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A revolução dos bichos

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Qual a tese central do livro?
A narrativa do livro relaciona animais, pessoas e eventos, e nos traz uma forte sátira referente ao socialismo, nos apresentando uma fábula sobre o poder.
Na obra é narrada a conquista da administração de uma granja pelos bichos que nela vivem. Estes animais após sentirem-se insatisfeitos com a forma de governança pelos donos da fazenda, relatando terem uma vida miserável, de muito trabalho e recebendo pouco, conseguem expulsar os “opressores” desta fazenda e tomam a posse do local. A tomada do poder ocorre com o objetivo de tornar a fazenda um local onde todos cooperam entre si, buscando a melhoria da convivência na fazenda.
A organização é tão bem realizada pelo grupo, que com o passar dos dias, eles acabam trabalhando menos e conseguem mais tempo de lazer. Olhando por este ponto seria o ideal perfeito sobre a ideia de que podemos viver de forma igual, trabalhar naquilo que nos damos melhor ou que gostamos mais e dividir de forma igual com o restante do nosso grupo.
A obra nos leva a enxergar o dia-a-dia da sociedade, com todas as desigualdades sociais, informações distorcidas por terceiros e a concentração no poder nas mãos de uma minoria que usam isso em benefício próprio e convencem a minoria de que o que está sendo feito é para o bem de todos. Desta forma, entende-se que alguns após alcançarem o poder, tornam-se os mesmos que antes dominavam, agindo de forma igual ou pior.
O poder corrompe sempre?
Acredito que corrompe aquele que, antes de assumir o poder, já tendenciava para isso.
No livro o porco Napoleão, que detinha menos poder no início, após algum tempo, e de assumir certo poder, transformou-se num ditador, egoísta e ambicioso. Enfeitiçou-se pelo poder e pela riqueza. E para conseguir o que queria, mentiu, traiu e mudou as regras em benefício próprio.
Já o porco Bola-de-Neve, oposto deste exemplo, nos mostra uma bela forma de liderança positiva, agindo em favor do bem, pois mesmo tendo assumido a governança da fazenda, e com toda a sua inteligência e cultura superior aos outros, continuou sendo adepto da igualdade social e não se apoderou de nada, nem mesmo obteve qualquer regalia.
O poder é apenas uma ferramenta que pode e deve ser usado para o bem. Por si só ele não faz nada, mas pessoas que detenham o poder, sim. Ele pode ser usado de forma produtiva ou corruptiva, mas nas duas formas dependerá do caráter do possuidor.

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