................... Teste de Dawbarn ........................................................................... Tratamento fisioterapêutico ............................................................. Estimulação elétrica nervosa transcutânea ..................................... Cinesioterapia ................................................................................. Exercícios isométricos ..................................................................... Exercícios isotônicos ....................................................................... Exercícios de Codman ou pendulares ............................................ Metodologia ..................................................................................... Grupo de estudo .............................................................................. Materiais e Métodos ........................................................................ Resultados e discussão .................................................................. 18 19 19 19 20 20 20 21 22 23 23 23 24 24 24 26 7. Conclusão ....................................................................................... Referências bibliográficas ............................................................... Anexos ............................................................................................ Apêndices ........................................................................................ 32 33 37 44 15 1. INTRODUÇÃO De acordo com Campos e colaboradores (2012), o ombro é a articulação do corpo de maior amplitude de movimento, responsável pela realização de grande parte da movimentação do membro superior, sendo necessária a ação de outros mecanismos ativos e passivos para manter-se estável. A bursa subacromial localiza-se entre o músculo deltoide e a cápsula articular, estendendo-se abaixo do ligamento coracoacromial e do acrômio e acima do músculo supra espinhal. Esta permite que as estruturas do espaço subacromial se desloquem durante os movimentos do ombro com o mínimo de atrito, sobretudo contra o arco acromial. A bursa subescapular localiza- se entre o músculo subescapular e o colo da escápula, protegendo-o quando este passa abaixo do processo coracóide e também participando do mecanismo de deslizamento escapulotorácico (MELO, 2011 apud SOUZA, 2001, p.825). A bursite subacromial é um acometimento da bursa que provoca uma inflamação dolorosa, está localizada no interior da articulação do ombro, apresenta um líquido sinovial que é responsável pela lubrificação das articulações, facilita a movimentação e reduz o atrito entre as estruturas que compõem a articulação do ombro (PAULA; MORAES, 2006 apud BERKOW et al., 2002). Uma das principais manifestações apresentadas pelos indivíduos acometidos pela bursite subacromial é a presença de dor e limitação dos movimentos, está relacionada principalmente com a realização de movimentos como abdução e flexão do ombro e de movimentos repetitivos (PAULA; MORAES, 2006 apud BERKOW et al., 2002). O objetivo principal da reabilitação física é melhorar a amplitude de movimento, melhorar a força muscular e a mobilidade articular, facilitando as atividades da vida diária e da vida profissional, além de melhorar a autoimagem e educação do paciente (BIASOLI, 2007). Alguns dos métodos utilizados na reabilitação, são a eletroterapia e a cinesioterapia. Para Biasoli (2007), cinesioterapia são exercícios de fortalecimento do sistema muscular, que apresentam muita importância na reabilitação, estes podem ser classificados quanto à sua intensidade. Já a eletroterapia foi definida como a utilização de correntes elétricas para fins terapêuticos. São considerados métodos que visam facilitar a recuperação dos tecidos lesados. 16 2. OBJETIVOS 2.1. Objetivo geral Identificar os efeitos da associação da estimulação elétrica nervosa transcutânea com a cinesioterapia na reabilitação de paciente com bursite subacromial. 2.2. Objetivos específicos Avaliar o grau de amplitude de movimento do ombro afetado. Analisar a força da musculatura do ombro afetado. Elaborar um programa de exercícios cinesioterapêuticos. Analisar os efeitos proporcionados pelos métodos utilizados. Verificar os efeitos analgésicos da estimulação elétrica nervosa transcutânea. 