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AULA EXECUÇÕES 01

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PROCESSO CIVIL IV
PROFESSOR: DANILO GOMES DE MELO
Tutela Executiva
 
Formas Executivas
Introdução: A tutela jurisdicional serve para proteger crises jurídicas. A tutela jurisdicional executiva é voltada para a solução da crise de satisfação do direito. 
Obs. Sempre que se observar que a atividade é voltada para satisfazer um direito ela é uma tutela executiva. 
O sistema processual pátrio entende a execução como um conjunto de meios materiais previstos em lei a disposição do juízo, visando a satisfação do direito.
Cumprimento de sentença também é uma tutela executiva. Pode ser considerado como uma especie do genero chamado “execução”. 
Exemplo:  Art. 297. O juiz poderá determinar as medidas que considerar adequadas para efetivação da tutela provisória. É um atigo que se encontra nas tutelas provisórias, mas trata de uma tutela executiva. Ou seja em vários momentos o CPC trata da tutela executiva, mas não com esse nome. Art. 297 CPC: efetivação = execução.
Esses atos materiais executivos podem ser praticados de diferentes maneiras. 
Processo de Execução X Fase Procedimental Executiva: São duas formas executivas: Sistema da Autonomia das Ações: onde se cria diversos processos autônomos para solução de diferentes crises (um processo autônomo de conhecimento, um processo autônomo de execução e um processo autônomo cautelar). Esse sistema vai criar esses processos autônomos em razão dos diferentes procedimentos e diferentes objetivos. Era característico do CPC/73.
Sistema Sincretismos Processual É ter essas diferentes espécies de tutela no mesmo processo. Esse é o sistema caracteristico do CPC/2015.
Atenção: No título executivo extrajudicial sempre é necessário a instauração de um processo autônomo de execução.
A discussão do tema é em torno do título executivo judicial.
Tradicionalmente, o direito brasileiro exigia para a execução de títulos executivos judiciais um processo autônomo, de forma que a parte, após a obtenção do título executivo no processo de conhecimento, via-se obrigada a propor um novo processo, agora de natureza satisfativa.
-Dois processos distintos.
1-Processo de conhecimento (se condenava o réu).
2-Processo de execução (busca da satisfação da obrigação do réu).
-Justificativa para a autonomia do processo executivo:
A diversidade de atividade jurisdicional, pois no processo de conhecimento são desenvolvidas atividades cognitivas; enquanto no processo de execução são praticadas atividades práticas e materiais. 
Atenção: Mesmo na era da autonomia das ações, existia a chamada ação sincrética (o mesmo processo com duas fases procedimentais sucessivas: a primeira de conhecimento e a segunda de execução).
Exemplos: Ações possessórias e de despejo já eram sincréticas.
Em 1994 houve a inclusão no sistema processual das tutelas antecipadas (art. 273 do CPC/73) que permitia a execução de decisões independentemente de processo autônomo. 
No ano de 1995, a Lei 9.099, que regulamentou o procedimento dos juizados especiais tornando toda a demanda em trâmite perante o judiciário uma ação sincrética. 
Com a Lei 11.232/2015 a regra do nosso sistema passou a ser a execução imediata.
Com o CPC/2015 as execuções fundadas em título executivo judicial passam a se desenvolver por meio de cumprimento de sentença.
O termo utilizado pelo legislador a fase de satisfação do direito decorrente de título judicial foi CUMPRIMENTO DA SENTENÇA com previsão legal nos artigos 513 ao 538 do NCPC. Já a execução de título extrajudicial está disciplinada no Livro II da parte Especial do Código.
Continua existindo uma execução de título judicial, com procedimento próprio, só que não é um processo autônomo, mas uma fase que é chamada de cumprimento da sentença. 
Atenção: O tipo de ato que nela se pratica e o seu procedimento, fazem com que ela guarde muito mais proximidade com o processo de execução de título judicial do que com o processo de conhecimento.
Observações:
1ª “Ação Sincrética” (Título Executivo Judicial): ela é voltada a uma espécie de sincretismo. Ela nasce para designar o fenômeno onde se tem um processo com duas fases: Fase de Conhecimento/ Sentença/ Fase Executiva.
2ª Título Executivo Extrajudicial: Processo Autônomo de Execução
3ª Art. 515, parágrafo único CPC – Alguns títulos Executivos Judiciais: (sentença penal condenatória transitada em julgado, sentença arbitral, homologação da sentença estrangeira) será exigida a citação do executado.
 
