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A Religiao na educação básica

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1Ana Paula Aparecida S. Pessoa de Souza
2Orientadora: Sônia Aparecida
A RELIGIAO NA EDUCAÇÃO BÁSICA
RESUMO
O artigo sintetiza a concepção didática da disciplina de Ensino Religioso na educação básica, que objetiva representar o posicionamento da disciplina como partido associado na construção do cidadão, afim de incentivar o respeito à diversidade cultural e religiosa, a partir dos aspectos legais e curriculares que respaldam o ensino da disciplina. Nesse sentido, o Ensino Religioso é demarcado como uma amplitude do conhecimento bem como a sua composição dos argumentos dos andamentos metodológicos e da avaliação da aprendizagem na disciplina. Salienta ainda, sobre as competições e os aspectos de escolarização do Ensino Religioso a partir da noção mais coerente de seus conteúdos escolares, de preceitos didático pedagógicas e científicas como a formação dos docentes. No entanto, argumenta se que o ensino religioso necessita ser preparada de acordo com o plano curricular considerável e contextualizada, que releve experiências metodológicas que avancem o fenômeno religioso em interação intercultural com a diversidade cultural religiosa brasileira e mundial. Os fundamentos religiosos precisam ser depreendidos pela escola como perspectiva primordial da formação absoluto do educando, da sua socialização em vistas a oferecer-lhe um saber que lhe conceda habituar-se livremente e respeitosamente em sociedade. 
Palavras Chaves: Ensino Religioso, Interação, Respeito, Diversidade Cultura
ABSTRACT
 The article synthesizes the didactic conception of the discipline of Religious Education in basic education, which aims to represent the positioning of the discipline as an associated party in the construction of citizens, in order to encourage respect for cultural and religious diversity, from the legal and curricular aspects that support teaching the discipline. In this sense, Religious Education is demarcated as a breadth of knowledge as well as its composition of the arguments of methodological progress and the assessment of learning in the discipline. It also stresses on the competitions and schooling aspects of Religious Education from the most coherent notion of its school content, from pedagogical and scientific didactic precepts such as teacher training. However, it is argued that religious education needs to be prepared according to the considerable and contextualized curriculum plan, which relates methodological experiences that advance the religious phenomenon in intercultural interaction with Brazilian and worldwide religious cultural diversity. The religious fundamentals need to be understood by the school as a primary perspective of the absolute formation of the student, of his socialization in order to offer him a knowledge that allows him to get used to freely and respectfully in society.
Keywords: Religious Education, Interaction, Respect, Diversity Culture
1. INTRODUÇÃO 
Enquanto integrante curricular o Ensino Religioso reside em grande importância na sala de aula. Diante do tema educacional, que procura cada vez mais uma compreensão de educação absoluta e ao encaminhar o foco dessa demanda para o plano escolar, tentei expor alguns pontos que geram discussões entre numerosos conhecedores e professores no que se menciona à nomenclatura a compatibilidade desse elemento curricular e a sua designação ou seja, o que se entende por Ensino Religioso.
Este artigo tem como propósito retratar ao leitor o plano didático da disciplina de Ensino Religioso. Convém acentuar que este objetivo, ainda que aparente acessível de implementar tem a sua diversidade considerando o âmbito histórico-cultural da disciplina e a compreensão de Mestres em Educação Licenciado em Filosofia e Pedagogia.
Neste momento mantém um ensaio curricular da disciplina a nível nacional, a veracidade das que recomendam peculiaridades próprias, as quais solicitariam uma pesquisa específica e que esta função não poderia responder exatamente Por isso, este tópico Concentra a sua atenção no plano didática do Ensino Religioso na educação básica com objetivo de proporcionar ao leitor uma concepção melhor. 
É primordial informar que a disciplina de Ensino Religioso no Brasil tem um contexto Centenária e que este atingiria outro estudo. Entretanto para dar um contexto a pesquisa, e parte se do marco legal da atual Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de 1996 (BRASIL, 1996).
A síntese a ser proposta foi efetivada a partir de uma pesquisa bibliográfico dos grandes autores e entidades representativas da disciplina, e da pesquisa documental com fundamentos na Legislação Nacional de 1996 (BRASIL, 1996)
1.1 Definição de religião na educação 
Definir religião mostra-se desafiador, uma vez que esse tópico pode ser compreendido e analisado ​​sob diferentes perspectivas, tais como: filosóficas, sociológicas, visão psicológica e muitos outros. Além disso, sua origem é bastante incerta, então o estudo da religião se torna um campo muito complexo. 
