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administracao_financeira_E_orcamentaria I

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EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA
ADmINISTrAÇÃO fINANCEIrA 
E OrÇAmENTárIA I
Marlúcio cândido
ranylson de sá Barreto neto
Fead
Belo Horizonte
2010
todos os direitos reservados ao 
sistema integrado de ensino de Minas Gerais – sieMG
rua cláudio Manoel, 1.162 – savassi – Belo Horizonte – MG
nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, armazenada ou 
transmitida de qualquer forma ou por qualquer meio, seja ele eletrônico, 
mecânico, fotocópia ou gravação, sem autorização do sieMG
atenção: pode acontecer de algum desses sites indicados não estar mais 
disponível devido ao dinamismo que caracteriza essa fonte de informação.
c217a cândido, Marlúcio
administração financeira e orçamentária i / Marlúcio 
cândido; ranylson de sá Barreto neto. Belo Horizonte: 
Fead, 2010.
160p.
isBn: 978-85-99419-86-1
i título 1- administração 2– Finanças 3- orçamento
cdU: 658.15
Publicado por fEAD
copyright©2010 Fead
Diretoria Geral
José roberto Franco tavares Paes
Capa
Fra Angelico - São Lourenço distribuindo esmolas
a Faculdade Fead apresenta novo projeto, fundamentado 
em aspectos metodológicos da auto-aprendizagem, e inaugu-
ra os cursos de graduação na modalidade a distância.
estudar na modalidade a distância é adquirir, além de co-
nhecimento do conteúdo apresentado, competências hoje exi-
gidas no campo profissional e pessoal: autonomia, interação, 
determinação, gerenciamento da própria formação e atualiza-
ção continuada.
a instituição que se propõe formar empreendedores apre-
senta atitude inovadora e ensina pelo próprio exemplo. o pro-
jeto Fead de educação a distância vem sendo desenvolvido 
desde 2004 e, agora, torna-se realidade.
Buscar atingir a meta da qualidade em todos os projetos 
educacionais é o que move a comunidade Fead. Projeto de 
muitas mãos e mentes, trabalho conjunto de professores, co-
ordenadores, funcionários, empresas parceiras e direção, na 
busca de produzir o que há de consubstancial em aprendiza-
gem na modalidade a distância.
sinta-se, em definitivo, participante e construtor deste novo 
tempo. Faça parte do seu mundo. Bem-vindo ao século XXi! 
Professor José roberto franco Tavares Paes 
direção-Geral
Marlúcio candido
Minha estória de vida resume-se num trabalho de muita 
dedicação, persistência, disciplina, administração de tempo e muito 
sucesso. entrecortada por inúmeras atividades profissionais e 
acadêmicas, iniciei minha carreira no mercado profissional contábil 
em 1979 como um simples office-boy em um escritório de parentes 
maternos. Posteriormente, assumi o cargo e as funções de auxiliar de 
contabilidade, tendo em vista as habilidades conquistadas durante o 
curso técnico em contabilidade que eu cursava. o mercado sempre 
foi muito exigente, obrigando-nos, ininterruptamente, a conquistar 
diferenciais e, portanto, deparei-me com um novo curso e minha 
segunda habilitação que foi o técnico em estatística, diga-se de 
passagem, primeira e única turma formada no Brasil. Para colocar 
em prática todo o arcabouço técnico-teórico adquirido, ingressei-me num instituto opinião Pública e 
estatística, onde fiquei por um ano, aproximadamente. Voltando às origens, tive a oportunidade de 
trabalhar durante oito anos num Grupo de Mineração e siderurgia, onde subi degrau por degrau, até 
atingir o topo, ou seja, exercendo o cargo e as funções de auxiliar de contabilidade, depois de analista 
contábil e por fim de contador de uma Holding company. durante essa performance profissional, criei 
boas oportunidade e cursei o bacharelado em ciências contábeis. dei uma guinada estratégica e 
assumi a contabilidade geral de uma empresa de consórcio de Veículos, onde fiquei por mais dois 
anos, aproximadamente. as portas se abriam a cada dia, primordialmente, em função do curso superior 
e quando assustei, eu já estava “entrando de cabeça” no segmento de shopping centers, onde me 
especializei e desenvolvi atividades durante nove anos, in loco, inicialmente como analista contábil, 
passando para chefe da controladoria, até chegar a Gerente controller. constitui um escritório de 
auditoria e perícia contábil, consultoria organizacional e financeira e administração em shopping 
centers, feira shop, centros empresariais, condomínios comerciais e residenciais, onde exerço 
minhas atividades profissionais até a presente data. cursei uma pós-graduação em administração 
Financeira e em ato contínuo, uma outra de Metodologia do ensino superior (docência). Há onze 
anos na academia, ministrei e/ou ministro aulas nos cursos de ciências contábeis, administração de 
empresas, comércio exterior, turismo, secretariado executivo Bilíngüe, e em Gestão de negócios, 
sendo as disciplinas de contabilidade Gerencial, contabilidade Geral, contabilidade comercial, 
controladoria, análise das demonstrações Financeiras, administração Financeira e orçamentária, 
Gestão orçamentária aplicada ao turismo, Gestão administrativa, financeira e contábil de shopping 
centers, análise Financeira avançada, auditoria contábil, Metodologia de trabalhos de conclusão 
de curso, Metodologia de estudos e Pesquisa, e também realizo a orientação temática de trabalhos 
de conclusão de curso – monografia. também exerci, durante quatro anos a coordenação do curso de 
ciências contábeis de uma ies. implacavelmente, o mercado profissional e a sociedade acadêmica 
nos exigiu uma pós-graduação stricto sensu em administração com toda ênfase para Finanças, 
culminando em um tema de ponta - “o modelo Balanced scorecard na gestão da controladoria de 
shopping centers da modalidade comunitário”. sem perder um segundo de tempo, ingressei-me no 
segundo bacharelado, agora em ciências Jurídicas – direito, o qual integralizo em 2007/1º. curso 
disciplinas de doutorado na área de concentração sociologia educacional e como hobbie, escrevo, 
juntamente com outros colegas autores, livros na área das ciências contábeis. ainda atuo e/ou atuei 
como Presidente de colegiado de curso de ciências contábeis, Membro de conselho superior de 
Fo
to
: 
Fe
ad
Minha trajetória profissional se confunde com minha história acadêmica e 
de vida. aos 16 anos já trabalhava e percebia que, somente pela educação, 
teria chance de ter uma vida digna. Foi assim que edifiquei uma vida de muito 
esforço e dedicação que culminaram em muitas alegrias. espero que possa 
ajudá-lo na construção do seu conhecimento.
a seguir, detalho um pouco do meu currículo para que sirva como um 
incentivo para você, pois é um relato de alguém que lutou muito. considero-
me um vencedor! não pelos títulos que acumulei, mas pelas lições que a 
vida me trouxe.
sou Mestre em administração com ênfase em Gestão do conhecimento; Pós-graduado MBa em 
Gestão da tecnologia da informação; Bacharel em ciências contábeis; licenciando em Pedagogia; 
Mestrando em contabilidade; Professor do centro Universitário newton Paiva no curso de graduação 
em ciências contábeis e nos cursos de pós-graduação MBa em Finanças e controladoria e Gestão 
corporativa de tributos; Professor convidado do centro Universitário de sete lagoas (UniFeMM) no 
MBa em Gestão de custos, Finanças e controladoria; Professor autor de guias de disciplinas do curso 
de graduação em ciências contábeis da Faculdade Pitágoras/Betim em co-autoria com o professor 
Marlúcio cândido; Membro do colegiado do curso de ciências contábeis do centro Universitário 
newton Paiva; autor do livro contabilidade em foco: contabilidade geral – vol. 1, pela editora Juruá/
Pr em co-autoria com os professores cléber Batista, daniel Gerhard, Marlúcio cândido e nilton de 
aquino; Professor autor dos livros contabilidade Geral e contabilidade comercial (adotados) para 
o curso de ciências contábeis na modalidade ead da Fead/Minas em co-autoria com o professor 
Marlúcio cândido; Membro do iBracon – instituto dos auditores independentes do Brasil; Membro 
do iBeF-MG – institutoBrasileiro dos executivos de Finanças; Perito; auditor; consultor; 20 anos de 
experiência no mercado de trabalho, tendo feito parte de minha carreira na área de tecnologia da 
informação e na área contábil, financeira e em gestão de riscos corporativos.
Pois bem, muitos dizem que tive sorte... Para mim, sorte é quando a oportunidade e a 
preparação ocorrem ao mesmo tempo. o que procuro fazer é me manter preparado para quando 
as oportunidades chegarem.
Forte abraço!
ranylson
Fo
to
: a
ut
or
ensino, Pesquisa e extensão, Membro do conselho Fiscal de Fundação educacional, Membro do 
conselho editorial de revista técnica de curso de ciências contábeis. na Fead, há cinco anos, me 
orgulho de poder participar dessa proposta inovadora que é o ensino Virtual. ouvi falar, pela primeira 
vez, sobre essa modalidade de ensino, em 1995 e, particularmente, naquela ocasião, não dei “muitos 
ouvidos”, entendendo que seria apenas mais uma espécie de ficção. acordei a tempo e hoje verifico 
que é um processo sem volta, que permitirá a inúmeros acadêmicos, realizarem o grande sonho 
de conquistar um curso superior. escrevi duas disciplinas até o momento, a contabilidade Geral 
do 1º período e a contabilidade comercial do 3 º período. continuo “de cabeça” nessa modalidade 
de ensino e têm sido momentos de grande alegria e devaneios. espero que aproveitem, minuto a 
minuto, desse diferencial que a Fead está lhes proporcionando. encontramos em breve no mercado 
profissional. Grande abraço e até já !!!
