Licenciamento Ambiental

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Disciplina: Legislação Ambiental e Licenciamento e Ambiental. 
Identificação da tarefa: Tarefa 4.2. Ronald Barros. 
 
Tarefa 4.2 
 
Considerada o segundo maior corredor logístico do Brasil a BR163 atingiu 100% 
de extensão pavimenta somente em 2019. Uma obra pública de tamanha importância 
para o desenvolvimento dos estados envolvidos e consequentemente para o país. Em 
2013 as portarias nº 288 e 289, surgiram para regulamentar os procedimentos a serem 
aplicados pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis 
- Ibama no licenciamento ambiental nas rodovias federais. O fato ocorrido no território 
dos trabalhos na rodovia BR163 despertou a inquietação do então Presidente do IBAMA 
daquele período, Volney Zanard Junior. Para viabilizar o cronograma da obra, foi proposto 
a simplificação do processo de forma a fracionar e aplicar regras necessárias dentro de 
suas etapas e necessidades assim utilizando do RAS e do RIMA de modo a não 
enfraquecer, neutralizar, paralisar as obras que estavam em andamento. 
O Relatório Ambiental Simplificado (RAS) que acontece na fase de licença, está 
baseado na avaliação ambiental de empreendimentos com baixo potencial de impactos 
ou não significativo, classificado por atividades de baixo potencial poluidor ou que 
degradem de maneira mínima o meio ambiente. O relatório pode ser exigido no 
licenciamento ambiental de empreendimentos de impacto ambiental de pequeno porte, 
e normalmente apresenta a caracterização do empreendimento, o diagnóstico ambiental 
da região onde este se localizará, os impactos ambientais e respectivas medidas de 
controle, sendo esse o moderador de todo processo. 
A licença simplificada fica inviabilizada devido parte da BR163, no trecho Cuiabá-
Santarém estarem no território da Amazônia Legal. O RIMA depende inteiramente do 
rito ambiental tradicional onde são exigidos nas atividades que possam causar 
significativos impactos ambientais. Deve ser apresentado de forma objetiva e adequada, 
a fim de propiciar maior compreensão e clareza quanto as características do 
empreendimento, os impactos ambientais gerados, entre outros aspectos da 
implantação e operação do empreendimento. As informações devem ser traduzidas em 
linguagem acessível, ilustradas por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas 
de comunicação visual, de modo que se possam entender as vantagens e desvantagens 
do projeto, bem como todas as consequências ambientais de sua implementação. 
Os principais estudos ambientais exigidos pelos órgãos ambientais são o PBA, RAS, 
RCA, PCA, e EIA/RIMA prévia. A escolha do tipo de estudo a ser feito depende de diversos 
fatores, tais como: localização, tipo de atividade a ser desenvolvida, porte do 
empreendimento, entre outros. Esses estudos devem ser abordados os aspectos técnicos 
necessários à avaliação dos impactos ambientais a serem gerados pelo empreendimento. 
Deve ser elaborado por equipe técnica multidisciplinar habilitada, e deverá conter no 
mínimo, as atividades técnicas exigidas conforme Resolução CONAMA 01/1986. 
Conforme exemplo da BR163, os atrasos no licenciamento ambiental ocasionam 
inexecuções de obras e consequente postergações de investimentos, impacta de forma 
negativa, trava o crescimento da economia local, aumenta o custo da obra, ameaça a 
sonhada rodovia pavimentada e distancia o progresso daquele local. Além disso, o atraso 
pode gerar até um desequilíbrio econômico-financeiro da empresa executora. 
De acordo com fonte do CNI (Confederação Nacional das Indústrias) com base nos 
dados do IBAMA, o tempo médio para liberação do licenciamento chega a cinco anos, 
enquanto que o regimento do órgão estima em casos mais complicados um tempo 
máximo de 18 meses. 
Observamos atrasos devido a burocracias em outros empreendimentos da mesma 
natureza como na duplicação da BR-101. O impasse na extensão da duplicação de 25 
km que passa na reserva biológica de Sooretama, em Linhares. A Eco 101, detentora da 
concessão, está a seis anos cobrando pedágio na região porem não existe licenciamento 
liberado até o momento. Para prosseguir com o processo, a empresa terá que apresentar 
uma alternativa para obter do Ibama a Licença Prévia (LP) para as obras, aumentando 
assim os custos previstos do empreendimento. 
Dependemos das rodovias quando falamos de escoamento de produção agrícola, 
porém são as rodovias um dos grandes problemas do agronegócio em conjunto com a 
falta de investimentos nas ferrovias e hidrovias. Nesse contexto, obras para construção 
e duplicação de estradas necessariamente precisam interligar a produção aos portos de 
cargas. O Brasil possui um total de 175 instalações portuárias de carga incluindo portos 
em terminais marítimos e instalações aquaviárias, sendo desses, 76 terminais (18 na 
Região Sul, 6 na Região Centro-Oeste e 52 na Região Norte), fora da costa litorânea. 
Observando a localização dos portos, a solução nem sempre está em grandes obras como 
é o caso da ponte sobre o Rio Araguaia ligando o estado de Mato Grosso em Ribeirão 
Castanheira à Luiz Alves em Goiás. 
Outro grande projeto, infelizmente completando mais de 30 anos desde seu início, 
é a FNS - Ferrovia Norte Sul onde vejo a possibilidade de grandes avanços. Projeto que 
poderá percorrer o país, interligando os grandes portos, possibilitando aumentar a 
competitividade dos produtos brasileiros, estimulando o desenvolvimento das indústrias 
e modernizando o setor com a utilização do transporte ferroviário. Utilizando as rodovias, 
dados recentes mostram que o desperdício de cargas de grãos no Brasil chega a 6% de 
toda safra. Em 2019, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em parceria com 
o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), divulgou um 
estudo sobre o tema, de acordo com as avaliações, existem três fatores decisivos quando 
o assunto é desperdício de grãos: A má condição das rodovias, precariedade na frota de 
caminhões e a imprudência dos motoristas. 
O meio ambiente sempre estará rodeado de complexidades. Recentemente, a 
pretexto do desenvolvimento, com o objetivo de deturbar regras, modificar regimentos 
o atual Ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles alterou e retirou algumas resoluções 
do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), para beneficiar interesses que não 
seja o equilíbrio do meio ambiente como descrito no Art. 225 da Constituição Federal. 
Itens importantes que garantiam a preservação de áreas de restinga e manguezais, 
preservação de entornos de reservatórios d’água, regras que disciplinavam o licenciamento 
ambiental para projetos de irrigação e inexplicavelmente aprovado a queima de resíduos 
agrotóxicos e de lixo tóxico em fornos usados para produção de cimento. Tudo isso iniciado em 
2019 com a diminuição da participação da sociedade civil no Conselho Nacional do Meio 
Ambiente. 
 