De acordo com sua etimologia (religionem, de Latim), religião refere-se a uma crença, adoração, respeito ou reverência a Deus ou aos deuses, que em turnos são considerados sagrados. Essa etimologia também é pertinente para direito, palestra, ensino e relíquias. 
Além disso, a religião pode ser vista como um sistema muito poderoso de crenças e ideologias que motivam, convencem as pessoas a agir de certa maneira no mundo: dita a maneira como as pessoas vivem e pensam, como os pais criam seus filhos e assim por diante (MAIA E SILVA, 1995). 
Contudo, a religião desempenha um papel crucial na tomada de decisão das pessoas, interações sociais e em diversas atividades humanas (SANTIAGO, SILVA, BARROSO, 2009). Com essas considerações em mente, fica claro que a religião vai além de uma dimensão individual, uma crença privada, por uma questão de fato, é um social fenômeno que pode abranger uma sociedade inteira.
 	A religião faz parte da sociedade desde a colonização por Portugal nos anos 1500. Essa colonização envolveu o processo de aculturação, na qual se espera que os colonizados, nativos brasileiros assimilem a cultura dos portugueses. Por outras palavras, a cultura portuguesa foi imposta sobre a população indígena brasileira. 
No entanto, a religião era um aspecto da cultura portuguesa, mais especificamente a religião católica , que possui a Bíblia como sua principal doutrina, e foi a religião oficial por várias décadas no Brasil. Além disso, outras religiões não tiveram o mesmo prestígio que o católico. 
O catolicismo era obra de Deus, enquanto as religiões indígenas foram considerados demônios (SAVIANI, 2005). Essa ideologia legitimava as práticas de catecismo dos jesuítas nos primeiros séculos da colônia brasileira. A respeito disso, Pessoas "não religiosas" eram desaprovadas desde que a religião era vista como uma conduta. 
Embora outras perspectivas religiosas, como o protestantismo, por exemplo, permeado pelo contexto brasileiro, a Igreja Católica ocupou uma posição hegemônica no Brasil, que é uma sociedade cristã, visto que estudos têm mostrado a maioria da população é declarada católica (BRUNEAU, 1973, MENDONÇA, 1995). 
Nas primeiras décadas após a colonização, a educação foi delegada à Igreja Católica Igreja por causa de sua hegemonia eclesiástica. Então, a Igreja, como instituição, usou a educação e outros meios como veículo para propagar suas crenças e também foi preocupada com sua própria preservação e expansão.
2. RELIGIÃO E A SOCIEDADE
 	A religião teve uma conexão delicada com a sociedade em um relacionamento tão complexo que influenciam e são influenciados um pelo outro. Consequentemente, alguns religiosos foram resinificados de acordo com os avanços e progressos sociais; no entanto, por outro lado, a religião influenciou muito a cognição e as esferas sociais também. A cognição é conceituada como aquilo que se sabe, acredita, pensa e faz . 
A história da sociedade brasileira mostra uma relação necessária entre a Igreja Católica e o governo. Embora o nosso país tenha uma constituiçãolaica, isto é, sem envolvimento religioso, o catolicismo teve uma forte influência na educação e questões políticas desde o período da colonização. A esse respeito, a religião é onipresente em diversas esferas sociais e, para disseminar certas ideologias, utilizam-se, muitos meios, tais como: igrejas e escolas, entre outros meios de comunicação.
 	Levando em consideração, este artigo bibliográfico visa revisar a literatura e a relação entre educação e religião. Além disso, busco investigar possíveis efeitos consequentes dessa relação com a educação no Brasil. Para os fins mencionados, realizei uma pesquisa bibliográfica e alguns resultados foram encontrados e, portanto, são analisados ​​para este trabalho. 
3. A EDUCAÇÃO RELIGIOSA E SEUS DESAFIOS
Num contexto de extrema digitalização e fragmentação do conhecimento, a educação está enfrentando mudanças épicas, novos desafios e tarefas sérias, a sociedade parece desintegrar qualquer ponto de referência, e algumas disciplinas tradicionais perderam seu valor ou não são mais levados em consideração. 
Essa corrente filosófica não está apenas mudando a mentalidade geral, mas também modificando o currículo do estudo nas escolas e tal abordagem secularizada gera uma espécie de confusão moral inevitável. Os fundamentos teológicos, antropológicos e pedagógicos da Igreja servem como caminho comum para uma atitude interdisciplinar, sublinhando as regras básicas do direito natural e dando ao diálogo entre diferentes culturas uma base necessária e um ponto de partida eficaz. 
