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bioquímica vias de transmissão de sinais TRANSMISSÃO DE SINAIS: cadeia de eventos que transforma a mensagem de que uma molécula está presente acima da concentração limiar na resposta fisiológica final As vias de transdução de sinais afetam muitas vias metabólicas As vias seguem um curso semelhante, que pode ser considerado um CIRCUITO MOLECULAR Etapas fundamentais do circuito: 1. liberação da molécula de sinalização, denominada primeiro mensageiro 2. recepção do primeiro mensageiro → as proteínas de membrana atuam como receptores, que transferem a informação do ligante para o interior da célula, através de mudanças estruturais no lado intracelular 3. moléculas pequenas, os segundos mensageiros, são utilizados para retransmitir a informação, mediando a etapa seguinte no circuito de informação molecular 4. ativar as bombas, os canais, as enzimas e os fatores de transcrição que controlam diretamente as vias metabólicas, a expressão gênica e a permeabilidade da membrana 5. terminação do sinal, ou a célula perderá a capacidade de responder a novos sinais Consequências dos segundos mensageiros: ↪ o sinal pode ser amplificado significamente com uma baixa concentração de sinal no ambiente, pois cada complexo ligante-receptor pode gerar muitos segundos mensageiros Proteínas G A sinalização começa com a ligação do ligante a uma proteína denominada receptor beta-adrenérgico (b-AR) O b-AR é membro da maior classe de receptores de superfície → receptores com sete hélices transmembrânicas (7TM) Esses receptores contêm sete hélices que atravessam a bicamada da membrana de um lado ao outro → receptores serpentinos A ligação de um ligante do lado extracelular induz um rearranjo estrutural na parte do 7TM que está dentro da célula A mudança conformacional ativa a proteína G, em virtude de sua ligação a guanil nucleotídeos A proteína G ativada estimula a atividade da adenilato ciclase, enzima que catalisa a conversão do ATP em cAMP O cAMP pode percorrer toda a célula transportando o sinal originalmente produzido pela ligação do ligante PAPEL DA PROTEÍNA G • em seu estado inativado, ela existe como um heterotrímero, constituído de subunidades a, b e g • a proteína G está ligada ao GDP pela subunidade a (Ga), que se liga ao nucleotídeo • o papel do receptor ligado ao hormônio (epinefrina / adrenalina) consiste em catalisar a troca de GTP pelo GDP ligado • o complexo hormônio-receptor interage com a proteína G e abre o sítio de ligação do nucleotídeo, de modo que o GTP na célula possa deslocar o GDP • Ga dissocia-se de Gbg transmitindo o sinal de que o receptor está com o ligante • centenas de Ga são convertidas para sua forma com GTP para cada ligante • 7TM → receptores acoplados à proteína G (GPCR) • na forma com o GTP, o novo parceiro de ligação da Ga é a adenilato ciclase • essa interação favorece uma conformação cataliticamente mais ativa da enzima, estimulando a produção de cAMP • a produção fornece um segundo nível de ampliação (+ ATP ↝ cAMP) AÇÃO DO cAMP • no músculo, estimula a produção de ATP para contração muscular • aumenta a degradação de substratos energéticos armazenados • aumenta a secreção de ácido pela mucosa gástrica • os efeitos do cAMP nas células eucarióticas são mediados pela ativação da PKA • a PKA é constituída de 2 cadeias regulatórias e 2 catalíticas • a ligação do cAMP às cadeias regulatórias libera as cadeias catalíticas, que são ativas por si só • PKA ativada fosforila resíduos específicos de serina e treonina em muitos alvos As subunidades Ga exibem atividade de GTPase, para hidrolisar o GTP a GDP e Pi O GTP ligado atua como relógio integrante, que restabelece espontaneamente a subunidade Ga depois de um período de tempo curto O hormônio se dissocia, de modo que o receptor retorna a seu estado inicial inativado A cascata de sinalização iniciada pelo complexo ativa uma quinase, que fosforila os resíduos de serina e treonina na cauda carboxiterminal do receptor → desativação CASCATA DE FOSFOINOSITÍDIO • mensageiros intracelulares surgem da clivagem do PIP2 • via desencadeada pelo receptor de angiotensina II • o receptor ativa uma proteína G denominada Gaq • em sua forma com GTP, a Gaq liga-se à isoforma b da enzima fosfolipase C e a ativa • a enzima catalisa a clivagem de PIP2 em 2 segundos mensageiros: IP3 e DAG • o IP3 é solúvel e difunde-se para longe da membrana ↪ liberação rápida de Ca2+ das reservas no retículo endoplasmático ↪ possibilita o fluxo de Ca2+ do retículo endoplasmático para o