AGRNOTICIAS, 2020, Mato Grosso. BR-080: Governo Federal autoriza início da 
construção de ponte sobre o rio Araguaia. Disponível em: 
<https://www.agrnoticias.com.br/noticias/br-080-governo-federal-autoriza-inicio-da-
construcao-de-ponte-sobre-rio-araguaia/>. Acesso em 27 set. 2020 
 
CCRMSVIA, 2016, Campo Grande. CCRMSVia recebe titularidade de licença 
ambiental para obras da BR-163/MS. Disponível em: 
<http://www.msvia.com.br/noticias/ccr-msvia-recebe-titularidade-da-licenca-
ambiental-para-obras-da-br-163-ms?id=4853>. Acesso em 10 set. 2020 
 
CLUBE AMANTES DA FERROVIA, 2018, São Paulo. O mito da ferrovia norte-sul. 
Disponível em: <https://amantesdaferrovia.com.br/blog/o-mito-da-ferrovia-norte-
sul>. Acesso em 10 set. 2020 
 
ECO101, 2019, Distrito Federal. BR101 ES/BA Licenciamento Ambiental. 
Disponível em: <https://www2.camara.leg.br/atividade-
legislativa/comissoes/comissoes-temporarias/externas/56a-legislatura/fiscalizacao-da-
concessionaria-eco-101-br-101-es/documentos/audiencias-publicas/jeancarlo-
mezzomo>. Acesso em19 set. 2020 
 