Portanto, é possível construir uma plataforma de valores compartilhados em torno da qual se pode desenvolver um diálogo construtivo com todas as pessoas de boa vontade e, em geral, com a sociedade secular. 
O primeiro objetivo da educação religiosa é reafirmar a pessoa no centro de qualquer discurso pedagógico que contrasta com a ilusão positivista de independência absoluta. Este é um serviço oferecido à própria razão, que se torna aberto ao outro em uma visão dialógica. A pessoa tem uma pluralidade de dimensões que não pode ser ignorado em nome de um reducionismo secular, que desconsidera qualquer dimensão espiritual e religiosa.
Desenvolver o tema, parti da necessidade de cada vez mais se analisar as Religiões e sobre a aplicação de Ensino Religioso nas escolas públicas, uma vez que é peculiar contestar no meio acadêmico algumas concepções e argumentos que apresentam resultados premeditados.
 Ao longo dos anos a disciplina de Ensino Religioso considerou novos rumos que ocasionou em conversões no seu modelo e aplicação em sala de aula, pois ao adotar novos questionamentos investigativos passou ser alvo de discussões debates e reflexões, tanto no ambiente acadêmico como no ensino fundamental das escolas públicas. Portanto, o componente curricular de Ensino Religioso integra em primordial importância perante o atual momento educacional.
 	Uma inclinação natural à verdade e ao bem pertence substancialmente a cada pessoa, e é de grande ajuda para o desenvolvimento de relações pessoais e sociais. Uma conexão entre conhecimento e ação deve ser além dos paradigmas funcionais de competitividade e eficiência. De uma perspectiva pedagógica, o ensino da Educação Religiosa sua natureza é multidisciplinar, com uma clara abertura ao universo de todas as disciplinas, formando uma ponte para a compreensão intercultural e mútua. 
A educação religiosa é ensinada, escola e sociedade são enriquecidas como verdadeiros laboratórios de cultura e humanidade, nos quais, decifram a contribuição significativa do cristianismo, a pessoa está preparada para descobrir bondade e crescer em responsabilidade, buscar comparações e refinar suas críticas, extrair dos dons do passado para entender melhor o presente e ser capaz de planejar sabiamente para o futuro. 
É essencial levar em consideração em nossas perspectivas de pesquisa que a disciplina de educação religiosa não é apenas um sujeito, mas também uma missão que busca oferecer a cada geração a revelação de Deus de que pode aprender a verdade suprema sobre a vida e o fim da história.
.3.1 A Tolerância e respeito mútuo como parte essencial da educação relgiosa
Um motivo comum dado aos alunos que aprendem sobre pontos de vista religiosos nas escolas é que ele promove entendimento mútuo e leva a maior tolerância, respeito mútuo ou harmonia. Claramente, é de vital importância que as escolas desenvolvam tolerância à diferença ética e religiosa e respeito mútuo. No entanto, seria essencial priorizar o estudo da religião e cultivar essas virtudes e elaborar um currículo que incentive crenças e atitudes tolerantes e respeitosas nos alunos.
 	No entanto, a tolerância e o respeito mútuo são virtudes que não se restringem apenas a questões religiosas, é importante que as escolas incluem o estudo e enfrentem contextos em que o racismo, o exotismo e a discriminação socioeconômica parecem ser os problemas mais prementes. Na medida em que o currículo é uma ferramenta usada para promover interações moralmente apropriadas. 
 As defesas do ensino religioso nas escolas geralmente são baseadas em razões que incluem a esperança de maior harmonia social e tolerância entre os cidadãos, através do entendimento das principais religiões que os cidadãos afirmam, além de reconhecer a importância e o valor que os cidadãos da fé depositam em suas visões religiosas e por proporcionar um aprendizado moral e ético, de modo que os alunos adotem uma atitude reflexiva e se aproximem de como vivem suas vidas e tratam os outros.
Os objetivos de promover a tolerância e a compreensão mútua, além de transmitir as ferramentas intelectuais para refletir criticamente sobre as escolhas éticas, como viver, são características importantes e centrais de um currículo educacional adequado, e isso provavelmente exigirá o estudo das religiões. Isso justificaria o ensino de ética e filosofia moral; o estudo das doutrinas religiosas seria parte de um plano de estudos mais amplo, que aborda um indicio de respostas a importantes e escolhas éticas, inclusive por que a tolerância é uma virtude importante. Além disso, pode ser essencial ensinar sobre religiões e visões religiosas para os alunos compreenderem adequadamente outros assuntos, como História ou Literatura, ou mesmo assuntos de Ciências. 