Sumário
Unidade 01
AULA 1 CONCEITO DE fINANÇAS........................................................................................................9
AULA 2 EXErCÍCIOS ...........................................................................................................................15
AULA 3 AmBIÊNCIA ECONÔmICA.......................................................................................................19
AULA 4 EXErCÍCIOS SOBrE AmBIÊNCIA ECONÔmICA ..................................................................25
AULA 5 SISTEmA fINANCEIrO NACIONAL (1ª PArTE) ....................................................................29
AULA 6 SISTEmA fINANCEIrO NACIONAL (2ª PArTE) ....................................................................35
AULA 7 EXErCÍCIOS ...........................................................................................................................41
Unidade 02
AULA 8 ADmINISTrAÇÃO DO CAPITAL DE GIrO - CICLO OPErACIONAL ....................................47
AULA 9 EXErCÍCIOS ...........................................................................................................................51
AULA 10 EXErCÍCIOS ...........................................................................................................................55
AULA 11 ADmINISTrAÇÃO DO CAPITAL DE GIrO - CICLO fINANCEIrO ........................................61
AULA 12 EXErCÍCIOS ...........................................................................................................................65
AULA 13 ADmINISTrAÇÃO DO CAPITAL DE GIrO - GIrO DE CAIXA E CAIXA OPErACIONAL .....69
AULA 14 rELAÇÕES ENTrE fINANÇAS E CONTABILIDADE ............................................................73
AULA 15 EXErCÍCIOS ...........................................................................................................................77
AULA 16 DEmONSTrATIVOS CONTáBEIS ..........................................................................................83
AULA 17 EXErCÍCIOS ...........................................................................................................................89
AULA 18 TÓPICOS ESPECIAIS DE CAPITAL DE GIrO ........................................................................93
AULA 19 EXErCÍCIOS ...........................................................................................................................99
AULA 20 EXErCÍCIOS .........................................................................................................................105
AULA 21 EXErCÍCIOS .........................................................................................................................109
Unidade 03
AULA 22 ADmINISTrAÇÃO DE CONTAS A rECEBEr – PArTE I..................................................... 113
AULA 23 EXErCÍCIOS ......................................................................................................................... 117
AULA 24 ADmINISTrAÇÃO DE CONTAS A rECEBEr – PArTE II....................................................123
AULA 25 ADmINISTrAÇÃO DE CONTAS A rECEBEr – rISCOS fINANCEIrOS (PArTE III) ........131
AULA 26 EXErCÍCIOS .........................................................................................................................135
AULA 27 ADmINISTrAÇÃO DE CONTAS A rECEBEr – rISCO DE CrÉDITO (PArTE IV) .............139
Unidade 04
AULA 28 ADmINISTrAÇÃO DO CAIXA ...............................................................................................145
AULA 29 fLUXO DE CAIXA .................................................................................................................149
AULA 30 ADmINISTrAÇÃO DE ESTOQUES .......................................................................................155
Objetivos
•	 Compreender	o	conceito	de	finanças	no	contexto	da	
administração financeira.
•	 Conhecer	 o	 ambiente	 no	 qual	 as	 empresas	 estão	
inseridas e como as finanças são influenciadas
•	Entender	os	objetivos	da	administração	financeira	e	a	
importância do administrador financeiro.
•	 Compreender	o	alcance	da	função	financeira	dentro	
das organizações e suas relações com as outras 
áreas do conhecimento, notadamente a economia e 
a contabilidade.
AULA 1
ConCeito de Finanças
Unidade 01
ADmINISTrAÇÃO fINANCEIrA E 
OrÇAmENTárIA
introdUÇÃo À adMinistraÇÃo Financeira
10
adMinistraÇÃo Financeira e orÇaMentária
“Estado da Arte”: caríssimo aluno, antes de aden-
trarmos na administração Financeira propriamente dita, 
torna-se necessário a compreensão e consolidação de 
conceitos importantes que irão nos dar segurança para 
seguirmos na nossa jornada. estes conceitos serão 
apresentados já!
fINANÇAS
talvez este seja o conceito mais im-
portante da disciplina, pois, como disse-
mos anteriormente, entender o compor-
tamento da função financeira de uma 
empresa é a base para o seu sucesso.
Finanças é uma palavra usada para 
definir um ramo do conhecimento dedicado 
à gestão de fundos, do seu comportamen-
to perante o mercado e como as empresas, 
pessoas e o governo se relacionam nesse processo.
“Eu pergunto, você responde”: Mas o que são 
fundos? Ficou claro para você?
deixe-me explicar melhor...
Por “Fundos”, dentro do contexto 
desta disciplina, entende-se a reunião 
de recursos financeiros com vistas a 
atingir um propósito específico.
tanto os indivíduos quanto as organizações obtêm 
recursos e esperam que esses recursos gerem 
rendas. assim, é comum a constituição de fundos 
de investimento, por exemplo, para que esse obje-
tivo seja alcançado.
Pode-se ainda definir finanças como sendo um 
campo de estudo destinado à compreensão das insti-
tuições financeiras, dos mercados financeiros e do fun-
cionamento do sistema financeiro nacional e aborda os 
seguintes aspectos:
a) o estudo do dinheiro e dos demais ativos financei-
ros;
b) a gestão e o controle desses ativos;
c) o entendimento dos riscos aos quais esses ativos 
estão sujeitos;
CAmPOS DE ATUAÇÃO
Muitas são as áreas de atuação da administração 
financeira. o QUadro 1, a seguir, apresenta, de forma 
simplificada, algumas destas áreas.
QUadro 1
áreas de atuação do administrador financeiro
área Oportunidades de carreira
Bancos e 
instituições 
correlatas
os analistas de crédito avaliam efazem 
recomendações relativas à concessão 
de empréstimos a empresas, para 
aquisição de imóveis e/ou para 
consumo. os gerentes de bancos 
de varejo administram agências e 
supervisionam os programas oferecidos 
pelo	banco	a	seus	clientes.	O	fiduciário	
administra	 os	 fundos	 fiduciários	 para	
estados, fundações e empresas. outros 
oferecem	 serviços	 financeiros,	 como	
planejamento	 das	 finanças	 pessoais,	
investimentos, bens imóveis e seguros.
Planejamento 
das	finanças	
pessoais
Os	consultores	financeiros,	trabalhando	
independentemente ou como 
empregados, prestam aconselhamento 
a indivíduos com respeito a todos 
os aspectos da administração de 
suas	 finanças	 pessoais	 -	 orçamento,	
impostos, investimentos, bens imóveis, 
seguros, aposentadoria e planejamento 
de espólio - além de auxiliarem 
a	 desenvolver	 planos	 financeiros	
abrangentes que satisfaçam os 
objetivos do cliente.
investimentos os corretores de títulos, ou executivos de 
conta, assistem seus clientes na escolha, 
compra e venda de títulos. os analistas 
de títulos geralmente estudam as ações 
e	 obrigações	 de	 indústrias	 específicas	
e assessoram as empresas corretoras 
e seus clientes, administradores de 
fundos de investimento e companhias 
seguradoras. os administradores de 
carteiras estruturam e administram 
carteiras de títulos para empresas 
e indivíduos. os banqueiros de 
investimento prestam assessoria aos 
emitentes e atuam como intermediários 
entre estes e os compradores das novas 
ações e obrigações lançadas.
AULA	1	•	COnCEitO	dE	FinAnçAs
11
Bens imóveis os agentes e corretores relacionam 
propriedades comerciais e residenciais 
para venda ou aluguel, buscam 
compradores e locatários para as 
propriedades oferecidas, mostram 
e negociam a venda ou locação 
dessas propriedades. os avaliadores 
estimam o valor de mercado de todo 
tipo	 de	 propriedade.	 Os	 financiadores	
de bens imóveis analisam e fazem 
recomendações/tomam decisões com 
relação às solicitações de empréstimos. 
os banqueiros de crédito hipotecário 
procuram	 e	 preparam	 o	 financiamento	
para projetos de bens imóveis. os 
administradores de imóveis lidam com 
as operações do dia a dia, para que 
seus proprietários obtenham o máximo 
retorno.
seguros os prepostos e corretores de seguros 
entrevistam clientes potenciais, 
desenvolvem programas de seguros 
que atendam às suas necessidades, 
vendem-lhes apólices, cobram prêmios 
e prestam completa assistência nos 
processos de liquidação de sinistros. 
os subscritores selecionam e avaliam 
os riscos que sua empresa irá segurar, 
fixando	os	prêmios	correspondentes.
Fonte: GitMan, 2002, p.5.
ora, como estamos falando da 
administração de recursos, pres-
supõe-se que esses recursos se-
rão administrados por alguém, 
certo? É verdade... e este pro-
fissional chamado de adminis-
trador financeiro carrega con-
sigo grande responsabilidade 
na gestão desses recursos. 
surge desse entendimento outro conceito impor-
tante: a “adMinistraÇÃo Financeira”.
ADmINISTrAÇÃO fINANCEIrA
a administração financeira é a disciplina ou espe-
cialização da administração que irá tratar das finan-
ças corporativas, relacionando-se como outras áreas 
do conhecimento, em particular com a contabilidade e 
com a economia.
É exercida pelo administrador financeiro, que as-
sume suas responsabilidades dentro de uma organiza-
ção. cabe a esses profissionais a gestão das finanças 
dos diversos tipos de organizações, financeiras ou não, 
privadas ou públicas, de pequeno ou de grande porte, 
com ou sem fins lucrativos.
os administradores financeiros são responsáveis 
por algumas tarefas fundamentais para as empresas:
a) orçamentos;
b) previsões financeiras; 
c) administração do caixa e do 
crédito;
d) análise e captação de fundos. 
dada a sua relevância, é bas-
tante amplo o mercado de trabalho 
para esse tipo de profissional, conforme pode ser visto 
no QUadro 2, a seguir.
Cargo Descrição
analista 
financeiro
responsável principalmente pela pre-
paração	e	análise	dos	planos	financei-
ros e orçamentários da empresa. outras 
responsabilidades	 incluem	 previsão	 fi-
nanceira,	análise	financeira	de	desem-
penho baseada em índices e trabalho 
em conjunto com a contabilidade.
analista 
gerente de 
orçamentos de 
capital
responsável pela avaliação e recomen-
dação de propostas de investimentos 
em ativos. Pode envolver-se em aspec-
tos	financeiros	quando	da	 implementa-
ção dos investimentos aprovados
Gerente de 
projetos
Em	grandes	empresas,	obtém	financia-
mentos para investimentos em ativos 
financeiros.	Coordena	consultores,	ban-
queiros de investimento e assessores 
jurídicos.
Gerente de 
caixa
responsável por manter e controlar os 
saldos diários de caixa da empresa.
Frequentemente gerencia os procedi-
mentos de cobrança, os investimentos 
de curto prazo, as transferências e de-
sembolsos e coordena os empréstimos 
de curto prazo, assim como o relaciona-
mento da empresa com bancos.