17 3. JUSTIFICATIVA Justifica-se a escolha do tema devido à grande incidência de indivíduos acometidos por bursite subacromial, tendo esta uma grande relação com os problemas de saúde ocupacional, por se tratar de uma doença significativamente incapacitante e por representar um importante problema socioeconômico. Lesões no ombro provocam dor e redução da mobilidade articular, afetando de forma negativa as habilidades funcionais, atividades profissionais e a qualidade de vida dos indivíduos. Considera-se importante a elaboração de um programa de tratamento fisioterapêutico e a verificação deste em relação à sua eficácia na diminuição dos sintomas causados pela patologia. A fim de estabelecer métodos de tratamento eficaz na diminuição dos sintomas, com a finalidade de promover ao paciente a diminuição das dores e limitações, evitar as possíveis complicações, reintegrá-lo nas suas atividades de vida diária e/ou profissional e principalmente promover uma melhor qualidade de vida. 18 4. REFERÊNCIAL TEÓRICO 4.1. Anatomia do membro superior Segundo Hebert e colaboradores (2003), o ombro é definido como a articulação de maior mobilidade do corpo humano, sendo esta uma das mais vulneráveis. Para Campos e colaboradores (2012), essa articulação necessita de mecanismos ativos e passivos para manter-se estável. As articulações são classificadas em três tipos: fibrosas, cartilaginosas e sinoviais. São funções da articulação sinovial o fornecimento de mobilidade para todo o corpo e a distribuição de força de um segmento para o outro (ROMANI, 2001 apud ENOKA, 2000). As articulações são responsáveis pela realização da movimentação músculo esqueléticas, permitindo a estabilização e distribuição da força entre os segmentos do corpo (DONALD, 2011). A estabilização passiva do ombro é feita pela cápsula articular e os ligamentos glenoumerais, ao mesmo tempo em que o manguito rotador e o tendão longo do músculo bíceps braquial agem ativamente possibilitando um amplo arco de movimento(CAMPOS et al., 2012). Para redução do atrito e o desgaste entre os músculos, tendões e ossos, a articulação do ombro apresenta uma bolsa sinovial preenchida por liquido sinovial (LIMA, 2012). A adequada funcionalidade dos membros superiores é essencial para a manutenção de um estilo de vida independente, realização das atividades da vida diária, retorno ao trabalho e melhora da qualidade de vida (OLIVEIRA, 2008 apud AMARAL et al., 2005; HAYES et al., 2005). 4.2. Bursite Bursite caracteriza-se por uma inflamação ou irritação da bursa, sendo esta uma pequena bolsa localizada entre o osso e outras estruturas, como músculos, tendões ou pele, permitindo e facilitando o deslizamento entre as estruturas. As bursas estão localizadas próximas às articulações (BARBOSA, 2010). 19 A bursite do ombro possui duas fases, a aguda e a de reabilitação, nessa ordem. Os músculos do manguito rotador encontram-se em um espaço restrito entre o tubérculo maior, cabeça do úmero e o acrômio. O movimento de elevação e rotação interna do ombro provoca um atrito entre essas estruturas que pode levar à inflamação da bursa subacromial (CAMPOS et al., 2012). A bursite subacromial tem como principal característica a presença de dor nos ombros, relacionada principalmente com a realização de movimentos como a elevação do membro superior, abdução e rotação externa (PAULA; MORAES, 2006). É considerada como uma patologia musculoesquelética, de incidência comum em todas as idades, sendo caracterizada como uma das grandes causas de afastamento do trabalho (PAULA; MORAES, 2006 apud REZENDE, 2006). A causa mais comum da bursite subacromial esta relacionada com o uso excessivo e/ou movimento repetitivo com elevação do membro superior acima da cabeça (CAMPOS et al., 2012). 4.3. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO 4.3.1. Goniometria A realização da medida da amplitude de movimento (ADM) é um elemento importante na avaliação física do paciente, pois aponta as limitações articulares presentes, além de permitir que os profissionais façam um acompanhamento de forma quantitativa sobre a eficácia das intervenções que foram propostas durante o tratamento, sendo o goniômetro o instrumento mais utilizado (SILVA; CARVALHO, 2015). A goniometria é um método de avaliação utilizado para mensuração dos ângulos articulares do corpo (SARTURI et al., 2009). 4.3.2. Escala visual analógica de dor (EVA) A escala visual analógica segundo Mello e colaboradores (2010) baseia-se em auxiliar na graduação da intensidade da dor do paciente, é um recurso 20 importante para verificação da evolução do paciente durante o tratamento a cada atendimento, de maneira mais fidedigna. Sendo útil também para analisar se o tratamento está sendo eficaz, assim como se há alguma falha no tratamento, de acordo com o grau de melhora ou piora da dor. Sua aplicação é realizada através do questionamento ao paciente quanto ao seu grau de dor, sendo que 0 significa ausência total de dor e 10 o nível de dor máxima suportável pelo paciente. Segundo Ciena e colaboradores (2008) a dor é um sinal vital muito importante, e deve ser sempre analisada para a realização de um tratamento ou conduta terapêutica. 4.3.3. Teste de força muscular manual O teste de força muscular manual será realizado para verificar o grau de força muscular do ombro, conforme descrito por Kendall e colaboradores (2007). A força muscular é definida como a maior força calculada que pode ser executada por um músculo ou por um grupo muscular, a fim de vencer uma resistência durante a realização de um esforço máximo único (KISNER; COLBY, 2005). 4.3.4. Teste de Dawbarn Teste de Dawbarn é utilizado para examinar inflamação na bolsa subacromial. O terapeuta realiza uma pressão na região da bolsa subacromial abaixo do acrômio e realiza uma abdução maior que 90° mantendo a pressão. O teste é positivo se o paciente referir dor (ANTUNES, 2008). 