Desse modo, vale considerar que as visões religiosas são especiais de maneira a apoiar a priorização de seus ensinamentos: que a religião é especial porque o teísmo é verdadeiro; porque coloca os adeptos sob deveres de consciência, cuja frustração seria um fardo considerável; e porque lida com as questões éticas mais profundas de como devemos viver e tratar os outros
4. O SISTEMA DE EDUCAÇÃO RELIGIOSA
 A educação do nosso país é marcada por opressão, separatismo e outros princípios que contradizem as perspectivas contemporâneas sobre educação, que defende princípios igualitários e emancipação dos indivíduos através da educação (FREIRE, 1996;).
O sistema de educação religiosa promoveu opressão, exclusão e discriminação, pois apoiava o domínio da burguesia; portanto, escolas estavam disponíveis apenas para a elite que se classificavam grupos poderosos. Consequentemente, a educação foi um sinônimo de poder e prestígio. No entanto, esse poder e prestígio trouxeram limitações, por um lado, é verdade que as pessoas educadas tinham mais poder e prestígio; por outro, eles estavam inconscientemente moldados por forças, ideologias políticas e religiosas.
Atualmente, é sabido que a educação é uma responsabilidade do governo, porém, ainda existe um vínculo comprovado entre a Igreja e educaçao e outras esferas políticas, o que prova ser uma controvérsia, pois o Brasil é um país laico desde 1891. Esse conceito secularista denota total neutralidade em relação à religião. Embora o conceito de secularismo seja claro, na atual Constituição Brasileira, a educação religiosa faz parte do currículo do ensino médio e médio, conforme prescrito pelas "Diretrizes de educação e lei-quadro" (LDB3, 1996, artigo 33, I e II).
Arte. 33. A educaçãoreligiosa, matrícula facultativa, é parte integrante da educação dos cidadãos e constitui uma disciplina escolar em horário normal de escolas públicas de ensino fundamental, garantiu o respeito à diversidade religiosa Brasil, sendo proibida qualquer forma de proselitismo. (Lei nº 9475 de 22.7.1997) § 1º Os sistemas escolares regerão os procedimentos para definir o conteúdo educação religiosa e estabelecerá as regras para qualificação e admissão de professores. § 2º Os sistemas escolares ouvirão entidades civis constituídas por diferentes denominações religiosas para definir o conteúdo da educação religiosa. 
 	De acordo com a lei mencionada, a educação religiosa busca promover valores e princípios de cidadania. Além disso, as escolas devem respeitar a diversidade religiosa e, portanto, eles não podem induzir alguém a uma religião específica. Por isso, religiosos a educação não pode ser confundida com a educação católica.
5. QUESTÕES METODOLÓGICAS 
Este estudo bibliográfico, cujo foco está na relação entre educação e religião investiga possíveis efeitos ou consequências da religião na educação, o que implica indivíduos, estudantes, professores, diretores de escolas e pessoas religiosas. 
O escopo para a compreensão do tema, incluiu todas as pesquisas realizadas pelos autores e sem delimitação do período e incluindo os níveis educacionais de jardim de infância ao ensino superior. Assim, a busca foi realizada sobre os seguintes termos de pesquisa: “Os efeitos da religião sobre educação”, “ a relação entre religião e educação “e“ as consequências da religião na educação no Brasil ”. 
 	Cunha e Barbosa (2011) visam explorar o processo de ensino-aprendizagem sobre educação religiosa. Alguns alunos do 6º e 7º ano foram entrevistados e suas percepções revelam visões ambivalentes: por um lado, os alunos reconhecem claramente a importância e necessidade de respeitar a diversidade religiosa; por outro lado, algum preconceito e estereótipos contra religiões desconhecidas ainda são comuns nas atitudes dos alunos. 
A pesquisa de Kuhn (2014) investigou a opinião do professor sobre a inclusão de educação religiosa no ensino médio, dado que essa educação é oferecida apenas para graus elementares e secundários. Os resultados apontam para uma aceitação unânime de tais iniciativa. 
Os argumentos dos professores são profundamente baseados em ideologias religiosas, católicas. Nesse caso, o autor defende a inclusão da educação religiosa no ensino médio. No entanto, a argumentação do autor parece ser frágil, pois Kuhn apenas afirma que valores e princípios devem ser promovidos:
Permitir a educação religiosa nas escolas é um dever daqueles que são responsáveis por educar cidadãos livres e conscientes. Educar humanos como indivíduos sociais comprometidos com a construção do mundo é também educá-los para valores que transcendem a existência material. (KUHN, 2014, p. 6)
 	O estudo carece de discussão e forte argumentação que possa apoiar tal visão. Além disso, é de suma importância levar em consideração quais parâmetros e critérios deve-se basear ao considerar tais valores e princípios. 
