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ESTILÍSTICA Professora Evelline Oliveira ESTILÍSTICA FIGURAS DE LINGUAGEM VÍCIOS DE LINGUAGEM DE SOM DE CONSTRUÇÃO DE PENSAMENTO ESTILÍSTICA • 1. “Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.” Temos aqui uma figura de linguagem, típica do Barroco: a) antítese b) pleonasmo c) eclipse d) hipérbole ESTILÍSTICA • Antítese Consiste na aproximação de ideias, palavras ou expressões de sentidos opostos. Quando os tiranos caem, os povos se levantam. Pedro não é bom nem mau, apenas justo. Quem quer a paz deve se preparar para a guerra. • Curiosidade: Paradoxo ou oxímoro — são variações da antítese; consistem na aproximação de ideias opostas em apenas uma figura. “Estou cego e vejo, arranco os olhos e vejo.” (Carlos Drummond de Andrade) “É um contentamento descontente.” (Camões) ESTILÍSTICA • Pleonasmo vicioso Repetição desnecessária de palavras ou expressões: Subir pra cima. Quero ver isso com os meus olhos. • Hipérbole É o exagero proposital de uma ideia, com objetivo expressivo: Estou morrendo de fome. Já falei mais de mil vezes para você não deixar os sapatos na sala! Ela chorou rios de lágrimas. ESTILÍSTICA • 1. “Sois Anjo, que me tenta, e não me guarda.” Temos aqui uma figura de linguagem, típica do Barroco: a) antítese b) pleonasmo c) eclipse d) hipérbole ESTILÍSTICA • 2. Observe a lera destacada nos versos: “O vento voa / a noite toda se atordoa.” — Na constante que se repete, você vê: a) aliteração b) assonância c) eco d) rima e) onomatopeia ESTILÍSTICA • Aliteração É a repetição proposital de um som consonantal numa sequência linguística. O efeito serve para reforçar a ideia que se deseja transmitir: O rato roeu a roupa real do rei de Roma. “Um marquês de monóculo fazia montinhos de monossílabos.” (Marina Colassanti) “Chove chuva chovendo Que a cidade do meu bem Está se toda lavando.” (Osald de Andrade) Curiosidade: A repetição de uma mesma vogal numa frase recebe o nome de Assonância. “E bamboleando em ronda dançam bandos tontos e bambos de pirilampos.” (Guilherme de Almeida) ESTILÍSTICA • Onomatopeia É o uso de palavras que imitam sons ou ruídos: O tic -tac do meu coração está forte. O cavalo ia pelo caminho fazendo pocot. “Lá vem o vaqueiro pelos atalhos, tangendo as reses para os curais. Blem... blem... blem... cantam os chocalhos dos tristes bodes patriarcais. E os guizos finos das ovelhas ternas Dlin... dlin... dlin... E o sino da igreja velha: Bão... bão... bão...” (Ascenio Ferreira) ESTILÍSTICA • 2. Observe a letra destacada nos versos: “O vento voa / a noite toda se atordoa.” — Na constante que se repete, você vê: a) aliteração b) assonância c) eco d) rima e) onomatopeia ESTILÍSTICA • 3. Aponte a alternativa que contenha a mesma figura de pensamento existente no período: “Acenando para a fonte, o riacho despediu-se triste e partiu para a longa viagem de volta.” a) O médico visualizou, por alguns segundos, a cara magra do doente, antes que a última paixão se calasse. b) Os arbustos dançavam abraçados com os pinheiros a suave valsa do crepúsculo. c) Contemplando aquela terna fisionomia, afastou -se com um sorriso pálido e irônico. d) Só o silêncio tem sido meu companheiro neste período amargo de intensa solidão. e) A mesquinhez de tua atitude é poço profundo, cavado no íntimo de teu espírito. ESTILÍSTICA • Prosopopeia Também chamada de personificação, é a atribuição de características humanas a seres não humanos, inanimados, imaginários ou irracionais: O carro morreu. O meu cãozinho sorri para mim quando chego a minha casa. As paredes têm ouvidos. ESTILÍSTICA • 3. Aponte a alternativa que contenha a mesma figura de pensamento existente no período: “Acenando para a fonte, o riacho despediu-se triste e partiu para a longa viagem de volta.” a) O médico visualizou, por alguns segundos, a cara magra do doente, antes que a última paixão se calasse. b) Os