4.4. Tratamento fisioterapêutico A fisioterapia, através da utilização dos seus recursos terapêuticos proporciona um alivio dos sintomas, buscando restabelecer a função normal da articulação do ombro. Dentre esses recursos utilizados está a cinesioterapia e o TENS, que são indicados para quadros dolorosos e processos inflamatórios intra- articular (GOMES; MEJIA, 2012). 21 O tratamento fisioterapêutico é realizado de acordo com a sintomatologia apresentada pelo paciente, a fisioterapia tem papel fundamental na redução dos sintomas por meio de diversas abordagens terapêuticas, melhorando a funcionalidade e a qualidade de vida (Carvalho, 2013). O tratamento da bursite na fase aguda é feito através de procedimentos analgésicos, aplicação de gelo ou frio, imobilização e agentes anti-inflamatórios. Diante da redução dos sintomas são aplicados exercícios de amplitude de movimento, estiramento e exercícios isométricos para ganho de força (CAMPOS et al., 2012). Em relação à fase crônica serão mantidas as condutas anti-inflamatórias, incluindo mobilizações passivas e ativo-assistidas, exercícios resistidos e terapias manuais (Carvalho, 2013). A estimulação elétrica nervosa transcutânea refere-se a um método fisioterapêutico não invasivo empregado no tratamento de dor aguda e crônica. Por apresentar diversos benefícios e um baixo índice de efeitos colaterais, a técnica tem sido realizada como terapia complementar para o alivio da dor através da estimulação de nervos periféricos, por meio de eletrodos que são fixados sobre a pele (MIRA, 2015). Em relação aos exercícios terapêuticos, Matta (2002) afirma que são instrumentos importantes no reestabelecimento funcional musculoesquelético, sendo o objetivo principal a restauração do movimento e da função, sem apresentar sintomas. 4.4.1. Estimulação elétrica nervosa transcutânea A Estimulação elétrica nervosa transcutânea (TENS) é um recurso fisioterapêutico muito empregado para analgesia que promove o alívio da dor (TONELLA, 2006). A TENS é considerado um método vantajoso por não se tratar de um procedimento invasivo e não farmacológico, além de ser confortável para o paciente e também por, praticamente, não apresentar efeitos colaterais (TONNELA, 2006). 22 De acordo com Tonella (2006), os efeitos promovidos pela TENS, como a diminuição do quadro doloroso e a redução do desconforto do paciente, faz com que a atuação fisioterapêutica seja mais efetiva. A atuação da TENS no alívio sintomático da dor e na diminuição da hiperalgesia inflamatória pode ser explicado pela influência do estímulo elétrico no sistema nervoso central. A estimulação de neurônios localizados no corno dorsal da medula, e consequentemente dos receptores opiáceos periféricos, pode resultar na diminuição da concentração de mediadores inflamatórios como o glutamato e o aspartato, envolvidos no processo de hiperalgesia associada à inflamação (SLUKA, VANCE & LISI, 2005). Alguns estudos demonstram que a TENS aplicada com baixa frequência pode ser mais efetiva no controle da dor, pois além de promover interações com a medula espinhal, também promove analgesia através de interações supra- espinhais, favorecendo a liberação de neurotransmissores centrais como serotonina e histamina (TONELLA, 2006 p.26 apud RESENDE et al., 2004). 4.4.2. Cinesioterapia A cinesioterapia é definida como um conjunto de exercícios realizados para a conscientização e fortalecimento dos músculos, não apresentando contra indicações quando realizada de forma correta (LANZA, 2011 apud MORENO, 2009). Considera-se a cinesioterapia como uma terapia realizada através de movimentos, utilizados como forma de reabilitação, sabendo que a execução de movimentos ativos repetidos favorece o aumento da força muscular, melhora a mobilidade, flexibilidade, coordenação da musculatura e uma maior resistência à fadiga (NOLASCO et al., 2007 apudAMARO; GAMEIRO, 2001). A realização de exercícios para fortalecimento muscular tem um papel fundamental na fisioterapia. Os exercícios são classificados de acordo com a intensidade, sendo: exercícios ativos e ativos-resistidos e exercícios passivos. Em relação ao tipo de contração, são classificados em: exercícios isométricos, exercícios isotônicos (excêntricos e concêntricos) e os exercícios isocinéticos (BIASOLI, 2007). 23 4.4.2.1. Exercícios isométricos São exercícios que promovem uma contração de grupos musculares ou de apenas um músculo, sem causar movimentos das articulações ligadas a eles. Estes exercícios são capazes de gerar um aumento da força muscular sem movimentação articular e sem atividade muscular dinâmica, é de fundamental importância para a fisioterapia na reabilitação de lesões e ou quadros inflamatórios (MESQUITA et al., 2008). 4.4.2.2. Exercícios isotônicos São considerados um trabalho muscular dinâmico, envolvendo contrações longas, apresentando oscilação rítmica entre relaxamento e contração. São divididos em concêntricos e excêntricos (BIASOLI, 2007). 