Obs. Essa observação é relevante pq a citação é propria do processo autonomo de execução, no cumprimento de sentença haverá intimação. O cumprimento de sentença normalmente se inicia por requerimento. Para esses titulos executivos o inicio é feito através de petição inicial. (verificar o Resp).
STJ, CE, Resp. 1.102.460/ RJ (Tema 893) (precedente obrigatório, vale para as outras hipoteses pq o que vincula é a ratio decidendi):Julgado foi de Sentença Arbitral. O STJ entende que a execução nesse caso será feita por cumprimento de sentença que terá atipicamente os atos da inicial e da citação.
Execução direta (Sub-rogação) e indireta 
Existem dois meios técnicos para o desenvolvimento da execução
1-Na execução direta ou por sub-rogação o Estado vence a resistência do executado substituindo sua vontade. 
 Se com o caráter substitutivo da jurisdição. Esse caráter consiste em substituir a vontade do devedor pela vontade do direito. Essa substituição é feita através de atos materiais de execução sem nenhuma colaboração do devedor. Ex: penhora, expropriação do bem
II-A Execução Indireta funciona com base na pressão psicológica do devedor buscando o convencimento do devedor a cumprir a obrigação. (adequação da vontade). O Estado juiz convence o devedor a adequar a sua vontade a vontade do direito para que elas passem a ser uma só. No dia que isso acontecer a obrigação será satisfeita por um ato do devedor. 
Na Execução Indireta sempre será necessária a colaboração do devedor porque a satisfação da obrigação é sempre voluntária.
São duas as formas para pressionar o devedor: a) ameaça de piora na situação do devedor ex.: multa cominatória (astreintes); b) oferta de melhora ex.: art.701 caput e §1º CPC – Ação Monitória
Exemplos: Execução direta: penhora/expropriação. Na execução indireta ou coerção, o Estado juiz, atua de forma a pressionar o executado a cumprir sua obrigação.
Astreites, multa aplicável em caso de descumprimento da obrigação, prisão civil do executado no caso do devedor inescusável de alimentos.
Art. 517.  A decisão judicial transitada em julgado poderá ser levada a protesto, nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo para pagamento voluntário previsto no art. 523.
Art. 523.  No caso de condenação em quantia certa, ou já fixada em liquidação, e no caso de decisão sobre parcela incontroversa, o cumprimento definitivo da sentença far-se-á a requerimento do exequente, sendo o executado intimado para pagar o débito, no prazo de 15 (quinze) dias, acrescido de custas, se houver.
Art. 782.  Não dispondo a lei de modo diverso, o juiz determinará os atos executivos, e o oficial de justiça os cumprirá.
[...]
§ 3o A requerimento da parte, o juiz pode determinar a inclusão do nome do executado em cadastros de inadimplentes.
Outra forma de execução indireta é melhorar a situação da parte caso ela cumpra com sua obrigação. 
Art. 827.  Ao despachar a inicial, o juiz fixará, de plano, os honorários advocatícios de dez por cento, a serem pagos pelo executado.
§ 1o No caso de integral pagamento no prazo de 3 (três) dias, o valor dos honorários advocatícios será reduzido pela metade.
Atenção: Em uma mesma execução, ambas as formas podem ser utilizadas, de acordo com as circunstâncias, para que se obtenha o resultado almejado. 
Prisão Civil é uma medida de execução indireta coercitiva. A demonstração mais clara que a prisão civil não é uma sanção está o art.528 §5º CPC.
 
Art. 528 §4º CPC: Prisão civil em regime fechado. “O preso civil tem que ficar separado do preso comum (preso penal).”
§ 5º Ocumprimento da pena não exime o executado do pagamento das prestações vencidas e vincendas. 
 