arbustos dançavam abraçados com os pinheiros a suave valsa do crepúsculo. c) Contemplando aquela terna fisionomia, afastou -se com um sorriso pálido e irônico. d) Só o silêncio tem sido meu companheiro neste período amargo de intensa solidão. e) A mesquinhez de tua atitude é poço profundo, cavado no íntimo de teu espírito. ESTILÍSTICA • 4. Assinale, na estrofe, de Manuel Bandeira, abaixo, a figura correta: “Vi uma estrela tão alta, Vi uma estrela tão fria! Vi uma estrela luzindo, Na minha vida vazia.” a) assíndeto b) pleonasmo c) anacoluto d) anáfora e) silepse ESTILÍSTICA • Assíndeto É a ausência de conjunções entre palavras da frase ou orações do período. A intenção é indicar a lentidão no ritmo da frase. As orações aparecem justapostas ou separadas por vírgulas: Nasci, cresci, morri. Solange é linda, meiga, sorridente, simpática. “Foi apanhar gravetos, trouxe dos chiqueiros das cabras uma braçada de madeira meio roída pelo cupim, arrancou touceiras de macambira, arrumou tudo para a fogueira.” (Graciliano Ramos) ESTILÍSTICA • Pleonasmo Repetição de uma ideia com objetivo de realce: A rosa, entreguei a ao meu amor. Olhei Maria com olhos sonhadores. Curiosidade: O pleonasmo pode também representar um vício de linguagem quando, em vez de reforçar poeticamente uma frase, deixa a repetitiva, redundante. Nesse caso chama-se pleonasmo vicioso: Subir para cima. Descer para baixo ESTILÍSTICA • Anáfora Também chamada de Repetição. É, justamente, a repetição de palavras ou expressões na frase: Ela trabalha, ela estuda, ela é mãe, ela é pai, ela é tudo! “Depois, o areal extenso... Depois, o oceano de pó... Depois no horizonte imenso Desertos, desertos só...” (Castro Alves) ESTILÍSTICA • Silepse Também chamada de concordância irregular ou ideológica, representa a combinação das palavras, não com a forma, mas com a ideia. • Silepse de pessoa Os brasileiros somos alegres. Todos queríamos uma vida melhor. • Silepse de gênero São Paulo é linda. Vossa Senhoria parece preocupado. ESTILÍSTICA • Silepse de número A maioria chegou cedo, brincaram o dia todo. A multidão agitada gritava contra os dirigentes, lançavam tomates contra eles. ESTILÍSTICA • 4. Assinale, na estrofe, de Manuel Bandeira, abaixo, a figura correta: “Vi uma estrela tão alta, Vi uma estrela tão fria! Vi uma estrela luzindo, Na minha vida vazia.” a) assíndeto b) pleonasmo c) anacoluto d) anáfora e) silepse ESTILÍSTICA • 5. Nos versos abaixo, há um recurso estilístico reconhecido no domínio das figuras, identifique-o: “A luz dos intervalos de matar o tempo de anunciar a eternidade de estourar o momento dos cardíacos de expulsar os loucos de aproximar os rejeitados de providenciar novas experiências de costurar encontros.” a) assíndeto b) hipérbato c) polissíndeto d) anáfora e) anacoluto ESTILÍSTICA • Polissíndeto Repetição de uma conjunção nas orações ou nos termos coordenados. A intenção é acelerar o ritmo da frase: Estudou e casou e trabalhou e separou se... Ele não faz nada: nem chora, nem ri, nem dá uma palavra, nem gesticula! ESTILÍSTICA • Hipérbole • É o exagero proposital de uma ideia, com objetivo expressivo: Estou morrendo de fome. Já falei mais de mil vezes para você não deixar os sapatos na sala! Ela chorou rios de lágrimas. ESTILÍSTICA • Anacoluto Representa a quebra da estrutura sintática de uma frase, ruptura da ordem lógica, ficando termos isolados; caracteriza também estado de confusão mental. É o mesmo que frase quebrada: Mulheres, impossível viver sem elas! A infância, recordo me dos dias de criança com saudade. Deixe mepensar... Será que... Não, não... É... ESTILÍSTICA • 5. Nos versos abaixo, há um recurso estilístico reconhecido no domínio das figuras, identifique-o: “A luz dos intervalos de matar o tempo de anunciar a eternidade de estourar o momento dos cardíacos de expulsar os loucos de aproximar os rejeitados de providenciar novas experiências