4.4.2.3. Exercícios de Codman ou pendulares Os exercícios de Codman são realizados para ganho de mobilidade articular do ombro, devido ao uso de técnicas de movimentação que aproveitam o feito da gravidade para promover a separação do úmero da cavidade glenóide, promovendo o alivio da dor, e permitindo uma mobilidade precoce das estruturas articulares e liquido sinovial. No inicio do tratamento não é acrescentado peso para a realização do movimento, porém, a medida que o paciente tolerar a dor, utiliza-se uma resistência para que consiga uma separação articular (CONTI, 2009). 24 5. METODOLOGIA 5.1. Grupo de estudo Foi realizado um estudo de campo quantitativo, do tipo estudo de caso. A pesquisa foi realizada com paciente do sexo feminino, 73 anos de idade com diagnóstico de bursite subacromial, residente na cidade de Paracatu – MG. Sendo critério para exclusão da pesquisa, pessoas que apresentem qualquer uma das contra indicações de uso da eletroestimulação nervosa transcutânea e outra patologia associada. O estudo quantitativo, segundo Dalfovo e colaboradores (2008) apud RICHARDSON (1989, p.4): Este método caracteriza-se pelo emprego da quantificação, tanto nas modalidades de coleta de informações, quanto no tratamento dessas através de técnicas estatísticas, desde as mais simples até as mais complexas. 5.2. Materiais e Métodos O estudo foi realizado através da aplicação de um protocolo de tratamento no qual foram analisados os efeitos da associação de recursos fisioterapêuticos, sendo estes recursos os exercícios cinesioterapêuticos e a eletroestimulação. O tratamento foi realizado na Clínica Escola de fisioterapia da Faculdade Tecsoma, na cidade de Paracatu – MG. A paciente foi devidamente esclarecida sobre o trabalho que foi realizado e sobre o tratamento proposto, estando de acordo assinou um termo de consentimento livre e esclarecido, para a realização do estudo, que foi realizado no período entre os meses de março e abril de 2016. Foi aplicada uma ficha de avaliação, própria para a articulação do ombro, contendo todos os dados necessários para verificação de alguns pontos importantes e para a comprovação da bursite subacromial. Foi feita a aplicação do teste de Dawbarn, teste utilizado segundo Antunes (2008), para verificar presença de inflamação da bolsa subacromial. 25 Utilizou-se a escala visual analógica de dor (EVA) para a quantificação de dor. Para a avaliação da força muscular dos membros superiores foi utilizada a escala de força manual descrita por Kendall e colaboradores (2007). Para avaliar o grau de amplitude de movimento do ombro afetado, foi utilizado o goniômetro da marca Futura Saúde. De acordo com Marques (2014), o termo goniometria é formado por duas palavras gregas: gonia, que significa ângulo, e metron, que significa medida. Portanto, goniometria refere-se à medida de ângulos articulares presentes nas articulações dos seres humanos. Em seguida, foram realizadas 10 sessões, entre o dia 29 de março a 11 de abril, durante 50 minutos. As sessões foram compostas pela utilização inicialmente da TENS da marca HTM. Posteriormente foram feitos exercícios cinesioterapêuticos para ganho de amplitude de movimento, alongamento e força muscular. A cinesioterapia deve ser uma intervenção principal dos planos de tratamento fisioterapêutico, principalmente quando relacionadas às disfunções do sistema musculoesquelético, visando eliminar ou reduzir a limitação funcional e a incapacidade, além de evitar a progressão da patologia e prevenir as possíveis complicações e recidivas. O exercício terapêutico possibilita ao paciente tornar-se um participante ativo no tratamento, promovendo uma independência funcional. Sendo o exercício terapêutico o recurso principal na reabilitação do ombro (MELO, 2011 apud GONÇALVES, 2009). Foram utilizados, para a realização dos exercícios cinesioterapêuticos, halteres com pesos que foram graduados, bastões, escada de dedos, polia, bolas e faixas elásticas (Thera band). 26 6. RESULTADOS E DISCUSSÃO O estudo foi realizado com paciente do sexo feminino, 73 anos de idade, com diagnóstico de bursite subacromial. Foram realizadas dez sessões, cinco vezes por semana, as sessões tiveram duração de cinquenta minutos, sendo realizado o acompanhamento entre os meses de março e abril de dois mil e dezesseis. A paciente foi submetida a uma avaliação inicial e uma ao final das sessões. As sessões eram compostas inicialmente pela aferição da pressão arterial e a quantificação da dor relatada pela paciente de acordo com a escala visual analógica de dor (EVA), em seguida era realizada a aplicação da estimulação elétrica nervosa transcutânea com frequência de 10 Hz e intensidade de 100 μA por 20 minutos e ao final eram realizados os exercícios cinesioterapêuticos por 30 minutos. Figura 1: Avaliação da dor segundo a Escala Visual Analógica de Dor. FONTE: O autor A figura 1 mostra os resultados obtidos em relação à evolução da diminuição da dor apresentada pela paciente durante o tratamento, utilizando a Escala Visual