Buscar

Avaliação Trabalho de Grupo PTG ------ Pronto

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 16 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Sistema de Ensino Presencial Conectado
LICENCIATURA EM educação física
NOME
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO FÍSICA 
Macapá 
2017
NOME
	
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO FÍSICA 
Trabalho apresentado ao Curso de Pedagogia da UNOPAR – Universidade do Norte do Paraná, para as disciplinas Metodologia Científica; Medidas e Avaliação em Educação Física; Metodologia do Ensino da Natação; Fundamentos do Treinamento Desportivo; Projeto de Pesquisa em Educação Física; Seminário da Prática: Tópicos Especiais.
Profs: Mari Clair Moro Nascimento, Renata de Prof. Ms. Túlio B.M.A. Moura; Prof.ª Dnda Eloise W. Almeida; Prof. Ms. Thiago Viana Camata; Prof. Ms. Mario Carlos W. Balvedi; Prof. Dr. Márcio Teixeira
Tutor (a) de sala:
	
Macapá
2017
1. INTRODUÇÃO
A avaliação é indispensável no processo de ensino e aprendizagem, pois é um dos meios que o professor utiliza para compreender se os alunos assimilaram ou não os conteúdos abordados em sala de aula. Também pode analisar se sua metodologia está contextualizada com o processo avaliativo. As Instituições de Ensino podem observar se os objetivos propostos nos planejamentos estão sendo alcançados. Assim, por ser uma ferramenta tão importante no cotidiano escolar é importante realizar um estudo sobre como está ferramenta é desenvolvida, especificamente à disciplina de Educação Física.
Partindo do princípio que a avaliação é um momento que não pode ser separado do processo ensino e aprendizagem, pois “a avaliação educacional, em geral, e a avaliação da aprendizagem escolar, em particular, são meios e não fins em si mesma” (LUCKESI, 2006, p. 28) compreendemos que a avaliação não é atuante independente no contexto escolar, para ser validada deve ser contextualizada socialmente, atendendo aos requisitos de um modelo teórico de sociedade e de educação.
Entendemos Que a avaliação é uma atividade indispensável no contexto escolar, pois permite refletir sobre o ensino e aprendizagem, analisar se os objetivos educacionais propostos estão sendo alcançados, possibilitando orientar a prática pedagógica e diagnosticar os problemas referentes a aprendizagem (BARBOSA, 2008).
Gava et al (2010) corrobora dizendo que:
A Educação Física tem um papel fundamental na Educação [...], pois possibilita diversidade de experiências e situações, por meio de vivências. Essas vivencias e experiências com o corpo possibilitam que a criança descubra seu limite, valorize seu próprio corpo, compreenda suas possibilidades e perceba a origem de cada movimento. É a partir destas experiências que as crianças começam a usar mais facilmente a linguagem corporal, ajudando-a no seu desenvolvimento para a descoberta de capacidades intelectuais e afetivas.
É coerente afirmarmos que a avaliação nas aulas de Educação Física, como nas demais disciplinas, deve possuir um significado, no entanto, este muitas vezes é limitado, pois muitos professores não entendem como devem proceder no processo avaliativo em suas aulas, geralmente buscam fonte de entendimento em ideologias tradicionais, as quais não são capazes de proporcionar uma eficiente compreensão de tal fenômeno educativo (SOARES et al, 1992).
A Educação Física enquanto componente curricular da Educação Básica deve assumir uma tarefa que ao introduzir e integrar o aluno na cultura corporal de movimento, formando o cidadão que vai produzi-la, reproduzi-la e transformá-la através do gesto motor, habilidades aprendidas e valores trabalhados, durante as aulas de Educação Física (BETTI & ZULLIANI, 2005).
Na maioria das vezes, a avaliação nas aulas de Educação Física é efetivada pela consideração do domínio de técnicas, movimentos técnicos, “destrezas motoras”, “qualidades físicas”, ou até mesmo, apenas pela presença nas aulas, utilizando desses critérios para aprovar ou reprovar os alunos (SOARES et al, 1992).