12
adMinistraÇÃo Financeira e orÇaMentária
analista/
gerente
de crédito
administra a política de crédito da 
empresa por meio da análise e 
avaliação das solicitações de crédito. 
concede crédito e monitora a cobrança 
das contas a receber.
administrador 
de
fundos de 
pensão
em grandes empresas, é responsável 
pela coordenação dos ativos e passivos 
do fundo de pensão dos empregados. 
desempenha tanto as atividades de 
administração de investimentos, quanto 
contrata ou supervisiona o desempenho 
dessas atividades, no caso de serem 
realizadas por terceiros.
Fonte: GitMan, 2002, p. 6.
a tarefa mais importante do administrador é criar 
valor para a empresa por meio de suas atividades 
frente à gestão dos recursos financeiros.
CASO PráTICO
Para uma melhor compreensão da complexidade 
da administração financeira e da importância do admi-
nistrador financeiro, vamos analisar o seguinte caso:
imagine-se como adMinistrador Financei-
ro de uma empresa nas seguintes condições:
a) a empresa está no mercado há aproximadamente 
200 anos.
b) registrou recorde de Us$650 mi em vendas.
c) o produto é vendido por cerca de Us$1.500 a Us$ 
2.200, custo marginal de Us$250+Us$500 de co-
missão s/ vendas.
d) sua equipe de vendas é muito bem treinada e mo-
tivada.
Há razão aparente para mudar radicalmen-
te a organização e o seu portifólio de pro-
dutos?
Vejamos mais alguns dados:
a mesma empresa registra algumas mudanças 
ambientais:
surge um novo concorrente com um produto de-
senvolvido com material de baixa qualidade e obsoleto 
com componentes antigos e de péssima qualidade. o 
produto foi desenvolvido para ser dado de brin-
de para promover a venda de outros produtos.
Esse novo concorrente é capaz de promo-
ver um estrago no ambiente de negócios?
aparentemente a resposta para as duas perguntas 
é NÃO! Vejamos... acompanhe atenta-
mente:
este concorrente é a Micro-
soFt™;
o lançamento pela Microsoft da 
Enciclopédia Encarta (antiga Funk & 
Wagnalls), em CD-rOm, 
arrasou o mercado de en-
ciclopédias impressas;
a partir de 1990, a Bri-
tânica e todas as outras 
enciclopédias impressas dos estados Unidos apresen-
taram uma queda de 80% em suas vendas.
Percebeu a amplitude do papel do administrador 
financeiro nas organizações e como o cenário ex-
terno à organização requer desse profissional uma 
postura pró-ativa? este assunto será amplamente 
discutido na nossa próxima aula. não perca!
“Atenção! Está na hora da revisão”! Para que os 
conceitos que foram trabalhados nesta aula sejam efeti-
vamente sedimentados, precisamos fazer alguns exer-
cícios... calma, não se desespere! sempre que estiver 
em dúvida recorra às referências bibliografia da aula e 
conte sempre com o apoio do seu tutor. Vamos lá!
EXErCÍCIOS PrOPOSTOS
1) explique,com suas palavras, o que significa a pa-
lavra “FinanÇas”.
2) Quais são as áreas de atuação da gestão financeira?
3) com base na resposta da questão 2, escolha uma 
das áreas relacionadas por você e explique sua im-
portância no cenário atual.
4) Quais são as oportunidades de trabalho para o ad-
ministrador financeiro?
AULA	1	•	COnCEitO	dE	FinAnçAs
13
5) escolha uma das oportunidades de trabalho arrola-
das na questão 4 e escreva uma justificativa para a 
sua escolha com base no atual cenário do mercado 
de trabalho.
rEfErÊNCIAS
GitMan, lawrence J. Princípios da Administra-
ção financeira. 7. ed. são Paulo: Harbra, 2002.
MataraZZo, dante c. Análise financeira de Ba-
lanços. são Paulo: atlas, 1997.
ross, stephen a.; WesterField, randolph W.; 
JaFFe, Jeffrey F. Administração financeira. tradu-
ção de antonio Z. sanvicente. são Paulo: atlas, 2002.
santos, edno oliveira dos. Administração finan-
ceira da pequena e média empresa. são Paulo: 
atlas, 2009.
Weston, J. Fred; BriGHaM, dugene F. funda-
mentos da Administração financeira. são Paulo: 
Makron, 2000.
Objetivo
•	 Consolidar	os	conhecimentos	relativos	à	aula	anterior	
mediante a resolução de exercícios.
AULA 2
EXERCÍCIOS
Unidade 01
ADmINISTrAÇÃO fINANCEIrA E 
OrÇAmENTárIA
introdUÇÃo À adMinistraÇÃo Financeira
16
adMinistraÇÃo Financeira e orÇaMentária
“Estado da Arte”: conforme visto na aula anterior, 
quando tratamos de diversos conceitos, observamos 
que eles necessitam ser bem compreendidos para se-
guirmos adiante. Portanto, vamos praticar.
EXErCÍCIOS
com base nos artigos que serão apre-
sentados, respondas às questões propos-
tas.
TEXTO 01
Hipótese dos mercados Adaptáveis
Fonte: http://cesartiburcio.wordpress.com/
category/financas/
este é um dos temas sobre o qual provavelmente 
ainda vamos ler muito no futuro. desde que 
foi criada a teoria de carteiras (caPM, em 
particular), esta teoria vem recebendo inúmeras 
críticas. na década de 1970 apareceram as 
Finanças comportamentais como uma tentativa 
de explicar certas anomalias no comportamento 
humano. Uma vertente desse estudo tem sido 
realizada pela neuroeconomia, que estuda como 
o ser humano toma suas decisões. 
recentemente apareceu uma nova linha de 
estudos, promovida por andrew lo, da “Hipótese 
dos Mercados adaptáveis”. a reportagem a 
seguir, publicada no jornal Valor Econômico, de 
19/9/2008, faz um breve resumo do que seria 
isso.
Viver e aprender
Por Danilo Fariello
Quando dois aviões atingiram o World Trade 
Center, em um dos maiores atentados terroristas 
da história, os mercados mundiais desabaram. 
Seus efeitos duraram vários dias e alguns 
analistas acharam que nada voltaria ao que era 
antes pelo receio de novos ataques. Cinco anos e 
vários atentados depois – incluindo um em Madri 
e outro em Londres -, os agentes do mercado já 
não reagem com a mesma apreensão aos riscos 
do terrorismo. Esse comportamento ratifica uma 
nova teoria que estuda a ação dos investidores 
no ambiente econômico e que pode ajudar na 
montagem de estratégias de investimento, tendo 
em vista mudanças globais, permitindo até tirar 
proveito delas.
As teorias que pregam que decisões econômicas 
não são pautadas apenas por motivos racionais 
já são bastante respeitadas entre agentes 
do mercado financeiro. Prova disso é seu 
desenvolvimento e seu questionamento, que 
resultaram na criação da nova Hipótese dos 
Mercados Adaptáveis (HMA), consolidada em 
artigo recente de Andrew Lo, economista do MIT 
Sloan School of Management. Sua tese é um 
meio do caminho entre aqueles que acham que 
o mercado é puramente racional – adeptos da 
Hipótese dos Mercados Eficientes (HME) – e os 
que acham que ele seria totalmente irracional, 
dadas as características psicológicas inatas de 
cada agente. A nova tese, segundo Lo, permitiria 
entender melhor fenômenos cíclicos da economia, 
como bolhas, e melhorar a administração de 
investimentos.
A HMA prevê, em resumo, que o mercado 
financeiro tende à racionalidade até que surjam 
alterações de conceitos básicos que tornem as 
previsões irracionais. Os agentes econômicos 
passariam por processos de adaptação a novas 
realidades. Exemplos recentes são a bolha 
da internet e reviravoltas do mercado com os 
atentados.
A tese clássica prevê que os agentes do mercado 
sempre agem racionalmente ao aplicar recursos, 
buscando a melhor relação entre retorno e risco. 
Já a psicologia comportamental diz o contrário, ou 
seja, que os agentes sempre agem movidos por 
emoções pessoais, como egoísmo, competição, 
medo e euforia. A HMA prevê ciclos, que, quando 
alterados, elevam a motivação irracional dos 
agentes do mercado, explica Ilan Ryfer, sócio 
responsável por estratégias de investimento da 
corretora Hedging-Griffo. Conforme a situação se 
acomoda ou torna-se mais corriqueira, os agentes 
17
AULA	2	•	EXERCÍCiOs
vão retomando a racionalidade. Até que ocorra 
uma nova ruptura, como nos atentados.
Avanços tecnológicos, como a bolha das 
empresas pontocom no início da década, seriam 
o motivo mais comum de mudanças de ciclos 
econômicos que aumentam a irracionalidade do 
mercado. “No começo da onda de internet, as 
empresas do setor eram avaliadas muito acima 
de seu valor patrimonial e, atualmente, muitas não 
valem tanto ou desapareceram”, diz o economista 
Ryfer. No entanto, ele avalia que a identificação 
de um novo período irracional, como o da atual 
bolha dos imóveis americanos, é difícil de ser 
comprovada ao longo do processo.
Segundo a tese dos mercados adaptáveis, 
pequenos ciclos em mercados e setores específicos 
ocorrem sistematicamente, oferecendo brechas 
para a busca de lucros mais altos, com possíveis 
distorções irracionais o tempo todo. Mas a tese 
pura da psicologia comportamental prevê que 
não necessariamente um mercado com valores 
distorcidos por questões irracionais migrará 
para a racionalidade, lembra Vera Rita Ferreira, 
psicóloga econômica e representante nacional 
da Associação para Pesquisa em Psicologia 
Econômica (Iarep, na sigla em inglês). Exemplos 
são a bolha da internet, que demorou anos 
para estourar, ou a bolha imobiliária nos EUA 
atualmente, já sinalizada há anos.
A HMA tem raiz na psicologia evolucionista, 
que prevê o aprendizado das pessoas, num 
paralelo com a teoria de Charles Darwin, explica 
Roberta Muramatsu, pesquisadora de finanças 
comportamentais e professora de economia 
do Ibmec-SP e do Mackenzie. Por essa teoria, 
certas pessoas teriam traços que os auxiliariam 
a identificar melhor os movimentos do mercado. 
“Esse é um dos motivos porque alguns gestores e 
investidores prosperam e outros não.”