Leite (2015) afirma que as aulas de religião não deve ter como objetivo debater a religião; em vez disso, essa disciplina deve fornecer “uma compreensão de maneiras diferentes de ser e viver no mundo ”(p.33-34), pois a religião deve ser entendida como parte de uma certa cultura. 
A propósito dos estudos examinados, algumas suposições podem ser consideradas, apesar de o brasil ser um país laico, a educação religiosa faz parte do currículo para educação básica. Assim, debatendo a inconstitucionalidade dos religiosos a educação pode ser fútil. Pelo contrário, uma discussão sobre os efeitos e influência da religião sobre a educação é crucial. 
No entanto, esses efeitos precisam ser avaliados se são benéficos ou não. No mais, a educação religiosa deve incluir questões sociais atuais ao invés de focar em certas religiões (LEITE, 2015; TOMAZ, 2012); 
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
 	No decorrer deste artigo, busquei demonstrar como a religião está incorporada na sociedade, mais especificamente na educação. Tal conexão e hegemonia de certas religiões tiveram um impacto substancial no contexto educacional. Num país laico, a interferência da Igreja em questões políticas é bastante controversa, pois a constituição federal do país implica total neutralidade quanto ao envolvimento religioso. 
De uma perspectiva igualitária, entendo que todos têm o direito de escolha qualquer religião, crença, ideologia que deseje seguir. No entanto, a religião e a crença não pode ser proposto aos outros como uma verdade incontestável. 
De uma maneira heterogênea uma sociedade laica, o respeito à diversidade incluindo raça, religião e outros deve ser um direito humano inviolável. Com isso em mente, é de suma importância argumentar sobre o papel da educação na vida de um indivíduo. Com base nas perspectivas de Freire (1996), a educação é entendida como um meio para emancipação, autonomia, consciência, criticidade e liberdade de qualquer forma de discriminação e opressão.
 
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Constituição (1824). Constituição da República Federativa do Brasil. Rio de Janeiro, RJ, Senado, 1824. Accessed on Nov 25, 2016. 
BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado, 1998. Accessed on Nov 25, 2016. 
BRASIL. 1996. Senado Federal. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: nº 9394/96. Brasília, Brasil. Accessed on Nov 25, 2016. 
CUNHA, Clera Barbosa; BARBOSA, Cláudia. O ensino religioso na escola pública e suas implicações em desenvolver o senso de respeito e tolerância dos alunos em relação aos outros a si próprios. Sacrilagens, v. 8, n. 1, 2011, p. 164-181. 
DUARTE; André Luis.; NETO, Luiz Bezerra. Reflexões sobre a influência religiosa nas escolas do campo e de seus intelectuais. Cadernos da Pedagogia. São Carlos, Year 6, v. 6, n. 12, 2013, p. 49-59. EL-HANI, Charbel 
KUHN, Ademildo. A importância do Ensino Religioso NA EDUCAÇÃO. 2014. 
LEITE, Luciana Medeiros. Ensino Religioso na Educação: possibilidades de mediação a partir do conceito de diversidade religiosa em uma escola pública do Distrito Federal. 38p. Monografia (Especialização em Educação), Universidade de Brasília. Brasília: Universidade de Brasília, 2015. 
MAIA E SILVA, Boris Ensino Religioso e Resistência Moral: Dilemas da Implantação da Lei 3459/00 no Rio de Janeiro. Revista Ética e Filosofia Política, n. 15, v. 1, maio 2012, p. 124- 149. 
SANTIAGO, Izabel Maria de Oliveira; SILVA, Niely Pereira; BARROSO, Vantuil. A Influência da Religião sobre a Construção da Autonomia. Webartigos. Vol. 1, n.1,2009, p-1-13. 
SANTOS, Deyse Luciano de Jesus. Igreja, educação e estado: juntos, separados ou tudo “misturado”? O projeto educacional brasileiro e a influência da religião na inclusão das minorias étnicas na escola baiana. In: Congresso Luso Afro Brasileiro de Ciências Sociais. N.01. Olinda. 2011. Anais. Olinda, PE, vol.01. 2011, p. 1-12. 
SAVIANI, Dermeval. As concepções pedagógicas na história da educação brasileira. O espaço acadêmico da pedagogia no Brasil, vol. 01, n. 01, 2005, p. 1-38. Revista Linhas. Florianópolis, v. 19, n. 40, p. 434-454, maio/ago. 2018. 
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