de costurar encontros.” a) assíndeto b) hipérbato c) polissíndeto d) anáfora e) anacoluto ESTILÍSTICA • 6. Os adultos possuem poder de decisão; os jovens, incertezas e conflitos. Na segunda oração do período acima, ocorreu a omissão do verbo possuir, modificando a estrutura sintática da frase. Tal desvio constitui uma figura de construção, reconhecida como: a) zeugma b) assíndeto c) Elipse d) hipérbato e) pleonasmo ESTILÍSTICA • Zeugma Omissão, marcada por vírgula, de um verbo mencionado anteriormente: Âni comeu banana; João, melão. As garotas estudavam matemática e os rapazes, português. ESTILÍSTICA • 6. Os adultos possuem poder de decisão; os jovens, incertezas e conflitos. Na segunda oração do período acima, ocorreu a omissão do verbo possuir, modificando a estrutura sintática da frase. Tal desvio constitui uma figura de construção, reconhecida como: a) zeugma b) assíndeto c) Elipse d) hipérbato e) pleonasmo ESTILÍSTICA • 7. Na expressão: “a natureza parece estar chorando”, do ponto de vista estilístico, temos: a) antítese b) polissíndeto c) ironia d) personificação e) eufemismo ESTILÍSTICA • 7. Na expressão: “a natureza parece estar chorando”, do ponto de vista estilístico, temos: a) antítese b) polissíndeto c) ironia d) personificação e) eufemismo ESTILÍSTICA • 8. Identifique a figura empregada nos versos destacados: “No tempo de meu Pai, sob estes galhos, Como uma vela fúnebre de cera, Chorei milhões de vezes com a canseira De inexorabilíssimos trabalhos!” a) antítese b) anacoluto c) hipérbole d) lítotes e) paragoge ESTILÍSTICA • 8. Identifique a figura empregada nos versos destacados: “No tempo de meu Pai, sob estes galhos, Como uma vela fúnebre de cera, Chorei milhões de vezes com a canseira De inexorabilíssimos trabalhos!” a) antítese b) anacoluto c) hipérbole d) lítotes e) paragoge ESTILÍSTICA • 9. Identifique a figura empregada no verso em destaque: “Quando a indesejada das gentes chegar (Não sei se dura ou caroável), Talvez eu tenha medo. Talvez sorria e diga: — Alô, iniludível!” a) clímax b) eufemismo c) sínquese d) catacrese e) pleonasmo ESTILÍSTICA • Catacrese Metáfora tão usada que perdeu seu valor de figura e tornou-se cotidiana, não representando mais um desvio. Isso ocorre pela inexistência de palavras mais apropriadas para nomear o que se deseja. A catacrese surge da semelhança da forma ou da função de seres, fatos ou coisas: céu da boca pé da cadeira perna da mesa dente de alho ESTILÍSTICA • 9. Identifique a figura empregada no verso em destaque: “Quando a indesejada das gentes chegar (Não sei se dura ou caroável), Talvez eu tenha medo. Talvez sorria e diga: — Alô, iniludível!” a) clímax b) eufemismo c) sínquese d) catacrese e) pleonasmo ESTILÍSTICA • 10. Qual figura de linguagem existe em: “vento ou ventania varrendo”? a) metonímia b) aliteração c) anacoluto d) catacrese e) hipérbole ESTILÍSTICA • 10. Qual figura de linguagem existe em: “vento ou ventania varrendo”? a) metonímia b) aliteração c) anacoluto d) catacrese e) hipérbole ESTILÍSTICA • 11. O fenômeno fonético de valor estilístico que ocorre na expressão: “mulheres magras, morenas”, denomina-se: a) eco b) colisão c) hiato d) cacófato e) aliteração ESTILÍSTICA • Cacófato Uso ruim de sons, produzido pela junção de palavras: Beijou na boca dela. (surge o som “cadela”) Eu vi ela. (surge o som “viela”) Eu amo ela. (surge o som “moela”) Não tenho pretensão acerca dela. (surge o som “ser cadela”) ESTILÍSTICA • 11. O fenômeno fonético de valor estilístico que ocorre na expressão: “mulheres magras, morenas”, denomina-se: a) eco b) colisão c) hiato d) cacófato e) aliteração ESTILÍSTICA • 12. Se não fosse muito esquisito comparar cidades com mulheres, eu diria que o Recife tem o físico, a psicologia, a graça arisca e seca, reservada e difícil de certas mulheres magras, morenas e tímidas. Por que não reparam que há cidades que são o contrário