de 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 1° 2° 3° 4° 5° 6° 7° 8° 9° 10° Sessões 27 Dor (EVA). Observa-se que a paciente teve uma diminuição significativa da dor, reduzindo a zero ao final das dez sessões, em consequência da aplicação da TENS juntamente com a realização da cinesioterapia. A dor apresentada pela paciente na primeira avaliação era de grau 8, mantendo essa graduação na segunda sessão; na primeira e segunda sessões foram utilizados recursos para analgesia e ganho de amplitude de movimento; na terceira sessão apresentou grau 3, nesta sessão foram mantidos os recursos utilizados e foram acrescentados exercícios para fortalecimento; porém na quarta sessão a paciente chegou queixando-se de dor, apresentando grau 7, o exercício de fortalecimento foi suspenso, sendo realizado somente a TENS para analgesia; a partir da quinta sessão até a nona sessão a paciente apresentou grau 2, no qual foram realizados recursos analgésicos, alongamento e fortalecimento, e a na última sessão apresentou grau 0, significando a ausência de dor. A dor é considerada segundo Ciena e colaboradores (2008), um sinal vital muito importante tal como os outros sinais vitais, e deve ser sempre empregada no ambiente clínico, para a realização de um tratamento ou conduta terapêutica. Esses dados condizem com o estudo de Paula e Moraes (2006) que as dores e limitações dos movimentos são as principais características apresentados pelos pacientes com bursite subacromial. Os resultados obtidos no presente estudo, tais como o aumento da amplitude de movimento e a diminuição do quadroálgico, estão de acordo com os resultados obtidos no estudo realizado por Frantz e colaboradores (2012), com duração de seis sessões, em paciente de 56 anos de idade do sexo feminino, apresentando diminuição da amplitude de movimento e quadro álgico de ombro esquerdo, o tratamento realizado baseou-se na realização da cinesioterapia, terapia manual, TENS e exercícios pendulares de Codman. 28 Tabela 1: Avaliação goniométrica de membros superiores FONTE: O autor A tabela 1 mostra os resultados obtidos em relação à amplitude de movimento de membros superiores direito e esquerdo antes e após o tratamento através da goniometria. Em membro superior direito nota-se que na primeira avaliação a paciente apresentou flexão de ombro de 30° e 150° na ultima avaliação, observando-se um aumento de 120°; no movimento de extensão de ombro os valores foram 20° inicialmente e 30° ao final; em abdução a amplitude de movimento era de 70° inicial e ao final 150°; adução encontrada na primeira avaliação foi de 20° e 30° na avaliação final; em rotação interna 40° na primeira e 50° ao final e em relação à rotação externa foi encontrada na avaliação inicial 10° e ao final 40° de ADM. Em membro superior esquerdo observa-se que na primeira avaliação a flexão de ombro foi de 90° e ao final de 150°; a extensão de ombro inicial foi de 30° e 40° na avaliação final; na abdução os valores foram 90° na primeira avaliação e 160° na Ombro direito Ombro esquerdo Movimento Articular Antes Depois Antes Depois Flexão 30° 150° 90° 150° Extensão 20° 30° 30° 40° Abdução 70° 150° 90° 160° Adução 20° 30° 20° 30° Rotação Interna 40° 50° 60° 70° Rotação Externa 10° 40° 20° 60° 29 ultima avaliação; na adução a goniometria inicial foi de 20° e 30° ao final; a rotação interna inicialmente foi de 60° e ao final de 70° e a rotação externa foi de 20° na primeira avaliação e 60° ao final das sessões. Para ganho de amplitude de movimento foram realizados os exercícios de Codman, são exercícios que promovem o alívio da dor e permitem uma mobilidade precoce das estruturas articulares e do liquido sinovial (CONTI, 2009). Observa-se um aumento da amplitude de movimento ao final das sessões em ambos os membros superiores, direito e esquerdo, esse ganho em ombro esquerdo explica-se devido aos exercícios realizados para ganho de amplitude de movimento que são realizados por ambos os membros superiores, e não somente pelo ombro direito que apresenta a patologia. Em um estudo realizado por Silva e Carvalho (2015), com um paciente de 40 anos de idade, do sexo masculino, apresentando quadro de dor e limitação de ombro direito, em que o paciente foi submetido a um programa de exercícios terapêuticos, durante nove sessões, no qual os resultados encontrados no estudo estão de acordo com o presente estudo, pois ambos os estudo evidenciam que após o programa de exercícios terapêuticos os pacientes apresentaram aumento da amplitude de movimento articular. 