Copiar estratégias desses vencedores ajuda, 
mas é preciso compreender também que o 
ambiente econômico está em constante mutação, 
e a mesma estratégia poderia não funcionar 
numa segunda vez, diz a economista. “Não dá 
para termos a pretensão de nos adaptarmos na 
mesma velocidade do ambiente”, afirma Roberta, 
acrescentando, porém, que “também não somos 
fadados à irracionalidade”.
A tese dos mercados adaptáveis traz aos estudos 
das finanças comportamentais o entendimento de 
que não são apenas as pessoas que interferem 
na economia, mas que o próprio ambiente é 
fator que influencia o comportamento financeiro, 
diz Roberta. “Hoje, temos de responder muito 
rápido a decisões econômicas, portanto 
podemos agir mais irracionalmente frente a uma 
novidade” explica. “Mas acredito na otimização e 
maximização das decisões com o tempo.”
A tese evolucionista já é antiga nos debates 
sobre psicologia, embora controversa, mas 
sua incorporação reforça a aceitação de temas 
relativos à mente no universo dos economistas, diz 
Vera Rita. A tendência é que a discussão se amplie 
para além da psicologia econômica tradicional. Na 
semana passada,o psicólogo Waldemar Magaldi 
Filho lançou o livro “Dinheiro, saúde e sagrado”, 
sobre o valor cultural, consciente e inconsciente, 
do dinheiro na vida das pessoas, tendo base nas 
teorias de Carl Gustav Jung, dissidente das teses 
de Sigmund Freud.
com base no texto acima e nas te-
orias apresentadas em nossa aula, res-
ponda à seguinte pergunta: Qual a rela-
ção da teoria dos mercados adaptáveis e 
das finanças comportamentais apresen-
tada no texto com a função financeira das 
empresas?
rEfErÊNCIAS
assaF neto, alexandre. finanças corporativas e 
valor. são Paulo: atlas, 2003.
assaF neto, alexandre; liMa, Fabiano Guasti. 
Curso de administração financeira. são Paulo: 
atlas, 2009.
casarotto FilHo, nelson; KoPittKe, Bruno 
Hartmut. Análise de investimentos. são Paulo: 
atlas, 2008.
costa Jr., newton carneiro affonso; leal, ricar-
do Pereira câmara; leMGrUBer, eduardo Facó. 
mercado de capitais: análise empírica no Brasil. 
são Paulo: atlas, 2006.
18
adMinistraÇÃo Financeira e orÇaMentária
derMine, Jean; Bissada, yoUsseF F. Gerencia-
mento de ativos e passivos: um guia para a criação 
de valor e controle de riscos. são Paulo: atlas, 2005.
Galesne, alain; FensterseiFer, Jaime e.; 
laMB, roberto. Decisões de investimentos da 
empresa. são Paulo: atlas, 1999.
GitMan, lawrence J. Princípios da Administra-
ção financeira. 7. ed. são Paulo: Harbra, 2002.
liMa, iran siqueira; Galardi, ney; neUBaUer, 
ingrid. Fundamentos de investimentos financei-
ros. são Paulo: atlas, 2006.
MataraZZo, dante, c. Análise financeira de Ba-
lanços. são Paulo: atlas, 1997.
Matias, alberto Borges. finanças corporativas 
de curto prazo: a gestão do valor do capital de giro. 
são Paulo: atlas, 2007.
ross, stephen a.; WesterField, randolph W.; 
JaFFe, Jeffrey F. Administração financeira. tradu-
ção de antonio Z. sanvicente. são Paulo: atlas, 2002.
santos, edno oliveira dos. Administração finan-
ceira da pequena e média empresa. são Paulo: 
atlas, 2009.
saUnders, anthony. Administração de institui-
ções financeiras. são Paulo: atlas, 2000.
silVa neto, lauro de araújo. Derivativos:	defini-
ções, emprego e risco. são Paulo: atlas, 2006.
silVa, José Pereira da. Gestão e análise de risco 
de crédito. 6. ed. são Paulo: atlas, 2008.
soBreira, rogério. Regulação financeira e ban-
cária. são Paulo: atlas, 2005.
soUZa, acilon Batista. Projetos de Investimentos 
de capital: elaboração, análise e tomada de deci-
são. são Paulo: atlas, 2003. 
Weston, J. Fred, BriGHaM, dugene F. funda-
mentos da Administração financeira. são Paulo: 
Makron, 2000.
Objetivo
•	 Compreender	como	os	fatores	exógenos	à	empresa	
influenciam sua gestão financeira, bem como o 
comportamento das finanças corporativas é afetado 
pelos aspectos macroecômicos.
AULA 3
AMBIÊNCIA ECONÔMICA
Unidade 01
ADmINISTrAÇÃO fINANCEIrA E 
OrÇAmENTárIA
introdUÇÃo À adMinistraÇÃo Financeira
20
adMinistraÇÃo Financeira e orÇaMentária
CASO PráTICO
Vejamos um caso que nos ajudará a responder a esta pergunta:
a Brastemp® possui uma linha de produtos chamada “YOU”, que consiste em ser um produto customizado pelo 
cliente via Internet, com um pequeno detalhe: a customização ocorre na linha de produção e não na revenda, ou 
seja, não estamos falando de acessórios, mas da intervenção do consumidor na linha de produção.
Fonte: www.brastemp.com.br
“Estado da Arte”: o mundo assistiu a diversas 
crises econômicas e é partindo de cenários desfavorá-
veis às finanças das empresas que iremos iniciar nossa 
aula. animado? então vamos em frente...
CENárIO ECONÔmICO
os profissionais, de um modo 
geral, foram formados e condicio-
nados a usar o modelo mental do 
tangível com base em um pensa-
mento Fordista e taylorista, com 
foco na otimização da produção 
em massa com pouca ou nenhu-
ma especialização e customiza-
ção de produtos.
É muito confortável para qualquer empresa trabalhar 
em um ambiente de negócios controlado e com poucos 
e previsíveis concorrentes. Mas cuidado! Vimos na aula 
anterior que as mudanças nos cenários econômicos se 
modificam com uma velocidade muito grande.
“Ponto relevante”: Vivemos em uma época em 
que não existem mais barreiras geográficas para os 
negócios, que são permeados por um ambiente impre-
visível e de concorrência global.
“Eu pergunto, você responde”: O desa-
fio das organizações passa a ser pro-
duzir em massa, produtos com elevado 
nível de customização. Como?
não são simples “acessórios” ou opção de cores... são aproxi-
madamente 19.000 combinações possíveis para uma mesma 
linha de produção...
AmBIENTE EXÓGENO E AmBIENTE 
ENDÓGENO
como vimos anteriormente, o ambiente no qual as 
empresas estão inseridas é de alta complexidade e, 
portanto, elas exigem da administração das finanças 
uma percepção ampla tanto do ambiente interno quan-
to do ambiente externos a elas.
Vejamos alguns conceitos importantes sobre o as-
sunto, que nos ajudarão nesta verdadeira jornada rumo 
à administração financeira.
É de fundamental importância que a administração 
financeira de uma empresa leve me consideração todos 
os aspectos possíveis que possam, de forma direta ou 
indireta, influenciar as decisões do administrador finan-
ceiro. È o que se costuma chamar de visão sistêmica.
21
AULA	3	•	AMBiÊnCiA	ECOnÔMiCA
Visão sistêmica? como assim? Veja-
mos um exemplo simples que nos auxiliará 
a compreender esta abordagem.
Vamos falar de algo que é comum para todos nós, 
água. na química, a água é definida por H2o.
são dois átomos de hidrogênio e 1 átomo de oxigê-
nio. Veja a figura que se segue:
o curioso é que o Hidrogênio e o oxigênio são gases e ambos inflamáveis, certo? 
simples! oxigênio e hidrogênio, quando analisados separadamente são gases inflamáveis, todavia, 
quando analisados conjuntamente, se transformam pela combinação e assumem novas proprieda-
des. o mesmo raciocínio podemos levar para a gestão financeira, qual seja, se analisadas sepa-
radamente, as variáveis que determinam as ações sobre os ativos financeiros de uma empresa 
podem conduzir a decisões que não teriam os mesmos efeitos daquelas tomadas considerando-
se o todo.
desta forma percebemos que muitos são os fatores que podem influenciar as decisões finan-
ceiras de uma empresa. analisemos a Fig. 1, que se segue:
se o e H são gases e ambos inflamáveis, como pode a água apagar o fogo?
22
adMinistraÇÃo Financeira e orÇaMentária
analisando a Fig. 1, percebemos 
que a empresa está sujeita a uma série 
de influências, desde políticas tributá-
rias, ação de concorrentes, quantidade 
e qualidade dos clientes, etc. logo a 
eficiência da administração financeira 
será determinada pela capacidade do administrador fi-
nanceiro em perceber as variáveis mais relevantes no 
processo de administrar as finanças corporativas.
mAS O QUE É mESmO EfICIÊNCIA?
Vamos fazer uma rápida revisão nestes 
conceitos para podermos avançar com segu-
rança.
Eficiência: é um dos componentes de 
sua missão que consiste na relação exis-
tente entre o resultado obtido e os recursos 
empreendidos para obtenção deste resul-
tado. logo:
Eficácia: o lucro é a melhor medida de 
eficácia empresarial que irá determinar se o 
objetivo (ou objetivos) da empresa foi (foram) 
atingido(s). Para ser eficaz, a empresa deve 
ser eficiente na aplicação de seus recursos, no caso 
específico desta disciplina estamos falando de recur-
sos financeiros.
esses conceitos são fundamentais para uma boa 
compreensão de como se processam as ações da ad-
ministração, portanto, fixe-os bem. Veja a FiG. 2 que 
se segue:
FiGUra 2 – objetivos do sistema empresa
Fonte: Padovese (2002) – adaptado.
ADmINISTrAÇÃO fINANCEIrA frENTE 
AOS CENárIOS ECONÔmICOS
“Ponto relevante:” o mundo assistiu a várias cri-
ses financeiras ao longo da história recente daecono-
mia, o que afetou fortemente a forma de as empresas 
pensarem sobre suas práticas de administração finan-
ceira. Vamos ver algumas de forma mais detalhada, 
considerando a história recente:
1929 – O grande CrASH: em outubro de 1929, as 
ações de Wall street começaram a acumular sucessi-
vas e violentas quedas. até 1932, as ações no merca-
do americano perderam 90% de seu valor e um terço 
FiGUra 1 – empresa como sistema aberto
Fonte: Padovese (2002) – adaptado.