O presente trabalho trata da temática métodos de avaliação na disciplina de Educação Física, tal tema vem sendo discutida ao longo de estudos, que buscam mostrar maneiras de avaliar aulas de educação física nas diversas etapas da escolaridade. Este trabalho tem como objetivos: Compreender os métodos de avaliação voltados para a Educação Física Escolar; Criar um método de avaliação que possa ser utilizado durante as aulas de Educação Física na Educação Básica; Refletir sobre como o Professor de Educação Física utiliza os dados provenientes dos métodos de avaliação para aprimorar o método de ensino. 
1. MÉTODOS DE AVALIAÇÃO VOLTADOS PARA A EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR.
 Ouvir falar de avaliação costuma causar certo tipo de constrangimento ou medo por parte dos alunos, pois logo a relacionam com atribuição de uma nota para aprovação ou reprova. A avaliação é um processo mais amplo que atribuir uma nota. Na verdade, avaliar é um processo que procura auxiliar o aluno a aprender, mais e melhor. Em outras palavras, avaliar é mais complexo do que tomar exclusivamente o desempenho dos alunos em uma prova e considerá-lo aprovado ou reprovado, mesmo porque cada aluno chega à escola e às práticas corporais com certo nível de conhecimento, carregando experiências anteriores e com características pessoais. 
Particularmente, para a Educação Física avaliar implica ajudar o aluno a perceber as suas facilidades, as suas dificuldades e, sobretudo, pretende ajudá-lo a identificar os seus progressos de tal modo que tenha condições de continuar avançando.
De um modo geral, o processo de ensino e aprendizagem vem passando por uma série de transformações e mudanças ao longo dos anos. Desse modo, com a disciplina de Educação Física não poderia ser diferente, uma vez que a mesma está diretamente ligada às relações que se estabelecem dentro e fora do contexto escolar.
Durante muito tempo a avaliação destinou-se a fazer seleção e rotular alunos, esses rótulos provocavam danos incorrigíveis ao processo de ensino aprendizagem dos alunos. A avaliação era feita somente ao término de um período predeterminado pela escola, comprometendo, assim, todo o processo de aprendizagem, descartando as possibilidades de recuperação. Atualmente, ainda são encontrados profissionais que se encaixam neste perfil de avaliador.
O processo avaliativo em Educação Física, por algumas vezes, tem sido caracterizado como uma avaliação retrógrada e obsoleta, empregada muitas vezes não somente pelo professor de Educação Física, como também por professores de diferentes disciplinas, preocupando-se meramente com o aluno como objeto avaliado.
Nesse sentido Luckesi (2006, p. 34) afirma que: “[...] o julgamento de valor sobre o objeto avaliado [...] passa a ter a função estática de classificar um objeto ou ser humano histórico num padrão determinado”. Sendo assim, a avaliação ocorre do mesmo modo com todos os alunos, como se o aprendizado ocorresse da mesma forma, em um único momento e em condições análogas para todos. 
Segundo Souza (1990), os critérios utilizados para a avaliação em Educação Física, eram pautados no rendimento e baseavam-se em padrões de movimentos preestabelecidos por pessoas que não eram da área. Os métodos de avaliação eram deste modo, de fácil quantificação. Contudo, para se evitar o provável uso critérios de avaliação subjetivos, o professor, de acordo com este autor, empregava modelos prontos e a comparação entre os resultados de seus alunos, bem como dos sucessos obtidos em competições esportivas. Neste sentido, a avaliação era realizada no fim do processo, podendo-se dizer que possuía um caráter somativo e classificatório, já que atribuía nota de acordo com o desempenho final do educando, confrontado com o dos outros alunos.
Na perspectiva tradicional ou esportivista, a qual era muito presente no país, a partir da década de 1970, as formas avaliativas em Educação Física enfatizavam o desempenho das capacidades físicas, as habilidades motoras, o aluno era avaliado por testes físicos ou pelo seu desempenho nos esportes. 
É notório que, em Educação Física escolar, existe uma reprodução de paradigma da aptidão física,e esta reprodução é aplicada tanto nas aulas quanto na avaliação delas. Esta avaliação precisa ser mais do que meramente aplicação de testes motores com finalidade de seleção e aprovação, já que esta finalidade corrobora e legitima a discriminação dos mais aptos, sobre os menos aptos contribuindo para o fracasso da disciplina e até mesmo da escola. 