30 Tabela 2: Avaliação da força muscular em membros superiores. FONTE: O autor. A tabela 2 representa a evolução em relação ao ganho de força muscular através da escala de força manual antes e após as sessões com a realização da cinesioterapia. Em relação ao membro superior direito, observa-se um aumento da força muscular em 1 grau para flexores, extensores, abdutores e adutores de ombro e um aumento de 2 graus para rotadores internos e externos. Em membro superior esquerdo, obteve um aumento de força muscular de 1 grau para flexores, extensores, abdutores, adutores e rotadores internos e externos. O teste de força muscular manual é realizado através da graduação de 0 a 5, no qual, o grau 0 significa nenhuma contração visível ou palpável; grau 1 ligeira contração, sem movimento; grau 2 movimento sem ação da gravidade; grau 3 movimento contra a gravidade; grau 4 movimento contra a gravidade contra Ombro direito Ombro esquerdo Grupos musculares Antes Depois Antes Depois Flexores 3 4 4 5 Extensores 3 4 4 5 Abdutores 3 4 4 5 Adutores 3 4 4 5 Rotadores Internos 2 4 3 4 Rotadores Externos 2 4 3 4 31 resistência moderada; grau 5 movimento contra resistência máxima, conforme descrito por Kendall e colaboradores (2007). Durante as sessões foram realizados exercícios isométricos e isotônicos para fortalecimento muscular, os exercícios isométricos são definidos por Mesquita e colaboradores (2008) como exercícios onde ocorre a contração muscular, porem não existe o encurtamento dos músculos e do ângulo articular, são exercícios que promovem o aumento da força muscular e também contribuem para uma melhor resistência. Já os exercícios isotônicos são de duas formas, a concêntrica onde ocorre a contração do músculo e a tração de outra estrutura, como um tendão, produzindo o movimento e reduzindo o ângulo da articulação, e a forma excêntrica onde o músculo aumenta o seu tamanho durante a contração e como consequência há um aumento do ângulo articular. Segundo Kisner e Colby (2005) os exercícios de fortalecimento promovem uma melhora no desempenho muscular, restauram, melhorando e mantendo a força, potencia e resistência à fadiga. Além disso, os exercícios contribuem para o aumento da densidade óssea, diminuem a sobrecarga sobre as articulações durante a realização das AVDs, proporcionam uma redução dos riscos de lesões e promovem bem estar físico. 32 7. CONCLUSÃO Conclui-se que os efeitos da associação da estimulação elétrica nervosa transcutânea com a cinesioterapia na reabilitação de paciente com bursite subacromial proporcionou uma melhora significativa dos sintomas, melhorando a qualidade de vida da paciente. É imprescindível a realização de estudos, especialmente em longo prazo, para a comprovação dos benefícios das técnicas utilizadas na bursite subacromial. 33 REFERÊNCIAS ABREU, E. A. de; SANTOS, J. D. M. dos; VENTURA, P. L. Eficácia analgésica da associação da eletroestimulação nervosa cutânea e crioterapia na lombalgia crônica. Rev Dor. São Paulo, jan./mar. 2011. Disponível em: < http://files.bvs.br/upload/S/1806-0013/2011/v12n1/a1783.pdf>. Acesso em: 25 out. 2015. ANTUNES, G. L. Ombro. Unip. 2008. 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Acesso em: 18 set. 2015. 37 ANEXOS ANEXO A - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (Conselho Nacional de Saúde, Resolução 196/96). Eu, _____________________________________RG , abaixo qualificado (a), declaro para fins de participação em pesquisa, que fui devidamente esclarecido (a) sobre o Projeto de Pesquisa intitulado: Efeitos da associação de métodos fisioterapêuticos no tratamento de bursite subacromial, desenvolvido pela aluna Jéssica Lorrane de Oliveira Martins, do curso Bacharelado de Fisioterapia da Faculdade Tecsoma, quanto aos seguintes aspectos: A bursite é um processo inflamatório da bursa, causando dor e limitação na realização de movimentos PAULA; MORAES (2006) apud BERKOW et al (2002). Haverá a aplicação de um protocolo de tratamento baseado na aplicação de eletroestimulação nervosa transcutânea associada à cinesioterapia entre os meses de Março e Abril de 2016, no estágio supervisionado pela fisioterapeuta Michele Faria Lima, na clínica escola da Faculdade Tecsoma, na cidade de Paracatu-MG. O programa de tratamento do ombro tem como objetivo o reestabelecimento da amplitude de movimento e da força muscular de forma funcional e progressiva MELO (2011). O paciente tem a liberdade de recusar a sua participação ou retirar o seu consentimento em qualquer fase da pesquisa, sem penalização alguma e sem prejuízo ao seu tratamento e cuidado. É garantido sigilo e a privacidade dos dados confidenciais envolvidos na pesquisa. DECLARO, outrossim, que após convenientemente esclarecido pelo pesquisador e ter entendido o que me foi explicado, consinto voluntariamente em participar desta pesquisa. Paracatu-MG _____ de ___________ de 2016. 