23
AULA	3	•	AMBiÊnCiA	ECOnÔMiCA
da população estava desempregada. Foi a maior crise 
financeira da história dos eUa e até hoje economistas 
teorizam a respeito das reais causas da quebra da Bol-
sa. o maior efeito sobre o Brasil foi a queda do preço do 
café, então o principal produto de exportação do país.
1973 – Crise do Petróleo: com a Guerra do yom 
Kippur, a organização dos Países árabes exportado-
res de Petróleo decide cancelar a exportação de petró-
leo para países que apoiaram israel no conflito com o 
egito e a síria. como resultado, os preços do produto 
dispararam e atingiram a casa dos Us$12 o barril em 
1974, valor quatro vezes maior do que no ano anterior. 
Para o Brasil, o efeito mais notável foi a desaceleração 
do crescimento iniciado com o chamado “milagre eco-
nômico”: de 9% para 4,6% em 1978.
1979 – revolução Iraniana: em meio à revolução 
iraniana, o ayatollah Khomeini assume o poder do país 
e passa a controlar a produção de petróleo, causando 
uma segunda disparada nos preços do produto - po-
tencializada pelos temores de racionamento energético 
nos eUa. o valor do barril chegou perto dos Us$40, 
o pico daquela década. no Brasil, houve aumento no 
custo dos combustíveis e racionamento. a dívida do 
País inchou com os crescentes custos da importação 
do petróleo. além disso, o aumento dos juros nos eUa 
contribuiu para elevar ainda mais a dívida.
1982 – moratória mexicana: o México atola-se em 
uma crise que culmina com a surpreendente moratória do 
governo mexicano em agosto de 1982. Mais de 40 países 
recorreram ao FMi, incluindo o Brasil, que viu a retração 
de seu PiB em 5% e a inflação ultrapassar os 200%.
1987 – Queda Histórica: em 19 de outubro de 
1987, o índice down Jones sofre a maior queda de sua 
história em um único dia: 22,6%. a combinação de te-
mores com os empréstimos bancários, a desaceleração 
da economia e a desvalorização da moeda americana 
injetou pânico nos mercados americanos, e o temor se 
alastrou pela europa e pelo Japão. o Brasil quebrou 
novamente, suspendendo o pagamento da dívida. na 
ocasião, como na atual crise, o Fed e outros Bcs do 
mundo rapidamente intervieram, baixando taxas de ju-
ros. na prática, foi a primeira crise que demonstrou o 
potencial de rápido contágio do pânico num mercado 
financeiro globalizado.
1997 - Crise da ásia: em 1997, um rápido proces-
so de fuga de capitais e desvalorização cambial entre 
os chamados tigres asiáticos - tailândia, Malásia, co-
réia do sul, Hong Kong, indonésia e Filipinas - espalha 
medo nos mercados internacionais, em grande parte 
pela surpresa de ver mercados supostamente sólidos 
e confiáveis sucumbirem a uma crise financeira. o 
mercado dos emergentes foi afetado pela primeira vez, 
mas o Brasil conseguiu passar.
1998 – Crise da rússia: com a crise asiática, o 
preço dos commodities caiu em todo mundo, e a rús-
sia, cuja economia depende largamente da exportação 
de commodities como gás natural e petróleo, declarou 
calote de sua dívida externa privada de curto prazo. a 
manobra acendeu a luz de alerta entre os investidores, 
que passaram a evitar mercados emergentes. após ter 
passado quase sem sentir os efeitos da crise da ásia, 
o Brasil foi afetado, enfrentando forte fuga de dólares. 
o governo reagiu elevando a taxa de juros, que chegou 
ao pico de 45% no início de 1999, e desvalorizando o 
real, que até então mantinha a paridade com o dólar.
2001 – Atentados do 11/09: a semana mais violen-
ta na história das bolsas dos eUa, por qualquer indica-
dor financeiro. a queda de 1370 pontos no índice dow 
Jones foi uma das piores do século, com os investidores 
perdendo mais de 8 trilhões de dólares, ou 10% do va-
lor total do mercado de ações. Uma recessão moderada 
atingiu os estados Unidos, e surgiram as primeiras ad-
vertências sobre os riscos no mercado imobiliário.
2008 – Crise Imobiliária: a crise que afeta o mer-
cado financeiro nos eUa e arrasta os negócios no 
mundo teve origem nas hipotecas americanas. com o 
baixo juro e as boas condições de financiamento, mui-
tas pessoas compraram imóveis e se endividaram. o 
juro subiu, a economia desaqueceu e a inadimplência 
aumentou. os bancos que emprestaram dinheiro co-
meçam a mostrar o rombo. além disso, o preço dos 
imóveis caiu. Pagando uma prestação mais alta e com 
o valor do bem menor, os norte-americanos reduziram 
o consumo. Às portas da recessão, os eUa anuncia-
ram a maior reforma no sistema de regulamentação fi-
nanceira desde 1929. o plano vai mudar a forma como 
o governo regulamenta milhares de negócios.
Fonte: http://www.estadao.com.br/especiais/as-grandes-crises-
economicas,15167.htm
analise atentamente cada uma das crises 
e veja como o ambiente econômico afeta 
financeiramente as empresas e como o 
conceito de visão sistêmica, eficácia e 
eficiência são úteis para o entendimen-
to dessas questões.
24
adMinistraÇÃo Financeira e orÇaMentária
“atenção! está na hora da revisão:”: antes de pas-
sarmos à próxima aula, quando trataremos de questões 
mais específicas em relação à administração financei-
ra, vamos fazer alguns exercícios para não deixar a 
máquina enferrujar, certo!
1) Qual a importância para o administrador financei-
ro de uma percepção global e sistêmica da em-
presa?
2) no seu entendimento, como as crises financeiras 
tratadas nesta aula, afetam a gestão financeira de 
uma empresa?
rEfErÊNCIAS 
GitMan, lawrence J. Princípios da Administra-
ção financeira. 7. ed. são Paulo: Harbra, 2002.
PadoVeZe, cláudio luiz – Sistemas de Informações 
Contábeis – 3. ed. são Paulo: editora atlas, 2002.
ross, stephen a.; WesterField, randolph W.; 
JaFFe, Jeffrey F. Administração financeira. tradu-
ção antonio Z. sanvicente. são Paulo: atlas, 2002. 
santos, edno oliveira dos. Administração finan-
ceira da pequena e média empresa. são Paulo: 
atlas, 2009.
Objetivo
•	 Consolidar	os	conhecimentos	relativos	à	ambiência	
econômica mediante a resolução de exercícios.
AULA 4
ExErcícios sobrE ambiência Econômica
Unidade 01
ADmINISTrAÇÃO fINANCEIrA E 
OrÇAmENTárIA
introdUÇÃo À adMinistraÇÃo Financeira
26
adMinistraÇÃo Financeira e orÇaMentária
“Estado da Arte”: conforme visto nas aulas ante-
riores, quando tratamos de diversos assuntos, observa-
mos que os conceitos necessitam ser bem compreen-
didos para seguirmos adiante. Portanto vamos praticar!
EXErCÍCIOS
com base nos artigos que serão apresentados, 
respondas às questões propostas.
TEXTO 01
Para meirelles, “spreads” bancários precisam cair mais
cirilo JUnior, da Folha online, no rio de Janeiro 
Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u552310.shtml
o presidente do Bc (Banco central), Henrique Meirelles, criticou nesta sexta-feira os altos spreads cobrados 
pelos bancos e disse que a recente queda observada é “insuficiente”. ele não descartou novas medidas para 
fazer com que os spreads baixem ainda mais. 
o spread é a diferença entre o que os bancos pagam para captar dinheiro e o que cobram ao emprestar. 
“os spreads estão ainda muito altos. caíram um pouco, isso é insuficiente, têm que continuar caindo. isso 
é muito importante. estamos monitorando, e se for necessário alguma outra medida, tomaremos”, afirmou, 
depois de participar da cerimônia de posse do novo presidente da amcham-rio (câmara americana de 
comércio), róbson Barreto. 
Artefolha
Para Meirelles, a oferta de crédito no Brasil está se normalizando, mas ainda não é a desejada.
“o crédito no Brasil está num processo de normalização, ainda não chegamos lá. Medidas recentes começam 
a fazer efeito. Bancos públicos adotam papel cada vez mais ativo, a conjugação disso deve colaborar para que 
o processo continue a se normalizar”, observou. 
27
AULA	4	•	EXERCÍCiOs	sOBRE	AMBiÊnCiA	ECOnÔMiCA
traçando um quadro positivo do Brasil num 
cenário pós-crise, Meirelles comentou as 
projeções negativas traçadas para o crescimento 
da economia este ano. 
“o mercado costuma revisar a projeção do PiB 
[Produto interno Bruto], mas a estimativa de 
inflação não muda, está sempre próxima da 
meta”, completou. 
Poupança 
Mais cedo, em Brasília, Meirelles disse que ainda não 
há previsão de quando será adotada medida para 
mudar a remuneração da caderneta de poupança. 
“Vamos aguardar o que pode ser visualizado como 
melhor solução para a estrutura da economia do 
Brasil e para defender o interesse dos poupadores 
e, por outro lado, manter o equilíbrio do sistema.” 
Questionado se uma mudança na remuneração da 
poupança afetaria a definição do copom (comitê de 
Política Monetária) sobre a selic, ele afirmou que o 
colegiado “sempre tomará sua decisão baseada nos 
dados disponíveis da época”. a próxima reunião do 
copom está marcada para os dias 28 e 29 deste mês. 
com a queda da taxa básica de juros, a selic, os 
juros da caderneta de poupança acabam sendo 
mais atrativos do que outros investimentos. 
a preocupação do governo é que os grandes 
investidores tirem dinheiro da renda fixa, por 
exemplo, e passem para a poupança, reduzindo 
o volume de financiamento no país. 
Pede-se: Em relação à questão dos 
spreads bancários no Brasil, redija um 
texto, usando elementos discutidos 
em nossas aulas, em que você deixe 
claro o impacto financeiro para as em-
presas que necessitam obter crédito 
junto às instituições financeiras.