Segundo Freitas, a avaliação é composta, de três componentes:
O primeiro deles é o aspecto ‘instrucional’ – o lado mais conhecido da avaliação –, pelo qual se avalia o domínio de habilidades e conteúdos em provas, chamadas, trabalhos e etc. [...] O segundo componente, constituído pela avaliação do ‘comportamento’ do aluno em sala, é um poderoso instrumento de controle em ambiente escolar, já que permite ao professor exigir do aluno obediência às regras. O poder dessa exigência está ligado, ao fato de o professor ter a possibilidade de aprovar ou reprovar a partir do elemento anterior, ou seja, a partir da avaliação da instrução. [...] Finalmente, existe o terceiro aspecto: a avaliação de ‘valores e atitudes’, que ocorre cotidianamente em sala de aula e que consiste em dispor o aluno a reprimendas verbais e físicas, comentários críticos e até humilhação perante a classe, criticando seus valores e suas atitudes. (FREITAS, 2003)
A atribuição da nota e mesmo a avaliação que o professor realizava da aprendizagem dos alunos não era informada aos mesmos, os professores não explicavam aos alunos os objetivos dos testes. Todos os estudantes eram submetidos aos testes. A nota era resultado exclusivo do desempenho do aluno na prática esportiva, ou seja, se o aluno tinha um bom desempenho, sua nota era máxima, não importando o seu nível inicial, nem o seu conhecimento sobre questões conceituais do esporte, ou o desenvolvimento de suas atitudes e valores nas aulas. 
Segundo Souza (1990), os critérios utilizados para a avaliação em Educação Física, eram pautados no rendimento e baseavam-se em padrões de movimentos preestabelecidos por pessoas que não eram da área. Os métodos de avaliação eram deste modo, de fácil quantificação. Contudo, para se evitar o provável uso critérios de avaliação subjetivos, o professor, de acordo com este autor, empregava modelos prontos e a comparação entre os resultados de seus alunos, bem como dos sucessos obtidos em competições esportivas. segundo a concepção crítica do coletivo de autores, a avaliação em Educação Física vem sendo empregada para preencher uma exigência burocrática da escola e do sistema de ensino, onde a assiduidade ou exames de aptidão física são os únicos procedimentos avaliativos.
Por isso, a avaliação, enquanto componente do processo educacional, necessita estar coesa com os princípios que amparam o projeto político pedagógico da escola. De tal modo, ela não se resumirá a um momento ou a períodos pré-estabelecidos, que apenas atendam às normas da escola, bem como não poderá moldar-se nos critérios avaliativos habitualmente empregados. Ela precisa, também, indicar se prática pedagógica foi adequada para acarretar uma verdadeira retenção do conhecimento, delimitada pela linha basal do projeto político pedagógico. Assim, a avaliação em Educação Física deve distinguir, diagnosticar, desenvolver e incitar a expressão individual, os costumes próprios e a afetividade, tornando viável a aprendizagem e formação integral dos alunos. Ela deve ter uma perspectiva formativa reguladora, que deve reconhecer as diferentes trajetórias de vida dos alunos e, para isso é preciso flexibilizar os objetivos. 
Segundo Carvalho et al. (2000, p. 222):
A avaliação precisa ser discutida numa concepção de totalidade, pois o trabalho pedagógico que se efetiva numa dada instituição escolar sofre determinações sociais que ultrapassam os muros da escola e, o professor, que contribui com a sua realização, é um sujeito social que faz parte de uma teia de relações – ao mesmo tempo determina e determinado.
Ao contrário do que ocorria em décadas passadas, para atribuir notas, muitos professores de Educação Física têm preferido utilizar critérios mais relacionados à participação, ao interesse e à frequência do que, exclusivamente, aos resultados do desempenho dos alunos em testes físicos e habilidades motoras. Desse modo, muitos professores atualmente não atribuem nota ou avaliam os seus alunos pelo seu desempenho no jogo, mas sim por meio da observação da sua motivação e de seu interesse nas aulas. Consideramos que essa é uma mudança positiva, porém insuficiente para ajudar o aluno a aprender Educação Física e incorporá-la na sua vida.
A escola, de acordo com Rocha (2009), é o local responsável pela construção e divulgação do conhecimento, promovendo o processo de ensino-aprendizagem e, durante as aulas, o professor cria oportunidades para que o aluno assimile, de forma prazerosa, esse conhecimento, desenvolvendo habilidades e atitudes que possibilitem a criticidade e o desenvolvimento de suas capacidades cognoscitivas. Na perspectiva da aprendizagem a Educação Física tem o propósito de investigar o desenvolvimento integral do aluno, a socialização, a vida saudável, relaxamento e pratica de esportes e favorecer um melhor desempenho na vida escolar.