citoplasma ↪ desencadeia: contração do músculo liso, degradação do glicogênio, liberação de vesículas • o DAG permanece na membrana plasmática ↪ ativa a proteína quinase C (PKA) ÍONS CÁLCIO • no estado de equilíbrio, os níveis intracelulares de Ca2+ são mantidos baixos • aumentos transitórios da concentração de Ca2+ podem ser rapidamente percebidos • capacidade de se ligar firmemente às proteínas e induzir rearranjos espaciais • em concentrações citoplasmáticas acima de 500nM, o Ca2+ liga-se à calmodulina e a ativa • calmodulina → proteína com mão EF • a ligação induz mudanças conformacionais substanciais nas mãos EF, expondo superfícies hidrofóbicas que podem ser utilizadas para a ligação de outras proteínas • a calmodulina fecha-se ao redor de regiões específicas de proteínas-alvo, expondo as a-hélices com grupos hidrofóbicos e com carga apropriadamente posicionados • um conjunto de alvos: proteínas quinase dependentes de calmodulina • regulam o metabolismo energético, a permeabilidade a íons e a síntese e liberação de neurotransmissores Receptores tirosina-cinases Insulina → desencadeia uma via iniciada por receptores que incluem proteína quinases como parte de suas estruturas O receptor de insulina é um dímero constituído de 2 unidades, cada uma com uma cadeia a (fora da célula) e uma b (dentro da célula) A aproximação das unidades na presença da insulina desencadeia a via de sinalização A tirosina quinase do receptor catalisa a transferência de um grupo fosforila do ATP para um grupo hidroxila da tirosina Essa quinase encontra-se em uma conformação inativa quando o domínio não está modificado de modo covalente À medida que se aproximam, a alça de ativação flexível de uma subunidade de quinase é capaz de se encaixar no sítio ativo da outra subunidade de quinase Catalisam a fosforilação de resíduos de Tyr nas alças de ativação → mudança conformacional notável Outros sítios dentro do receptor são fosforilados, que atuam como sítios de ancoragem para outros substratos, como o IRS O IRS contém um domínio de homologia à plecstrina e um domínio de ligação de fosfotirosina → atuam para ancorar IRS ao receptor de insulina e à membrana associada As IRS podem atuar como proteínas adaptadoras → fixar componentes distais Resíduos de P-Tyr → domínios de homologia Src 2 (SH 2) da PI3K A PI3K ativa a PDK1, que fosforila e ativa outra proteína quinase, Akt A Akt move-se através da célula para fosforilar alvos que incluem componentes que controlam o tráfego do receptor de glicose GLUT 4 à superfície da célula, bem como enzimas que estimulam a síntese de glicogênio Na sinalização da insulina, são necessárias 3 classes de enzimas para interromper a via: ↪ proteínas tirosina fosfatases: removem grupos fosforila do receptor e da IRS ↪ lipídeos fosfatases: hidrolisam PIP3 e PIP2 ↪ serina fosfatases: removem grupos fosforila da Akt Canais iônicos Certas células são capazes de detectar um sinal externo, convertê-lo em um sinal elétrico e passá-lo adiante Canais iônicos: transdutores de sinais que fornecem uma rota regulada para o movimento de íons inorgânicos através da membrana plasmática em resposta a vários estímulos O fluxo dos íons por um canal causa uma redistribuição de cargas nos dois lados da membrana → despolariza a membrana No mecanismode sinalização no sistema nervoso, são essenciais 3 tipos de canais iônicos 1. CANAIS DE Na+: ao longo de todo o comprimento do axônio, se abrem brevemente quando a membrana é despolarizada localmente em resposta à acetilcolina 2. CANAIS DE K+: distribuídos ao longo do axônio, se abrem em resposta à despolarização quando os canais de Na+ se abrem 3. CANAIS DE Ca2+: extremidade distal do axônio, se abrem quando chega a onda de despolarização e repolarização, desencadeando a liberação da acetilcolina, que transmite o sinal para outro neurônio ou para uma fibra muscular Um canal de Na+ passa por uma inativação extremamente rápida A entrada de K+ repolariza localmente a membrana Um curto pulso de despolarização viaja pelo axônio conforme a despolarização localizada desencadeia a breve abertura dos canais de Na+, e posteriormente dos canais de K+ Quando a onda de despolarização atinge os canais de Ca2+, eles se abrem e o Ca2+ entra a partir do espaço extracelular ↑ [Ca2+] = liberação da acetilcolina para dentro da fenda sináptica por exocitose O canal iônico, então, transmite o sinal elétrico pela variação da concentração citoplasmática de um íon (como o Ca2+), que atua como segundo mensageiro
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