TEXTO 02
Governo muda BB e endurece cruzada contra spreads
isaBel Versiani e natUZa nery - reUters 
Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/geral,governo-
muda-bb-e-endurece-cruzada-contra-spreads,352102,0.htm
BRAsÍLiA	-	O	governo	do	presidente	Luiz	inácio	
lula da silva mudou o comando do Banco do 
Brasil nesta quarta-feira, deixando claro que sua 
cruzada por spreads bancários mais baixos é 
para valer e que está disposto a adotar medidas 
duras para alcançar o objetivo. 
sem admitir que a substituição de antonio 
Francisco lima neto por aldemir Bendine esteja 
relacionada a uma insatisfação com os juros 
cobrados pelo BB, o próprio presidente lula e 
ministros reforçaram a determinação em reduzir 
as taxas.
“a redução do spread bancário neste momento 
é uma obsessão minha”, disse o presidente a 
jornalistas, em meio a perguntas sobre a saída 
de lima neto.
“nós precisamos fazer o spread bancário voltar 
à normalidade no país... o (ministro da Fazenda) 
Guido (Mantega) sabe disso, o Banco do Brasil 
sabe disso, a caixa econômica sabe disso, o 
Banco central sabe disso”, acrescentou lula, 
no que pode ser visto como uma ameaça aos 
gestores econômicos.
“não há nenhuma necessidade de o spread 
bancário ter subido tanto no Brasil de julho para cá.”
Um pouco depois, ao confirmar o nome de 
Bendine como novo presidente do BB, Mantega 
disse a jornalistas que ele assumirá o banco 
“com uma missão específica, com um contrato de 
gestão em que vai se comprometer a agilizar a 
liberação de crédito, incorporar novos clientes”.
e a ministra-chefe da casa civil, dilma 
rousseff, teria sido ainda mais explícita. 
segundo relato do deputado Paulo Pereira da 
silva (Pdt-sP), presidente da Força sindical, 
dilma afirmou, em encontro com sindicalistas e 
lula, que “o governo não aguenta mais negociar 
o spread bancário” e que “os presidentes dos 
bancos públicos pensam que o banco é deles.”
a ministra ainda comentou, de acordo com o 
sindicalista, que “banco público não pode cobrar 
um spread desses, (banco público) é para puxar 
desenvolvimento”.
28
adMinistraÇÃo Financeira e orÇaMentária
INGErÊNCIA POLÍTICA?
apesar de todas as declarações, Mantega procurou 
negar qualquer tipo de interferência política sobre 
as decisões do BB, embora tenha lembrado 
que o governo é o maior acionista do banco. 
“Falar em ingerência política e partidária é uma 
bobagem”, disse o ministro. “os acionistas podem 
ficar tranquilos, o profissionalismo será mantido.”
ele destacou que Bendine, como lima neto, 
é profissional de carreira do BB e que sua 
escolha obedeceu critérios de competência. 
Bendine, que vinha atuando como vice-presidente 
de cartões e novos negócios de Varejo, negou 
ser filiado a partido político. “eu não sou filiado 
ao Pt e a nenhum partido político e não tenho 
nenhuma vinculação partidária”, disse.
Mas a reação do mercado mostrou que os 
investidores estão céticos quanto às garantias 
apresentadas pelo governo.
“a ingerência política não me permite recomendar 
compra para os papéis do banco, apesar do 
potencial de valorização das ações”, disse João 
augusto Frota salles, economista da consultoria 
lopes Filho.
as ações do BB desabaram 8,15%, para 17,35 
reais, enquanto o índice das principais ações da 
Bovespa subiu 0,8%.
(reportagem adicional de Fernando exman, em Brasiía, e 
aluísio alves, em são Paulo) 
Pede-se: Em sua opinião, qual o papel do go-
verno e das políticas públicas em relação à questão 
dos spreads bancários no Brasil? redija um texto, 
usando elementos discutidos em nossas aulas, em 
que você deixe clara sua posição sobre o assunto.
rEfErÊNCIAS
assaF neto, alexandre. finanças corporativas e 
valor. são Paulo: atlas, 2003.
assaF neto, alexandre; liMa, Fabiano Guasti. 
Curso de administração financeira. são Paulo: 
atlas, 2009.
casarotto FilHo, nelson; KoPittKe, Bruno 
Hartmut. Análise de investimentos. são Paulo: 
atlas, 2008.
costa Jr., newton carneiro affonso; leal, ricar-
do Pereira câmara; leMGrUBer, eduardo Facó. 
mercado de capitais: análise empírica no Brasil. 
são Paulo: atlas, 2006.
derMine, Jean; Bissada, yoUsseF F. Geren-
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criação de valor e controle de riscos. são Paulo: 
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empresa. são Paulo: atlas, 1999.
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liMa, iran siqueira; Galardi, ney; neUBaUer, 
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ros. são Paulo: atlas, 2006.
MataraZZo, dante, c. Análise financeira de Ba-
lanços. são Paulo: atlas, 1997.
Matias, alberto Borges. finanças corporativas 
de curto prazo: a gestão do valor do capital de giro. 
são Paulo: atlas, 2007.
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ção antonio Z. sanvicente. são Paulo: atlas, 2002. 
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ceira da pequena e média empresa. são Paulo: 
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silVa neto, lauro de araújo. Derivativos:	defini-
ções, emprego e risco. são Paulo: atlas, 2006.
silVa, José Pereira da. Gestão e análise de risco 
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soBreira, rogério. Regulação financeira e ban-
cária. são Paulo: atlas, 2005.
soUZa, acilon Batista. Projetos de Investimentos 
de capital: elaboração, análise e tomada de deci-
são. são Paulo: atlas, 2003. 
Weston, J. Fred, BriGHaM, dugene F. funda-
mentos da Administração financeira. são Paulo: 
Makron, 2000.
Objetivo
•	 Compreender	o	funcionamento	do	sistema	financeiro	
nacional e seus impactos e influências sobre as 
políticas de administração financeira das empresas.AULA 5
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (1ª PARTE)
Unidade 01
ADmINISTrAÇÃO fINANCEIrA E 
OrÇAmENTárIA
introdUÇÃo À adMinistraÇÃo Financeira
30
adMinistraÇÃo Financeira e orÇaMentária
“Estado da Arte”: considerando que a administra-
ção financeira de uma empresa consiste basicamente 
em captar e aplicar recursos, torna-se necessária uma 
compreensão sobre como se processam as relações 
entre os diversos agentes que atuam no mercado fi-
nanceiro brasileiro e como essas relações estão disci-
plinadas.
Vamos aos nossos estudos?
CONCEITO DE “POUPANÇA”
“Ponto relevante”: Quando usamos o 
termo “poupança” não nos referimos à mo-
dalidade de investimento denominada, no 
Brasil, de “caderneta de poupança”; referi-
mo-nos aos recursos excedentes e como 
estes são aplicados.
o Mundo moderno exige a formação 
de uma poupança voltada para o financiamento dos se-
tores produtivos da economia.
Poupança é a parcela da renda que não foi con-
sumida.
É diante desse processo de intermediação e dis-
tribuição de recursos no mercado que se destaca a 
importância social e econômica do sistema Financeiro 
nacional - sFn.
as principais decisões financeiras empresariais 
não podem ser dissociadas do desempenho futuro es-
perado da economia... alguns indicadores:
•	 Comportamento	de	taxas	de	juros	
•	 Curto	Prazo
•	 Longo	prazo
•	 Medidas	de	mercados	futuros	
•	 Índices	de	ações,	dentre	outros...
esses se constituem em excelentes referências 
para se prever a direção futura da economia, pois sina-
lizam as melhores decisões financeiras.
o conceito é bem simples! o inter-
mediador financeiro é “alguém” que irá 
promover o “encontro” entre quem tem 
recursos financeiros além do neces-
sário e quem precisa desses mesmos 
recursos. entendeu?
o processo de intermediação pode ocorrer de for-
ma direta ou de forma indireta.
Intermediação Direta: a instituição capta recursos 
dos agentes superavitários e paga uma remuneração – 
juros. com os recursos levantados, efetua operações 
INTErmEDIAÇÃO fINANCEIrA
a intermediação no mercado financeiro visa conciliar os interesses dos agentes econômicos superavitários em 
ampliar suas poupanças, e os deficitários em tomar recursos emprestados. Preste atenção na Fig. 1 que se segue:
FiGUra 1 – Fluxo da intermediação Financeira
Fonte: Gitman (2002) - adaptado
31
AULA	5	•	sistEMA	FinAnCEiRO	nACiOnAL	(1ª	PARtE)
Pela FiG. 2, observamos que o banco, que faz o papel do intermediador financeiro, remunera o 
agente superavitário a uma taxa de 8% e empresta este mesmo recurso a um agente deficitário a 
uma taxa de 20%. a diferença entre a taxa de captação e a taxa de empréstimo é o que se chama 
de SPREAD bancário. neste caso o spread é de 12%. entendeu? não é nada difícil!
Intermediação Indireta: nesse modelo a instituição aproxima os agentes, e recebe uma 
comissão pelos serviços prestados. Veja a FiG. 3:
Parece confuso? calma... vamos trabalhar cada um destes conceitos de forma bem tranqüila.
de empréstimos (aos agentes deficitários), cobrando juros. a diferença entre a taxa de juros cobrada e a taxa paga 
é denominada spread.
observe atentamente a FiG. 2:
FiGUra 2 – dinâmica do spread bancário
Fonte: Gitman (2002) - adaptado
FiGUra 3 – relação entre agente tomador e agente poupador
Fonte: Gitman (2002) - adaptado
32
adMinistraÇÃo Financeira e orÇaMentária
taBela 1
diferenças entre PGBl e VGBl
CONTEXTO JUrÍDICO
mercado financeiro: regido pela lei 4.595/64, 
corresponde ao conjunto de instituições, práticas e 
normas que viabilizam as relações financeiras entre 
credores e devedores. Principal característica: INTEr-
mEDIAÇÃO fINANCEIrA.
mercado de Capitais: regido pelas leis 4.728/65 e 
6.385/76, corresponde ao mercado onde a transferên-
cia de recursos ocorre sem a necessária intermediação 
do sistema bancário. aqui encontramos os tVM’s emiti-
dos pelas empresas, tais como ações, debêntures, etc. 