Porém, o ato avaliar vem sendo constantemente associado apenas ao “responder adequadamente” as provas, exames e atribuição de notas, passar de ano ou ser retido. Esta associação, tão repetida nas escolas, é consequência de uma concepção pedagógica antiquada, contudo, tradicionalmente predominante. Nessa perspectiva, a educação é idealizada simplesmente como uma transmissão e memorização de conhecimentos prontos e o educando é tido como um indivíduo apático e receptivo.
Segundo Darido (2005) ainda existem muitos professores que optam por esse método tradicional de avaliação, afirmando que este torna a Educação Física mais cientifica, objetiva e qualitativa. Apesar de a partir da década de 70, esse molde tradicional de avaliação vem sendo alvo de inúmeras condenações e evidenciado por meio de pesquisas que esse sistema de avaliação apenas serve para classificar os alunos em excelentes, bons, regulares e fracos.
Além disso, de acordo com Mendes (2007) a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) nº 9.394/96, recomenda no seu artigo 24, um modelo de avaliação escolar com caráter contínuo e cumulativo, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados adquiridos ao longo do período sobre as eventuais provas finais.
A avaliação deve ser um instrumento útil para as partes envolvidas – professores, alunos e escola. Segundo Brasil (1999) 
“A avaliação pode e deve oferecer ao professor elementos para uma reflexão contínua sobre a sua prática, no que se refere à escolha de competências, objetivos, conteúdos e estratégias. Ela auxilia na compreensão de quais aspectos devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual e de todo o grupo de alunos. [...] Do ponto de vista do estudante, a avaliação é instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidades. [...] Para a escola, ela permite reconhecer prioridades e localizar ações educacionais que demandam maior apoio.
Assim, a avaliação do aluno deve auxiliar o professor a perceber o que está dando certo, o que deve ser revisto para atingir os objetivos propostos. Avaliar é, então, um processo que se relaciona não só com o esforço do aluno de aprender, mas também com o do professor de mudar suas práticas, caso os alunos apresentem dificuldades de aprendizagem.
2.1- CRIAÇÃO DE UM MÉTODO DE AVALIAÇÃO PARA SER UTILIZADO 
NA AULA DE EDUCAÇÃO FÍSICA.
A Educação Física, tão bem como todo o processo educacional, tem passado por um extenso campo evolutivo, o qual acaba por proporcionar a constituição de uma considerável diversidade de avaliações, além de significativas formas tendenciosas, a fim de estender cada vez mais a amplitude da prática avaliativa.
Inicialmente, a metodologia da avaliação quantitativa baseia-se, principalmente na medida, a qual éum relevante instrumento para o que o professor busca, porém, deve-se deixar claro que esse tipo de processo também se alia a uma série de fatores externos que se associam diretamente a realidade de cada aluno.
No caso da avaliação qualitativa, a variante é o principal apoio de estudo, uma vez que, quanto mais desenvoltura o aluno obtiver na resolução dos exercícios propostos pelo seu professor, mais consistente e dinâmico ficará o seu processo de desenvolvimento. Desse modo, entende-se que a qualidade vista tanto no trabalho no professor quanto no trabalho do aluno é de extrema relevância. 
Demo (1991, p.68) afirma que:
Na qualidade não vale o maior, mas o melhor; não o extenso, mas intenso; não o violento, mas o envolvente; não a pressão, mas impregnação. Qualidade é estilo cultural, mais que tecnológico artístico, mais que produtivo; lúdico, mais que eficiente; sábio, mais que científico.
De modo conceitual, com relação às diferentes formas de avaliar, destacam-se a avaliação diagnóstica, a avaliação formativa e a avaliação somativa. Essas diversidades podem circunstancialmente contribuir com as mais variadas situações que se inserem a complexidade do processo avaliativo. 
Bloom (1995, p.90) explicita que
A avaliação diagnóstica visa determinar a presença ou a ausência de conhecimentos e habilidades, inclusive buscando detectar pré-requisitos para novas experiências de aprendizagem. Permite averiguar as causas de repetidas dificuldades de aprendizagem.