Limitação da Prisão Civil: Execução de Alimentos. Há um entendimento consolidado que só vai caber a prisão civil na execução de Alimentos Genuínos (derivados do casamento, união estável ou parentesco). Obs Existe direito alimentar por ato ilicitos, honorarios etc
 
 
Exceção aos poderes do juiz na execução: art. 528 §8º do CPC: exige o requerimento expresso do credor, em regra, os atos de execução são determinados de oficio, art. 2º do CPC.
A Prisão Civil sempre vai ser determinada por uma decisão interlocutória, porque pelo procedimento, seja de cumprimento de sentença ou de processo de execução, o devedor de alimentos sempre vai ter três dias na execução para provar que pagou, para pagar ou para justificar o inadimplemento. 
O STJ entendeu que a justificativa pode ser feita através de prova, porém, dentro dos 3 dias. A prisão é sempre uma decisão interlocutória proferida em execução que cabe agravo de instrumento, art. 1015 parágrafo único CPC (agravo de instrumento).
STF, 1º turma, HC 87.134/SP: Os Tribunais Superiores entendem que Habeas Corpus é cabível, porém, há uma limitação cognitiva pela questão probatória. O STF e STJ entende que se a questão a ser discutida demanda prova de outra natureza além da prova documental o HC não é o meio adequado.
O tempo de prisão: CPC/73: 1 a 3 meses de prisão e Lei de Alimentos art. 19: 60 dias. O prazo de 1 a 3 meses do CPC/73 foi mantido pelo CPC de 2015, art. 528 §3º CPC. O art. 1012 inc. V CPC revogou os artigos 16 a 18 da Lei de Alimentos. Com isso, cria-se uma doutrina com o critério da anterioridade da norma defendida por: Barbosa Moreira, porém para outra doutrina: Araken de Assis, Alexandre Freitas Câmara; o critério a ser utilizado é o da especialidade:
Entendimento STJ 4ª Turma, RHC 23.040/MG manda adotar o CPC.
Observação:
1ª É possível o devedor de alimentos ficar preso mais do que 3 meses? (STJ, 3º Turma, HC 39.902/MG). Como a obrigação de pagar alimentos é de natureza continuada, o STJ entende que não pode ocorrer mais de uma prisão pelo menos débito, porém, pode ocorrer várias prisões por débitos diferentes.
O art. 528 §7º CPC diz que só pode considerar a prisão do devedor considerando as três parcelas vencidas antes da propositura da ação e as parcelas vincenda. Significa diz que as parcelas anteriores só podem ser executadas pelo Procedimento Comum (penhora em expropriação ou desconto em folha de pagamento) para essas parcelas não vai caber Prisão Civil.
A execução de alimentos pode seguir o Procedimento Especial ou pelo Procedimento Comum.
É possível acumular no mesmo processo as parcelas cobráveis no Procedimento Especial e as cobráveis pelo Procedimento Comum? Tecnicamente não, porque é uma exigência da acumulação de pedidos a identidade procedimental. Há um entendimento jurisprudencial que defende a ideia que seria possível a acumulação com base no princípio da dignidade da pessoa.
Astreintes (Multa Cominatória) – art. 537 CPC
A aplicação dessa multa não depende de provocação da parte pode ser fixada de ofício. As Astreintes são multas que podem ser fixas ou periódicas. 
O valor da multa não pode ser pré-determinado pela lei, não pode ser ínfimo e nem exorbitante.
STJ, 4º Turma, Ag. Interno no A. Resp. 738.682. (diretriz para fixação da multa):
o valor da obrigação.
Observações: 1ª: STJ, 1º Turma, Resp. 770.757/RS. O STJ diz que não há uma correlação absoluta entre o valor da multa e o da obrigação.
2ª A multa pode ultrapassar o teto nos Juizados Especiais? O limite dos juizados versa sobre o valor da causa remete sobre o valor da obrigação. Enunciado 144/ FONAJE. O valor da obrigação não limita o valor da multa. Assim, não existe essa limitação.
2)	tempo para o cumprimento
3)	capacidade econômica do devedor
4)	resistência do devedor
5)	A possibilidade de outras medidas

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