38 QUALIFICAÇÃO DO DECLARANTE TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE ESCLARECIDO Objeto da Pesquisa Nome:__________________________________________________________ RG: __________________Data de nascimento: ___/___/____ Sexo: M ( ) F( ) Endereço: _______________________________________________________ n°: _______ Bairro: ___________________Cidade: ______________________ CEP: __________ Tel.: ____________________________________________ Assinatura do Declarante DECLARAÇÃO DO PESQUISADOR DECLARO, para fins de realização da pesquisa, ter elaborado este Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), cumprindo todas as exigências contidas no capitulo IV da Resolução 196/96 e que obtive, de forma apropriada e voluntaria, o consentimento livre e esclarecido do declarante acima qualificado para a realizaçãodesta pesquisa. Paracatu, _____ de _________ 2016 Jéssica Lorrane de Oliveira Martins Assinatura do Pesquisador 39 ANEXO B – Ficha de avaliação 1. Dados de identificação Nome do paciente:__________________________Data da avaliação: __/__/__ Endereço:_______________________________________________________ Telefone:______________Sexo: ___________Profissão:__________________ Idade:__________Estado civil:_______________ Cidade:_________________ Médico responsável:______________________________________________ Ombro afetado: D ( ) E ( ) Ombro dominante: D ( ) E ( ) 2. Anamnese Queixa principal: ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________ História da moléstia atual (HMA): ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________ História da moléstia pregressa (HMP): ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________ Antecedentes pessoais: _______________________________________________________________ Antecedentes cirúrgicos: _______________________________________________________________ 3. Informações adicionais Diagnóstico Clínico: _______________________________________________________________ 40 Exames complementares: _______________________________________________________________ Medicamentos que faz uso: _______________________________________________________________ 4. Exame físico Geral: PA: FC: FR: Teste Diagnóstico: 5. GONIOMETRIA Ombro direito Ombro esquerdo Movimento Articular Antes Depois Antes Depois Flexão Extensão Abdução Adução Rotação Interna Rotação Externa 41 6. FORÇA MUSCULAR Grau 0 – Ausência de movimento Grau 1 – Contração sem movimento Grau 2 – Movimento sem gravidade Grau 3 – Movimento contra gravidade Grau 4 – Resistencia parcial Grau 5 – Resistencia total Ombro direito Ombro esquerdo Grupos musculares Antes Depois Antes Depois Flexores Extensores Abdutores Adutores Rotadores Internos Rotadores Externos 42 7. ESCALA VISUAL ANALÓGICA DE DOR Intensidade da dor: ______ 8. Exame do comportamento motor Função (AVD´s): ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ _______________________________________________________ 9. Objetivos do tratamento ___________________________________________________________________ ___________________________________________________________________ _______________________________________________________ 10. Conduta Fisioterapêutica __________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________ ___________________________________________________________ Data: ___/___/___ Estagiário (a):_________________________________________________________ Supervisor de estágio:___________________________________________________ 43 ANEXO C - Escala Visual Analógica da Dor Fonte: Carneiro, 2016. 44 APÊNDICES APÊNDICE A – PROTOCOLO DE ATENDIMENTO Aplicação da TENS de baixa frequência (10 Hz) e intensidade de acordo com a tolerância da paciente, durante 20 minutos. Alongamento ativo de grupos musculares de membros superiores, mantendo por 3 série de 20 segundos. Exercícios ativo livre em membros superiores, no movimento de flexão, extensão, rotação interna, rotação externa, abdução e adução de ombro e rotação de escápulas, 3 series de 10 repetições. Exercício isométrico com uso de bola e faixa elástica, mantendo por 3 séries de 20 segundos. Exercício isotônico com graduação de cargas, utilizando bastão, bola e halteres, no movimento de flexão, extensão, rotação interna, rotação externa, abdução e adução de ombro, 3 séries de 10 repetições. Exercícios de Codman ou pendulares com bola e halter ½ Kg, 3 séries de 10 repetições. 45 APÊNDICE B – DESCRIÇÃO DAS SESSÕES 1ª Sessão – 30/03/2016 Paciente em bom estado geral, colaborativa, apresentando dados vitais, PA = 110 x 60 mmHg, referiu de acordo com a escala de dor (EVA) estar sentindo dor grau 8. Foi realizada a aplicação da TENS de baixa frequência (10 Hz) por 20 minutos com intensidade máxima igual a 100. CONDUTA: Alongamento ativo de membros superiores, utilizando o bastão e a escada de dedos; fortalecimento de forma isométrica utilizando a bola e exercício ativo livre de rotação interna e externa. A sessão teve duração de 50 minutos. 2ª Sessão – 31/03/2016 Paciente em bom estado geral, colaborativa, apresentando dados vitais, PA = 120 x 60 mmHg, referiu de acordo com a escala de dor (EVA) estar sentindo dor grau 8. Foi realizada a aplicação da TENS de baixa frequência (10 Hz) por 20 minutos com intensidade máxima igual a 100. CONDUTA: Alongamento ativo de membros superiores, utilizando o bastão e a escada de dedos; fortalecimento de forma isométrica utilizando a bola e exercício ativo livre de rotação interna e externa. A sessão teve duração de 50 minutos. 