Segundo Piletti (1999, p.71): “... a avaliação formativa tem função controladora e o propósito de informar professor e o aluno sobre o rendimento da aprendizagem e de localizar as deficiências na organização do ensino”. Nesse sentido, percebe-se que esse tipo de avaliação tem como finalidade primordial permitir o entendimento das situações que envolvem os alunos, para que desse modo, professor e educando estabeleçam uma relação de compreensão mútua.
De acordo com as ideias explicitadas por Luckesi (2001, p.87): 
Na Educação Física a avaliação tem-se a chance de verificar se o aluno aprendeu a conhecer o próprio corpo e a valorizar a atividade física como fator de qualidade de vida. Portanto, nada de considerar apenas a frequência às aulas, o uniforme ou a participação em jogos e competições - nem comparar os que têm veia de campeão com os que não têm. Não há uma única fórmula pronta para avaliar, mas é essencial detectar as dificuldades e os progressos dos estudantes. O mais indicado é não utilizar um só padrão para todos, mas fazer um diagnóstico inicial para poder acompanhar o desenvolvimento de cada um.
Na perspectiva da aprendizagem a Educação Física tem o propósito de investigar o desenvolvimento integral do aluno, a socialização, a vida saudável, relaxamento e pratica de esportes e favorecer um melhor desempenho na vida escolar. Gallardo (2005) relata que a escola, como local voltado para a educação, deve proporcionar nas aulas de Educação Física um saber fazer das práticas corporais e um saber sobre esse fazer, ou seja, superar a pratica pela pratica e conscientizar-se de que não há pratica neutra, pois nela estão implícitas ou explicitas filosofias, visões de mundo, valores e interesse.
Com isso em mente, foi-se proposto que criássemos um método de avaliação para ser utilizado na aula de Educação Física. No decorrer do curso de licenciatura de Educação Física algumas modalidades foram discutidas em sala de aula. Após deliberam com os colegas, chegamos a conclusão de qual modalidade deveria ser criado um método de avaliação, visto que foi um esporte que chamou a atenção dos membros desta equipe.
A modalidade escolhida foi a de natação, a ideia é que o método criado seja para trabalhar com alunos da faixa etária de 8 a 14 anos em diante, que compreende os alunos de ensino fundamental a partir do 3º ano. 
O método escolhido pela grupo, tem como objetivo que o processo de avaliação seja contínuo das aulas, através da qual, alunos e professores possam discorrer a respeito de conteúdos e metodologias em busca da construção do conhecimento, onde a aprendizagem deve acontecer em um ambiente favorável, onde todos os envolvidos cooperem uns com os outros na superação de limitações e dos conflitos que brotam neste processo. A avaliação precisa ser realizada de modo crítico e transparente. 
A avaliação, enquanto componente do processo educacional, necessita estar coesa com os princípios que amparam o projeto político pedagógico da escola. Trazendo uma prática pedagógica adequada para acarretar uma verdadeira retenção do conhecimento, delimitada pela linha basal do projeto político pedagógico.
Esta metodologia e avaliação em Educação Física deve distinguir, diagnosticar, desenvolver e incitar a expressão individual, os costumes próprios e a afetividade, tornando viável a aprendizagem e formação integral dos alunos. Ela tem uma perspectiva formativa reguladora, que reconhece as diferentes trajetórias de vida dos alunos.
Na aula de natação será utilizado 4 instrumentos de avaliação.
Iniciado pela observação e registro, onde o aluno será observado pelo professor sobre o interesse e a participação da aula referente à modalidade natação. Através de apresentação teóricas, será apresentados aos alunos os conceitos básicos da natação, usando como recursos vídeos de documentários e reportagens. Observando o interesse e participações dos alunos. É por meio da observação que o professor diagnostica os erros que os alunos cometem, por isso, Coletivo de autores (2007) afirma que o professor de Educação Física deve ser um excelente observador. 
Após a analise dos alunos, os mesmos deveram produzir trabalhos escritos sobre o histórico e a evolução da natação no Brasil, desenhos que remetam ao que o aluno aprendeu sobre a modalidade estudada. O terceiro momento da aula sobre natação consiste em uma prova. Apesar das provas se constituem no instrumento mais característico do sistema de avaliação tradicional, quando se aplicado de maneira onde não visa o conhecimento mecânico, é um bom instrumento para avaliar a capacidade do aluno para organizar ideias e expressar-se claramente. A prova pode ser de diferentes tipos, com ou sem consulta, em duplas, em trios, orais, corrigidas pelos próprios pare, entre outros, dependo da realidade da turma. 