disso? Cidades gordas, namoradeiras, gozadoras? O Rio, por exemplo, Belém do Pará, São Luís do Maranhão são cidades gordas. A Bahia é gordíssima. São Paulo é enxuta. Mas Fortaleza e Recife são magras. O conjunto de atributos predicados às cidades referidas constitui um exemplo de: a) ironia b) eufemismo c) paradoxo d) prosopopeia e) metonímia ESTILÍSTICA • 12. Se não fosse muito esquisito comparar cidades com mulheres, eu diria que o Recife tem o físico, a psicologia, a graça arisca e seca, reservada e difícil de certas mulheres magras, morenas e tímidas. Por que não reparam que há cidades que são o contrário disso? Cidades gordas, namoradeiras, gozadoras? O Rio, por exemplo, Belém do Pará, São Luís do Maranhão são cidades gordas. A Bahia é gordíssima. São Paulo é enxuta. Mas Fortaleza e Recife são magras. O conjunto de atributos predicados às cidades referidas constitui um exemplo de: a) ironia b) eufemismo c) paradoxo d) prosopopeia e) metonímia ESTILÍSTICA • 13. Assinale a alternativa que indica o nome da figura relacionada às construções: “Olha o Tejo a sorrir-me”, “o rouxinol suspira”: a) metonímia b) personificação c) onomatopeia d) símile e) sinédoque ESTILÍSTICA • 13. Assinale a alternativa que indica o nome da figura relacionada às construções: “Olha o Tejo a sorrir-me”, “o rouxinol suspira”: a) metonímia b) personificação c) onomatopeia d) símile e) sinédoque ESTILÍSTICA • 14. Aponte a figura: “Naquela terrível luta, muitos adormeceram para sempre”. a) antítese b) eufemismo c) anacoluto d) prosopopeia e) pleonasmo ESTILÍSTICA • 14. Aponte a figura: “Naquela terrível luta, muitos adormeceram para sempre”. a) antítese b) eufemismo c) anacoluto d) prosopopeia e) pleonasmo ESTILÍSTICA • 15. Assinale a figura da frase seguinte: “Em poucos segundos avistávamos a maravilhosa Rio de Janeiro”. a) metáfora b) silepse de pessoa c) silepse de gênero d) silepse de número e) sinédoque ESTILÍSTICA • 15. Assinale a figura da frase seguinte: “Em poucos segundos avistávamos a maravilhosa Rio de Janeiro”. a) metáfora b) silepse de pessoa c) silepse de gênero d) silepse de número e) sinédoque ESTILÍSTICA • 16. Em: “Ele lê Machado de Assis”, há: a) catacrese b) perífrase c) metonímia d) anacoluto e) inversão ESTILÍSTICA • Metonímia Também chamada de sinédoque, consiste no uso de uma palavra no lugar de outra que tem com ela alguma proximidade de sentido: • A metonímia pode ocorrer quando usamos: O autor pela obra Nas horas vagas, leio Machado de Assis. Vamos assistir a um delicioso Spielberg. O continente pelo conteúdo Conseguiria comer toda a marmita. O vinho era delicioso, tomei duas taças. ESTILÍSTICA A causa pelo efeito, e vice -versa A falta de trabalho é a causa da desnutrição naquela comunidade. Nossos cabelos brancos inspiram confiança. O lugar pelo produto feito no lugar O Porto é o vinho mais vendido naquela loja. Após o jantar ele fumava um Havana. A parte pelo todo Chegaram as pernas mais lindas da cidade. Vamos precisar de muitos braços para realizar o trabalho. ESTILÍSTICAA matéria pelo objeto A porcelana chinesa é belíssima. O jogador recebe o couro e chuta para o gol. A marca pelo produto Gostaria de um pacote de bombril, por favor. Você comprou a gilete que eu pedira? O concreto pelo abstrato e vice-versa Carlos é uma pessoa de bom coração. O Brasil ficou sob o jugo da coroa portuguesa por muitos anos. ESTILÍSTICA O concreto pelo abstrato e vice-versa Carlos é uma pessoa de bom coração. O Brasil ficou sob o jugo da coroa portuguesa por muitos anos. O indivíduo pela espécie O futebol brasileiro ressente a falta de novos pelés. Ele estuda para se tornar um grande Einstein. O instrumento pela ideia que ele representa João é um bom garfo. Senna é reconhecido como o melhor volante da Fórmula . ESTILÍSTICA • 16. Em: “Ele lê Machado de Assis”, há: a) catacrese b) perífrase c) metonímia d) anacoluto e) inversão