Principal característica: BOLSA DE VALOrES.
mercado de Seguros Privados e Capitalização: 
disciplinado pelo decreto lei 70/66, é aquele onde são 
negociados os contratos de seguros oferecidos pelas 
sociedades autorizadas a operar com seguros e títulos 
de capitalização.
mercado de Previdência Complementar: regido 
pela lei complementar 109/2001, compreende a nego-
ciação de planos privados de previdência divididos em: 
Previdência complementar aberta: 
operado por entidades que oferecem 
planos de benefícios a qualquer pessoa 
(PGBl – Plano Gerador de Benefício li-
vre e VGBl – Vida Gerador de Benefício 
livre)
 Previdência complementar Fechada: são os cha-
mados fundos de pensão – entidades que adminis-
tram planos de benefícios para um grupo de em-
pregados.
“Ponto relevante:” Veja as principais diferenças 
entre as modalidades PGBl e VGBl, na taB. 1, a se-
guir:
Fonte: http://invertia.terra.com.br/previdencia/interna/0,,oi195631-ei1806,00.html
33
AULA	5	•	sistEMA	FinAnCEiRO	nACiOnAL	(1ª	PARtE)
texto para refletir:
se você está pensando em investir em um 
plano de previdência privada para garantir uma 
aposentadoria tranquila, provavelmente já ouviu 
falar de duas siglas bastante comuns: PGBl e 
VGBl.
PGBl significa Plano Gerador de Benefício livre, e 
VGBl quer dizer Vida Gerador de Benefício livre. 
são planos previdenciários que permitem que 
você acumule recursos por um prazo contratado. 
durante esse período, o dinheiro depositado vai 
sendo investido e rentabilizado pela seguradora 
escolhida por você.
tanto no PGBl como no VGBl, o contratante 
passa por duas fases: o período de investimento 
e o período de benefício. o primeiro normalmente 
ocorre quando estamos trabalhando e/ou gerando 
renda. esta é a fase de formação de patrimônio. 
Já o período de benefício começa a partir da 
idade que você escolhe para começar a desfrutar 
do dinheiro acumulado durante anos de trabalho. 
a maneira de recebimento dos recursos é você 
quem escolhe. É possível resgatar o patrimônio 
acumulado e/ou contratar um tipo de benefício 
(renda) para passar a receber, mensalmente, da 
empresa seguradora.
É importante lembrar que tanto o período de 
investimento quanto o período de benefício não 
precisam ser contratados com a mesma seguradora. 
dessa forma, uma vez encerrado o período de 
investimento, o participante fica livre para contratar 
uma renda na instituição que escolher.
diferença entre PGBl e VGBl 
a principal distinção entre eles está na tributação. 
no PGBl, você pode deduzir o valor das 
contribuições da sua base de cálculo do imposto 
de renda, com limite de 12% da sua renda bruta 
anual. assim, poderá reduzir o valor do imposto a 
pagar ou aumentar sua restituição de ir. Vamos 
supor que um contribuinte tenha um rendimento 
bruto anual de r$ 100 mil. com o PGBl, ele 
poderá declarar ao leão r$ 88 mil. o ir sobre 
os r$ 12 mil restantes, aplicados em PGBl, 
só será pago no resgate desse dinheiro. Mas 
atenção: esse benefício fiscal só é vantajoso para 
aqueles que fazem a declaração do imposto de 
renda pelo formulário completo e são tributados 
na fonte. 
Para quem faz declaração simplicada ou não é 
tributado na fonte, como autônomos o VGBl é 
ideal. ele é indicado também para quem deseja 
diversificar seus investimentos ou para quem 
deseja aplicar mais de 12% de sua renda bruta 
em previdência. isso porque, em um VGBl, a 
tributação acontece apenas sobre o ganho de 
capital.
Fonte: http://invertia.terra.com.br/previdencia/
interna/0,,oi195631-ei1806,00.html
o texto acima esclarece aspectos 
importantes sobre as modalidades de 
previdência complementar PGBl e 
VGBl. o objetivo é fazê-lo refletir so-
bre a importância da administração 
financeira não só das empresas, mas 
também das pessoas físicas. Portanto 
os conhecimentos que iremos adquirir ao longo des-
ta disciplina poderão ser aplicados porvocê, de forma 
prática, em sua vida pessoal, certo?
“Atenção! Está na hora da revisão”: Praticar 
nunca é demais, portanto vamos fazer alguns exercí-
cios sobre esta aula para fixar bem os conhecimentos.
EXErCÍCIOS
1) Uma instituição financeira recebe aplicações de vá-
rios clientes, conforme a taB. 4, seguinte:
taBela 4
taxas	de	aplicações	financeiras
Valor Taxa (ao ano)
r$ 10.000.000,00 12,5%
r$ 15.000.000,00 13,0%
r$ 11.000.000,00 11,0%
r$ 18.000.000,00 13,0%
Fonte: elaborada pelo autor.
com base nestes recursos captados consegue em-
prestar r$ 35.000.000,00 a uma taxa de 18% ao ano.
Pede-se:
a) Qual o spread da operação?
b) Qual o custo médio de captação do 
dinheiro?
34
adMinistraÇÃo Financeira e orÇaMentária
2) conceitue SPREAD bancário.
3) Uma pessoa física que elabora uma declaração de 
imposto de renda no modelo completo deve usar, 
para fins de planejamento tributário dessa pessoa, 
um PGBl ou um VGBl? explique os motivos.
4) Uma pessoa física que elabora uma declaração 
de imposto de renda no modelo simplificado deve 
usar, para fins de planejamento tributário dessa 
pessoa, um PGBl ou um VGBl? explique os moti-
vos.
5) explique, com suas palavras, o que é uma interme-
diação financeira do tipo direta.
6) explique, com suas palavras, o que é uma interme-
diação financeira do tipo indireta.
7) o que se deve entender por Poupança?
8) no contexto jurídico, qual a principal característica 
do mercado financeiro?
9) no contexto jurídico, qual a principal característica 
do mercado de capitais?
rEfErÊNCIAS
assaF neto, alexandre. finanças corporativas e 
valor. são Paulo: atlas, 2003.
assaF neto, alexandre; liMa, Fabiano Guasti. 
Curso de administração financeira. são Paulo: 
atlas, 2009.
casarotto FilHo, nelson; KoPittKe, Bruno 
Hartmut. Análise de investimentos. são Paulo: 
atlas, 2008.
costa Jr., newton carneiro affonso; leal, ricar-
do Pereira câmara; leMGrUBer, eduardo Facó. 
mercado de capitais: análise empírica no Brasil. 
são Paulo: atlas, 2006.
derMine, Jean; Bissada, yoUsseF F. Geren-
ciamento de ativos e passivos: um guia para a 
criação de valor e controle de riscos. são Paulo: 
atlas, 2005.
Galesne, alain; FensterseiFer, Jaime e.; 
laMB, roberto. Decisões de investimentos da 
empresa. são Paulo: atlas, 1999.
GitMan, lawrence J. Princípios da Administra-
ção financeira. 7. ed. são Paulo: Harbra, 2002.
MataraZZo, dante c. Análise financeira de Ba-
lanços. são Paulo: atlas, 1997.
ross, stephen a., WesterField, randolph W., 
JaFFe, Jeffrey F. Administração financeira. tradu-
ção antonio Z. sanvicente. são Paulo: atlas, 2002. 
santos, edno oliveira dos. Administração finan-
ceira da pequena e média empresa. são Paulo: 
atlas, 2009.
Weston, J. Fred, BriGHaM, dugene F. funda-
mentos da Administração financeira. são Paulo: 
Makron, 2000.
Objetivo
•	 Entender	 o	 funcionamento	 do	 sistema	 financeiro	
nacional e seus impactos e influências sobre as 
políticas de administração financeira das empresas.
AULA 6
SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL (2ª PARTE)
Unidade 01
ADmINISTrAÇÃO fINANCEIrA E 
OrÇAmENTárIA
introdUÇÃo À adMinistraÇÃo Financeira
36
adMinistraÇÃo Financeira e orÇaMentária
“Estado da Arte”: o sistema financeiro nacional é 
um conjunto de vários atores que colaboram para que 
as finanças do país sejam adequadamente reguladas 
de forma que seus administradores não cometam ilíci-
tos ou ações equivocadas que possam comprometer o 
funcionamento da economia, notadamente dos funda-
mentos macroeconômicos.
Vamos aos nossos estudos de hoje? espero que 
você faça bom uso deles.
SISTEmA fINANCEIrO NACIONAL
“Ponto relevante”: o sistema Finan-
ceiro nacional – sFn - é a composição 
de instituições dedicadas a criar as 
condições satisfatórias para que ocor-
ra a manutenção de um fluxo de recur-
sos entre poupadores e investidores 
no Brasil.
o principal objetivo do sFn é valorizar a intermedia-
ção entre poupança e investimento, possibilitando 
ao setor produtivo maior eficiência. lembre-se sem-
pre disto, que é um princípio básico: intermediar di-
nheiro de quem tem “sobrando” para os que tem 
“faltando”, é uma analogia simplista, mas é a es-
sência de todo o processo (fonte: www.bcb.gov.br)
segundo definição do Banco central do Brasil 
(www.bcb.gov.br), o sistema financeiro nacional é com-
posto dos seguintes agentes:
Conselho monetário Nacional – CmN: o conse-
lho Monetário nacional (cMn), que foi instituído pela 
lei 4.595, de 31 de dezembro de 1964, é o órgão 
responsável por expedir diretrizes gerais para o bom 
funcionamento do sFn. integram o cMn o Ministro da 
Fazenda (Presidente), o Ministro do Planejamento, or-
çamento e Gestão e o Presidente do Banco central do 
Brasil. dentre suas funções estão: adaptar o volume 
dos meios de pagamento às reais necessidades da 
economia; regular o valor interno e externo da moe-
da e o equilíbrio do balanço de pagamentos; orientar 
a aplicação dos recursos das instituições financeiras; 
propiciar o aperfeiçoamento das instituições e dos ins-
trumentos financeiros; zelar pela liquidez e solvência 
das instituições financeiras; coordenar as políticas mo-
netária, creditícia, orçamentária e da dívida pública in-
terna e externa.