E por fim será feito uma auto avaliação pelos alunos. As práticas de autoavaliação são especialmente úteis, aquelas em que o aluno pode analisar seu conhecimento sobre um assunto antes e depois de estudá-lo. Essa prática requer que o aluno mantenha registro dos conhecimentos prévios sobre o assunto em estudo e retorne às questões iniciais em novas situações.
2.3- FORMA DE AVALIAÇÃO UTILIZADA DURANTE AS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA NO CONTEXTO ESCOLAR.
ENTREVISTA COM PROFESSOR DE EDUCAÇÃO FISÍCA.
1) Qual método de avaliação é utilizado durante sua aula de Educação Física?
R= Através da participação, frequência e atividades propostas nas aulas.
2) O método utilizado é o mesmo para as diferentes faixas etárias na instituição escolar? 
R= Sim.
3) Após aplicar o método de avaliação, você analisa os dados? Caso não analise, por que não é realizado? Caso ocorra a análise, como os dados são utilizados para pautar suas ações na elaboração da aula?
R= Sim, como os alunos desenvolvem as atividades propostas. Os dados são usados para a atribuição de notas e medir o grau de conhecimento e aprendizado, não para a elaboração de aulas.
2.4- ANALISE DA ENTREVISTA.
O professor M. C. da Escola___________ deixou claro que o método de avaliação utilizado durante sua aula de Educação Física é a participação, a frequência e o desenvolvimento atividades propostas nas aulas. Com isso pode-se perceber que os professores tem uma visão tradicionalista de avaliar seus alunos. A avaliação da aprendizagem na Educação Física escolar tem suscitado muitas dificuldades, sobretudo pelos entraves apresentados nas explicações teóricas. 
Segundo Carvalho et al. (2000, p. 222): 
A avaliação precisa ser discutida numa concepção de totalidade, pois o trabalhopedagógico que se efetiva numa dada instituição escolar sofre determinações sociais que ultrapassam os muros da escola e, o professor, que contribui com a sua realização, é um sujeito social que faz parte de uma teia de relações – ao mesmo tempo determina e é determinado.
Percebe-se que o professor usa o mesmo método de avaliação com todas as turmas apesar da diferença de faixa etária. 
Dentro de uma percepção pedagógica mais contemporânea, a educação é idealizada como agregação de vivências múltiplas e variadas, abrangendo todas as esferas do desenvolvimento, tais como: motor, cognitivo, social, dentre outros, do educando. Nessa ótica, o educando é um ser ativo e dinâmico, que toma parte da construção de seu conhecimento. A partir desta visão, na qual educação é formação e aprendizado é a edificação do próprio saber, a avaliação não se reduz exclusivamente em atribuir notas.
E por fim o professor afirmou que os dados adquiridos com sua metodologia, são usados para a atribuição de notas e medir o grau de conhecimento e aprendizado, e não para a elaboração ou melhoramento de aulas.
Libâneo (1994, p. 195) destaca a avaliação como: 
“uma tarefa complexa que não se resume à realização de provas e atribuição de notas. A mensuração apenas proporciona dados que devem ser submetidos a uma apreciação qualitativa. A avaliação, assim, cumpre funções pedagógico-didáticas, de diagnóstico e de controle em relação às quais recorre a instrumentos de verificação do rendimento escolar”. 
Conforme este autor, a prática avaliativa necessita estar incorporada aos objetivos, conteúdos e métodos, através do quais a avaliação consistirá em uma maneira de averiguar se os conteúdos e os métodos estão ajustados aos objetivos sugeridos pelo professor e pelo ensino.
3- CONCLUSÃO
Com o trabalho foi possível observar que a avaliação nas aulas de educação física é de grande relevância para o desenvolvimento do aluno, do professor e da instituição. A avaliação deve abranger as dimensões cognitiva (competências e conhecimentos), motora (habilidades motoras e capacidades físicas) e atitudinal (valores), verificando a capacidade de o aluno expressar sua sistematização dos conhecimentos relativos à cultura corporal em diferentes linguagens – corporal, escrita e falada. Embora essas três dimensões apareçam integradas no processo de aprendizagem, nos momentos de formalização, a avaliação pode enfatizar uma ou outra. Esse é outro motivo para a diversificação dos instrumentos, de acordo com as situações e objetivos do ensino.