3ª Sessão – 01/04/2016 Paciente em bom estado geral, colaborativa, apresentando dados vitais, PA = 120 x 80 mmHg, referiu de acordo com a escala de dor (EVA) estar sentindo dor grau 3. Foi realizada a aplicação da TENS de baixa frequência (10 Hz) por 20 minutos com intensidade máxima igual a 100. CONDUTA: Alongamento ativo de membros superiores, utilizando o bastão e a escada de dedos; fortalecimento de forma isométrica utilizando a bola e faixa elástica; exercícios de Codman ou pendulares livre; exercício ativo livre de rotação interna e externa e exercício de polias para ganho de amplitude de movimento. 46 A sessão teve duração de 50 minutos. 4ª Sessão – 04/04/2016 Paciente em bom estado geral, apresentando dados vitais, PA = 120 x 80 mmHg, referiu de acordo com a escala de dor (EVA) estar sentindo dor grau 7. Foi realizada a aplicação da TENS de baixa frequência (10 Hz) por 25 minutos com intensidade máxima igual a 100. CONDUTA: Foi realizada apenas uma massagem no local, pois a paciente relatou estar sentindo muita dor e preferiu não realizar os exercícios. A sessão teve duração de 30 minutos. 5ª Sessão – 05/04/2016 Paciente em bom estado geral, colaborativa, apresentando dados vitais, PA = 120 x 70 mmHg, referiu de acordo com a escala de dor (EVA) estar sentindo dor grau 2. Foi realizada a aplicação da TENS de baixa frequência (10 Hz) por 20 minutos com intensidade máxima igual a 100. CONDUTA: Alongamento ativo de membros superiores, utilizando o bastão e a escada de dedos; fortalecimento de forma isotônica utilizando a faixa elástica e bola; exercícios de Codman ou pendulares com bola; exercício ativo de rotação interna e externa utilizando bola e exercício de polias para ganho de amplitude de movimento. A sessão teve duração de 50 minutos. 6ª Sessão – 06/04/2016 Paciente em bom estado geral, colaborativa, apresentando dados vitais, PA = 120 x 70 mmHg, referiu de acordo com a escala de dor (EVA) estar sentindo dor grau 2. Foi realizada a aplicação da TENS de baixa frequência (10 Hz) por 20 minutos com intensidade máxima igual a 100. CONDUTA: Alongamento ativode membros superiores, utilizando o bastão e a escada de dedos; fortalecimento de forma isotônica utilizando faixa elástica e com halter de ½ kg; exercícios de Codman ou pendulares com halter de ½ kg; exercício 47 ativo de rotação interna e externa utilizando bola e exercício de polias para ganho de amplitude de movimento. A sessão teve duração de 50 minutos. 7ª Sessão – 07/04/2016 Paciente em bom estado geral, colaborativa, apresentando dados vitais, PA = 130 x 70 mmHg, referiu de acordo com a escala de dor (EVA) estar sentindo dor grau 2. Foi realizada a aplicação da TENS de baixa frequência (10 Hz) por 20 minutos com intensidade máxima igual a 100. CONDUTA: Alongamento ativo de membros superiores, utilizando o bastão e a escada de dedos; fortalecimento de forma isotônica utilizando a faixa elástica e com halter de ½ kg; exercícios de Codman ou pendulares com halter de ½ kg; exercício ativo de rotação interna e externa utilizando bola e exercício de polias para ganho de amplitude de movimento. 8ª Sessão – 08/04/2016 Paciente em bom estado geral, colaborativa, apresentando dados vitais, PA = 120 x 80 mmHg, referiu de acordo com a escala de dor (EVA) estar sentindo dor grau 2. Foi realizada a aplicação da TENS de baixa frequência (10 Hz) por 20 minutos com intensidade máxima igual a 100. CONDUTA: Alongamento ativo de membros superiores, utilizando o bastão e a escada de dedos; fortalecimento de forma isotônica utilizando a faixa elástica e com halter de ½ kg; exercícios de Codman ou pendulares com halter de ½ kg; exercício ativo de rotação interna e externa utilizando bola e exercício de polias para ganho de amplitude de movimento. A sessão teve duração de 50 minutos. 9ª Sessão – 11/04/2016 Paciente em bom estado geral, colaborativa, apresentando dados vitais, PA = 120 x 70 mmHg, referiu de acordo com a escala de dor (EVA) estar sentindo dor grau 2. 48 Foi realizada a aplicação da TENS de baixa frequência (10 Hz) por 20 minutos com intensidade máxima igual a 100. CONDUTA: Alongamento ativo de membros superiores, utilizando o bastão e a escada de dedos; fortalecimento de forma isotônica utilizando a faixa elástica e com halter de ½ kg; exercícios de Codman ou pendulares com halter de ½ kg; exercício ativo de rotação interna e externa utilizando bola e exercício de polias para ganho de amplitude de movimento. A sessão teve duração de 50 minutos. 10ª Sessão – 12/04/2016 Paciente em bom estado geral, colaborativa, apresentando dados vitais, PA = 110 x 80 mmHg, referiu de acordo com a escala de dor (EVA) estar sentindo dor grau 0, ausência de dor. Foi realizada a aplicação da TENS de baixa frequência (10 Hz) por 20 minutos com intensidade máxima igual a 100. CONDUTA: Alongamento ativo de membros superiores, utilizando o bastão e a escada de dedos; fortalecimento de forma isotônica utilizando a faixa elástica e com halter de ½ kg; exercícios de Codman ou pendulares com halter de ½ kg; exercício ativo de rotação interna e externa utilizando bola e exercício de polias para ganho de amplitude de movimento. A sessão teve duração de 50 minutos.
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