EXERCITO BRASILEIRO, 2020, São Paulo. Licenciamento é o maior desafio da 
Odebrecht na BR163. Disponível em: <http://www.eb.mil.br/web/noticias/noticiario-
https://www.agrnoticias.com.br/noticias/br-080-governo-federal-autoriza-inicio-da-construcao-de-ponte-sobre-rio-araguaia/
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http://www.msvia.com.br/noticias/ccr-msvia-recebe-titularidade-da-licenca-ambiental-para-obras-da-br-163-ms?id=4853
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https://amantesdaferrovia.com.br/blog/o-mito-da-ferrovia-norte-sul
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https://www2.camara.leg.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-temporarias/externas/56a-legislatura/fiscalizacao-da-concessionaria-eco-101-br-101-es/documentos/audiencias-publicas/jeancarlo-mezzomo
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desafio-da-odebrecht-na-br-163&inheritRedirect=true#.X3IfH2hKiUk>. Acesso em 26 
set. 2020 
 
G1, 2020, São Paulo. Resoluções revogadas no Conama: entenda ponto a ponto 
o que muda e os prejuízos ao meio ambiente. Disponível em: 
<https://g1.globo.com/natureza/noticia/2020/09/28/resolucoes-revogadas-no-
conama-entenda-ponto-a-ponto-o-que-muda-e-os-prejuizos-ao-meio-
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JUSBRASIL, 2009, Mato Grosso. Estado libera ao Dnit licenciamento ambiental 
para duplicação de mais um trecho da BR-163.Disponível em: <https://sefaz-
mt.jusbrasil.com.br/noticias/2128653/estado-libera-ao-dnit-licenciamento-ambiental-
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LEXMAGISTER, 2013, São Paulo. Portaria nº 289 de 16 julho de 2013. Disponível 
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<http://www.lex.com.br/legis_24625823_PORTARIA_N_289_DE_16_DE_JULHO_DE_2
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MASTER AMBIENTAL, 2016, Paraná. Qual a diferença de um estudo de impacto de 
vizinhança e um estudo de impacto ambiental. Disponível em: 
<https://www.masterambiental.com.br/noticias/eiv/qual-a-diferenca-de-um-estudo-
de-impacto-de-vizinhanca-e-um-estudo-de-impacto-ambiental/>. Acesso em 07 set. 
2020 
 
MGALHAS, 2017, São Paulo. Licenciamento ambiental no Brasil: desafios e 
oportunidades. Disponível em: 
<https://www.migalhas.com.br/depeso/259164/licenciamento-ambiental-no-brasil-
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https://www.masterambiental.com.br/noticias/eiv/qual-a-diferenca-de-um-estudo-de-impacto-de-vizinhanca-e-um-estudo-de-impacto-ambiental/
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https://www.migalhas.com.br/depeso/259164/licenciamento-ambiental-no-brasil-desafios-e-oportunidades
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MINISTERIO DO MEIO AMBIENTE, 2013, Distrito Federal. Seminário sobre 
licenciamento ambiental FMASE. Disponível em: 
<https://www.fmase.com.br/FMASE/arquivos/Apresentacao_-_Dr._Volney_Zanardi_-
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ONGCEA, 2012, São Paulo. Governo reformula licenciamento ambiental ou vem 
ai a flexibilização legalizada do licenciamento. Disponível em: 
<https://centrodeestudosambientais.wordpress.com/2012/11/06/governo-reformula-
licenciamento-ambiental-ou-e-vem-ai-a-flexibilizacao-legalizada-do-licenciamento/>. 
Acesso em 07 set. 2020 
 
PORTAL NACIONAL DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL, 2019, Distrito Federal. Estudos 
ambientais. Disponível em: <http://pnla.mma.gov.br/estudos-ambientais>. Acesso 
em 15 set. 2020 
 
TRUCAO PE NA ESTRADA, 2019, São Paulo. Confira três fatores que causam 
desperdícios de grãos durante o transporte. Disponível em: 
<https://trucao.com.br/confira-3-fatores-que-causam-desperdicio-de-graos-durante-
transporte/>. Acesso em 10 set. 2020 
 
 
 
 
 
 
https://centrodeestudosambientais.wordpress.com/2012/11/06/governo-reformula-licenciamento-ambiental-ou-e-vem-ai-a-flexibilizacao-legalizada-do-licenciamento/https://centrodeestudosambientais.wordpress.com/2012/11/06/governo-reformula-licenciamento-ambiental-ou-e-vem-ai-a-flexibilizacao-legalizada-do-licenciamento/
http://pnla.mma.gov.br/estudos-ambientais
https://trucao.com.br/confira-3-fatores-que-causam-desperdicio-de-graos-durante-transporte/
https://trucao.com.br/confira-3-fatores-que-causam-desperdicio-de-graos-durante-transporte/