Conselho Nacional de Seguros Privados 
(CNSP): Órgão responsável por fixar as diretrizes e 
normas da política de seguros privados; é composto 
pelo Ministro da Fazenda (Presidente), representan-
te do Ministério da Justiça, representante do Ministé-
rio da Previdência social, superintendente da supe-
rintendência de seguros Privados, representante do 
Banco central do Brasil e representante da comissão 
de Valores Mobiliários. dentre as funções do cnsP 
estão: regular a constituição, organização, funcio-
namento e fiscalização dos que exercem atividades 
subordinadas ao snsP, bem como a aplicação das 
penalidades previstas; fixar as características gerais 
dos contratos de seguro, previdência privada aberta, 
capitalização e resseguro; estabelecer as diretrizes 
gerais das operações de resseguro; prescrever os 
critérios de constituição das sociedades segura-
doras, de capitalização, entidades de Previdência 
Privada aberta e resseguradores, com fixação dos 
limites legais e técnicos das respectivas operações, 
e disciplinar a corretagem de seguros e a profissão 
de corretor.
Conselho de Gestão de Previdência Comple-
mentar (CGPC): é um órgão colegiado que integra a 
estrutura do Ministério da Previdência social e cuja 
competência é regular, normatizar e coordenar as 
atividades das entidades Fechadas de Previdência 
complementar (fundos de pensão). também cabe ao 
cGPc julgar, em última instância, os recursos interpos-
tos contra as decisões da secretaria de Previdência 
complementar.
Banco Central do Brasil (Bacen): é uma autar-
quia vinculada ao Ministério da Fazenda, que tam-
bém foi criada pela lei 4.595, de 31 de dezembro 
de 1964. É o principal executor das orientações do 
conselho Monetário nacional e responsável por ga-
rantir o poder de compra da moeda nacional, tendo 
por objetivos: zelar pela adequada liquidez da eco-
nomia; manter as reservas internacionais em nível 
37
AULA	6	•	sistEMA	FinAnCEiRO	nACiOnAL	(2ª	PARtE)
adequado; estimular a formação de poupança; zelar 
pela estabilidade e promover o permanente aperfei-
çoamento do sistema financeiro. dentre suas atribui-
ções estão: emitir papel-moeda e moeda metálica; 
executar os serviços do meio circulante; receber re-
colhimentos compulsórios e voluntários das institui-
ções financeiras e bancárias; realizar operações de 
redesconto e empréstimo às instituições financeiras; 
regular a execução dos serviços de compensação 
de cheques e outros papéis; efetuar operações de 
compra e venda de títulos públicos federais; exercer 
o controle de crédito; exercer afiscalização das ins-
tituições financeiras; autorizar o funcionamento das 
instituições financeiras; estabelecer as condições 
para o exercício de quaisquer cargos de direção nas 
instituições financeiras; vigiar a interferência de ou-
tras empresas nos mercados financeiros e de capi-
tais e controlar o fluxo de capitais estrangeiros no 
país. sua sede fica em Brasília, capital do País, e 
tem representações nas capitais dos estados do rio 
Grande do sul, Paraná, são Paulo, rio de Janeiro, 
Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, ceará e Pará.
A Comissão de Valores mobiliários (CVm): é 
uma autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, ins-
tituída pela lei 6.385, de 7 de dezembro de 1976. É 
responsável por regulamentar, desenvolver, controlar 
e fiscalizar o mercado de valores mobiliários do país. 
Para este fim, exerce as funções de: assegurar o fun-
cionamento eficiente e regular dos mercados de bolsa 
e de balcão; proteger os titulares de valores mobiliá-
rios; evitar ou coibir modalidades de fraude ou mani-
pulação no mercado; assegurar o acesso do público 
a informações sobre valores mobiliários negociados e 
sobre as companhias que os tenham emitido; assegu-
rar a observância de práticas comerciais equitativas no 
mercado de valores mobiliários; estimular a formação 
de poupança e sua aplicação em valores mobiliários; 
promover a expansão e o funcionamento eficiente e re-
gular do mercado de ações e estimular as aplicações 
permanentes em ações do capital social das compa-
nhias abertas.
Superintendência de Seguros Privados (SU-
SEP): autarquia vinculada ao Ministério da Fazenda, 
é responsável pelo controle e fiscalização do mer-
cado de seguro, previdência privada aberta e capi-
talização. dentre suas atribuições estão: fiscalizar a 
constituição, organização, funcionamento e opera-
ção das sociedades seguradoras, de capitalização, 
entidades de Previdência Privada aberta e resse-
guradores, na qualidade de executora da política 
traçada pelo cnsP; atuar no sentido de proteger a 
captação de poupança popular que se efetua atra-
vés das operações de seguro, previdência privada 
aberta, de capitalização e resseguro; zelar pela de-
fesa dos interesses dos consumidores dos mercados 
supervisionados; promover o aperfeiçoamento das 
instituições e dos instrumentos operacionais a eles 
vinculados; promover a estabilidade dos mercados 
sob sua jurisdição; zelar pela liquidez e solvência 
das sociedades que integram o mercado; disciplinar 
e acompanhar os investimentos daquelas entidades, 
em especial os efetuados em bens garantidores de 
provisões técnicas; cumprir e fazer cumprir as delibe-
rações do cnsP e exercer as atividades que por este 
forem delegadas; prover os serviços de secretaria 
executiva do cnsP.
Instituições financeiras captadoras de depósi-
tos à vista: compostas pelos Bancos Múltiplos, Bancos 
comerciais, caixa econômica Federal e cooperativas 
de crédito.
As bolsas de mercadorias e futuros: são asso-
ciações privadas civis, com objetivo de efetuar o regis-
tro, a compensação e a liquidação, física e financeira, 
das operações realizadas em pregão ou em sistema 
eletrônico. Para tanto, devem desenvolver, organizar 
e operacionalizar um mercado de derivativos livre e 
transparente, que proporcione aos agentes econômi-
cos a oportunidade de efetuarem operações de hed-
ging (proteção) ante as flutuações de preço de com-
modities agropecuárias, índices, taxas de juro, moedas 
e metais, bem como de todo e qualquer instrumento 
ou variável macroeconômica cuja incerteza de preço 
no futuro possa influenciar negativamente suas ativi-
dades. Possuem autonomia financeira, patrimonial e 
administrativa e são fiscalizadas pela comissão de Va-
lores Mobiliários.
38
adMinistraÇÃo Financeira e orÇaMentária
Instituto de resseguros do Brasil (IrB): empre-
sa resseguradora, constituída como sociedade de eco-
nomia mista com controle acionário da União, vincula-
da ao Ministério da Fazenda.
Demais Instituições financeiras:
 agências de Fomento 
 associações de Poupança e empréstimo 
 Bancos de câmbio 
 Bancos de desenvolvimento 
 Bancos de investimento 
 Banco nacional de desenvolvimento econômico e 
social (Bndes) 
 companhias Hipotecárias 
 cooperativas centrais de crédito 
 sociedades crédito, Financiamento e investimento 
 sociedades de crédito imobiliário 
 sociedades de crédito ao Microempreendedor
Bancos de Câmbio: são instituições financeiras 
autorizadas a realizar, sem restrições, operações de 
câmbio e operações de crédito vinculadas às de câm-
bio, como financiamentos à exportação e importação 
e adiantamentos sobre contratos de câmbio, e ainda 
a receber depósitos em contas sem remuneração, não 
movimentáveis por cheque ou por meio eletrônico pelo 
titular, cujos recursos sejam destinados à realização 
das operações acima citadas. na denominação dessas 
instituições deve constar a expressão “Banco de câm-
bio” (res. cMn 3.426, de 2006).
Bolsas de Valores: são sociedades anônimas 
ou associações civis, com o objetivo de manter local 
ou sistema adequado ao encontro de seus membros 
e à realização entre eles de transações de compra 
e venda de títulos e valores mobiliários, em mer-
cado livre e aberto, especialmente organizado e 
fiscalizado por seus membros e pela comissão de 
Valores Mobiliários. Possuem autonomia financeira, 
patrimonial e administrativa (resolução cMn 2.690, 
de 2000).
Outros intermediários financeiros
 administradoras de consórcio 
 sociedades de arrendamento mercantil 
 sociedades corretoras de câmbio 
 sociedades corretoras de títulos e valores mobiliários 
 sociedades distribuidoras de títulos e valores mo-
biliários
Sociedades de capitalização: são entidades 
constituídas sob a forma de sociedades anônimas, que 
negociam contratos (títulos de capitalização) que têm 
por objeto o depósito periódico de prestações pecuni-
árias pelo contratante, o qual terá, depois de cumpri-
do o prazo contratado, o direito de resgatar parte dos 
valores depositados corrigidos por uma taxa de juros 
estabelecida contratualmente; ao contratante confere 
ainda, quando previsto, o direito de concorrer a sorteios 
de prêmios em dinheiro.
Entidades abertas de previdência complemen-
tar: são entidades constituídas unicamente sob a forma 
de sociedades anônimas e têm por objetivo instituir e 
operar planos de benefícios de caráter previdenciário, 
concedidos em forma de renda continuada ou paga-
mento único, acessíveis a quaisquer pessoas físicas. 
são regidas pelo decreto-lei 73, de 21 de novembro 
de 1966, e pela lei complementar 109, de 29 de maio 
de 2001. as funções do órgão regulador e do órgão 
fiscalizador são exercidas pelo Ministério da Fazenda, 
por intermédio do conselho nacional de seguros Pri-
vados (cnsP) e da superintendência de seguros Pri-
vados (sUseP).
Entidades fechadas de previdência comple-
mentar (fundos de pensão): são organizadas sob a 
forma de fundação ou sociedade civil, sem fins lucra-
tivos e são acessíveis, exclusivamente, aos emprega-
dos de uma empresa ou grupo de empresas ou aos 
servidores da União, dos estados, do distrito Federal 
e dos Municípios, entes denominados patrocinadores, 
ou aos associados ou membros de pessoas jurídicas 
de caráter profissional, classista ou setorial, denomina-
das instituidores. as entidades de previdência fechada 
devem seguir as diretrizes estabelecidas pelo conse-
lho Monetário nacional, por meio da resolução 3.121, 
de 25 de setembro de 2003, no que tange à aplicação 
dos recursos dos planos de benefícios. também são 
regidas pela lei complementar 109, de 29 de maio de 
2001.
observe a FiG.1, que se segue, e entenda como é 
a estrutura do sistema financeiro nacional:
39
AULA	6	•	sistEMA	FinAnCEiRO	nACiOnAL	(2ª	PARtE)
UFa! terminamos mais uma aula. 
Hoje vamos dar um refresco e deixar os 
exercícios para

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