Compreendemos que a avaliação possui um significado amplo no contexto escolar, o qual não se resume apenas em efetivação de provas e memorização, buscando classificar os alunos, mas um recurso que contribui para a formação precisa dos mesmos, possibilitando a assimilação dos conhecimentos e a superação das dificuldades. 
Acreditamos que para mudar a forma de avaliação classificatória permanente ainda no interior das escolas é preciso fugir do modelo social conservador e sua correspondente pedagogia, pois é por meio de uma pedagogia que visa a transformação social que será possível a avaliação educacional verdadeira (LUCKESI, 2006). Dessa forma, por entender a importância da avaliação e sua grande influência no processo de ensino e aprendizagem que devemos refletir criticamente sobre a prática da mesma, devemos ter em mente objetivos claros, que oportunizem o desenvolvimento dos alunos.
Luckesi (1990), afirmou que a maior dificuldade do processo pedagógico não é avaliar o aluno, mas sim implementar um bom ensino, acolhendo, nutrindo e sustentando o educando, sem castigo ou punição, no sentido de proporcionar a inclusão de todos os alunos, em um verdadeiro ato de amor.
4- REFERÊNCIAS 
 
BETTI M. & ZULLIANI L. R. 2005. Educação Física Escolar: Uma proposta de diretrizes. 
BLOOM, Benjamin; HASTINGS, Thomas; MADAUS, George. Manual de avaliação formativa e somativa do aprendizado escolar. São Paulo: Pioneira, 1995. as Sul, 1999.
BRASIL. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros curriculares nacionais. Brasília: MEC, 1999.__________. Educação Física na escola:
COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física, formação inicial à prática pedagógica escolar. Porto Alegre: Movimento, 2007.
DARIDO, Suraya Cristina; BETTI, Mauro. Educação física na escola: questões e reflexões. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005. 91 p.;
DEMO, P. Avaliação Qualitativa. 3° ed. São Paulo: Cortez, 1991.
FREITAS, Luís Carlos de. Ciclos, Seriação e Avaliação: confronto de lógicas. São Paulo: Moderna, 2003.
GALLARDO, J.S.P. (org.) Educação física escolar: do berçário ao ensino médio. 2. ed. – Rio de Janeiro: Lucerna, 2005.
GAVA, Diana, FRANÇA, Eliane Silva de, ROSA, Rosilene, BORRAGINE, Solange de Oliveira Freitas. Educação Física na Educação Infantil: considerações sobre sua importância. Revista Digital - Buenos Aires - Año 15 - Nº 144 - Mayo de 2010. BARBOSA, Jane Rangel Alves. A avaliação da aprendizagem como processo interativo: um desafio para o educador. Democratizar. Rio de Janeiro. Vol. II, n. 1, 2008, p. 1 – 9.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1991
LUCKESI, C. C. Verificação ou avaliação? O que se pratica na escola? implicações para prática pedagógica, novos caminhos. Editora Guanabara Koogan, 2005.
LUCKESI, C. C. Verificação ou avaliação? O que se pratica na escola? São Paulo: Série Ideias, 1990.
LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. – 18. Ed. – São Paulo: Cortez, 2006.
MENDES, E. Metamorfoses na avaliação em Educação Física: da Paulo: Série Ideias, 1990.
PILETTI, Claudino. Didática Geral. São Paulo: Ática, 1999. 22ª Edição.
ROCHA, Y.F.O. Piaget na sala de aula: uma abordagem lúdica. Faculdade de Ensino Superior do Piauí – FAESPI. Publicado em 07 de março de 2009. Disponível em http://www.webartigos.com/articles/15237/1/piaget-na-sala-de-aula-uma-abordagemludica/ pagina1.html. , acesso em 22 de fevereiro de 2017.
SOARES, C. et al. Metodologia do ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.
SOUZA, N. M. P.; VOTRE, S. J. Ensino e Avaliação em Educação Física. In: Sebastião Josué Votre. (Org.). Ensino e Avaliação em Educação Física. 1a. ed. São Paulo: Ibrasa, 1990, p. 121-149.

Outros materiais

Outros materiais